14 de março de 2014

MAIS BLEFES OLÍMPICOS!

1. (Coluna do Ancelmo – Globo, 13) “Que Olimpíadas, hein! O Comité Organizador da Rio-2016 desistiu de instalar as vilas de Mídia e dos Árbitros no Porto Maravilha. A construção de 1.800 apartamentos na antiga Praia Formosa, atrás da Rodoviária Novo Rio, não deve ficar pronta a tempo para os Jogos. Mesmo assim a obra prossegue: ali serão construídos apartamentos para serem vendidos após as Olimpíadas.”. OBS.: O Comitê Organizador está apenas requentando decisão antiga. Lembre.

2. (Ex-Blog) 7 de janeiro de 2013. 2.1. Este Ex-Blog cansou de dizer que a Vila de Mídia dos JJOO-2016 não poderia ficar na área portuária, numa enorme distância da concentração dos atletas e das competições. Prefeitura, mentindo como sempre, licitou projeto, apresentou croquis e a imprensa acreditou em mais uma mentira, dando destaque. Agora não será mais.

2.2. (Negócios & Cia – Flávia Oliveira – Globo, 05) Mudança. A Prefeitura do Rio estuda transferir do Porto Maravilha para Jacarepaguá a Vila de Mídia e dos Árbitros dos Jogos 2016. Agora o empreendimento pode migrar para o terreno de velha fábrica da Antártica.

2.3. (arcoweb, 12/08/2011) A futura configuração urbana da região portuária do Rio de Janeiro – notadamente ao longo da Avenida Francisco Bicalho, nas suas duas margens – vai refletir a antevisão que dela tem o arquiteto João Pedro Backheuser, coordenador da equipe cujo projeto venceu o concurso de arquitetura e urbanismo Porto Olímpico, para a construção, na zona portuária, das instalações que atenderão à Olimpíada de 2016. O resultado foi anunciado no final de junho de 2011 no IAB junto com IPP.

2.4. Mas em 18/12/2012 – um ano e meio depois- foi anunciado o projeto das Trump Towers, exatamente na Avenida Francisco Bicalho, no dito Porto Olímpico. Conheça a matéria do site G1. Observe a localização das Torres Trump-Gigantescas e compare com o projeto e as previsões de ocupação do chamado Porto Olímpico. Veja os dois croquis. Compare e comprove que são incompatíveis.

2.5. (G1, 18/12/2012) No segundo semestre de 2013, o consórcio de empresas encabeçado pelas Organizações Trump começa a construir as duas primeiras torres do empreendimento Trump Towers Rio, a ser erguido na Avenida Francisco Bicalho, na Zona Portuária do Rio, segundo anunciou Stefan Ivanov, presidente da incorporadora MRP Internacional, nesta terça-feira (18), no Palácio da Cidade, em Botafogo, na Zona Sul da cidade.

3. (Ex-Blog) Nem Vilas de Mídia e de Árbitros, nem Trump Tower no segundo semestre de 2013.

* * *

A ÚLTIMA DO CABRAL: ESTADO DO RIO, O QUE MENOS INVESTIU EM SAÚDE!

(O Dia, 14) 1. Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) feita com 25 estados e o Distrito Federal revelou que o Rio de Janeiro foi o que menos investiu na área de Saúde em 2013: apenas 7,2% do orçamento anual (R$ 5,251 bilhões). Já o gasto per capita mostrado na pesquisa leva o Rio para a 17ª colocação no ranking: foram usados R$ 320,79 por morador.

2. Tabela.

* * *

CONSELHEIROS DA COMLURB TIVERAM AUMENTO DE 300%!

(Radar Online – Veja, 13) 1. Os integrantes do conselho de administração da Comlurb receberam um aumento bem maior na gestão Paes – de mais de 300%. Com uma canetada em 2012, passaram os salários de 1 749,66 para 7 000 reais.

2. O conselho é um instrumento para remunerar melhor secretários que poderiam estar na iniciativa privada. Estão por lá Carlos Roberto Osório, Maria Silvia Bastos Marques, Claudia Costin e o próprio presidente da Comlurb, Carlos Vinicius de Sá Roriz.

* * *

PESQUISA WSJ/NBC-MARÇO: CRESCE REJEIÇÃO A OBAMA E PESSIMISMO COM OS EUA! 

(New York Times, 13) Aprovam Obama 41%. Desaprovam 54% / 34% voltariam a votar no seu deputado. 55% preferem dar chance a outra pessoa / 54% retirariam o mandato dos atuais deputados se isso fosse possível. / 65% acham que o país está no caminho errado e 26% que está no caminho certo / 25% acham que a economia vai melhorar esse ano. 57% acham que a economia está em recessão mesmo com o crescimento divulgado.

* * *

LÍBIA EM SITUAÇÃO CAÓTICA!

(El País, 12) 1. A Líbia é um barril de pólvora e isso não é somente uma força de expressão. O primeiro-ministro foi destituído pelo Parlamento atingido dia 11 e dia 12 fugiu em um jatinho privado para um país europeu. Não está clara nem a competência nem a autoridade do governo interino, nem de um  parlamento dizimado e ultrapassado. Os rebeldes têm sob seu comando os principais portos do país e decidem por conta própria se os navios petroleiros internacionais podem abastecer, ou não, independentemente do que pensa o responsável por Trípoli. A capital sofre sequestros diários e debate em seu próprio conselho como expulsar da cidade os grupos armados que andam por lá.

2. Nos campos de petróleo, o grande e único maná, a produção caiu para menos de 250 mil barris por dia, quando há três anos, ainda sob o regime do ditador Muammar Gaddafi, podia chagara a quase 1,5 milhão. Nos últimos três anos, a Líbia se tornou uma das principais fontes de armas ilícitas, que fornece suprimentos para cerca de 14 países, de forma comprovada, alimentando assim os conflitos e a insegurança, incluindo o terrorismo, em vários continentes.

3. Desde o verão passado, um grupo de militantes armados, liderados por Ibrahim Jathran, 33 anos, tomou quatro portos do Golfo de Sirte – na zona leste, na região de Cyrenaica, que responde por 80% da produção de petróleo bruto – exigindo mais autonomia. Os rebeldes se deram ao luxo de regular, de acordo com sua vontade, a produção e a exportação do petróleo, em um país-chave da OPEP, cuja instabilidade produz imediatamente mudanças nos preços, como observado essa semana.

4. O Congresso oficial está fechado e em reformas para reparar os danos da tentativa de invasão anterior, em janeiro. Na semana anterior , o Congresso deu duas semanas aos rebeldes para que levantem o bloqueio nos portos sob seu controle. E??????

LÍBIA EM SITUAÇÃO CAÓTICA!

(El País, 12) 1. A Líbia é um barril de pólvora e isso não é somente uma força de expressão. O primeiro-ministro foi destituído pelo Parlamento atingido dia 11 e dia 12 fugiu em um jatinho privado para um país europeu. Não está clara nem a competência nem a autoridade do governo interino, nem de um  parlamento dizimado e ultrapassado. Os rebeldes têm sob seu comando os principais portos do país e decidem por conta própria se os navios petroleiros internacionais podem abastecer, ou não, independentemente do que pensa o responsável por Trípoli. A capital sofre sequestros diários e debate em seu próprio conselho como expulsar da cidade os grupos armados que andam por lá.

2. Nos campos de petróleo, o grande e único maná, a produção caiu para menos de 250 mil barris por dia, quando há três anos, ainda sob o regime do ditador Muammar Gaddafi, podia chagara a quase 1,5 milhão. Nos últimos três anos, a Líbia se tornou uma das principais fontes de armas ilícitas, que fornece suprimentos para cerca de 14 países, de forma comprovada, alimentando assim os conflitos e a insegurança, incluindo o terrorismo, em vários continentes.

3. Desde o verão passado, um grupo de militantes armados, liderados por Ibrahim Jathran, 33 anos, tomou quatro portos do Golfo de Sirte – na zona leste, na região de Cyrenaica, que responde por 80% da produção de petróleo bruto – exigindo mais autonomia. Os rebeldes se deram ao luxo de regular, de acordo com sua vontade, a produção e a exportação do petróleo, em um país-chave da OPEP, cuja instabilidade produz imediatamente mudanças nos preços, como observado essa semana.

4. O Congresso oficial está fechado e em reformas para reparar os danos da tentativa de invasão anterior, em janeiro. Na semana anterior , o Congresso deu duas semanas aos rebeldes para que levantem o bloqueio nos portos sob seu controle. E??????

PESQUISA WSJ/NBC-MARÇO: CRESCE REJEIÇÃO A OBAMA E PESSIMISMO COM OS EUA!

(New York Times, 13) Aprovam Obama 41%. Desaprovam 54% / 34% voltariam a votar no seu deputado. 55% preferem dar chance a outra pessoa / 54% retirariam o mandato dos atuais deputados se isso fosse possível. / 65% acham que o país está no caminho errado e 26% que está no caminho certo / 25% acham que a economia vai melhorar esse ano. 57% acham que a economia está em recessão mesmo com o crescimento divulgado.

CONSELHEIROS DA COMLURB TIVERAM AUMENTO DE 300%!

(Radar Online – Veja, 13) 1. Os integrantes do conselho de administração da Comlurb receberam um aumento bem maior na gestão Paes – de mais de 300%. Com uma canetada em 2012, passaram os salários de 1 749,66 para 7 000 reais.

2. O conselho é um instrumento para remunerar melhor secretários que poderiam estar na iniciativa privada. Estão por lá Carlos Roberto Osório, Maria Silvia Bastos Marques, Claudia Costin e o próprio presidente da Comlurb, Carlos Vinicius de Sá Roriz.

A ÚLTIMA DO CABRAL: ESTADO DO RIO, O QUE MENOS INVESTIU EM SAÚDE!

(O Dia, 14) 1. Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) feita com 25 estados e o Distrito Federal revelou que o Rio de Janeiro foi o que menos investiu na área de Saúde em 2013: apenas 7,2% do orçamento anual (R$ 5,251 bilhões). Já o gasto per capita mostrado na pesquisa leva o Rio para a 17ª colocação no ranking: foram usados R$ 320,79 por morador.

2. Tabela.

MAIS BLEFES OLÍMPICOS!

1. (Coluna do Ancelmo – Globo, 13) “Que Olimpíadas, hein! O Comité Organizador da Rio-2016 desistiu de instalar as vilas de Mídia e dos Árbitros no Porto Maravilha. A construção de 1.800 apartamentos na antiga Praia Formosa, atrás da Rodoviária Novo Rio, não deve ficar pronta a tempo para os Jogos. Mesmo assim a obra prossegue: ali serão construídos apartamentos para serem vendidos após as Olimpíadas.”. OBS.: O Comitê Organizador está apenas requentando decisão antiga. Lembre.

2. (Ex-Blog) 7 de janeiro de 2013. 2.1. Este Ex-Blog cansou de dizer que a Vila de Mídia dos JJOO-2016 não poderia ficar na área portuária, numa enorme distância da concentração dos atletas e das competições. Prefeitura, mentindo como sempre, licitou projeto, apresentou croquis e a imprensa acreditou em mais uma mentira, dando destaque. Agora não será mais.

2.2. (Negócios & Cia – Flávia Oliveira – Globo, 05) Mudança. A Prefeitura do Rio estuda transferir do Porto Maravilha para Jacarepaguá a Vila de Mídia e dos Árbitros dos Jogos 2016. Agora o empreendimento pode migrar para o terreno de velha fábrica da Antártica.

2.3. (arcoweb, 12/08/2011) A futura configuração urbana da região portuária do Rio de Janeiro – notadamente ao longo da Avenida Francisco Bicalho, nas suas duas margens – vai refletir a antevisão que dela tem o arquiteto João Pedro Backheuser, coordenador da equipe cujo projeto venceu o concurso de arquitetura e urbanismo Porto Olímpico, para a construção, na zona portuária, das instalações que atenderão à Olimpíada de 2016. O resultado foi anunciado no final de junho de 2011 no IAB junto com IPP.

2.4. Mas em 18/12/2012 – um ano e meio depois- foi anunciado o projeto das Trump Towers, exatamente na Avenida Francisco Bicalho, no dito Porto Olímpico. Conheça a matéria do site G1. Observe a localização das Torres Trump-Gigantescas e compare com o projeto e as previsões de ocupação do chamado Porto Olímpico. Veja os dois croquis. Compare e comprove que são incompatíveis.

2.5. (G1, 18/12/2012) No segundo semestre de 2013, o consórcio de empresas encabeçado pelas Organizações Trump começa a construir as duas primeiras torres do empreendimento Trump Towers Rio, a ser erguido na Avenida Francisco Bicalho, na Zona Portuária do Rio, segundo anunciou Stefan Ivanov, presidente da incorporadora MRP Internacional, nesta terça-feira (18), no Palácio da Cidade, em Botafogo, na Zona Sul da cidade.

3. (Ex-Blog) Nem Vilas de Mídia e de Árbitros, nem Trump Tower no segundo semestre de 2013.

13 de março de 2014

O PROJETO DE LEI DAS MANIFESTAÇÕES: RISCOS EM RELAÇÃO À DOSAGEM E À PERMANÊNCIA!

1. As leis são regras permanentes. Quando se enfrenta situações conjunturais, deve-se ter muito cuidado ao legislar. É natural que em relação à Copa e aos JJOO, a FIFA e o COI peçam cuidados excepcionais. Afinal, os patrocínios são milionários e criam enormes reservas financeiras para essas organizações. Um desvio de foco pelas manifestações prejudica a marca dos patrocinadores e ainda pode afetá-los pela vinculação.

2. Além disso, há os países que têm segurança especial em função dos riscos de terrorismo, que são ações de difícil controle e complexa prevenção. São os casos destacados dos EUA e de Israel, agora multiplicados pelos países associados (Reino Unido), pelas ocupações (Rússia), conflitos (Ucrânia) e golpes (Egito).

3. Tudo bem. Mas criar uma legislação repressiva –em função desse ciclo de manifestações- e dos grandes eventos, e o fazer por lei, tornando-a permanente, é um prato feito para governos autoritários. A democracia brasileira avançou muito, mas os riscos de recaída não são pequenos. Entregar esses instrumentos aos governos, permanentemente, é algo que se deve fazer com muito cuidado.

4. Melhor seriam legislações de prazo certo e definido. Numa Federação onde os entes federados são, além dos estados, os municípios (artigo primeiro da constituição brasileira), uma legislação estendida e autoritária trará muito mais conflitos que soluções. Vide Venezuela agora e –sempre- Itália e Alemanha no início dos regimes nos anos 20 e 30.

5. (Painel – Folha de SP, 01) Da rua às grades. O governo deve propor uma pena de quatro anos de prisão para atos de vandalismo em protestos no projeto de lei que será enviado ao Congresso para tentar conter a violência em manifestações. Os detalhes do texto serão fechados na próxima semana entre a presidente Dilma Rousseff e o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça). Com a punição, os atos violentos deixarão de ser enquadrados como crimes leves, o que permitirá que se faça interceptação telefônica dos investigados. Cara limpa O Planalto também estuda punir manifestantes que usarem máscaras, mas ainda não conseguiu elaborar um modelo de atuação das polícias para identificar participantes dos atos.

* * *

PESQUISAS DO IBOPE, EM MARÇO DE 1964, DEZ DIAS ANTES DO GOLPE, EM MAIO E NOVEMBRO DE 1964 E EM FEVEREIRO DE 1965!

(Roldão A. link para o Jornal da Unicamp de 03/2003 – Estado de S. Paulo, 13)

1. Ibope – SP, março de 1964. 1.1. Avaliação do governo João Goulart: 36% de ótimo+bom, 30% de regular e 19% de ruim+péssimo.

1.2. Encampação das refinarias de petróleo, desapropriação de terras que margeiam açudes, ferrovias e rodovias federais e tabelamento de alugueis: a favor 64%, contra 20%. / Encampação de empresas privadas: vantajosa para 47% e desvantajosa para 28%./  Entrada de capitais estrangeiros: a favor 46%, contra 33%.

1.3. 80% dos paulistanos eram contra a legalização do Partido Comunista do Brasil e 57% viam o comunismo aumentando no país / 32% temiam o governo Jango como um perigo imediato, 36% como um perigo futuro e 19% não o consideravam um perigo. / Eleições presidenciais marcadas para 1965: 45% estavam certos de que o presidente pretendia realizá-las normalmente, sem interferir; 22% desconfiavam que Goulart queria mudar a Constituição para se candidatar; e 12% achavam que ele preparava um golpe para se tornar ditador.

1.4. Entre os presidenciáveis, Carvalho Pinto liderava as intenções de voto com 24%, Juscelino Kubistchek com 22%, vindo depois Carlos Lacerda (16%) e Adhemar de Barros (9%).

2. Em oito capitais (São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Porto Alegre, Fortaleza, Recife, Salvador e Curitiba) 2.1. Hipótese de três candidatos a presidente: Kubistchek saiu favorito com 40,1%, deixando Carlos Lacerda com 14,8% e Magalhães Pinto com 10,2%. O mesmo questionário abriu a possibilidade de João Goulart se candidatar e 40% responderam que votariam nele; 52%, não.

2.2. Quais os problemas que devem ser resolvidos com maior urgência? Alta do custo de vida (50%), alfabetização (25%), melhoria das condições de vida (20%), desenvolvimento da agricultura (19%) e desenvolvimento industrial (6%).

3. Ibope – SP, maio, pós-golpe. 70% dos entrevistados diziam que a situação do Brasil “agora ia melhorar”, 10% que ia piorar, 7% que ficaria igual e 13% não sabiam. / A deposição de Goulart constituiu uma medida benéfica ao país para 54% e prejudicial para 20%. / A queda do presidente ocorreu, para 34%, porque ele estava levando o Brasil para um regime comunista; para 28% porque pretendia fechar o Congresso e se tornar ditador; e para 17% porque estava tomando medidas populares que contrariavam fortes interesses de grupos econômicos e financeiros, nacionais e estrangeiros. / A cassação de deputados comunistas foi aprovada por 74% e a prisão de líderes sindicais ligados aos comunistas por 72%. O presidenciável Carlos Lacerda, defensor ardoroso do golpe, alcançava Juscelino Kubistchek, somando 22,7% contra 22,1%.

4. Ibope, final de maio, Guanabara, pós-golpe.  Avaliação do presidente Castelo Branco: Ótimo+bom 51%, regular 21%, ruim + péssimo 6%. / As eleições serão mesmo realizadas em 1965? 52% sim (antes do golpe 90%), 52% esperavam votar para presidente, 17% não sabiam e 31%, não mais. A cassação de mandatos e a suspensão de direitos políticos tinham aprovação de 56%. Motivos para as cassações: eram comunistas (40%), subversivos (22%), corruptos (25%), perseguidos politicamente (28%).

5. Ibope, novembro de 1964, SP. Avaliação do governo Castelo Branco até aquele momento: ótimo+bom 27%, regular 35%, 20% como ruim+péssimo./ As medidas de combate à inflação e alta do custo de vida seriam eficazes para 35%, e ineficazes para 41%. Para 47% dos eleitores entrevistados, o próximo presidente deveria ser um civil; 22% defendiam um militar e 20% eram indiferentes.

6. Ibope, fevereiro de 1965, Guanabara. 16% achavam que a situação econômica melhorou e 73% que piorou / 35% ainda torciam por um ano melhor, mas 44% esperavam pelo pior. Os satisfeitos com o governo somavam 45%; os insatisfeitos, 46%.

* * *

A INCRÍVEL SEMELHANÇA ENTRE O CONTROLE DA IMPRENSA NOS PAÍSES BOLIVARIANOS, HOJE, E NA ALEMANHA EM 1933! 

Joseph Goebells, 06/041933 (em Peter Logenrich – biografia de Goebells).

“A opinião pública SE FAZ. E quem participa na criação da opinião pública assume ante a nação e ante todo o povo uma enorme responsabilidade. Por isso a imprensa deve atuar no marco de uma disciplina intelectual e nacional geral. Os que resistirem serão excluídos do coletivo das forças desejosas de edificar e, serão considerados indignos de participar na formação da opinião pública do povo alemão. Uniformidade nos princípios, mas manter-se o polimorfismo nos matizes.”. Em seguida anunciou uma lei de imprensa.

* * *

POPULAÇÃO MUITO PESSIMISTA COM MOBILIDADE DURANTE A COPA!

(Monica Bergamo – Folha de SP, 12) 1. Mobilidade urbana é a maior deficiência na estrutura para a Copa de 2014, segundo pesquisa com 5.015 moradores das 12 cidades-sedes. É a área que mais deixa a desejar no Rio (92%), Cuiabá (91%), São Paulo (89%), Porto Alegre (88%), Belo Horizonte (85%) e Brasília (83%). Segundo levantamento da LeadPix, agência de marketing direto, o problema de locomoção supera o de segurança pública.

2. Os porto-alegrenses são os mais pessimistas: 13% dizem que nada vai funcionar. Entre os mais otimistas, estão os brasilienses: 22% avaliam que a capital federal está totalmente preparada para receber o Mundial. Quanto à disposição para assistir aos jogos, os paulistanos (13%) e cariocas (11%) são os mais propensos a irem aos estádios. Os mais favoráveis a ver a Copa de casa são curitibanos (39%) e porto-alegrenses (36%).

* * *

SITES JORNALÍSTICOS, TODO O MÊS DE FEVEREIRO DE 2014!

(Estado de SP, 12) Visitantes Únicos. Globo 17,3 milhões / UOL (Folha de SP) 12,7 milhões / Estado de SP 5,9 milhões / R7 (Record) 5,8 milhões/ Terra 5,1 milhões / Abril 5 milhões / IG 4,5 milhões.

POPULAÇÃO MUITO PESSIMISTA COM MOBILIDADE DURANTE A COPA!

(Monica Bergamo – Folha de SP, 12) 1. Mobilidade urbana é a maior deficiência na estrutura para a Copa de 2014, segundo pesquisa com 5.015 moradores das 12 cidades-sedes. É a área que mais deixa a desejar no Rio (92%), Cuiabá (91%), São Paulo (89%), Porto Alegre (88%), Belo Horizonte (85%) e Brasília (83%). Segundo levantamento da LeadPix, agência de marketing direto, o problema de locomoção supera o de segurança pública.

2. Os porto-alegrenses são os mais pessimistas: 13% dizem que nada vai funcionar. Entre os mais otimistas, estão os brasilienses: 22% avaliam que a capital federal está totalmente preparada para receber o Mundial. Quanto à disposição para assistir aos jogos, os paulistanos (13%) e cariocas (11%) são os mais propensos a irem aos estádios. Os mais favoráveis a ver a Copa de casa são curitibanos (39%) e porto-alegrenses (36%).

A INCRÍVEL SEMELHANÇA ENTRE O CONTROLE DA IMPRENSA NOS PAÍSES BOLIVARIANOS, HOJE, E NA ALEMANHA EM 1933!

Joseph Goebells, 06/041933 (em Peter Logenrich – biografia de Goebells).

“A opinião pública SE FAZ. E quem participa na criação da opinião pública assume ante a nação e ante todo o povo uma enorme responsabilidade. Por isso a imprensa deve atuar no marco de uma disciplina intelectual e nacional geral. Os que resistirem serão excluídos do coletivo das forças desejosas de edificar e, serão considerados indignos de participar na formação da opinião pública do povo alemão. Uniformidade nos princípios, mas manter-se o polimorfismo nos matizes.”. Em seguida anunciou uma lei de imprensa.

PESQUISAS DO IBOPE, EM MARÇO DE 1964, DEZ DIAS ANTES DO GOLPE, EM MAIO E NOVEMBRO DE 1964 E EM FEVEREIRO DE 1965!

(Roldão A. link para o Jornal da Unicamp de 03/2003 – Estado de S. Paulo, 13)

1. Ibope – SP, março de 1964. 1.1. Avaliação do governo João Goulart: 36% de ótimo+bom, 30% de regular e 19% de ruim+péssimo.

1.2. Encampação das refinarias de petróleo, desapropriação de terras que margeiam açudes, ferrovias e rodovias federais e tabelamento de alugueis: a favor 64%, contra 20%. / Encampação de empresas privadas: vantajosa para 47% e desvantajosa para 28%./  Entrada de capitais estrangeiros: a favor 46%, contra 33%.

1.3. 80% dos paulistanos eram contra a legalização do Partido Comunista do Brasil e 57% viam o comunismo aumentando no país / 32% temiam o governo Jango como um perigo imediato, 36% como um perigo futuro e 19% não o consideravam um perigo. / Eleições presidenciais marcadas para 1965: 45% estavam certos de que o presidente pretendia realizá-las normalmente, sem interferir; 22% desconfiavam que Goulart queria mudar a Constituição para se candidatar; e 12% achavam que ele preparava um golpe para se tornar ditador.

1.4. Entre os presidenciáveis, Carvalho Pinto liderava as intenções de voto com 24%, Juscelino Kubistchek com 22%, vindo depois Carlos Lacerda (16%) e Adhemar de Barros (9%).

2. Em oito capitais (São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Porto Alegre, Fortaleza, Recife, Salvador e Curitiba) 2.1. Hipótese de três candidatos a presidente: Kubistchek saiu favorito com 40,1%, deixando Carlos Lacerda com 14,8% e Magalhães Pinto com 10,2%. O mesmo questionário abriu a possibilidade de João Goulart se candidatar e 40% responderam que votariam nele; 52%, não.

2.2. Quais os problemas que devem ser resolvidos com maior urgência? Alta do custo de vida (50%), alfabetização (25%), melhoria das condições de vida (20%), desenvolvimento da agricultura (19%) e desenvolvimento industrial (6%).

3. Ibope – SP, maio, pós-golpe. 70% dos entrevistados diziam que a situação do Brasil “agora ia melhorar”, 10% que ia piorar, 7% que ficaria igual e 13% não sabiam. / A deposição de Goulart constituiu uma medida benéfica ao país para 54% e prejudicial para 20%. / A queda do presidente ocorreu, para 34%, porque ele estava levando o Brasil para um regime comunista; para 28% porque pretendia fechar o Congresso e se tornar ditador; e para 17% porque estava tomando medidas populares que contrariavam fortes interesses de grupos econômicos e financeiros, nacionais e estrangeiros. / A cassação de deputados comunistas foi aprovada por 74% e a prisão de líderes sindicais ligados aos comunistas por 72%. O presidenciável Carlos Lacerda, defensor ardoroso do golpe, alcançava Juscelino Kubistchek, somando 22,7% contra 22,1%.

4. Ibope, final de maio, Guanabara, pós-golpe.  Avaliação do presidente Castelo Branco: Ótimo+bom 51%, regular 21%, ruim + péssimo 6%. / As eleições serão mesmo realizadas em 1965? 52% sim (antes do golpe 90%), 52% esperavam votar para presidente, 17% não sabiam e 31%, não mais. A cassação de mandatos e a suspensão de direitos políticos tinham aprovação de 56%. Motivos para as cassações: eram comunistas (40%), subversivos (22%), corruptos (25%), perseguidos politicamente (28%).

5. Ibope, novembro de 1964, SP. Avaliação do governo Castelo Branco até aquele momento: ótimo+bom 27%, regular 35%, 20% como ruim+péssimo./ As medidas de combate à inflação e alta do custo de vida seriam eficazes para 35%, e ineficazes para 41%. Para 47% dos eleitores entrevistados, o próximo presidente deveria ser um civil; 22% defendiam um militar e 20% eram indiferentes.

6. Ibope, fevereiro de 1965, Guanabara. 16% achavam que a situação econômica melhorou e 73% que piorou / 35% ainda torciam por um ano melhor, mas 44% esperavam pelo pior. Os satisfeitos com o governo somavam 45%; os insatisfeitos, 46%.

O PROJETO DE LEI DAS MANIFESTAÇÕES: RISCOS EM RELAÇÃO À DOSAGEM E À PERMANÊNCIA!

1. As leis são regras permanentes. Quando se enfrenta situações conjunturais, deve-se ter muito cuidado ao legislar. É natural que em relação à Copa e aos JJOO, a FIFA e o COI peçam cuidados excepcionais. Afinal, os patrocínios são milionários e criam enormes reservas financeiras para essas organizações. Um desvio de foco pelas manifestações prejudica a marca dos patrocinadores e ainda pode afetá-los pela vinculação.

2. Além disso, há os países que têm segurança especial em função dos riscos de terrorismo, que são ações de difícil controle e complexa prevenção. São os casos destacados dos EUA e de Israel, agora multiplicados pelos países associados (Reino Unido), pelas ocupações (Rússia), conflitos (Ucrânia) e golpes (Egito).

3. Tudo bem. Mas criar uma legislação repressiva –em função desse ciclo de manifestações- e dos grandes eventos, e o fazer por lei, tornando-a permanente, é um prato feito para governos autoritários. A democracia brasileira avançou muito, mas os riscos de recaída não são pequenos. Entregar esses instrumentos aos governos, permanentemente, é algo que se deve fazer com muito cuidado.

4. Melhor seriam legislações de prazo certo e definido. Numa Federação onde os entes federados são, além dos estados, os municípios (artigo primeiro da constituição brasileira), uma legislação estendida e autoritária trará muito mais conflitos que soluções. Vide Venezuela agora e –sempre- Itália e Alemanha no início dos regimes nos anos 20 e 30.

5. (Painel – Folha de SP, 01) Da rua às grades. O governo deve propor uma pena de quatro anos de prisão para atos de vandalismo em protestos no projeto de lei que será enviado ao Congresso para tentar conter a violência em manifestações. Os detalhes do texto serão fechados na próxima semana entre a presidente Dilma Rousseff e o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça). Com a punição, os atos violentos deixarão de ser enquadrados como crimes leves, o que permitirá que se faça interceptação telefônica dos investigados. Cara limpa O Planalto também estuda punir manifestantes que usarem máscaras, mas ainda não conseguiu elaborar um modelo de atuação das polícias para identificar participantes dos atos.

Cesar Maia defende correções nos vencimentos das merendeiras da Prefeitura do Rio

A vitória dos garis produziu, como consequência, a identificação de distorções em outras categorias que agora, naturalmente, reivindicam, por paridade, o mesmo tratamento. Por exemplo, o crescimento de 37% no vencimento dos garis terminou gerando ultrapassagem na própria Comlurb em categorias de pessoal administrativo, que agora reivindicam, por hierarquia dentro da própria empresa, um aumento semelhante para manter essa hierarquia para o pessoal de 2º grau. A comodidade é muito grande e, enfim, se inicia um processo interno na empresa que muitos chamam de operação tartaruga. Cumprir exatamente o que tem que ser feito sem transbordar esses limites.

No caso das merendeiras. O justo reajuste conquistado pelos garis alcançou também o pessoal de garis, não é? Que fazem o trabalho de alimentação nas escolas, que é um trabalho, rigorosamente, igual ao das merendeiras! Acho que com muito menos qualidade, pela condição de permanência da merendeira e a sua relação com as professoras, com as famílias. Às vezes, uma criança que precisa de uma alimentação especial…!

Mas, o que aconteceu? É que as merendeiras estão recebendo um piso de R$841,00. Ao seu lado, um Agente Preparador de Alimentação, enfim, merendeiro da Comlurb, que trabalha nas Escolas, nas mesmas Escolas, recebendo R$1.100,00, o que gera uma diferença de 30,7%. Claro que as merendeiras começam a reagir e pedir paridade, o que é justo, também.

Os tíquetes de alimentação das merendeiras, são 22 a R$12,00, e alcançam R$264,00. O tíquete dos merendeiros, vamos chamar assim, alcançam R$ 440,00, agora. Aí há uma diferença de 66,6%.

Então, não apenas a vitória dos garis produziu um justo reconhecimento do seu trabalho, ao qual homenageio com essa gravata laranja, da cor do uniforme deles, mas produziu um natural impacto para que aquelas categorias assemelhadas ou hierarquizadas, venham a ter as correções feitas, e eu diria, com uma certa rapidez.

12 de março de 2014

BALCANIZAÇÃO DAS ELEIÇÕES PARA GOVERNADOR DO RIO DE JANEIRO!

1. A Balcanização (‘fracionamento de uma unidade -país, etc.- em unidades menores, mais ou menos hostis entre si’) das eleições para governador do Estado do Rio, em 2014, torna o resultado imprevisível e elimina a grade de favoritos. É o único Estado do Brasil onde isso ocorre este ano.

2. Por quê? O estilo de governo do PMDB no Rio –estado e capital- é despolitizador, apostando num processo de desmoralização dos servidores públicos, da administração pública, dos deputados e vereadores, submetendo-os a subserviência dos favores com a chantagem dos riscos eleitorais.

3. Oferece como alternativa –mais que as privatizações e terceirizações bilionárias e de duvidosa moralidade- um suposto governo de especialistas, assessorias e consultorias milionárias. A mistura de ambas vai corroendo e desintegrando a máquina pública, cuja resultante inexorável é o fracasso administrativo e a desmoralização política. Em uma palavra: o caos nos serviços.

4. Essa despolitização, como política, não poderia dar outro resultado: a desmontagem das alianças políticas potenciais, a criação de expectativas para todos e a balcanização eleitoral. Se em 2006 tínhamos 2 blocos competitivos e em 2010 também 2 blocos competitivos, agora temos 7, por enquanto. Todos eles potencialmente competitivos.

5. As pesquisas confiáveis publicadas mostram que nenhum dos atuais sete candidatos atinge 20% e que a diferença entre os dois primeiros e os sexto e sétimo é de apenas 12 pontos. Se somarmos a intenção de voto do primeiro com o último e dividirmos por 2 temos 11%. Com isso, a expectativa é de que quem passar da fronteira dos 15% estará no segundo turno.

6. Todos pensam em crescer, mas à custa de quem? Os ditos ‘indecisos’, 30%, são mais eleitores que não querem votar em ninguém que eleitores aguardando para decidir. Todos pensam em tempo de TV. Pela imprevisibilidade eleitoral, os preços das ações na bolsa de valores de tempo de TV cresceram muito, como tem sido divulgado. Difunde-se que os que lideram não têm chance no segundo turno e quem carrega o peso da impopularidade governamental, nem no primeiro.

7. Mas com esse espectro de porcentagens de intenções de voto, todos se assanham e se entusiasmam hoje, mas em agosto essa balcanização produzirá um estresse eleitoral e a tendência é que a agressividade na campanha 2014 seja recorde. Aliás, confirmando a etimologia da expressão balcanização.

* * *

“GUERRAS SUJAS (DIRTY WARS)”: DOCUMENTÁRIO VENCEDOR DO FESTIVAL DE SUNDANCE E FINALISTA AO OSCAR-2014!

1. Jeremy Scahili, repórter investigativo, busca os responsáveis pelas ações de forças especiais dos EUA, tipo “raid” e chega ao J-SOC (Joint Special Operations Command), grupo de operações especiais que atua paralelamente às Forças Armadas e responde diretamente ao gabinete presidencial dos EUA.

2. Scahili consegue demonstrar que o J-SOC é responsável por operações punitivas no Afeganistão, Iraque, Paquistão, Iêmen e Somália, onde atacam sem focalização, assassinando barbaramente civis que nada tem a ver com Al Qaeda, justificativa para as ações.

3. J-SOC ganhou notoriedade quando matou Bin Laden.

4. Um comentário que mostra os horrores destas operações especiais e o extraordinário trabalho do repórter de guerra.

* * *

BIOECONOMIA!

(Jorge Castro – Clarín, 09) 1. A raiz da mudança climática é a destruição da natureza pela economia industrial, especialmente desde o surgimento do motor de combustão interna, movido – sem custo econômico até 1973 (primeiro choque do petróleo) – pelo uso massivo de combustíveis fósseis.

2. A necessidade agora impõe uma nova direção. Nos últimos 10 anos, os EUA tiveram os nove anos mais quentes de sua história, e a temperatura média em julho e agosto no Centro-Oeste (Cinturão do Milho) é hoje dois graus célsius maior do que era em 1850.

3. A essência da bioeconomia é não se opor a natureza, mas adotar suas regras e tornar-se “ciência da vida”. Daí sua categoria central ser a sustentabilidade, a reprodução da vida.  A agricultura avançada sustenta materialmente a bioeconomia. É a maneira que o capitalismo contemporâneo se apodera da agricultura e a transforma em uma melhoria produtiva da economia industrial, a ponto de absorvê-la e dar-lhe um novo significado.

4. Ao deixar para trás as três primeiras revoluções industriais, o capitalismo assume agora a lógica da vida.   Fiel à sua natureza, aumenta ainda a produtividade biológica e faz com que a natureza torna-se capitalista e trabalhe mais, mais rápido e melhor. A “renda agrícola” era o lucro da terra no passado e agora se torna uma excepcional fonte de receitas decorrentes do conhecimento mais avançado, que é a biologia.

5. A transformação incessante do capitalismo faz com que sempre se reencontre com o seu ponto de partida.

BIOECONOMIA!

(Jorge Castro – Clarín, 09) 1. A raiz da mudança climática é a destruição da natureza pela economia industrial, especialmente desde o surgimento do motor de combustão interna, movido – sem custo econômico até 1973 (primeiro choque do petróleo) – pelo uso massivo de combustíveis fósseis.

2. A necessidade agora impõe uma nova direção. Nos últimos 10 anos, os EUA tiveram os nove anos mais quentes de sua história, e a temperatura média em julho e agosto no Centro-Oeste (Cinturão do Milho) é hoje dois graus célsius maior do que era em 1850.

3. A essência da bioeconomia é não se opor a natureza, mas adotar suas regras e tornar-se “ciência da vida”. Daí sua categoria central ser a sustentabilidade, a reprodução da vida.  A agricultura avançada sustenta materialmente a bioeconomia. É a maneira que o capitalismo contemporâneo se apodera da agricultura e a transforma em uma melhoria produtiva da economia industrial, a ponto de absorvê-la e dar-lhe um novo significado.

4. Ao deixar para trás as três primeiras revoluções industriais, o capitalismo assume agora a lógica da vida.   Fiel à sua natureza, aumenta ainda a produtividade biológica e faz com que a natureza torna-se capitalista e trabalhe mais, mais rápido e melhor. A “renda agrícola” era o lucro da terra no passado e agora se torna uma excepcional fonte de receitas decorrentes do conhecimento mais avançado, que é a biologia.

5. A transformação incessante do capitalismo faz com que sempre se reencontre com o seu ponto de partida.

“GUERRAS SUJAS (DIRTY WARS)”: DOCUMENTÁRIO VENCEDOR DO FESTIVAL DE SUNDANCE E FINALISTA AO OSCAR-2014!

1. Jeremy Scahili, repórter investigativo, busca os responsáveis pelas ações de forças especiais dos EUA, tipo “raid” e chega ao J-SOC (Joint Special Operations Command), grupo de operações especiais que atua paralelamente às Forças Armadas e responde diretamente ao gabinete presidencial dos EUA.

2. Scahili consegue demonstrar que o J-SOC é responsável por operações punitivas no Afeganistão, Iraque, Paquistão, Iêmen e Somália, onde atacam sem focalização, assassinando barbaramente civis que nada tem a ver com Al Qaeda, justificativa para as ações.

3. J-SOC ganhou notoriedade quando matou Bin Laden.

4. Um comentário que mostra os horrores destas operações especiais e o extraordinário trabalho do repórter de guerra.

BALCANIZAÇÃO DAS ELEIÇÕES PARA GOVERNADOR DO RIO DE JANEIRO!

1. A Balcanização (‘fracionamento de uma unidade -país, etc.- em unidades menores, mais ou menos hostis entre si’) das eleições para governador do Estado do Rio, em 2014, torna o resultado imprevisível e elimina a grade de favoritos. É o único Estado do Brasil onde isso ocorre este ano.

2. Por quê? O estilo de governo do PMDB no Rio –estado e capital- é despolitizador, apostando num processo de desmoralização dos servidores públicos, da administração pública, dos deputados e vereadores, submetendo-os a subserviência dos favores com a chantagem dos riscos eleitorais.

3. Oferece como alternativa –mais que as privatizações e terceirizações bilionárias e de duvidosa moralidade- um suposto governo de especialistas, assessorias e consultorias milionárias. A mistura de ambas vai corroendo e desintegrando a máquina pública, cuja resultante inexorável é o fracasso administrativo e a desmoralização política. Em uma palavra: o caos nos serviços.

4. Essa despolitização, como política, não poderia dar outro resultado: a desmontagem das alianças políticas potenciais, a criação de expectativas para todos e a balcanização eleitoral. Se em 2006 tínhamos 2 blocos competitivos e em 2010 também 2 blocos competitivos, agora temos 7, por enquanto. Todos eles potencialmente competitivos.

5. As pesquisas confiáveis publicadas mostram que nenhum dos atuais sete candidatos atinge 20% e que a diferença entre os dois primeiros e os sexto e sétimo é de apenas 12 pontos. Se somarmos a intenção de voto do primeiro com o último e dividirmos por 2 temos 11%. Com isso, a expectativa é de que quem passar da fronteira dos 15% estará no segundo turno.

6. Todos pensam em crescer, mas à custa de quem? Os ditos ‘indecisos’, 30%, são mais eleitores que não querem votar em ninguém que eleitores aguardando para decidir. Todos pensam em tempo de TV. Pela imprevisibilidade eleitoral, os preços das ações na bolsa de valores de tempo de TV cresceram muito, como tem sido divulgado. Difunde-se que os que lideram não têm chance no segundo turno e quem carrega o peso da impopularidade governamental, nem no primeiro.

7. Mas com esse espectro de porcentagens de intenções de voto, todos se assanham e se entusiasmam hoje, mas em agosto essa balcanização produzirá um estresse eleitoral e a tendência é que a agressividade na campanha 2014 seja recorde. Aliás, confirmando a etimologia da expressão balcanização.

11 de março de 2014

CAOS NO TRÂNSITO DO RIO: VASOS COMUNICANTES O TORNAM INEVITÁVEL E PERMANENTE!

1. Este Ex-Blog, em notas anteriores, sublinhou que a corrente majoritária dos urbanistas entende as cidades como organismos vivos que crescem e se expandem para várias direções, em função das possibilidades das pessoas e das empresas. Assim, os bairros vão sendo construídos pela “racionalidade econômica” dos moradores, demandando moradia, emprego, localização de empresas…

2. A mobilidade, ou uso desse e daquele meio de deslocamento individual ou coletivo, é parte disso. Os governos devem intervir para potencializar os vetores positivos dessas dinâmicas e reprimir os negativos. Mas sempre lembrando que o “dia de hoje” é produto complexo de tantas decisões individuais, empresariais e governamentais. Produto complexo de décadas e décadas.

3. O Centro do Rio tornou-se núcleo da cidade em 1567, no Morro do Castelo. São 447 anos de decisões que foram conformando o que vemos hoje: moradias, comércio, meios de transporte, tamanho das ruas, mãos das ruas, sinalizações, etc.

4. O Centro do Rio foi o núcleo de espalhamento da cidade em direção a seu entorno e depois às Zonas Sul e Norte. Este espalhamento a partir do Centro como núcleo gerou infinitas conexões em todas as direções. Gerou VASOS COMUNICANTES. Os transportes radiais eram e continuam sendo, principalmente, em direção e vice-versa ao Centro da Cidade, mesmo depois do crescimento de todos os bairros.

5. E a Avenida Central (1905) / Rio Branco seu eixo distribuidor mais importante.

6. De repente, para acelerar as obras do túnel substituto da perimetral e inaugurá-lo na atual administração, mudam-se radicalmente os fluxos do Centro do Rio a partir da Avenida Rio Branco. Com isso, foram afetadas todas as conexões construídas por décadas e décadas para todos os lados e, especialmente, para seu entorno próximo. E os Vasos Comunicantes reagiram.

7. Um caos anunciado e sem solução e que traz como rescaldo a indignação das pessoas que são os atores desse organismo urbano vivo. O fluir do tráfego –de veículos- pode até ocorrer como tráfego de latarias. Mas além da indignação das pessoas que construíram suas vidas e mobilidades por anos em função da previsibilidade do Centro do Rio, ainda afetará -e por isso mesmo- as atividades econômicas no Centro. Produzirá um esvaziamento econômico e uma desvalorização patrimonial, tanto maior quanto mais tempo durem essas mudanças irresponsáveis.

8. Por isso, pelos Vasos Comunicantes, uma micro-manifestação em qualquer ponto do Centro agrava o caos, como vimos na Avenida Francisco Bicalho e na Praça da Cruz Vermelha. E os “manifestantes” descobrirão esse efeito caos e o usarão para que seus protestos ganhem ainda maior destaque. O caos será ampliado e multiplicado.

9. Quem viver…, verá!

* * *

RIO! TRADICIONAL COLÉGIO SANTA DOROTÉIA NO RIO COMPRIDO SENDO DEMOLIDO PARA ENTRAR ESPIGÃO! 

(Moradores e Ex-Alunos Indignados) Colégio Santa Dorotéia , maior referência em ensino do bairro e dos mais importantes do Rio de Janeiro está sendo demolido às escondidas. Não tem placa de demolição e nem de construtora. Vai subir um espigão. É patrimônio que deve estar sendo destombado.

* * *

RIO ÔNIBUS ESCLARECE QUE DIRIGENTES DA WEBJET QUE FORAM PARA A COMLURB ERAM DE GESTÃO ANTERIOR! 

1. “Caro vereador Cesar Maia, o empresário Jacob Barata Filho esclarece que se, atualmente, algum ex-executivo da Webjet participa da direção da Comlurb, com certeza, não é oriundo da sua curta experiência no ramo aeroviário.  A participação do empresário na direção da Webjet foi um convite dos sócios fundadores, Mauro Monchansk e José Messer, para substituir outros dois sócios que deixavam a empresa. Nesta ocasião, o grupo Águia também se integrou à gestão da Webjet.

2. Vale ressaltar que esse investimento foi realizado apenas por Jacob Barata Filho (como pessoa física) sem a participação de seu pai, Jacob Barata, ou empresa. O objetivo era entender melhor um novo negócio ligado ao transporte de passageiros.  Nesse período, a companhia possuía apenas duas aeronaves e já era foco da concorrência da Gol e da TAM, que operavam com mais de 150 aviões, realizando os mesmos horários e destinos da Webjet pela metade do preço praticado em outros mercados.

3. Após um ano de prejuízo, os empresários decidiram vender a Webjet, que foi comprada pela CVC. Nessa gestão, ela alcançou a marca de 20 aeronaves e posteriormente foi vendida para a Gol. Equipe Comunicação Digital Rio Ônibus.”

RIO ÔNIBUS ESCLARECE QUE DIRIGENTES DA WEBJET QUE FORAM PARA A COMLURB ERAM DE GESTÃO ANTERIOR!

1. “Caro vereador Cesar Maia, o empresário Jacob Barata Filho esclarece que se, atualmente, algum ex-executivo da Webjet participa da direção da Comlurb, com certeza, não é oriundo da sua curta experiência no ramo aeroviário.  A participação do empresário na direção da Webjet foi um convite dos sócios fundadores, Mauro Monchansk e José Messer, para substituir outros dois sócios que deixavam a empresa. Nesta ocasião, o grupo Águia também se integrou à gestão da Webjet.

2. Vale ressaltar que esse investimento foi realizado apenas por Jacob Barata Filho (como pessoa física) sem a participação de seu pai, Jacob Barata, ou empresa. O objetivo era entender melhor um novo negócio ligado ao transporte de passageiros.  Nesse período, a companhia possuía apenas duas aeronaves e já era foco da concorrência da Gol e da TAM, que operavam com mais de 150 aviões, realizando os mesmos horários e destinos da Webjet pela metade do preço praticado em outros mercados.

3. Após um ano de prejuízo, os empresários decidiram vender a Webjet, que foi comprada pela CVC. Nessa gestão, ela alcançou a marca de 20 aeronaves e posteriormente foi vendida para a Gol. Equipe Comunicação Digital Rio Ônibus.”