05 de junho de 2014

COMUNICAÇÃO POLÍTICA: CONFIANÇA OU IMPREVISIBILIDADE? ALICE E O GATO!

1. Pesquisas de todos os tipos, e de vários institutos, mostram sempre que a curva de Confiança é declinante em geral ou setorialmente. Isso afeta a presidente Dilma, como as pesquisas mostram. Mas afeta também a generalidade dos governadores, dos prefeitos e dos políticos; e até das instituições.

2. Em comunicação política, usar a palavra certa, do ponto de vista do conteúdo e da compreensão das pessoas, é fundamental, e decisivo. Numa pesquisa, as pessoas consultadas respondem em função do que entenderam. O entrevistador deve ser impessoal, sem comentários, sem caras e bocas. Uma pergunta que permite mais de uma interpretação, no mínimo, exigiria outra para se acertar o foco.

3. Por exemplo: Você Confia na Presidente Dilma? Até aqui não há nenhuma razão para que as pessoas não tenham confiança na pessoa física de Dilma. Pode-se entender que não confiam no governo dela. Uma campanha eleitoral presidencial ou de governadores, quando esquenta, afunila para a pessoa, para a imagem dos candidatos. A clássica frase: Você compraria um carro usado dessa pessoa?

4. Toda a cobertura de imagem de Dilma a mostra como durona, como correta, como honesta. A conclusão é que as pessoas confiam na Dona Dilma. Comprariam um carro usado dela. Se num debate ou na imprensa ou nos programas eleitorais, um candidato perguntar ao eleitor de forma provocativa –se ele confia na Dilma- é possível que o (a) eleitor (a) responda para si mesmo (a) que confia e diga para sua/seu esposa (a) ao lado: É difícil ela trabalhar no meio dessa corja.

5. A qualificação na comunicação deve ser a correta. Por isso, preliminares de pesquisa –qualitativa- buscando situar adequadamente os termos, devem ser feitas sempre que existam dúvidas. Testes em reuniões informais, sem alertar as pessoas, têm sido feitos de forma a ajustar o foco do sentimento das pessoas. A mesma pergunta se Confia ou Não Confia tem respostas semelhantes para os três candidatos. As pesquisas dizem que os eleitores querem mudança, querem mudar. Mudar em si não qualifica ninguém. Para onde?

6. (Lewis Carroll: Alice no País das Maravilhas). Alice pergunta ao Gato: Podes dizer-me, por favor, que caminho devo seguir para sair daqui? Isso depende muito de para onde queres ir – respondeu o gato. Preocupa-me pouco aonde ir – disse Alice. Nesse caso, pouco importa o caminho que sigas – replicou o gato.

7. A palavra-chave, neste momento, é IMPREVISIBILIDADE. Não há previsibilidade com Dilma. Também não há –ainda-  previsibilidade com Aécio e Eduardo Campos. Atacar o governo de Dilma aumenta a imprevisibilidade para todos, além dela. Ela faz a mesma coisa: a volta ao passado… Para todos é necessário que se aponte para o horizonte, simultaneamente.

8. Sendo assim, as pessoas vão entender, vão ter previsibilidade sobre o futuro e a confiança virá na pessoa física e na pessoa jurídica, simultaneamente. E a comunicação fica clara, no conteúdo além da forma.

* * *

PREFEITURA DO RIO PROPÕE LEI PARA VENDER VÁRIOS IMÓVEIS: QUASE TODOS NA ZONA SUL, BARRA E RECREIO DOS BANDEIRANTES, À SOMBRA DA ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA! 

1. Projeto de Lei Nº 790 / 2014. / Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado, a alienar os bens imóveis que compõem o Patrimônio municipal, constantes dos Anexos desta Lei, mediante desafetação, avaliação prévia e licitação…

2. Localização: Leblon, Laranjeiras, Recreio dos Bandeirantes, Recreio dos Bandeirantes, Botafogo, Barra da Tijuca, Barra da Tijuca, Barra da Tijuca, Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Botafogo (sendo 8 na Real Grandeza), Cidade Nova, Cidade Nova, Cidade Nova, Sete de Setembro…

3. Desafetação é mudança de uso, por exemplo, uma praça.Conheça o listão da véspera das eleições.

PREFEITURA DO RIO PROPÕE LEI PARA VENDER VÁRIOS IMÓVEIS: QUASE TODOS NA ZONA SUL, BARRA E RECREIO DOS BANDEIRANTES, À SOMBRA DA ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA!

1. Projeto de Lei Nº 790 / 2014. / Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado, a alienar os bens imóveis que compõem o Patrimônio municipal, constantes dos Anexos desta Lei, mediante desafetação, avaliação prévia e licitação…

2. Localização: Leblon, Laranjeiras, Recreio dos Bandeirantes, Recreio dos Bandeirantes, Botafogo, Barra da Tijuca, Barra da Tijuca, Barra da Tijuca, Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Botafogo (sendo 8 na Real Grandeza), Cidade Nova, Cidade Nova, Cidade Nova, Sete de Setembro…

3. Desafetação é mudança de uso, por exemplo, uma praça.Conheça o listão da véspera das eleições.

COMUNICAÇÃO POLÍTICA: CONFIANÇA OU IMPREVISIBILIDADE? ALICE E O GATO!

1. Pesquisas de todos os tipos, e de vários institutos, mostram sempre que a curva de Confiança é declinante em geral ou setorialmente. Isso afeta a presidente Dilma, como as pesquisas mostram. Mas afeta também a generalidade dos governadores, dos prefeitos e dos políticos; e até das instituições.

2. Em comunicação política, usar a palavra certa, do ponto de vista do conteúdo e da compreensão das pessoas, é fundamental, e decisivo. Numa pesquisa, as pessoas consultadas respondem em função do que entenderam. O entrevistador deve ser impessoal, sem comentários, sem caras e bocas. Uma pergunta que permite mais de uma interpretação, no mínimo, exigiria outra para se acertar o foco.

3. Por exemplo: Você Confia na Presidente Dilma? Até aqui não há nenhuma razão para que as pessoas não tenham confiança na pessoa física de Dilma. Pode-se entender que não confiam no governo dela. Uma campanha eleitoral presidencial ou de governadores, quando esquenta, afunila para a pessoa, para a imagem dos candidatos. A clássica frase: Você compraria um carro usado dessa pessoa?

4. Toda a cobertura de imagem de Dilma a mostra como durona, como correta, como honesta. A conclusão é que as pessoas confiam na Dona Dilma. Comprariam um carro usado dela. Se num debate ou na imprensa ou nos programas eleitorais, um candidato perguntar ao eleitor de forma provocativa –se ele confia na Dilma- é possível que o (a) eleitor (a) responda para si mesmo (a) que confia e diga para sua/seu esposa (a) ao lado: É difícil ela trabalhar no meio dessa corja.

5. A qualificação na comunicação deve ser a correta. Por isso, preliminares de pesquisa –qualitativa- buscando situar adequadamente os termos, devem ser feitas sempre que existam dúvidas. Testes em reuniões informais, sem alertar as pessoas, têm sido feitos de forma a ajustar o foco do sentimento das pessoas. A mesma pergunta se Confia ou Não Confia tem respostas semelhantes para os três candidatos. As pesquisas dizem que os eleitores querem mudança, querem mudar. Mudar em si não qualifica ninguém. Para onde?

6. (Lewis Carroll: Alice no País das Maravilhas). Alice pergunta ao Gato: Podes dizer-me, por favor, que caminho devo seguir para sair daqui? Isso depende muito de para onde queres ir – respondeu o gato. Preocupa-me pouco aonde ir – disse Alice. Nesse caso, pouco importa o caminho que sigas – replicou o gato.

7. A palavra-chave, neste momento, é IMPREVISIBILIDADE. Não há previsibilidade com Dilma. Também não há –ainda-  previsibilidade com Aécio e Eduardo Campos. Atacar o governo de Dilma aumenta a imprevisibilidade para todos, além dela. Ela faz a mesma coisa: a volta ao passado… Para todos é necessário que se aponte para o horizonte, simultaneamente.

8. Sendo assim, as pessoas vão entender, vão ter previsibilidade sobre o futuro e a confiança virá na pessoa física e na pessoa jurídica, simultaneamente. E a comunicação fica clara, no conteúdo além da forma.

Cesar Maia derruba projeto que previa transferência de recursos dos aposentados e pensionistas da Câmara

A Câmara tentou votar, em regime de urgência na sessão desta terça-feira, o projeto de lei que quer transferir R$ 130 milhões do Fundo Especial da Câmara para os cofres da prefeitura, mas o vereador Cesar Maia pediu votação nominal e conseguiu derrubar o requerimento.

O presidente Jorge Felippe está empenhado em aprovar a proposta da Mesa Diretora, cuja ideia é que a verba seja usada na construção de clínicas da família. Mas a oposição não anda nada satisfeita com a entrega das economias da casa à prefeitura. Alegam que o dinheiro poderá não ser utilizado totalmente para a Saúde, já que o prefeito Eduardo Paes pode remanejar 30% do orçamento sem pedir autorização do Legislativo.

Criado em 2010, o fundo tem atualmente quase R$ 151 milhões. Para o vereador César Maia (DEM), o dinheiro pertence aos servidores da Casa e deveria ser utilizado para a aposentadoria deles.

“A Câmara não recolhe a parte do empregador ao Funprevi há anos. São 22% sobre a folha de pagamentos. Os servidores recolhem 11%. A prefeitura inscreve em ‘a receber’. O que se deveria fazer é pagar ao Funprevi. O dinheiro iria para o mesmo cofre da prefeitura, mas capitalizando o fundo de aposentadoria dos servidores. O fato da Câmara ter acumulado esses recursos é não ter pago os 22% do empregador”, justifica.

Fonte: Jornal Extra

04 de junho de 2014

DECRETO QUE CRIA A “PNPS” É UMA REAÇÃO DESESPERADA CONTRA AS REDES SOCIAIS: É INÓCUO! 

1. A presidente Dilma –mobilizada pelo PT, CUT, et caterva- acha ou acham que descobriram a fórmula para resistir o declínio da democracia direta associativa e enfrentar o ascenso da democracia direta eletrônica das Redes Sociais. Baixou o decreto nº 8.243, na sexta-feira (30), criando a “Política Nacional de Participação Social — PNPS”.  São comissões, conselhos, ouvidorias, “mesas de diálogo”, conferências nacionais, junto à administração, ministérios e as estatais, sob a justificativa de participação social.

2. Explica-se: os sindicatos e associações perderam força e vários estão minguando, quando não, desaparecendo. As greves, as movimentações nas ruas…, aqui e alhures, mostram isso. O decreto cria uma espécie de obrigação para o governo de consultar aquelas instâncias com o claro objetivo de fortalecê-las ou ressuscitá-las. Ilusão treda!! Como dizia Augusto dos Anjos.

3. É um duplo engano. O primeiro é que é um decreto-minotauro, ou seja, um labirinto que aprisiona o governo e torna ainda mais lento e enredado o processo de decisão. Isso num governo cuja gestão é considerada das mais improdutivas das últimas décadas. Com o caminho livre, faz o que faz. Imagine com esse novo decreto que as crianças conhecem tanto: recue três pedras porque a associação tal tem ideia melhor, etc.

4. Mas o fundamental e que permite entender esse decreto é que as Redes Sociais –através da democracia direta eletrônica- estão substituindo a democracia direta físico-associativa. Cada vez as pessoas sentem que precisam menos de intermediações de burocracias associativas, vazias e sem representatividade.

5. Os sindicatos e associações fazem parte da lógica do século 19, onde o megafone e o papel eram os meios de comunicação. Alguém precisava manejá-los. Isso vem mudando com o rádio, o telefone, a TV, o satélite… Mas agora em pleno século 21, a mudança é radical. Essa mudança de qualidade na comunicação vem com a eletrônica, com a internet e, com ela, as Redes Sociais. As Redes Sociais são horizontais e desierarquizadas, o inverso dos sindicatos e associações. Manuel Castel explica: A Sociedade em Rede; Redes de Indignação e Esperança.

6. O decreto-minotauro é um tiro no pé da gestão pública. É uma camisa de força. Mas, sobretudo, é inócuo. A história não dá passos atrás por força de decretos. Em outros países os decretos foram mais explícitos, proibindo ou limitando as Redes Sociais.  Aqui não tiveram coragem de ir tão longe e preferiram tentar esvaziá-las, dando poder aos concorrentes sindicais e associativos.

7. Se a oposição quisesse dar um golpe forte no governo, deixaria esse decreto para lá. Ele vai asfixiar e acelerar a paralisia do governo. Nada de recorrer à justiça para derrubá-lo. Esse decreto em pé é um pelourinho para a autodestruição do governo do PT por ele mesmo.

8. Duas imagens do decreto 8243 da Dilma. 1 e 2.

* * *

CRISE NA ARGENTINA: DESPENCAM AS IMPORTAÇÕES DESDE O BRASIL!

(Folha de SP, 03) As exportações brasileiras para a Argentina caíram pelo oitavo mês consecutivo em maio, comprometendo o resultado da balança. De janeiro a maio deste ano, o Brasil vendeu menos US$ 3,3 bilhões em produtos para o mundo em relação ao mesmo período de 2013. Quase a metade do montante deve-se ao que deixou de ser exportado para a Argentina –terceiro parceiro comercial do país e principal destino de manufaturados.

* * *

CAMPANHA PARA DECIDIR A INDEPENDÊNCIA DA ESCÓCIA COMEÇOU OFICIALMENTE!

(Le Monde, 31) 1. A campanha eleitoral para o referendum sobre a independência da Escócia, foi oficialmente iniciada nesse 30 de maio. Quatro milhões de escoceses são chamados a se pronunciar em quatro meses sobre o acordo que liga a Escócia à Inglaterra depois de 307 anos. O ato de união que fusionou as coroas da Escócia e da Inglaterra remonta a 1707.

2. As últimas pesquisas para 18 de setembro dão ao NÃO em torno de 40%. Mas a distância entre os que se opõem e os que apoiam a independência não para de diminuir. No último mês eram 30% os eleitores que respondiam SIM.

CAMPANHA PARA DECIDIR A INDEPENDÊNCIA DA ESCÓCIA COMEÇOU OFICIALMENTE!

(Le Monde, 31) 1. A campanha eleitoral para o referendum sobre a independência da Escócia, foi oficialmente iniciada nesse 30 de maio. Quatro milhões de escoceses são chamados a se pronunciar em quatro meses sobre o acordo que liga a Escócia à Inglaterra depois de 307 anos. O ato de união que fusionou as coroas da Escócia e da Inglaterra remonta a 1707.

2. As últimas pesquisas para 18 de setembro dão ao NÃO em torno de 40%. Mas a distância entre os que se opõem e os que apoiam a independência não para de diminuir. No último mês eram 30% os eleitores que respondiam SIM.

CRISE NA ARGENTINA: DESPENCAM AS IMPORTAÇÕES DESDE O BRASIL!

(Folha de SP, 03) As exportações brasileiras para a Argentina caíram pelo oitavo mês consecutivo em maio, comprometendo o resultado da balança. De janeiro a maio deste ano, o Brasil vendeu menos US$ 3,3 bilhões em produtos para o mundo em relação ao mesmo período de 2013. Quase a metade do montante deve-se ao que deixou de ser exportado para a Argentina –terceiro parceiro comercial do país e principal destino de manufaturados.

DECRETO QUE CRIA A “PNPS” É UMA REAÇÃO DESESPERADA CONTRA AS REDES SOCIAIS: É INÓCUO!

1. A presidente Dilma –mobilizada pelo PT, CUT, et caterva- acha ou acham que descobriram a fórmula para resistir o declínio da democracia direta associativa e enfrentar o ascenso da democracia direta eletrônica das Redes Sociais. Baixou o decreto nº 8.243, na sexta-feira (30), criando a “Política Nacional de Participação Social — PNPS”.  São comissões, conselhos, ouvidorias, “mesas de diálogo”, conferências nacionais, junto à administração, ministérios e as estatais, sob a justificativa de participação social.

2. Explica-se: os sindicatos e associações perderam força e vários estão minguando, quando não, desaparecendo. As greves, as movimentações nas ruas…, aqui e alhures, mostram isso. O decreto cria uma espécie de obrigação para o governo de consultar aquelas instâncias com o claro objetivo de fortalecê-las ou ressuscitá-las. Ilusão treda!! Como dizia Augusto dos Anjos.

3. É um duplo engano. O primeiro é que é um decreto-minotauro, ou seja, um labirinto que aprisiona o governo e torna ainda mais lento e enredado o processo de decisão. Isso num governo cuja gestão é considerada das mais improdutivas das últimas décadas. Com o caminho livre, faz o que faz. Imagine com esse novo decreto que as crianças conhecem tanto: recue três pedras porque a associação tal tem ideia melhor, etc.

4. Mas o fundamental e que permite entender esse decreto é que as Redes Sociais –através da democracia direta eletrônica- estão substituindo a democracia direta físico-associativa. Cada vez as pessoas sentem que precisam menos de intermediações de burocracias associativas, vazias e sem representatividade.

5. Os sindicatos e associações fazem parte da lógica do século 19, onde o megafone e o papel eram os meios de comunicação. Alguém precisava manejá-los. Isso vem mudando com o rádio, o telefone, a TV, o satélite… Mas agora em pleno século 21, a mudança é radical. Essa mudança de qualidade na comunicação vem com a eletrônica, com a internet e, com ela, as Redes Sociais. As Redes Sociais são horizontais e desierarquizadas, o inverso dos sindicatos e associações. Manuel Castel explica: A Sociedade em Rede; Redes de Indignação e Esperança.

6. O decreto-minotauro é um tiro no pé da gestão pública. É uma camisa de força. Mas, sobretudo, é inócuo. A história não dá passos atrás por força de decretos. Em outros países os decretos foram mais explícitos, proibindo ou limitando as Redes Sociais.  Aqui não tiveram coragem de ir tão longe e preferiram tentar esvaziá-las, dando poder aos concorrentes sindicais e associativos.

7. Se a oposição quisesse dar um golpe forte no governo, deixaria esse decreto para lá. Ele vai asfixiar e acelerar a paralisia do governo. Nada de recorrer à justiça para derrubá-lo. Esse decreto em pé é um pelourinho para a autodestruição do governo do PT por ele mesmo.

8. Duas imagens do decreto 8243 da Dilma. 1 e 2.

03 de junho de 2014

ENTREVISTA COM CESAR MAIA SOBRE TRANSFERÊNCIA DE R$ 150 MILHÕES DO FUNDO DA CÂMARA MUNICIPAL PARA A PREFEITURA DO RIO!

1. Setorista do Jornal X que cobre a Câmara Municipal (SX): Vi e ouvi seu discurso criticando a transferência do Fundo da Câmara que estimam em R$ 150 milhões para a Prefeitura. Transferir para área social não seria bom? /  Cesar Maia (CM): Primeiro há que entender porque a Câmara acumulou estes R$ 150 milhões. / SX: Por quê? / CM: Os governos são obrigados por lei a transferir o dobro da contribuição descontada dos servidores para seu Fundo de aposentadoria e pensão. Do servidor se desconta 11%. Sendo assim, o empregador, seja a Prefeitura seja a Câmara tem que recolher 22%. (A lei municipal 3344 de 28/12/2001 diz explicitamente em seu art. 6º. § 1º. A contribuição mensal obrigatória incidirá sobre a remuneração integral percebida pelo servidor, excetuadas as parcelas de caráter eventual, sendo de onze por cento para os servidores e de vinte e dois por cento para o Município). Por exemplo: a ALERJ recolhe a Prefeitura recolhe, mas a Câmara Municipal não recolhe.

2. SX: Por isso a Câmara acumulou tanto dinheiro no Fundo? / CM: Sim. Estimo que o não recolhimento alcance algo como R$ 55 milhões de reais por ano. / SX: E por que não recolhe, se tem tanto dinheiro em caixa? / CM: Anos atrás, antes da atual Mesa da Câmara, a sua assessoria alegou que era o Executivo que deveria fazê-lo. Ninguém entendeu essa interpretação. Tanto é assim que aqui ao lado, na ALERJ, o recolhimento é feito. O Funprevi não deixa de pagar os aposentados e pensionistas da Câmara e a Prefeitura registra como pendência ou dívida ou receita a realizar.

3. SX: O que você como vereador sugere? CM: Simples, que se transfiram esses R$ 150 milhões, ou o valor que for, para o executivo, mas diretamente para o Funprevi. / SX: Você acha que os servidores correm risco das aposentadorias ou das pensões não serem pagas? / CM: Em curto prazo não creio. Mas em longo prazo, num momento de eventuais dificuldades financeiras do Funprevi e com um prefeito orientado por essas consultorias privadas que atualmente os governos contratam, há alto risco.

4. SX: Algo mais? / CM: Pode ser que a maioria dos vereadores não tenha sido informada. Mas serão, seja por essa entrevista, seja no debate da lei proposta para transferir os recursos. Ideal é que aprovem uma emenda substitutiva, autorizando a transferência do dinheiro desse Fundo para o Funprevi para cobrir os encargos previdenciários de responsabilidade da Câmara. Só isso.

* * *

OS DEPUTADOS FEDERAIS E A MÍDIA!

(Folha de SP, 02) Levantamento da FSB Pesquisa com 222 dos 513 deputados federais, pedindo para indicar até três veículos de sua preferência: “Folha de SP” (73%), “O Globo” (36%), “O Estado de S. Paulo” (31%), “Correio Braziliense” (17%) e “Valor Econômico” (12%).  Portal preferido: UOL (44%), G1 (39%) e Terra (15%). Segundo o levantamento, 46% dos congressistas apontam os jornais como fonte preferida, contra 41% que citam a internet. Em 2013, esses números eram 54% e 28%, respectivamente.

* * *

ALEMANHA: DIFICULDADES PARA APLICAR PENALIDADES À RÚSSIA!

(El País, 30) A Alemanha paga a Rússia uma fatura anual de 40 bilhões de euros pela energia produzida pelo petróleo e pelo gás natural (que em grande parte circula através de gasodutos que atravessam o convulsionado território ucraniano) e é (de longe) seu principal parceiro comercial. De acordo com dados de Moscou, existem 6.000 empresas alemãs na Rússia contra apenas 200 empresas espanholas. Por sua vez, a China, sempre faminta por energia, assinou há um ano um mega contrato de fornecimento de petróleo com a Federação Russa pelo qual fez um adiantamento de 200 bilhões de euros e que já tem o seu próprio gasoduto: o Oriental Sibéria Oceano Pacífico, de 5.000 km, financiado pela China e que também abastece o Japão e a Coréia do Sul. O desenvolvimento econômico de todas essas potências está indissoluvelmente ligado a esta região perdida que sobrevoamos em direção à bacia do Obi, distrito de Khanty-Mansi.

ALEMANHA: DIFICULDADES PARA APLICAR PENALIDADES À RÚSSIA!

(El País, 30) A Alemanha paga a Rússia uma fatura anual de 40 bilhões de euros pela energia produzida pelo petróleo e pelo gás natural (que em grande parte circula através de gasodutos que atravessam o convulsionado território ucraniano) e é (de longe) seu principal parceiro comercial. De acordo com dados de Moscou, existem 6.000 empresas alemãs na Rússia contra apenas 200 empresas espanholas. Por sua vez, a China, sempre faminta por energia, assinou há um ano um mega contrato de fornecimento de petróleo com a Federação Russa pelo qual fez um adiantamento de 200 bilhões de euros e que já tem o seu próprio gasoduto: o Oriental Sibéria Oceano Pacífico, de 5.000 km, financiado pela China e que também abastece o Japão e a Coréia do Sul. O desenvolvimento econômico de todas essas potências está indissoluvelmente ligado a esta região perdida que sobrevoamos em direção à bacia do Obi, distrito de Khanty-Mansi.

OS DEPUTADOS FEDERAIS E A MÍDIA!

(Folha de SP, 02) Levantamento da FSB Pesquisa com 222 dos 513 deputados federais, pedindo para indicar até três veículos de sua preferência: “Folha de SP” (73%), “O Globo” (36%), “O Estado de S. Paulo” (31%), “Correio Braziliense” (17%) e “Valor Econômico” (12%).  Portal preferido: UOL (44%), G1 (39%) e Terra (15%). Segundo o levantamento, 46% dos congressistas apontam os jornais como fonte preferida, contra 41% que citam a internet. Em 2013, esses números eram 54% e 28%, respectivamente.

ENTREVISTA COM CESAR MAIA SOBRE TRANSFERÊNCIA DE R$ 150 MILHÕES DO FUNDO DA CÂMARA MUNICIPAL PARA A PREFEITURA DO RIO!

1. Setorista do Jornal X que cobre a Câmara Municipal (SX): Vi e ouvi seu discurso criticando a transferência do Fundo da Câmara que estimam em R$ 150 milhões para a Prefeitura. Transferir para área social não seria bom? /  Cesar Maia (CM): Primeiro há que entender porque a Câmara acumulou estes R$ 150 milhões. / SX: Por quê? / CM: Os governos são obrigados por lei a transferir o dobro da contribuição descontada dos servidores para seu Fundo de aposentadoria e pensão. Do servidor se desconta 11%. Sendo assim, o empregador, seja a Prefeitura seja a Câmara tem que recolher 22%. (A lei municipal 3344 de 28/12/2001 diz explicitamente em seu art. 6º. § 1º. A contribuição mensal obrigatória incidirá sobre a remuneração integral percebida pelo servidor, excetuadas as parcelas de caráter eventual, sendo de onze por cento para os servidores e de vinte e dois por cento para o Município). Por exemplo: a ALERJ recolhe a Prefeitura recolhe, mas a Câmara Municipal não recolhe.

2. SX: Por isso a Câmara acumulou tanto dinheiro no Fundo? / CM: Sim. Estimo que o não recolhimento alcance algo como R$ 55 milhões de reais por ano. / SX: E por que não recolhe, se tem tanto dinheiro em caixa? / CM: Anos atrás, antes da atual Mesa da Câmara, a sua assessoria alegou que era o Executivo que deveria fazê-lo. Ninguém entendeu essa interpretação. Tanto é assim que aqui ao lado, na ALERJ, o recolhimento é feito. O Funprevi não deixa de pagar os aposentados e pensionistas da Câmara e a Prefeitura registra como pendência ou dívida ou receita a realizar.

3. SX: O que você como vereador sugere? CM: Simples, que se transfiram esses R$ 150 milhões, ou o valor que for, para o executivo, mas diretamente para o Funprevi. / SX: Você acha que os servidores correm risco das aposentadorias ou das pensões não serem pagas? / CM: Em curto prazo não creio. Mas em longo prazo, num momento de eventuais dificuldades financeiras do Funprevi e com um prefeito orientado por essas consultorias privadas que atualmente os governos contratam, há alto risco.

4. SX: Algo mais? / CM: Pode ser que a maioria dos vereadores não tenha sido informada. Mas serão, seja por essa entrevista, seja no debate da lei proposta para transferir os recursos. Ideal é que aprovem uma emenda substitutiva, autorizando a transferência do dinheiro desse Fundo para o Funprevi para cobrir os encargos previdenciários de responsabilidade da Câmara. Só isso.

Cesar Maia é entrevistado pelo portal Terra

Terra – Por que o senhor quer ser governador do Rio?

Cesar Maia – A política não é querer ser. São as circunstâncias que levam a que as forças políticas apresentem um nome. Tanto o PSDB no Rio quanto o DEM foram enfraquecidos nos últimos anos. É necessário que se tenha uma candidatura majoritária que seja competitiva, que tenha presença para que nossas ideias sejam discutidas. A razão de fundo é essa. Estamos fazendo essa coligação com o PPS e o PSDB e isso deve se concretizar nos próximos dias.

Terra – Notícias recentes dão conta de que o senhor abriria mão da candidatura para apoiar o governador Pezão. Isso é verdade?

Cesar – Se a candidatura fosse minha poderia abrir mão ou não. Na verdade é uma coligação e nunca se falou disso e nem há razão para que a coligação abra mão da candidatura majoritária, que eventualmente sou eu, mas se não fosse as razões seriam as mesmas.

Cesar Maia: ‘Rio está atrasado para as Olímpiadas de 2016’Clique no link para iniciar o vídeo
Cesar Maia: “Rio está atrasado para as Olímpiadas de 2016”
Terra – As últimas pesquisas divulgadas para o governo do Rio trazem o seu nome abaixo do terceiro colocado, o senador Lindbergh Farias (PT) e acima do governador Pezão (PMDB). Mas com 35% de eleitores indecisos. Como é possível superar isso e vencer?

Cesar – Para começar não é a primeira vez que sou candidato. Já fui prefeito três vezes, já participei de oito eleições no Rio, ganhei seis, perdi duas. Na verdade as pesquisas no Rio caracterizam uma situação especial. (Anthony) Garotinho tem 20%, (Marcelo) Crivella tem 15% e há três candidatos entre 11 e 10%, Lindberg, eu e Pezão. E mais atrás o Miro Teixeira, caso confirme a candidatura. O que se vê é que quem chegar a 15% está disputando para ir para o segundo turno. Por isso todos têm chances e todos estão entusiasmados. Você tem notícias, envolvimento, papel na rua, prestação de contas e já houve até debates entre os pré-candidatos.

Terra – O senhor considera o Garotinho, com 20%, já no segundo turno?

Cesar – Não. É um forte candidato, como somos todos. E todos podemos ir para o segundo turno. O Ibope divulgou uma pesquisa na Bahia, onde o Paulo Souto tem 42% de intenção de votos. Aqui no Rio não tem ninguém com 42, 38, 27%. Aqui no Rio é 20. E qualquer coisa abaixo disso está fora do segundo turno. Agora, se crescer é claro que vai para o segundo turno. Mas não há favoritos.

Terra – Há tempo para se alcançar a liderança mesmo tendo uma Copa do Mundo no meio do processo eleitoral?

Cesar – Não há pouco tempo para mim. Fui candidato pela primeira vez em 86 e tenho muito trabalho nesse tempo. Na hora da eleição o eleitor tem memória: ele foi prefeito, fez isso, errou naquilo. Miro foi o deputado mais votado do Rio em 78 com 500 mil votos; Garotinho já foi governador e deputado com uma votação expressiva; Crivella já foi reeleito senador, e se completar o mandato vão ser 16 anos; o Pezão é que o mais novato. Foi um bom prefeito de Piraí, foi vice-governador do Cabral é o quem eu diria que tem menos coisa a mostrar e na campanha ele vai ter que mostrar mais para o eleitor decidir se quer votar nele.

Terra – Ser vereador é mais difícil que ser prefeito?

Cesar – Claro que não. Eu sempre digo que o prefeito acorda com os fatos na mesa dele. Não precisa ter agenda. A agenda é feita durante o dia. Chove tem uma agenda; um engarrafamento, outra agenda; problemas na escola, atraso nos fornecedores. O prefeito trata da agenda do cotidiano que é múltiplo, diversificado, se altera muito e é muito conflitivo. Quanto menos ideológico é o nível do governo, mais geral. Quanto menos ideológico é o nível de governo, geral, federal, é mais conflitivo, porque entra nas questões individuais, da família, do cotidiano, da mobilidade, dos seus filhos. Lá em cima é mais ideológico e menos conflitante. O caso da Petrobras, por exemplo, que não gera um conflito em nível das pessoas no Rio, em Aracaju ou em Porto Alegre, por exemplo. Ninguém está em casa discutindo com os amigos, em cima disso, em casa, no bar. Podem ter uma opinião, acha isso, acha aquilo, mas não afeta a vida das pessoas.

Terra – A presidente Dilma tem um cenário de apoios complicados no Rio?

Cesar – A presidente Dilma é uma candidata favorita. Quem achar que não vai estar cometendo um gravíssimo equívoco. Ela tem dois cortes muito sólidos que é a votação no Nordeste e no Norte e a votação que tem entre as pessoas de menor renda e menor instrução. Pegue uma pesquisa feita no Rio de Janeiro, por exemplo. Ela continua como candidata muito forte na Baixada Fluminense e São Gonçalo, que são áreas populares. O caso do Rio é da esfera política, porque os partidos que dão base à presidente Dilma tem quatro candidatos. Todos gostariam de ser o candidato da Dilma. Há conflitos. Sabe-se que a Dilma tem simpatia pelo Pezão, mas não gosta do Lindbergh, não gosta do Garotinho, mas gosta muito do Crivella. Só aí tem dois candidatos. Mas o presidente Lula continua sendo um eleitor muito forte e ele está com Lindbergh e vai fazer campanha para ele. Olha que confusão. O Garotinho já disse que vai fazer uma prévia para escolher o candidato a presidente, e ouvi de pessoas ligadas a ele, que poderia ser o Eduardo Campos. Mas o partido dele, o PR, apoia a Dilma. Realmente é um imbróglio. É uma coisa difícil de entender para quem entra imaginando uma coisa, com vetores definidos. Mescla muito e vai demorar um tempo, talvez na hora que entrar a campanha na televisão, para que esse quadro fique um pouco mais transparente.

Terra – O Garotinho na entrevista dada ao Terra admitiu até mesmo apoiar o Aécio. O senhor aceitaria dividir palanque com ele?

Cesar – Vamos aos fatos práticos. Acho que ele faz muito bem, como candidato ao governo, em abrir o leque da simpatia dos eleitores de outros candidatos. Mas isso não vai acontecer. Agora, ele se aproximar do Eduardo Campos, é uma possibilidade.

Terra – O Rio vem recebendo muitas críticas por atrasos de obras para os Jogos Olímpicos. Estamos atrasados?

Cesar – Estamos. Para você ter uma ideia, esses equipamentos levam dois anos para ficarem prontos e entregues. Uma coisa é construir estrutura, um ano e meio. Mas depois você tem toda a parte administrativa, parte interna, acabamentos, o que seja. Ginásio, solo do ginásio. No caso do Pan-americano de 2007, você tinha as responsabilidades totalmente definidas. Você tinha de um lado o Comitê Olímpico Brasileiro e do outro a prefeitura do Rio. Assim foi de 2002 a 2006. Em 2006, o governo federal vem e se associa, de forma positiva. A ministra Dilma, na época, me chama e se incorpora, ainda mais quando fica clara a vitória do presidente Lula. O governo federal foi um parceiro muito importante. O governo do Estado não participou disso, como não participa hoje. Você pega o orçamento do Estado e fala apenas da participação das forças de segurança, da participação da estrutura de transporte, mas não há aporte de recursos novos para a construção de equipamentos. E a prefeitura não quer usar seu dinheiro e busca as PPPs (Parcerias Público-Privadas), recursos federais e quando você não coloca o seu, você perde o comando das decisões. Você veja que a presidente da Autoridade Olímpica Municipal, a Maria Silvia Bastos, que foi minha secretária, ela recua. E por que ela recua? Uma executiva com a experiência dela, olha para frente e diz: “Opa, não vou colocar meu currículo aqui. Não tenho o comando”. Vai acabar saindo, mas vai sofrer, não tenho dúvida nenhuma. Vi uma fotografia da área de construções e dizem que tem fundações ali. Espero que tenha.

Terra – O senhor que tem experiência de um Pan em 2007 onde muitas obras foram entregues em cima da hora. Quem está de fora tem pouca tolerância com nosso ritmo de obras?

Cesar – Com nosso estilo de gestão. Joga a peteca para um, joga a peteca para outro. Ninguém assume a responsabilidade integral, ninguém bota a cara. Quando as comissões de fiscalização vinham aqui, vinham falar direto comigo, que era o prefeito. Quando o processo estava começando, dois meses antes do Pan, a Odepa, o presidente vinha aqui e tinha contato direto comigo para saber o que estava acontecendo. Você tinha a caneta na mão. Hoje em dia são muitas canetas, é um empurra-empurra e acaba gerando esse atraso. Não digo que possa comprometer as Olimpíadas, mas pode gerar ansiedade e ansiedade gera aquilo que o político não gosta: desgaste.

Terra – Se o senhor for eleito governador o Estado estaria mais compromissado com a Rio 2016?

Cesar – Não há dúvida. No último debate, li a LDO do Estado e vi que não há comprometimento com os Jogos Olímpicos. Com minha experiência acumulada, do Pan, de ter um cronograma semanal de acompanhamento dos equipamentos. Isso tem que voltar, alguém tem que fazer isso, até porque é um evento com a marca da cidade. Mas acho que vou dar a colaboração que for possível para que saia tudo o melhor possível.

Terra – Então, o senhor não teria problemas em trabalhar em conjunto com o prefeito Eduardo Paes?

Cesar – Com ninguém. Nunca tive problema nenhum de me entender com ninguém. Uma coisa é o debate político. Ninguém tem que ser um capacho, um tapete subserviente em nenhum nível de governo. Quando as questões são de ordem administrativa tem que haver colaboração. Já coloquei no papel, com todos os conflitos que eram exaltados em nível político, que o Rio de Janeiro, quando fui prefeito, recebeu organicamente muito mais do governo Federal que as atuais administrações, que recebem por convênio. Quando a negociação com o governo federal foi feita pelo Rodrigo (Maia, filho de Cesar), que na época era líder do PFL, e se consegue que o salário educação passa a ser municipalizado, vindo direto para o município, nós passamos a receber R$ 300 milhões por ano. A mesma coisa com os recursos judiciais. Quando se faz um grupo de prefeitos de capitais, São Paulo e Rio na cabeça, e se muda a lei complementar do ISS por negociação, isso leva o ISS do Rio, que vinha com crescimento tangencial que beneficia o final do meu governo e beneficia a atual administração. Agora, quando vai se medir convênios para uma obra aqui, uma obra ali, é episódico. Diferente de quando se pode projetar no futuro, acordos de receitas que vem ao município permanentemente.

Terra – O prefeito Eduardo Paes tem feito obras consideradas polêmicas na cidade, como a derrubada da Perimetral, as vias de BRTs. O senhor em sua época fez o chamado Rio-Cidade, que mexeu com a cidade como nunca antes. Qual sua opinião sobre essas intervenções?

Cesar – Acho que a demolição da Perimetral deveria ter sido decidida daqui a 15 anos, quando o Porto Maravilha fosse sendo ocupado. Você antecipar uma demolição, gerando essa confusão toda que tem seis decisões de investimento quando se pode ter mil, foi um açodamento. Agora, com o Rio-Cidade e o Favela-Bairro eu entrei no dia a dia das pessoas. Os tapumes saíram e tinham um bairro novo. Os tapumes incomodavam as comunidades. Quando saíram, tinha uma comunidade nova. O BRT, não. Ele vai de um ponto a outro, não altera a vida do cidadão, aquele que anda de transporte público pode ter algum tipo de ganh. Não sei se teve em quem vai de Santa Cruz à Barra da Tijuca, mas são investimentos que têm impacto sobre o cotidiano das pessoas completamente diferente. Você vive ali, sua vida melhorou. Você usa um meio de transporte, talvez você tenha tido um ganho de tempo e são coisas diferentes. E isso ele vai sentir na fase final do governo, quando se abrir a avaliação da população e ele vai sentir se o impacto que ele imaginava vai produzir. Elas melhoram a vida das pessoas na questão de tempo, mas afetam a vida das pessoas que moram no trajeto. Você pega Recreio e Barra da Tijuca, você produz o mesmo impacto negativo que o trem em bairros do Rio: Meier de cá e Meier de lá; Madureira de cá, Madureira de lá. E o BRT produz a mesma coisa. Tanto que muita gente não entendeu que estava sendo dividida ao meio e quantas pessoas morreram por isso? Como no trem, no começo era assim também.

Terra – O Brasil foi sacudido pelos protestos populares ano passado durante a Copa das Confederações. Qual é sua opinião sobre isso?

Cesar – Você conhece aquela história de criança sobre o Rei está nu? Onde o costureiro inventa uma roupa maravilhosa, que não existe, sai na rua as pessoas ficam maravilhadas e vem um menino e diz: o rei está nu. Durante esse período houve um impacto muito grande de publicidade. As pessoas não sentiam o que os governos estavam fazendo. Muita publicidade na televisão e num primeiro momento as pessoas reagiram bem. Veja a votação que o Cabral teve para governador e que o Eduardo teve para prefeito. Mas, o tempo passa o tempo voa e as pessoas vão sentindo que não estão numa boa. Vão sentindo que foram enganadas e começa a reação. Isso no Brasil todo. Na Bahia foi um jingle, muito bem feito, dizendo que se queria morar no governo da Bahia, onde tudo era maravilha, tudo ia bem. Esse tipo de publicidade que excede a realidade, causa um choque. E durante um tempo, governar no Brasil era através da publicidade. Projetavam o futuro, de coisas que não estavam acontecendo, que é multiplicada e potencializada pelas redes sociais. Hoje, a conversa que nós tínhamos na rua, no bar, na esquina, no jantar, agora são milhões de conversas eletrônicas, através das redes sociais, o que gera um potencial de multiplicação das opiniões imenso.

Terra – São movimentos que negam os partidos políticos. Eles têm futuro?

Cesar – É um movimento social. Há uma discussão que se deu por décadas e décadas entre a democracia representativa, que elege deputados e vereadores, e a democracia direta, de sindicatos e associações que representavam a população. Os segmentos mais à esquerda questionavam a primeira e defendiam a segunda. O que as redes entram é na democracia direta. E acho que os partidos políticos vão acabar se fortalecendo. Elas entram substituindo, em parte, a democracia direta. Isso é um avanço? É um avanço grande. Isso, os sindicatos e associações vão ter que rever seus estilos de juntar, 300, 400 pessoas em um lugar e faze ruma assembleia e achar que ela responde por todo mundo, quando ao lado tem milhares de pessoas da mesma base sindical, conversando, dialogando e tomando decisões. A greve dos garis foi feita fora do sindicato; a dos rodoviários, fora do sindicato, através do Facebook deles. Então nós temos um fato novo em matéria de democracia direta e que me parece muito positivo.

Terra – Esse grupos vão acabar tendo de se engajar politicamente em algum momento?

Cesar – Eles não negam a política. Negam os partidos políticos e as castas políticas, que não aceitam mais. Que se reproduzem com poder de máquina. À medida que para fazer aquilo que imaginam vão precisar de poder, vão ter que ter um nível de organização.

Terra – O senhor usa há muito tempo as redes sociais como forma de se comunicar. Eles vão fazer diferença na próxima campanha?

Cesar – Depende. A coluna do Noblat, no O Globo, que pede uma empresa especializada em mensurar redes, para saber o que fazem os três candidatos à presidência. E a conclusão é que eles estão fora da rede. Por quê? Porque as redes sociais não se ajustam aos turistas. Tem uma campanha e vou contratar uma empresa para fazer minha campanha na internet. Não dá. A internet é um mundo que você tem que estar. Tem importância ou não, que horizontaliza os personagens, que não tem um líder, um comando. Todos são importantes, parecidos ou iguais. O poder dele de multiplicar a opinião pode ser maior que o seu, ou menor. Então, quando o político entra pensando que vai conduzir ideias na redes sociais isso não acontece. Acontece até o contrário, há uma rejeição a esse tipo de postura. Em geral, 95% dos deputados usam a internet para postar suas newsletter, que é uma forma moderna de mala postal. Mas não interagem. A diferença dos meios de comunicação para a internet é que meios de comunicação são unilateral, ainda, mas em processo de transição. E as redes sociais exigem que as pessoas saibam que fazer parte de um grande número de pessoa e não há líder de audiência.

Terra – Sendo eleito qual seria sua posição sobre o projeto das Unidades de Polícia Pacificadora. Seu governo pretende dar continuidade a esse projeto? Ou teria uma alternativa?

Cesar – Vamos entender. Você tem um nome, um slogan que como propaganda está bom. Mas se você tem policiamento ostensivo no bairro, por que não tem na favela? Se tem em Ipanema, no Leblon, no Meier, em Campo Grande, com um batalhão, por que na Rocinha não pode ter? A UPP é o policiamento ostensivo levado à comunidade, onde quem fazia o policiamento eram os traficantes. Acho um absurdo alguém ser contra as UPPs. Agora, a maneira como elas estão sendo geridas, num momento de crise, com tiroteios em várias comunidades. O que aconteceu? Quando a polícia entra o traficante sai. Quando as milícias entram o traficante sai e não volta; quanto entra a polícia, ele sai, e volta, e atira, e quer retomar o local. Porque a milícia tem um chamariz: aqui não tem mais tráfico de drogas e para o traficante interessa o tráfico. Saiu a droga não interessa a eles. Entra a polícia e não sai a droga, eles querem voltar. A ideia de simplesmente retirar o traficante e não tirar o negócio dele, ele quer tomar de volta. Qual é a solução? Em comunidades menores é fácil, mas em comunidades grandes é mais complexo. O Exército declarou gastos de R$ 1 milhão por dia para estar na Maré. Em um ano seriam R$ 365 milhões só naquela comunidade, embora eles vão sair depois da Copa. O orçamento da secretaria de segurança é de R$ 5 bilhões e quando você fala de gastar 7% do orçamento apenas em uma comunidade, para garantir tranquilidade no caminho do Galeão em direção à zona Sul, à zona Norte é um investimento muito grande. É necessário? Sim. Mas é preciso sim levar policiamento ostensivo às comunidades.

Terra – As pessoas das comunidades reclamam que depois da UPP, da chegada da polícia, não chega quase nada de concreto.

Cesar – Isso é conversa fiada. Você pega o Vidigal onde foi feito o Favela-Bairro completo, tem serviços sociais, esgoto, água. O social entrou, 98% de esgoto, água, luz, crianças na escola. É suficiente? Não. É preciso muito mais. A reação à presença da UPP nas comunidades é do tráfico de drogas, que não quer perder o negócio dele.

Terra – Os transportes públicos estiveram na berlinda dos protestos. Por que há tanto medo de mexer com os empresários de transportes públicos no Rio?

Cesar – Eles são poderosos desde as linhas de bonde puxados a burro. Temos um ciclo enorme. É um setor poderoso, que trabalha com dinheiro à vista, trabalha com milhões de pessoas e aprendem a corromper, convencer que os fiscaliza em qualquer nível de governo. Há muitas décadas. Mexer com eles é uma decisão política que tem uma reação. Quem fez isso não se arrependeu. Mas a primeira forma de atuar dos governos é submeter essa lógico aos empresários de ônibus, mas é uma questão que tem ser atingida e avaliada pela população pagando menos, tendo mais conforto. O que está acontecendo é que se procura reorganizar o transporte público, com os BRTs, por exemplo, mas a população não sente melhoria. Os custos seguem aumentando, o trânsito está um inferno. O Rio sempre teve velocidade de fluxo maior que São Paulo e agora tem menor. Pegue seu carro e vá olhando: se você encontrar um policial militar no trânsito eu dou R$ 1 mil a cada um. Nem Guarda Municipal. Tem rapazes terceirizados, de boa vontade, que não tem poder nenhum. Não existe mais policial militar no trânsito, e não existe mais controle de tráfego.

Terra – O senhor foi condenado no fim do ano passado pela 3ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça por improbidade administrativa. O senhor recorreu. Como anda esse processo?

Cesar – O prefeito recebe ações na Justiça de todos os lados. Cada vez que tem uma dúvida, o Ministério Público questiona. Tem uma que eu perdi porque prefeitura construiu uma capelinha de São Jorge em Santa Cruz e o MP entendeu que afetou a laicidade do Estado. Mas se a prefeitura não poderia construir e é responsabilidade do prefeito, ele tem que responder por isso e a isso se chama improbidade administrativa. Não é corrupção necessariamente. É também. Aí você tem um julgamento aqui no Rio, depois vai a Brasília e o processo anda. Isso faz parte do estado democrático de direito, questionar na Justiça. A Cidade da Música, no ano de 2009, ganhou repercussão, ações na Justiça. Mas o Tribunal de Contas estava lá o tempo todo e tudo foi informado. Depois surgem estádios com estruturas bem menos complexas e o juiz pensa: será que gastar R$ 500 milhões na Cidade da Música é caro quando se gastam mais R$ 1,5 bilhão em estádios, com obras bem menos complexas? Então é preciso entender que os elementos de controle do poder público, são sempre positivas.

Terra – O senhor se arrepende de ter feito a Cidade da Música?

Cesar – De jeito nenhum. Eu, por exemplo, não poderia ter feito a cidade da música no primeiro governo. Porque você ali trata das próximas gerações. No Rio de Janeiro cinco mil pessoas, apenas, frequentam ópera, concerto e balé. Deveriam ser 200 mil. Um equipamento daquele, com aquela sofisticação, o segundo ou terceiro mais importante do mundo, tem várias funções. Uma delas é formar plateias. E para isso é preciso ter continuidade. Você não frequenta, mas seus filhos vão frequentar. A primeira reação de quem não frequenta é dizer que é um desperdício de dinheiro público. Cultura é desperdício de dinheiro público? Esporte não é, concordo. Mas cultura também não é. E quem toma uma decisão dessa tem que saber que trabalha com as gerações futuras.

Terra – Por que o senhor acha que o Engenhão teve que ser fechado para obras seis anos depois de ser inaugurado. A obra foi mal feita? Onda a prefeitura falhou na fiscalização?

Cesar – Não aconteceu nada. A Odebrecht ganhou a concessão do Maracanã. Os clubes fizeram contrato com o Botafogo para usar o Engenhão e a Odebrecht precisava que os clubes fizessem o contrato com ela. Buscou-se um elemento de um leve deslocamento que aconteceu na estrutura superior e eles usaram uma consultoria alemã, que estava no Maracanã, e levaram para dizer que não poderia ter acontecido isso. Estão fazendo um reforço. Desnecessário. Tudo bem, que se faça o reforço. Quando foi isso? Em março de 2013. Já vai um ano. O Engenhão todo, para ser construído levou dois anos. Como é que um vergalhãozinho para ser colocado ali leva mais de um ano? O Engenhão vai ser usado por equipes que vem jogar a Copa, e vão construir arquibancadas para os Jogos Olímpicos. As arquibancadas não são como as dos estádios da Copa, que chegam até o campo, porque é um estádio construído para o atletismo. Vão pintar aquele vergalhãzinho para dizer que teve alguma função. Todos os engenheiros consultados, de cálculo, disseram que nada aconteceu. Mensuraram as ventanias e nada aconteceu. Isso faz parte do interesse comercial da empresa que ganhou a concessão do Maracanã e queria trazer todos os clubes para fazer contratos com eles e trouxe. Eles tinham interesse nisso.

Terra – Já tínhamos ouvido rumores sobre isso, mas o senhor afirma?

Cesar – Já falei isso na tribuna. Quem construiu o Engenhão foi a Odebrecht e a OAS. Conversei com ambas por e-mail, porque não se conseguia comprovar nada; apenas um risco infinitesimal de que um vento gigantesco iria afetar porque tem uma área com um mínimo deslocamento.

Terra – O senhor nunca teve medo de críticas e certa vez disse que não se pautava pelo que dizia a imprensa. Os políticos atuais fazem política com o que se publica ou sai na mídia?

Cesar – Dou muita importância ao que a mídia diz. A mídia cada vez mais trabalha em tempo real e não posso tomar uma decisão em função disso. Quando desloco uma equipe para uma coisa dessa, estou tirando de algum lugar. Recebo críticas como algo positivo, mas tenho que tomar a decisão no meu tempo. Se o fato é urgente, é urgente. Se não, sinto muito. A mídia gosta muito de dizer que fez a denúncia e que a decisão foi tomada. Se não é urgente espera um pouquinho pela solução.

02 de junho de 2014

POPULISMO ELETRÔNICO: GOVERNOS VIRTUAIS CONSTRUÍDOS NA CAMPANHA ELEITORAL!

1. É verdade que quando um governo, antes de julho da campanha eleitoral, tem uma aprovação excepcional não precisa de tempo de TV para mostrar nada. É verdade que quando um governo é um completo desastre, antes de julho, nem todo tempo de TV na campanha eleitoral resolve.

2. Mas quando um governo tem uma avaliação entre ruim e regular, um generoso tempo de TV na campanha eleitoral pode construir virtualmente –por ficção televisiva- um bom governo, elevando sua avaliação ruim a regular para boa e até ótima.

3. A possibilidade de construir virtualmente um governo em campanha eleitoral é resultado de uma opinião pública que não dá muita atenção aos governos. O que entrou –para a maioria das pessoas- se parece com o que saiu, nos defeitos e nas virtudes. Só quando a performance de um governo afeta muito as pessoas, para o bem ou para o mal, é que a opinião delas é sólida e não muda com a campanha, apesar da ficção eleitoral na TV.

4. Vejamos dois exemplos próximos. Em meados de maio de 2008, o Datafolha avaliava o prefeito Kassab com 39% de ótimo + bom. No início de outubro, depois da recriação de seu governo na TV, Kassab passou a ter –segundo o Datafolha- 61% do ótimo + bom.

5. No início de julho de 2008, o prefeito de Salvador João Henrique Carneiro -segundo o Datafolha- tinha 16% de ótimo + bom. Entrando o mês de outubro –segundo o Datafolha- João Henrique já era avaliado como ótimo + bom para 41% dos eleitores de Salvador.

6. Alguma coisa mudou em seus governos nesses 3 meses de campanha? Não. O que mudou foi a ficção eleitoral pela TV, para um eleitorado desfocado dos governos, mais os ignorando que os avaliando, apesar das pesquisas.

7. Um jingle –exemplar- e que deve ser registrado para a história dos governos virtuais exemplifica isso tudo em 2 minutos e 22 segundos.Quero Morar na Propaganda do Governo da Bahia.

* * *

REDES SOCIAIS DERROTAM A CUT/PT NO PREVI-BANCO DO BRASIL!

(Valor, 23) Os aposentados, que tradicionalmente se envolvem menos no processo, estiveram mais conectados via redes sociais do que em disputas anteriores. A estratégia adotada priorizou a comunicação via internet com esse grupo, que também é o mais insatisfeitos com o corte recente do benefício temporário (Bet), um adicional de 20% sobre os benefícios pagos entre 2010 e 2013, mas que precisou ser cortado. O ex-diretor Ricardo Sasseron, candidato ao conselho deliberativo pela chapa 4, da situação, disse “Toda a eleição tem uma chapa como essa, mas eles ganharam capacidade de mobilização com a internet.”

* * *

PESQUISA: 44% ACHAM TRANSPORTE PÚBLICO RUIM + MUITO RUIM NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO!

(Globo, 02) Pesquisa de percepção do RCV indica que a qualidade dos transportes públicos piorou. O percentual de cariocas que deram nota baixa para o serviço passou de 18% para 44%, de 2011 para 2013. E a avaliação da qualidade dos transportes como boa ou muito boa caiu de 49% para 26%.  As notas de 1 a 2 (muito ruim) passaram de 8% para 22% entre 2011e 2013.

* * *

EM SP, FAIXAS EXCLUSIVAS DE ÔNIBUS ELEVARAM A VELOCIDADE EM APENAS 1 KM/H!

(Estado de SP, 01) Aposta da gestão Fernando Haddad (PT) para melhorar a qualidade dos ônibus, as faixas exclusivas à direita em grandes vias de São Paulo elevaram a velocidade dos coletivos em apenas 1 quilômetro por hora. Dados da São Paulo Transporte (SPTrans) indicam que, no ano passado, quando houve o “boom” das faixas após as manifestações de junho, os ônibus rodaram a 17 km/h no horário de pico da manhã, ante 16 km/h nos três anos anteriores. À tarde, a média foi de 16 km/h – entre 2009 e 2012, era de 15 km/h.

EM SP, FAIXAS EXCLUSIVAS DE ÔNIBUS ELEVARAM A VELOCIDADE EM APENAS 1 KM/H!

(Estado de SP, 01) Aposta da gestão Fernando Haddad (PT) para melhorar a qualidade dos ônibus, as faixas exclusivas à direita em grandes vias de São Paulo elevaram a velocidade dos coletivos em apenas 1 quilômetro por hora. Dados da São Paulo Transporte (SPTrans) indicam que, no ano passado, quando houve o “boom” das faixas após as manifestações de junho, os ônibus rodaram a 17 km/h no horário de pico da manhã, ante 16 km/h nos três anos anteriores. À tarde, a média foi de 16 km/h – entre 2009 e 2012, era de 15 km/h.

PESQUISA: 44% ACHAM TRANSPORTE PÚBLICO RUIM + MUITO RUIM NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO!

(Globo, 02) Pesquisa de percepção do RCV indica que a qualidade dos transportes públicos piorou. O percentual de cariocas que deram nota baixa para o serviço passou de 18% para 44%, de 2011 para 2013. E a avaliação da qualidade dos transportes como boa ou muito boa caiu de 49% para 26%.  As notas de 1 a 2 (muito ruim) passaram de 8% para 22% entre 2011e 2013.

REDES SOCIAIS DERROTAM A CUT/PT NO PREVI-BANCO DO BRASIL!

(Valor, 23) Os aposentados, que tradicionalmente se envolvem menos no processo, estiveram mais conectados via redes sociais do que em disputas anteriores. A estratégia adotada priorizou a comunicação via internet com esse grupo, que também é o mais insatisfeitos com o corte recente do benefício temporário (Bet), um adicional de 20% sobre os benefícios pagos entre 2010 e 2013, mas que precisou ser cortado. O ex-diretor Ricardo Sasseron, candidato ao conselho deliberativo pela chapa 4, da situação, disse “Toda a eleição tem uma chapa como essa, mas eles ganharam capacidade de mobilização com a internet.”

POPULISMO ELETRÔNICO: GOVERNOS VIRTUAIS CONSTRUÍDOS NA CAMPANHA ELEITORAL!

1. É verdade que quando um governo, antes de julho da campanha eleitoral, tem uma aprovação excepcional não precisa de tempo de TV para mostrar nada. É verdade que quando um governo é um completo desastre, antes de julho, nem todo tempo de TV na campanha eleitoral resolve.

2. Mas quando um governo tem uma avaliação entre ruim e regular, um generoso tempo de TV na campanha eleitoral pode construir virtualmente –por ficção televisiva- um bom governo, elevando sua avaliação ruim a regular para boa e até ótima.

3. A possibilidade de construir virtualmente um governo em campanha eleitoral é resultado de uma opinião pública que não dá muita atenção aos governos. O que entrou –para a maioria das pessoas- se parece com o que saiu, nos defeitos e nas virtudes. Só quando a performance de um governo afeta muito as pessoas, para o bem ou para o mal, é que a opinião delas é sólida e não muda com a campanha, apesar da ficção eleitoral na TV.

4. Vejamos dois exemplos próximos. Em meados de maio de 2008, o Datafolha avaliava o prefeito Kassab com 39% de ótimo + bom. No início de outubro, depois da recriação de seu governo na TV, Kassab passou a ter –segundo o Datafolha- 61% do ótimo + bom.

5. No início de julho de 2008, o prefeito de Salvador João Henrique Carneiro -segundo o Datafolha- tinha 16% de ótimo + bom. Entrando o mês de outubro –segundo o Datafolha- João Henrique já era avaliado como ótimo + bom para 41% dos eleitores de Salvador.

6. Alguma coisa mudou em seus governos nesses 3 meses de campanha? Não. O que mudou foi a ficção eleitoral pela TV, para um eleitorado desfocado dos governos, mais os ignorando que os avaliando, apesar das pesquisas.

7. Um jingle –exemplar- e que deve ser registrado para a história dos governos virtuais exemplifica isso tudo em 2 minutos e 22 segundos.Quero Morar na Propaganda do Governo da Bahia.