31 de outubro de 2016

NO “TRIÂNGULO DAS BERMUDAS” (SP-RIO-BH), A DIREITA -LIBERAL CONSERVADORA- AVANÇA!   UMA GUINADA HISTÓRICA!

1. O “TRIÂNGULO DAS BERMUDAS” ganhou este nome pela expressão política e eleitoral mais que proporcional desses 3 Estados que representam 45% do eleitorado brasileiro. E, claro, o peso político das suas capitais.

2. Analistas explicam a inversão de 1964 pela presença de 3 governadores de Direita – Adhemar de Barros, Carlos Lacerda e Magalhães Pinto. Analistas explicam também a reversão em direção à democracia em 1985 pela presença dos governadores Franco Montoro, Leonel Brizola e Tancredo Neves.

3. Nas 3 Capitais -S. Paulo, Rio e Belo Horizonte- desde a volta das eleições diretas nas Capitais em 1985 que o ” Triangulo das Bermudas” pende para a esquerda a cada eleição, inclusive levando em conta o perfil político- ideológico do prefeito eleito dentro de seus partidos. São 9 eleições diretas entre 1985 e 2016.

4. Apenas agora -depois dessas 9 eleições- em 2016, esse perfil político-ideológico muda, e de forma flagrante, com uma forte guinada à direita. Em S.Paulo um prefeito de esquerda dá lugar a um prefeito abertamente liberal, Doria, que é antípoda a qualquer tipo de perfil socialdemocrata de seu partido.

5. Na cidade do Rio de Janeiro, o prefeito liberal atual dá lugar a Crivella, abertamente conservador-liberal. Conservador aberto nos valores e liberal aberto nas posições que defendeu no primeiro e no segundo turnos, de parcerias com o setor privado na educação e na saúde e de privatizações.

6. E no último vértice do Triângulo das Bermudas, Belo Horizonte, da mesma maneira, o prefeito socialdemocrata dá lugar a Khalil, um candidato abertamente liberal-conservador.

7. Como o Triângulo é equilátero, a intensidade das novas Arestas impulsiona, claramente, em direção à Direita um eixo político historicamente decisivo. Isso terá uma forte influência em 2018.

8. O resultado eleitoral no Triângulo das Bermudas é a informação política mais eloquente, mais relevante desses eleições municipais de 2016.

9. Uma porcentagem que cabe destacar. O Não Voto (abstenção+nulos+brancos) na cidade do Rio de Janeiro praticamente atingiu 50% dos eleitores.

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NO RIO, FREIXO SÓ GANHOU NA ZONA SUL, E ASSIM MESMO PERDEU EM IPANEMA, E GRANDE TIJUCA!

Nesta tabela podemos clicar no mapa e ver pelos percentuais de cada candidato por zona/bairro.   Freixo só ganhou na Zona Sul (menos Ipanema) e Grande Tijuca e parte do Grande Méier. Crivella ganhou de forma mais ampla na área que vai da Zona Norte à Zona Oeste.

Conheça.

28 de outubro de 2016

RESPOSTAS LIVRES E ALGUNS CRUZAMENTOS INUSUAIS NAS ÚLTIMAS PESQUISAS ELEITORAIS PARA PREFEITO DO RIO!

1. Nas regiões que vão do Centro, por Santa Teresa, Tijuca, Vila Isabel…, passando pela Zona Sul até a Barra da Tijuca, Crivella tem 31% e Freixo 34%. Em toda a Zona Norte, incluindo Jacarepaguá, Crivella tem 38% e Freixo 22%. Na Zona Oeste Crivella tem 54% e Freixo 18%. / Os bairros em que o Não Voto (brancos+nulos+não sabe) é o maior são: Litorânea com 39%, Zona Norte 2 (Irajá a Anchieta) 45% e Jacarepaguá 48%.

2. O tiroteio terminou tirando foco das razões contra um e outro. Entre os eleitores de Freixo 32% não sabem apontar por que não votam em Crivella. Entre os eleitores de Crivella 49%.

3. Quem melhor pode enfrentar os problemas da Segurança Pública? Crivella 37%, Freixo 19%. / E os problemas da Saúde? Crivella 41%, Freixo 20%.

4. Depois de toda essa campanha eleitoral com propostas e acusações, quem tem mais condição de ser Prefeito do Rio? Crivella 44%, Freixo 23%.

5. Você tem acompanhado as acusações e as agressões verbais entre os dois candidatos? Quem tem mais razão? Nenhum 37%, Crivella 20%, Freixo 15%. / Você mudou seu voto nesse segundo turno em função dessas acusações e denúncias? Não 85%, Sim 10%. / Entre os 10% que mudaram 38% foram para Freixo e 16% para Crivella. / Que denúncia fez você mudar seu voto? Nenhuma 47%.

6. Tem assistido a propaganda eleitoral dos candidatos? Não tem 36%. Somente TV 49%. TV + Rádio 12%. Somente Radio 2%. Quem assistiu na TV: Crivella 47%, Freixo 24%. / Assistiu algum debate? Sim 31%. Não 68%. / Entre os que assistiram: Crivella 40%, Freixo 31%. / Entre os que são contra o Impeachment de Dilma: Crivella 41%, Freixo 31%. Os que são a favor: Crivella 42%, Freixo 19%.

7. Freixo vence entre os que têm Superior Completo: 30% x 23% de Crivella. / Renda maior que 5 salários mínimos: Freixo 32%, Crivella 30%.

8. Frequenta Redes Sociais? Sim: Crivella 37%, Freixo 27% / Não: Crivella 53%, Freixo 16%.

9. Entre os Católicos: Crivella 33%, Freixo 26% / Entre os Evangélicos: Crivella 74%, Freixo 7%. Entre os que Não são filiados nenhuma Igreja: Crivella 36%, Freixo 31%.

10.  Qual sua religião? Católicos 41%, Evangélicos 27%, Não tem 19%, Espíritas 11%.

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TRÊS TIPOS GERAIS DE ELEITOR!

(José Roberto de Toledo – Estado de S. Paulo, 27) 1. Estudo inédito do Ibope revela que três tipos marcantes de eleitor emergiram das urnas eletrônicas em 2016. Seu comportamento e convicção – distintos entre si – são decisivos para entender a eleição. São o “convicto engajado”, o “isentão decisivo” e o “só voto obrigado”. O Ibope aplicou uma bateria de questões sobre política e eleições em todo o Brasil após o primeiro turno. O conjunto de respostas foi submetido a uma análise de cluster. Simplificando, ela agrupa indivíduos com opiniões similares, e separa esses agrupamentos segundo divergências.

2. Eis o resultado. O primeiro grupo, onde estão 36% dos eleitores que foram votar, é politizado e tem a cabeça feita. Todos, sem exceção, disseram ter definido seu voto para prefeito logo nas primeiras semanas, assim que souberam quem eram os candidatos. Nenhum anulou ou votou em branco. Todos dizem que iriam votar mesmo se o voto não fosse obrigatório. Dois em cada três têm preferência por algum partido. São os “convictos engajados”. São mais frequentes no interior do que na capital, nas menores cidades do que nas metrópoles. Têm 30% mais chance de serem filiados a um partido, discutem política no WhatsApp e leem blogs. Embora sejam fundamentais em uma eleição, para fazer decolar uma candidatura, eles raramente mudam de opinião. São, portanto, menos permeáveis às campanhas.

3. Aí entra o segundo grupo. O “isentão decisivo” tem quase tanto interesse por política quanto o “engajado convicto”, mas é maleável. Deixa para definir seu voto nas últimas semanas, dias e horas da eleição. Assiste a mais telejornais, se informa em sites de mídia tradicional, discute política e eleição com amigos e familiares, presta mais atenção ao horário eleitoral e aos debates. Está aberto a mudar de ideia. O “isentão” tem um terço a mais de chance de ter mudado de candidato após receber mensagem negativa sobre ele nas mídias sociais ou no WhatsApp. Por isso mesmo é decisivo: representando 26% do eleitorado que foi votar, é um dos principais responsáveis pelas mudanças de última hora na intenção de voto.

4. O terceiro e maior grupo é o oposto do “convicto engajado”. Seus integrantes não têm interesse por política, não têm identidade partidária, têm mais de o dobro de chance de terem anulado ou votado em branco em 2 de outubro. Se concentram nas cidades das periferias das regiões metropolitanas e se informam sobre a eleição principalmente pela TV e pelo rádio. Não veem propaganda eleitoral nem gostam de debates entre candidatos. Se o voto fosse facultativo, 84% deles não iriam votar. Os integrantes do “só voto obrigado” são 38% de todos os que votaram no primeiro turno. É o maior grupo, o menos interessado e o mais imprevisível: pode votar em qualquer um ou em ninguém.

5. Há um quarto grupo, que não entrou na conta acima porque não votou. São 10% do eleitorado, e tão ou mais desengajado do que os “só voto obrigado”. Mas a abstenção foi o dobro disso, não? Oficialmente, sim. Esses fantasmas formam o quinto grupo, o dos que permanecem no cadastro eleitoral mesmo depois de mortos.

27 de outubro de 2016

DATAFOLHA: CRIVELLA TEM 88% ENTRE OS EVANGÉLICOS E EMPATE TÉCNICO ENTRE OS CATÓLICOS! ENTRE OS EVANGÉLICOS 13% AINDA NÃO ESCOLHERAM CANDIDATO E ENTRE OS CATÓLICOS 36%!

(Datafolha/Folha de S. Paulo, 26) 1. No total de votos, Crivella tem 46% das intenções (tinha 48%) e Freixo, 27% (tinha 25%). Os indecisos somam 8%, enquanto os que declaram voto branco e nulo chegam a 19% –mesmos índices do levantamento anterior.

2. Os recortes feitos pelo instituto mostram que a diferença obtida pelo candidato do PRB se concentra no eleitorado evangélico. Ele tem larga vantagem tanto entre fiéis de denominações pentecostais —como a Igreja Universal, da qual é bispo licenciado– como não pentecostais. No primeiro, Crivella tem 91% dos votos válidos e no segundo, 86%. Os evangélicos são 33% dos eleitores. Os dois estão em empate técnico entre os católicos, grupo que representa 40% da amostra. O grupo de eleitores evangélicos também mostra ser determinante no resultado de votos válidos por ter a menor taxa de brancos, nulos e indecisos na pesquisa. Apenas 13% dos fiéis de igrejas pentecostais não escolheram candidato. Entre os católicos, 36% não optaram por Freixo ou Crivella.

3. A pesquisa foi feita após o aumento dos ataques entre os dois na campanha, além da divulgação de acusações contra o candidato do PRB na imprensa, parte dela relacionado a declarações de intolerância religiosa no passado. Os dados mostram que os casos tiveram pouco impacto na candidatura de Crivella. No recorte por faixa etária, Freixo vence apenas entre os mais jovens, com 55% das intenções de votos válidos. Crivella tem vantagem em todas as outras faixas etárias, sendo a maior no eleitorado entre 34 e 44 anos: 72% das intenções de voto válido.

4. O senador também tem larga vantagem entre os mais pobres, atingindo 74% da preferência dos entrevistados com renda familiar até dois salários mínimos. Há empate entre aqueles com renda familiar acima dos dez salários mínimos, grupo no qual Freixo obtém 52% das intenções de voto válido.  Segundo o Datafolha, 88% dos eleitores que escolheram um candidato ou declararam votar branco ou nulo estão totalmente decididos.

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DATAFOLHA MOSTRA QUE INFLUÊNCIA DAS REDES SOCIAIS NA ELEIÇÃO NO RIO DE JANEIRO É MENOR DO QUE SE SUPUNHA!

Datafolha ouviu 1.280 eleitores nesta terça-feira (25).

A segunda pesquisa Datafolha de intenção de voto para a Prefeitura do Rio de Janeiro no segundo turno, divulgada nesta quarta-feira (26), mostrou como as redes sociais influenciaram os eleitores da capital fluminense.

Tem acesso à internet   Sim – 68% / Não – 32%
Tem conta em redes sociais – 64% / Facebook – 57% / WhatsApp – 60% / Twitter – 19% / Não tem conta em redes sociais – 4%

Influência das redes sociais no 2º turno:
Muita influência – 12% / Pouca influência – 10% / Nenhuma influência – 42%

Influência das redes sociais no 1º turno
Muita influência – 11% \ Pouca influência – 10% \ Nenhuma influência – 42%

Compartilha notícias sobre as eleições e os candidatos em redes sociais – 28% / Facebook – 23% / WhatsApp – 19% / Twitter – 6% / Não compartilha – 36%

Lê notícias sobre as eleições e os candidatos em redes sociais – 49% / Facebook – 44% / WhatsApp – 35% Twitter – 11% / Não lê notícias sobre eleições – 15%

Declarou seu voto no 1º turno nas redes sociais
Sim – 14%
Não – 50%

Declarou seu voto no 2º turno das redes sociais; Sim – 15% / Não – 49%

Segue algum candidato a prefeito nas redes sociais; Marcelo Crivella – 4% / Marcelo Freixo (PSOL) – 5% / Ambos – 2% / Não segue nenhum – 53%

26 de outubro de 2016

PREFEITO DO RIO: E DEPOIS DA ELEIÇÃO?

1. Não é exagero afirmar que, na história, em nenhuma eleição no espaço do atual município do Rio de Janeiro ocorreram tantas agressões pessoais quanto nesta de 2016. Ocorreu uma avant première em 2014, na eleição para governador, quando a campanha de Pezão, alegando risco de derrota, produziu uma avalanche de acusações contra a IURD e Crivella.

2. Como era de se esperar, a resposta foi imediata após a eleição, com fortes denúncias televisivas contra líderes do partido de Pezão. A coincidência, com a crise pós-eleitoral em nível estadual, deu a “resposta” num efeito que se tornou demolidor.

3. Agora, em 2016, após definidos os contendores para o segundo turno, esperava-se que o duelo ocorresse através das questões relativas aos valores da família e da vida. Ambos os lados, prevenidos, amaciaram as críticas e mostraram-se até um tanto liberais.

4. A surpreendente abertura do segundo turno com ampla vantagem de Crivella deu partida a um tiroteio com ferocidade crescente e do qual nunca houve similar. Tendo como ponto de apoio as diferenças ideológicas quanto aos valores, as agressões foram se ampliando e diversificando, num crescendo nunca visto.

5. As agressões passaram a ser cada vez mais pessoais, potencializando os fatos com interpretações “livres”, na direção da certeza de um enorme desastre no caso de vitória de um ou de outro.

6. A imprensa, em grande medida, se posicionou de um lado ou de outro e as redes sociais, com os excessos conhecidos, se encarregaram de pintar os duelos com todas as cores e com a intensidade, a capilaridade e a frequência conhecidas.

7. O resultado pode ser antecipado. Não o nome do vencedor, mas a certeza de que, como nunca, seja quem vencer, se terá um impasse permanente entre os vencedores no governo e os perdedores na oposição.

8. Este previsível confronto terá atores de bases conhecidas: as corporações sócio-sindicais de um lado e as corporações religiosas de outro. E espaços sub-regionais também conhecidos, ao Sul, ao Meio-Norte, ao Centro e a Oeste, que concentram as preferencias georreferenciadas.

9. O palco dos conflitos pós-eleitorais no caso de vitória de Crivella será o Centro da Cidade. E no caso de vitória de Freixo será espalhado nos corredores de transportes e serviços públicos.

10. Agora não há mais como remediar: quem viver verá.

25 de outubro de 2016

IBOPE E DATAFOLHA PROJETAM FINAL DA CAMPANHA NO RIO!

(El País, 23) 1. “As pessoas estão tomando decisões cada vez mais tarde. Sobretudo nesta era de comunicação via WhatsApp e redes sociais”, diz Márcia Cavallari, presidenta do Ibope. Apesar da boa vantagem de Crivella, o cenário instável faz com que tanto Cavallari como Mauro Paulino, diretor do Datafolha, evitem cravar resultados e tendências. Segundo Cavallari, 13% dos eleitores ainda podem mudar seu voto, segundo a última pesquisa. Trata-se de um número similar ao da última pesquisa Datafolha, divulgada no último dia 17.

2. O estudo do Datafolha detalha ainda que a taxa de eleitores totalmente decididos por Crivella é de 88% e por Freixo, de 86%. “Não tem como prever. Já vi eleições virarem de sexta até domingo. A pesquisa não tem o papel de antecipar o resultado”, reforça a presidenta do Ibope.

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PARANÁ PESQUISA/TV RECORD RIO – 19-22/10 COM 900 ELEITORES!

1. Um novo levantamento realizado pelo Instituto Paraná Pesquisa aponta que Marcelo Crivella (PRB) segue na liderança na disputa do segundo turno para a prefeitura. Segundo a pesquisa, o candidato tem 49,1% das intenções de voto, enquanto Marcelo Freixo (PSOL) tem 29%.

2. Eleitores que não votam em nenhum dos dois candidatos somam 16,9%. Já os indecisos marcam 5% das intenções de voto.

3. Se considerar apenas as intenções de votos válidos, sem contar brancos, nulos e indecisos, Crivella aparece com 62,9%, enquanto Freixo marca 37,1%.

4. Segundo a pesquisa, Marcelo Freixo tem 55,3% de rejeição dos eleitores entrevistados. Já Marcelo Crivella tem 39,8%. Eleitores que disseram que poderiam votar nos dois somaram 13,8%, enquanto 4,8% disseram não saber em quem não votaria.

5. A pesquisa, encomendada pela Record Rio e registrada no TSE-RJ foi realizada com 900 eleitores entre os dias 19 e 22 de outubro. O grau de confiança é de 95% e a margem de erro é de 3,5 pontos percentuais.

6. Paraná Pesquisas. Brancos+Nulos+Não Sabe: 3-6/10: 18,7% / 12-15/10: 19,9% / 19-22/10:  21,9%.

Obs.: Durante a campanha o Não Voto cresceu 3,2 pontos.

24 de outubro de 2016

CURIOSIDADES NA PESQUISA DO IBOPE!

a) 10% não declararam a sua renda.

b) 33% não têm nenhum interesse nessa eleição. Entre as Mulheres 37% com Nível Superior 24%. Renda de até 1 SM: 52%.

c) 13% dizem que ainda podem mudar seu voto. Entre os jovens 16-24 anos são 23%.

d) Independente de sua intenção de voto, quem será o próximo Prefeito? Crivella 68%. Freixo 16%. Obs.: A convergência entre as intenções de voto ainda não foi percebida pelo eleitor como mudança de tendência.

e) 28% disseram que votaram no Crivella no 1º Turno. Na verdade foram 23%. Obs.: É um engordamento comum em direção ao favorito naquele momento.

f) A memória do voto em Indio, Bolsonaro e Pedro Paulo é bem menor do que foi de fato. Isso afeta a importância dos cruzamentos dos eleitores deles, em quem vai votar agora.

g) Preferência por Partidos: PSOL 9%, PT 7%, PMDB 6%, PSDB 4%, PDT 4%, PRB 3%. PSOL concentrado nos mais jovens.

g) Maior rejeição Ruim+Péssimo ao Prefeito Paes entre os que têm 16-24 anos é de 49%. E Entre os com renda até 1 SM é de 42%. Média geral 34%.

h) Entre 16-24 anos 70% Desaprovam Prefeito Paes. Média 58%.     

 

21 de outubro de 2016

A QUESTÃO DA HOMOLOGAÇÃO DAS APOSENTADORIAS DOS SERVIDORES DA PREFEITURA DO RIO PELO TCM!

Vários servidores públicos da prefeitura do Rio contataram o Vereador Cesar Maia e pediram informações e esclarecimentos sobre a não homologação pelo TCM de diversas aposentadorias. Cesar Maia fez a consulta ao TCM que encaminhou a questão à área técnica do Tribunal de Contas. Segue abaixo a resposta da área técnica do TCM, para a conhecimento e avaliação dos servidores. Certamente, havendo dúvidas, interpretações ou mesmo questionamentos, os servidores, em base a essa resposta, poderão contatar o Tribunal de Contas. Este Ex-Blog agradece a resposta e a presteza dos técnicos do TCM. Segue a resposta.

1. As aposentadorias e pensões do Município do Rio de Janeiro estão sendo homologadas regularmente, à exceção daquelas concedidas com base no Decreto nº 23.844/03. O mencionado decreto afastou os efeitos das Emendas nº 41/03 e 47/05, e da Lei nº 10.887/04. Esses normativos extinguiram a paridade entre ativos e inativos para quem ingressou após 2003, além de estabelecer a média de 80% das maiores contribuições para o cálculo dos proventos. Ademais, reduziu os valores das pensões a 70% do valor que ultrapassar o teto do INSS + o próprio teto. Ressalta-se que nenhuma dessas regras estão sendo aplicadas pelo MRJ.

2. Vale lembrar que tais questões foram tratadas no processo nº 05/005.159/2004, de interesse da servidora Ligia Monteiro Raimundo, com decisão final do TCMRJ pela aplicação da Constituição Federal. No total existem cerca de 5.000 processos na condição descrita. Importante ressaltar também que tal situação foi tratada nas Contas de Governo dos anos 2013, 2014 e 2015.

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NOVOS NÚMEROS DO IBOPE PARA O RIO!

Cai de 26 pontos para 17 pontos a diferença entre Crivella e Freixo. Menos 9 pontos.

1. Agora 46% X 29%.

2. Avaliação do prefeito Paes: Ruim+Péssimo 34%. Ótimo+Bom 25%. Déficit: (-9%).

3. Os cruzamentos pelo voto nos candidatos do primeiro turno mostra que crescimento de Freixo se dá nos votos em Pedro Paulo e Indio. Em Bolsonaro nada muda, o que favorece Crivella. Se o Ibope divulgasse a pesquisa por região da cidade se poderia avaliar se essa tendência se acentua ou não.

4. Pelos cruzamentos com os candidatos do primeiro turno, provavelmente na Zona Oeste não houve mudança. A diferença diminuiu mais nas regiões litorânea e centro-norte. E menos na região norte.

5. Agora resta saber se é uma tendência ou se é uma acomodação após um certo inchaço na virada do segundo turno.

6. Na pergunta sobre quem vencerá a eleição, a vantagem de Crivella ainda é muito grande. Esta percepção do eleitor é natural pois a formação de opinião é um processo progressivo.

7. Onde Freixo passou a liderar? 16 a 24 anos: 43% x 41% / Renda maior que 5 salários mínimos: 42% x 35% / Nível Superior 45% x 29%.

20 de outubro de 2016

PROPORÇÃO DE “NÃO VOTO” (ABSTENÇÃO, BRANCOS E NULOS), NESTE SEGUNDO TURNO, NO RIO PODE SER RECORDE!

A.1. O tiroteio entre Freixo e Crivella na TV, em seus comerciais e programas, diariamente, está assustando o eleitor. No debate na RedeTV, nesta semana, as agressões foram intensificadas, só que agora cara a cara, como num duelo de pistoleiros nos filmes de faroeste.

A.2. Nas redes sociais tem crescido muito o número dos que reagem a esse tiroteio afirmando que “deste jeito não voto em nenhum dos dois”. As pesquisas eleitorais começam a sinalizar essa possível tendência.

A.3. A quem beneficia o aumento do “não voto”? Para responder a esta pergunta, os institutos de pesquisa deveriam fazer os cruzamentos de sempre identificando o perfil deles e avaliando se este perfil se aproxima mais de um ou de outro candidato. E, a partir de agora, comparar a primeira e segunda pesquisas no segundo turno com as novas pesquisas do Ibope e do DataFolha a partir desta semana. Pode ser que -para um ou para outro- o tiro esteja saindo pela culatra.

B. (Globo Online, 18) B.1. No próximo dia 30, os cariocas vão às urnas decidir quem governará a cidade do Rio pelos próximos quatro anos. Pelos dados dos institutos de pesquisas, o senador Marcelo Crivella (PRB) tem hoje a maior proporção de intenções de votos, desbancando o seu concorrente neste segundo turno, Marcelo Freixo (PSOL). Segundo o último DataFolha, divulgado na sexta-feira, o candidato do PRB tem cerca de 48% das intenções de voto contra 25% de Freixo. (Conversamos com o diretor do DataFolha, Mauro Paulino, veja mais abaixo)

B.2. O que a sondagem do DataFolha revelou também é a grande proporção de cariocas que afirmam que votarão em Branco/Nulo/Nenhum: 19%. Mesmo a poucos dias da votação no segundo turno e após o início da campanha na TV, esse contingente de eleitores manteve a posição de não votar em nenhum dos dois candidatos. O percentual chama atenção porque, em tese, a proximidade do dia da eleição tende a reduzir os percentuais de Indecisos/Brancos e Nulos. Desta vez, não. A projeção da alta taxa de Brancos/Nulos repete o registrado no primeiro turno nas urnas, quando chegou 18,2% na capital fluminense.

B.3. A taxa de Brancos/Nulo em 2016, segundo a pesquisa DataFolha, é duas vezes maior que a realizada pelo instituto em 2012, quando Eduardo Paes (PMDB) foi eleito ainda no primeiro turno. A diferença é semelhante também à sondagem feita neste mesmo período do segundo turno de 2008, quando Paes concorreu com Fernando Gabeira (PV). Em 2008, aliás, o Rio assistiu a uma das mais disputadas eleições municipais, com a vitória de Paes por uma diferença de apenas 1,6% dos votos. Naquele pleito, os Brancos/Nulos atingiram 8,5% nas urnas (314 mil eleitores). Agora, se mantida proporção de abstenções do primeiro turno no Rio (24%), a soma dos Brancos/Nulos chegaria a mais de 700 mil eleitores. Ou seja, um punhado expressivo de cariocas que não se identificam com nenhum dos candidatos.

B.4. Inúmeras explicações, como a descrença na política e nos políticos, podem ser apresentadas para o volume de “não-votos” registrados nesta eleição, mas certamente, todas se misturam a um segundo e central fator: o perfil dos candidatos que disputam ou disputaram a prefeitura do Rio. No primeiro turno, esses agentes foram incapazes de apresentar um projeto ou discurso que mobilizasse essa massa de cariocas. Com Crivella e Freixo, no segundo turno, esse fenômeno se manteve.

B.5. Para o diretor do DataFolha, Mauro Paulino, a explicação estaria na forte rejeição dos brasileiros e, também dos cariocas, à política e aos partidos. Segundo ele, Crivella e Freixo não representam o discurso antipolítica observado em outras cidades: – Parte significativa dos eleitores não se sente representado pelos políticos e partidos atuais. Dois terços dos eleitores brasileiros não têm simpatia por partido algum, o que é um recorde. Ao mostrar a intenção de anular ou votar em branco essa parcela de cariocas está demonstrando essa insatisfação é a tendência de buscar o “antipolítico” que não encontra nem em Crivella, nem em Freixo.

B.6. A antipolítica ou candidatos que se apresentaram mais com esse perfil também fracassou no primeiro turno no Rio, ao contrário de outras cidades nas quais os eleitores ou elegeram em primeiro turno ou colocaram na segunda fase da campanha competidores que buscaram mobilizar essa tipo de percepção dos eleitores: – Acho que a antipolítica se expressou através dos brancos e nulos que também foi alto no Rio (primeiro turno). Mas a votação de Flávio Bolsonaro (PSC) foi expressiva e Carmen (Miguelis do Novo) teve pouco tempo de TV – avalia Paulino.

18 de outubro de 2016

ALGUNS COMENTÁRIOS SOBRE O ORÇAMENTO DA PREFEITURA DO RIO PARA 2017!

1. O atual prefeito contou com uma maioria estável de 80% dos Vereadores. Isso, na prática, transformou o processo legislativa em leis delegadas. Na prática, o prefeito governava por “decreto”.

2. A oposição não conseguia nem as 17 assinaturas ou 1/3 dos Vereadores para apresentar emendas aos projetos de lei em tramitação ou para pedir inversão de pauta de votação. Na Câmara de Deputados bastam 10% ou partidos/blocos com esta representação. Seriam 6 Vereadores aqui, arredondando para cima.

3. A próxima legislatura -vença quem vencer o segundo turno- a intervenção do executivo será muito menos vertical e, por isso, o processo legislativo será muito mais flexível e democrático que o atual.

4. Portanto, cabe aos atuais Vereadores excluírem da lei de Orçamento todos os dispositivos que signifiquem autorizações ou delegações para o executivo fazer por decreto o que deveria fazer por Projeto de Lei. São apenas 3, sem incluir a autorização para transposição no Orçamento aprovado.

5. A LOA -2017- deveria incluir programas que, depois de anos, se encontram suspensos, como o Remédio em Casa para hipertensos e diabéticos atendidos pela rede pública municipal, e a Carta de Crédito (Casa própria para o servidor), que é gerida pelo Previ-Rio com recursos do próprio servidor.

6. A perda de liquidez do fundo previdenciário do servidor nos últimos anos deveria ser superada a partir de 2017, vinculando a receita da dívida ativa, a reconstituição da liquidez em base ao valor real de 31/12/2008, aplicando e bloqueando seu uso até esta reconstituição.

7. O futuro prefeito deveria sinalizar que o sistema previdenciário do servidor municipal não será alterado. De outra forma, o número de aposentadorias crescerá exponencialmente no curto prazo.

8. O relatório de execução orçamentária, que era divulgado de 2 em 2 meses e que na atual administração passou a o ser de 4 em 4 meses, deveria voltar a ser de 2 em 2 meses.

9. Desde 1993 que o custo das obras públicas não incluíam porcentagem para cobrir alegados custos fixos. Desde 2009 que as obras públicas passaram a ser oneradas com uns 16%. Até 2008 a correção monetária do saldo de obras públicas em execução só ocorria após 2 anos do início da obra. A atual prefeitura reduziu para um ano. A correção do saldo de obras em andamento deveria voltar a ser de 24 meses.

10. Os requerimentos de informação dos Vereadores não respondidos no prazo legal -no limite da lei orgânica do município- deveriam interromper a tramitação dos projetos de lei de iniciativa do executivo.

19 de outubro de 2016

AS ELEIÇÕES DE 2018 PARA GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO!

1. O processo eleitoral brasileiro, com eleições municipais e estaduais/federais de 2 e 2 anos, produz uma corrente de conexões. Essa corrente tanto pode ser positiva como negativa. É positiva quando existem pré-candidaturas naturais a governador. É negativa quando, após as eleições municipais, não existem candidaturas naturais a governador.

2. O caso do Estado do Rio, apontando para 2018, é de uma evidente corrente negativa para governador. Partindo dos partidos que já informaram que terão candidatos a presidente, como o PMDB, PT, PSDB, REDE, PDT, PV e PSOL, a projeção dos mesmos para suas candidaturas a governador mostra espaços completamente vazios.

3. Todos os candidatos a presidente terão que apresentar os candidatos a govenador de seus partidos no terceiro colégio eleitoral –quase segundo- e certamente segundo pela expressão da disputa no Rio.

4. Enquanto nomes partidários, nenhum deles têm candidatura natural. O nome do prefeito do Rio, do PMDB, natural até uns meses atrás, hoje enfrenta os problemas da derrota na capital e muito mais que isso, enfrenta a dúvida sobre de que forma a desintegração do governo estadual do PMDB afetará a fragilidade de uma candidatura sua.

5. Falta um ano e nove meses até a convenção de 2018 que escolherá os candidatos a governador. Partindo de espaços partidários, digamos, vazios, é muito pouco tempo. É provável que o PSOL, a REDE, o PV e o PDT tenham anticandidatos a governador para dar lastro na TV e número a seus candidatos a presidente. Quem serão? Nem seus partidos sabem. E os nomes mais fortes para deputado não vão para o sacrifício num quadro de transição política como o brasileiro.

6. O PMDB enfrenta o desgaste do governo estadual, o que fragiliza potencialmente o atual prefeito da capital. Há como descolá-lo do governo estadual? Como se comportará o governo estadual após o segundo turno e o retorno do governador do PMDB?

7. O PT terá que ter candidato a governador. Pelo menos para usar o amplo tempo de TV que tem, reforçando seu candidato a presidente. Quem será? Lula, superando as questões judiciais até pelo tempo até a convenção de 2018, assumirá o bom combate mesmo sabendo das dificuldades eleitorais?

8. E o PSDB? Seus deputados –e presidentes regional e municipal da capital- não irão para o sacrifício. Vão defender seus mandatos. Até porque a incerteza de quem será o candidato a presidente vai dificultar compromissos prévios deles. O PSDB vai buscar um nome forte fora do partido, como já o fez para a eleição de 2016 na capital?

9. É improvável que o deputado Bolsonaro confirme sua candidatura a presidente. Se o fizer também precisará de um candidato a governador para dar piso. Mas não é improvável que decida recuar e ser candidato a governador, o que significaria a ocupação de um espaço conservador e competitivo.

10.  Se (sempre) as pré-campanhas começavam de fato um ano antes da eleição, agora no Estado do Rio terão que começar 2 anos antes, para fora e para dentro do partido.

17 de outubro de 2016

CURIOSIDADES DO ÚLTIMO DATAFOLHA SOBRE O SEGUNDO TURNO DA ELEIÇÃO NO RIO!

Observação Geral: Os programas eleitorais de Crivella e Freixo são de baixa qualidade técnica, desde a imagem até os testemunhais artificiais.

1. A amostra do Datafolha precisa ser ajustada em relação à religião. Católicos são 44%. Datafolha usou 38%. Evangélicos são 26%. Datafolha usou 33%. Ao aplicar os valores certos, a diferença iria de 32 pontos para 26 pontos.

2. Freixo chegou a 34%. Na campanha de 2012 no primeiro turno, Freixo obteve nos votos válidos 28%. Pouco crescimento em 4 anos.

3. Para o Datafolha, Crivella tem 55% dos votos válidos entre os Católicos e Freixo 45%. Mais próximo da verdade seria um empate entre os dois.

4. Nos votos totais, a diferença a favor de Crivella entre as mulheres era de 12 pontos na pesquisa anterior. Agora subiu. Provavelmente por efeito dos programas de TV do Freixo.       

5. Entre os maiores de 60 anos, a diferença pró-Crivella cresceu para 29 pontos. Provavelmente por efeito dos programas de TV do Freixo.

6. Entre os Jovens, Freixo vence com vantagem de 7 pontos. Provavelmente por efeito dos programas de TV do Freixo.

7. Renda até 2 salários mínimos: diferença pró-Freixo de 30 pontos. Renda superior a 10 salários mínimos: Freixo vence por 9 pontos. Acentua-se a tendência do voto social. Ou que Crivella assusta mais que Freixo entre os de maior renda.

8. Datafolha. Pesquisa de imagem pessoal. Trabalha muito: Crivella 55% x Freixo 36% / É humilde: Crivella 63% x Freixo 41% / É moderno: Crivella 49% x Freixo 69% / Respeita mais os ricos – respeita mais os pobres: Crivella 24%-47% x Freixo 30%-37%.

9. É sincero: Crivella 53% x Freixo 40% / É honesto: Crivella 58% x Freixo 43% / É competente: Crivella 66% x Freixo 50% / É democrático: Crivella 58% x Freixo 51%.

14 de outubro de 2016

PEZÃO, CRIVELLA E FREIXO! EDIR MACEDO E GAROTINHO!

1. Na eleição de 2014, a campanha de Pezão, preocupada com o crescimento de Crivella nas pesquisas de intenção de voto, aplicou uma dose tripla de publicidade negativa fazendo memória de matérias da imprensa que tratavam das relações entre Crivella e Edir Macedo e hipotéticos desvios. Na época, Cesar Maia, numa entrevista ao jornal Extra, sublinhou o erro dessa campanha publicitária de Pezão no segundo turno.

2. Um excesso, até porque a vitória de Pezão estava garantida com a votação em todo o Estado, onde, no final, Pezão obteve 56% dos votos válidos contra 44% de Crivella. Na Capital, Pezão venceu no segundo turno por 52% contra 48% de Crivella. A fortíssima campanha publicitária de Pezão produziu ganhos muito pequenos que não justificavam tamanho ódio.

3. Agora é a vez da campanha de Freixo atacar Crivella através dos comerciais e, como na campanha de Pezão, assinando apenas no final com o nome da coligação. Nem Pezão, nem Freixo entraram em cena para atacar direta e pessoalmente Crivella. A campanha de Freixo foi surpreendida pelas primeiras pesquisas que abriram a favor de Crivella uma grande vantagem. Este Ex-Blog lembrou que os vencedores do primeiro turno carregam essa memória para o início do segundo turno e abrem a vantagem. Em 2000, Conde abriu 17 pontos segundo o Ibope. Mas a campanha com tempos iguais de TV foi corrigindo e Cesar Maia terminou vencendo.

4. Em geral, as campanhas eleitorais “acabam quando terminam”. A menos que tenham deixado um rastro de ódio nos perdedores. Há sempre que lembrar um princípio do marketing de produtos, especialmente de restaurantes. Um serviço considerado muito positivo gera um pequeno multiplicador no usuário. Conta para pouca gente. Mas um serviço muito negativo num restaurante gera uma forte memória e um fortíssimo multiplicador pelo usuário. Algo como 10 vezes mais que o multiplicador positivo.

5. As campanhas eleitorais são pontos –certamente importantes, mas apenas pontos- do processo político. Encerrada a campanha eleitoral e após a posse do vencedor, a política volta a seu leito. A menos que a campanha tenha deixado um rastro de ódio pelos excessos. O PMDB do Rio pagou pelos excessos da campanha de Pezão, sendo alvo de forte ataque negativo através da TV que tem proximidade com Crivella. Um ano depois, com a quebra do Governo do Estado, vários pastores diziam que Crivella tinha sido protegido pelos Céus. Se não é “vero” é bem “trovato”.

6. A forte carga negativa da campanha de Freixo, trazendo de volta Garotinho junto a Crivella, em antigas manchetes de jornais sobre hipotéticos desvios, alguns não confirmados pela justiça, foi um erro triplo. Primeiro porque mesmo gerando perdas eleitorais em Crivella, o que produziria mesmo uma inversão do quadro eleitoral seria uma campanha proativa de Freixo. Segundo porque vitima Crivella e, com isso, seus comerciais e programas ganharam uma muito maior suavidade.

7. Terceiro porque precipitaram a decisão de Crivella de não ir a debate. Se os ataques tivessem sido reservados para o debate na TV Globo, apenas 2 dias antes da eleição, com uma proximidade nas pesquisas imediatamente anteriores, os ataques nesse debate poderiam ter sido decisivos. E nem precisava essa agressividade toda.

8. Cesar Maia sempre lembra duas campanhas suas. A de 1998 em que Garotinho venceu e Cesar Maia decidiu não ir ao debate na TV Globo, onde Garotinho falou sozinho. Com isso, a memória da derrota sem imagens na TV rapidamente foi apagada. Dois anos depois Cesar Maia voltava à prefeitura. E sobre a importância do debate na TV Globo apenas 2 dias antes (no primeiro turno foram 3 dias antes, o que suaviza a memória como afirmam os publicitários) em 2000, na sexta-feira do debate as pesquisas apontavam vantagem de Conde por 5 pontos. No domingo, Cesar Maia venceu por 2 pontos, num salto de 7 pontos.

9. Com apenas 4 dias de campanha na TV, ainda há tempo de sobra para a campanha de Freixo ser recolocada nos trilhos. Isso não é difícil. 50% dos eleitores ainda não decidiram definitivamente o seu voto ou não sabem em quem ou se vão votar. E ainda há o feriado de sexta-feira (30), do dia do Servidor Público.

13 de outubro de 2016

ALGUMAS COMPARAÇÕES ENTRE AS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DAS CIDADES DE S. PAULO E RIO DE JANEIRO EM 2016!

1. Abstenção: S. Paulo 21,84% / Rio 24,28%  

2. Brancos + Nulos: S. Paulo 16,64% / Rio 18,26%.

3. Na Câmara do Rio a renovação foi de 35% dos vereadores, com 18 novos nomes. / Na Câmara de S. Paulo a taxa de renovação foi de 40%, com 22 novos nomes.

4. Em S. Paulo as duas maiores bancadas passaram a ser: PSDB 11 e PT 9. / Na Câmara do Rio as duas maiores bancadas passaram a ser: PMDB 10 e PSOL 6.  

5. Os assentos ocupados por mulheres na Câmara Municipal de SP passarão de 5 para 11, equivalendo a 20% do total de 55 vagas. / Na Câmara do Rio, o número de mulheres eleitas passará de 8 em 2012, sendo que 6 exercem o mandato atualmente, para 7 em 2016, representando 13,7% da Casa.

6. Vereadores com menos de 40 anos atingiram percentual de 20%, recorde em S.Paulo. Eram 6 no pleito de 2012, serão 11 na legislatura que se inicia em 2017 —8 deles em primeiro mandato. / No Rio, os vereadores com menos de 40 anos passam de 17 eleitos em 2012, para 16 eleitos em 2016, o que significa 31,3% das cadeiras. 9 eleitos em 2016 estarão em primeiro mandato.

* * *

NOVAS REGRAS TORNAM ELEIÇÃO PLENAMENTE EXITOSA!

(Editorial Estado de SP, 09) 1. A primeira eleição sem o financiamento empresarial de campanha foi plenamente exitosa. Embora a queixa sobre a falta de dinheiro tenha sido mais ou menos generalizada, os candidatos saíram em busca de votos, os eleitores fizeram suas escolhas livremente e os eleitos tomarão posse no prazo legal. Tudo isso significa que a democracia pode perfeitamente funcionar sem a injeção de recursos de empresas interessadas somente em ganhar favores e contratos dos políticos que ajudaram a eleger.

2. Aliás, pode-se dizer que a democracia saiu fortalecida dessa eleição exatamente porque foi rompido esse vínculo danoso entre políticos e empresas, transformadas em eleitoras privilegiadas. Deu-se um grande passo para restaurar o princípio de “um homem, um voto”.

3. Neste ano, sem essa abundância de recursos, foi necessário gastar sola de sapato, algo a que os candidatos já não estavam mais habituados. Se antes o dinheiro das empresas permitia que os candidatos disputassem a eleição sem sair de casa, agora se tornou imperativo conversar diretamente com o eleitor e convencê-lo não apenas a lhe dar o voto, mas também a ajudar no financiamento da campanha.

4. Como a campanha eleitoral de 2016 mostrou, o voto pode ser conquistado sem a necessidade de enganar o eleitor com promessas elaboradas por marqueteiros e sem precisar recorrer a financiadores que não têm compromisso senão com seus balanços contábeis.

11 de outubro de 2016

RIO: SEGUNDO TURNO, COMUNICAÇĀO DOS CANDIDATOS E PREDITOR DE VOTOS !

1. Esse Ex-Blog comentou uns poucos meses atrás, sobre uma pesquisa do GPP relativa a preditores de votos nesse momento. A análise se faz através dos cruzamentos de várias perguntas, encabeçada pela intenção de voto.

2. Quase sempre os candidatos priorizam a sua comunicaçāo em base as respostas sobre os principals problemas da cidade/estado/país. Nas eleicoes municipais desse ano -e por todo o país- o principal problema destacado é a Saúde, seguido da Segurança e da Educaçāo.

3. No Rio o candidato Pedro Paulo martelou dia a dia Saúde (clínicas da familia), e Educação (escolas do amanhã). Da mesma forma os demais candidatos mesmo que em proporção menor.

4. No primeiro debate do segundo turno na Tv Band, Crivella e Freixo se revezaram ao tratar desses problemas destacados nas pesquisas. O erro não é tratar desses temas, mas como tratar. Um problema pode ser o mais importante mas pode não ser um preditor de votos em si.

5. Aquela pesquisa citada acima do GPP,deixou muito claro que o principal preditor de votos, destacadamente é a capacidade administrativa , a capacitance de gestão, do candidato. Qualquer exercício de reflexão sobre a atual conjuntura, nos conduziria a essa conclusão.

6. O que só eleitores sentem e veem sāo os desastres administrativos do governo federal e do governo do estado do Rio. Nesse sentido, a abordagem daqueles temas deveria vir precedida da capacidade administrativa, da capacidade de gestão dos candidatos.

7. Sāo essas condições que dão confiança que as propostas para Saúde, Segurança e Educação serão efetivamente realizadas. Vários nomes de futuros auxiliares ou inspiradores foram citados no debate da TV Band. Nem um só deles com referência mesmo indireta às áreas de finanças e administração.

8. Descolados do principal preditor de votos, as propostas exaltadas se transformam em promessas vazias. Nesta segunda-feira começaram os programas eleitorais e mais na frente outros debates na TV.

9. Aguarda-se com ansiedade a comunicaçāo de ambos candidatos e o eixo condutor de suas propostas e promessas, para se avaliar sve são promessas vãs, ou se levam em si como preliminar a capacidade de gestão para virem carregadas de confiança e credibilidade. 

10 de outubro de 2016

ELEIÇÕES PREFEITO DO RIO: DEBATE E TIC TAC!

A. IMAGENS DO DEBATE NA TV BAND!

a. Ambos com o mesmo uniforme: blazer  azul marinho e camisa azul mais clara.

b. Freixo fala rápido demais. Fala na TV deve ser pausada. Deveria assistir ao JN e aprender. Crivella com fala mais lenta comunica melhor.

c. Freixo acelera, trata de muitas coisas numa mesma resposta e dificulta a memória de quem ouve. Crivella responde o que quer e converge para dois pontos, o que ajuda a memória.

d. Freixo fala para o setor público. Crivella para o setor privado.

e. Freixo fala para seu público, seu eleitor do primeiro turno. Crivella abre o leque.

f. Freixo precisa aprender a dar um sorriso eventual.

g. Este debate serviu como treinamento para Freixo. Ele, ou sua assessoria, deveria revê-lo sobre os pontos acima.

B. TIC-TAC !

1. Dia 28 de outubro, dia do servidor público, é uma sexta-feira. Dia 30 é o segundo turno da eleição. Vem aí um feriadão. Em 2008, o feriadão anterior à eleição impactou a abstenção. Nesse mesmo dia há o debate da TV Globo.

2. No primeiro turno de 2016, esse debate ocorreu na quinta-feira. Os estudos nos EUA mostram que os efeitos do debate se diluem em 3 dias. Agora, o debate será numa sexta-feira. Os efeitos do debate ainda estarão presentes dois dias depois. Nos EUA o último debate é no limite 15 dias antes da eleição.

3. A soma dos votos brancos e nulos em 2016 foi de 18,26%. Na eleição de 2000 essa soma alcançou 8,4%. Em 2004, foram 7,09%. Em 2008, foram 12,75%. Em 2012 foram 13,51%. Antes de 2000 o voto era no papel: brancos e nulos somavam uns 30%. O eleitor se divertia escrevendo coisas no papel. Com a entrada do voto eletrônico o eleitor não sabia como anular o voto. Mas foi aprendendo a apertar a tecla do branco e a anular o voto com números inexistentes. E os brancos e nulos foram crescendo.

4. Agora, em 2016, nos votos totais a diferença entre Crivella e Freixo foi de 8 pontos. Se a soma de brancos e nulos no segundo turno voltasse ao nível de 2000, os brancos e nulos, que seriam reduzidos, superariam a diferença entre Crivella e Freixo. Com a eleição polarizada, os brancos e nulos podem diminuir. Sendo assim, um esforço dos candidatos no segundo turno seria atrair eleitores que votaram brancos e nulos para votarem neles. Um estudo dos votos por região eleitoral indicaria por onde começar.

5. Quinta-feira Crivella anunciou o nome de seu futuro secretário de saúde. Uma sinalização positiva para as OSs e para os eleitores empregados nelas. Na sexta-feira, no RJTV-2, Freixo amaciou o discurso. Ao lado do compromisso com o plano de cargos e salários dos servidores públicos da Saúde, amenizou os sinais para as OSs: não haverá demissão e a transição será lenta.

6. Datafolha, 05-06/10. Grande chance de mudar o voto: Crivella 19% e Freixo 8%. Não está totalmente decidido entre todos os eleitores. Dos eleitores de Crivella 5,72%. Dos eleitores de Freixo 3,24%.

7. Datafolha. Decidiram o voto na véspera e no dia da eleição. 16% dos que votaram em Crivella e 20% entre os eleitores de Freixo. Em todos os eleitores: 22%.

8. Datafolha. Intenção de Voto. Pontos máximos de Crivella: 52% entre os que têm até ensino fundamental e 49% entre os de renda até 2 salaries mínimos. / Freixo: 39% entre os de 16 a 24 anos e 43% entre os com renda acima de 10 salários mínimos.

07 de outubro de 2016

DATAFOLHA APRESENTA A PRIMEIRA PESQUISA: UMA ANÁLISE DINÂMICA!

1. O Datafolha divulgou a sua primeira pesquisa para o segundo turno no Rio de Janeiro: Crivella 44% e Freixo 27%. Sobre votos totais Crivella cresceu 100% sobre os 22% que teve no primeiro turno. Freixo teve 27%, crescendo 93% sobre os 14% DE votos que obteve no primeiro turno. Era um resultado inicial esperado.

2. Esses 17 pontos de frente –por coincidência- são os mesmos 17 pontos que Conde atingiu na primeira pesquisa Ibope no segundo turno na eleição de 2000. A diferença de tempo de TV no primeiro turno ajuda a explicar. Conde tinha 10 vezes o tempo de TV de Cesar Maia no primeiro turno. A mesma proporção que Crivella tinha sobre Freixo no primeiro turno, embora em tempos diferentes. Mas essa diferença proporcional carrega memória para o início do segundo turno.

3. Conforme este Ex-Blog avaliou ontem em uma análise espacial, os votos de Bolsonaro pela razões apresentadas, cairia no colo de Crivella. A migração dos votos de Jandira também era prevista embora em proporções muito pequenas já que Jandira obteve menos de 3%. A migração maior para Crivella dos eleitores de Pedro Paulo, corresponde a uma maior proporção dos votos na áreas de liderança de Crivella.

4. A aproximação maior dos eleitores de Indio a Crivella da mesma forma assim como a distância maior dos eleitores de Osório. Não é equivocado dizer que em boa medida o segundo turno começa tudo de novo. Mas depende dos candidatos.

5. Segunda-Feira começam os programas de TV. Freixo vai sair dos 11 segundos para 10 minutos. As inserções de Crivella e Freixo ocuparão por dia 35 minutos cada durante todo o dia.  Crivella além de ter tido um maior tempo que Freixo, ainda tem uma memória muito maior de outras eleições majoritárias em que participou e da capilaridade corporativo-religiosa.

6. Provavelmente o impacto dos 10 minutos de Freixo será maior que os de Crivella. As pesquisas de depois de 10 dias de TV deverão mostrar uma convergência na relação de intenções de voto embora com Crivella ainda na frente.  As diferenças tenderão a se aproximar na medida que o programa de Freixo, além de Chico Buarque, Caetano Veloso etc., que serão animadores e emocionadores dos eleitores, conseguir principalmente  reduzir a taxa de insegurança dos eleitores médios quanto aos discursos de Freixo e do PSOL nesses anos.

7.  Por outro lado Crivella dará continuidade a desreligiozação de sua hipotética condição potencial de prefeito. E se diferenciará das corporações como na escolha ontem de seu futuro secretário de saúde.

8.  Ontem este Ex-Blog quando fez uma análise espacial com o voto georreferenciado, mostrou que cada um deles terá que ampliar a mancha de seu apoio, a partir das fronteiras internas e externas de seu voto.  Ambos em direção a Zona Norte e Jacarepaguá.  Ambos deveriam se associar nos bairros de “cor cinza”, a lideranças políticas e sociais nos bairros em que sejam condutores de opinião. Crivella terá mais facilidade de fazer isso. Freixo deverá tentar essa expansão através do voto corporativo e ideológico, tarefa mais difícil. Melhor seria flexibilizar o discurso

9.   Freixo poderia lembrar e reler a Carta de Lula aos brasileiros e seguir por esse caminho com Carta aos Cariocas. As redes falam para tribos e são mais eficientes nas críticas.  E devem estar rigorosamente conectadas na comunicação do candidato que apoia para não produzir curto-circuito. Aqui o risco maior é de Freixo, com seus “fios desencapados”  atirando para todo lado.

10.  Portanto –olhando tantas eleições anteriores –aqui e em outras regiões e países- a passagem do primeiro para o segundo turno, é apenas um momentum de desdobramento do primeiro turno.  O jogo começa para valer-aqui entre nós- depois de 10 dias de TV.  Tarefa político-comunicacional.  E controle dos nervos e dos “amigos”. Só lá poderemos dizer se há favorito ou não.

SEGUNDO TURNO! AVALIAR OS RISCOS PARA O RIO!

(uol, 06) Terceiro mais votado, o vereador reeleito Cesar Maia afirmou ainda não ter se decidido sobre o candidato que apoiará. “Só vou pensar nisso na semana da eleição, depois de acompanhar os programas, os debates e as pesquisas. Vou avaliar os riscos que a cidade, o carioca e a prefeitura vão enfrentar com um e outro”, disse o ex-prefeito do Rio.

06 de outubro de 2016

FATOR ESPACIAL É O DECISIVO PARA EXPANSÃO DO VOTO!

1. Os institutos de pesquisa definem sua amostragem em base aos dados censitários básicos, ou seja, gênero, idade, nível de instrução, nível de renda. E agregam outros elementos na amostra, como religião, situação quanto ao emprego… E agregam um elemento fundamental: o ESPACIAL (bairro, cidade, estado, região…).

2. Nem todos os elementos têm igual peso como preditor de voto. Ou seja: em alguns a variação não altera substancialmente a proporção de voto para este ou aquele candidato. Dessa forma, os institutos devem destacar aqueles que têm um peso mais que proporcional na formação e predição do voto.

3. Desde fins do século 19  -bem antes das pesquisas eleitorais- que a microssociologia (Vide Gabriel Tarde, As leis da imitação. Em francês), que a proximidade ou seja o fator espacial é destacado como formador progressivo da opinião pública. Hoje, com todos os métodos sofisticados de aferição e simulação, se pode garantir que é o fator espacial que constrói a decisão de voto.

4. Por exemplo: a opinião de pessoas com diferentes níveis renda, de instrução ou gênero, etc., que vivem num mesmo local, tendem a ter opinião mais próxima que outras pessoas dos mesmos níveis de renda, instrução, gênero que vivem em bairros diferentes ou distantes.

5. Por esse fator espacial, após as eleições em municípios, estados, regiões e países, antes os institutos e agora diretamente os meios de comunicação georreferenciam o voto, aplicando cores distintas aos diversos candidatos. O que se vê é que um candidato concentra espacialmente as preferências e o outro ou outros da mesma forma.

6. Dessa forma, a propaganda numa campanha eleitoral deve buscar a expansão da preferência por um candidato expandindo a mancha georreferenciada.  O esforço de convencimento do eleitor longe de sua área de concentração espacial do voto, tem uma produtividade relativamente baixa.

7. O mais produtivo é intensificar a campanha onde há aquela concentração, e ampliar a decisão de voto, expandindo a mancha desde as suas fronteiras em direção aos demais espaços.

8. Terminado o primeiro turno, os dois candidatos no início do segundo turno devem ir atrás dos locais de votação dos que não passaram para o segundo turno, dentro da sua concentração ou mancha de voto. Por exemplo, Bolsonaro teve uma grande votação nas áreas militares e de residência de militares e policiais na Zona Oeste. Esse voto tende a cair no colo do Crivella porque agrega ao fator espacial os valores. Em menor intensidade –mas de forma importante- os demais candidatos.

9. Da mesma forma Freixo. Suas prioridades devem ser priorizar os locais dentro de sua mancha em que os que não passaram para o segundo turno tiveram suas votações. E buscar –por exemplo- a mancha de Osorio na Zona Sul, mesmo que ideologicamente as candidaturas sejam muito diferentes.

10. E depois –ambos- procurar expandir as suas fronteiras. No quadro georreferenciado simplificado abaixo isso significaria Crivella expandir suas fronteiras do azul e Freixo do amarelo. Com um georreferenciamento mais detalhado isso fica ainda mais claro e orientador da campanha.

11. Em 2000, o candidato Cesar Maia –em função das pesquisas, e orientado pelo GPP- expandiu suas fronteiras microlocais, tanto no primeiro como no segundo turno, com forte presença de suas equipes nesses pontos. Ultrapassou Benedita por 17 mil votos e depois venceu Conde por 70 mil votos. Ambos 2 dias antes da eleição estavam na frente de Cesar Maia.

12. Quando as manchas são espacialmente distantes, a expansão deve priorizar o sentido interno. Vale dizer: uma diferença muito grande e sólida forma como um bloqueio à penetração da opinião adversária.

13.  Quadro Georreferenciado Rio, para o segundo turno.

05 de outubro de 2016

PESQUISAS E RESULTADO ELEITORAL PARA PREFEITO DO RIO!

1. Durante toda a campanha eleitoral os institutos de pesquisa -Datafolha e Ibope- divulgaram os resultados de suas pesquisas pelos votos totais, ou seja, incluindo os brancos, nulos e os que não respondiam.

2. Na véspera da eleição e depois na boca de urna e na divulgação do resultado pelos TREs, apenas foram apresentados os votos válidos, excluindo os brancos e nulos.

3. Numa eleição com alta porcentagem de votos brancos e nulos, a diferença das porcentagens elevando os votos válidos não permite que se avalie se as pesquisas erraram ou acertaram, em quanto e em relação a quem. Incluamos os brancos e nulos no total e vejamos os resultados para prefeito do Rio.

4. Crivella. teve pelo TRE 22,71%. As pesquisas de ambos os institutos, já na segunda metade da campanha davam a Crivella algo como 30%. Portanto, observou-se um expressivo declínio de Crivella, aliás como em outras eleições. A queda foi proporcionalmente semelhante, só que Crivella vinha de um patamar muito maior e isso não criou nenhum risco de sua ida ao segundo turno.

5. Marcelo Freixo recebeu do TRE 14,92%. Durante toda a segunda metade da campanha, Freixo manteve-se com uns 10%. Dessa forma, Freixo cresceu uns 4 a 5 pontos nos últimos dias. Esse crescimento se explica pelo voto útil saindo de Jandira e indo para Freixo. Jandira vinha nas pesquisas na segunda metade da campanha com uns 7% a 8%. Mas os números do TRE lhe deram 2,73% sobre os votos totais. Assim se observa claramente um voto útil desde Jandira a favor de Freixo.

6. Pedro Paulo, na segunda metade da campanha vinha com uns 9% a 10%. Incluindo brancos e nulos, o TRE lhe deu 13,18%. Esse ganho veio especialmente da queda de Crivella.

7. Bolsonaro vinha na segunda metade da campanha com uns 8%. O TRE lhe deu 11,44%. Seu crescimento veio claramente da queda de Crivella nas áreas militares da Zona Oeste, onde Bolsonaro falou para o eleitor de seu pai.

8. Indio da Costa vinha na segunda metade da campanha com uns 7%. O TRE lhe deu 7,35%. Portanto, os sinais de crescimento dados nos últimos dias eram mais flutuações do eleitor buscando o destino final de seu voto.

9. Osorio atravessou a segunda metade da campanha eleitoral com uns 4 a 5%. O TRE lhe deu 7,05%. Esse crescimento veio desde Pedro Paulo, num duplo movimento de transferência desde Crivella para Pedro Paulo e deste para Osório, que cresceu fortemente nas zonas eleitorais da Zona Sul, de classe média superior.

10. Alessandro Molon ficou quase onde estava. Vinha com 2% e fechou com 1,17% no TRE. Aqui também um movimento a favor de Freixo.

11. Elas por elas, a única diferença que efetivamente o IBOPE e o Datafolha não identificaram em suas pesquisas foi a queda abrupta de Crivella. No entanto, os números do GPP, o instituto de tradicionalmente melhor amostragem na cidade do Rio de Janeiro, mantiveram Crivella entre 24% e 25% durante toda a campanha.

12. Esses 5 pontos de diferença do GPP em relação aos 30% de Crivella durante a campanha mereciam ser avaliados pelo IBOPE e Datafolha, inclusive pedindo emprestados os dados internos das pesquisas do GPP para identificar eventuais problemas em suas pesquisas naquelas regiões.

AUMENTO DE ABSTENÇÃO É, EM GRANDE MEDIDA, CADASTRO ANTIGO SEM RECADASTRAMENTO!

(Folha de S. Paulo, 04) 1. Apesar da taxa de abstenção em 17 das 26 capitais ter subido em relação às eleições de 2012, ela caiu nas cidades que realizaram o recadastramento biométrico obrigatório nos últimos quatro anos.  Isso sugere que o aumento no não-comparecimento pode ser influenciado também pela desatualização dos dados de eleitores. Segundo dados do TSE, a taxa de abstenção média nas capitais no primeiro turno foi de 16,7% em 2012 para 16,8% neste ano. Nas 12 cidades que fizeram o recadastramento recentemente, esse número caiu de 16,55% para 13,2%.

2. Por outro lado, se forem consideradas apenas as capitais que nunca fizeram o recadastramento –caso de São Paulo e Rio– as abstenções chegaram, em média, a 21,2%. Em 2012, esse número foi 18,5%. Isso pode ter acontecido porque eleitores que mudam de cidade e não se cadastram em um novo local, assim como mortes não reportadas, inflam os índices de abstenção. Nos locais onde houve o recadastramento recentemente, os dados dos eleitores estão mais atualizados e a ocorrência desses registros errados tende a ser menor.

04 de outubro de 2016

2016! EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA PREFEITURA DO RIO ATÉ AGOSTO!

Diário Oficial de Prefeitura de 30/09/2016

Comparação entre acumulado até agosto de 2016 e até agosto de 2015 (corrigido pelo IPCA)

1. Receita Tributária até agosto de 2016: R$ 6,864 bilhões. Queda real de (-4,6%).
2. IPTU até agosto de 2016: R$ 1,854,6 bilhão. Aumento real de +2,9%.
3. ISS até agosto de 2016: R$ 3,714 bilhão. Queda real de (-8,4%).
4. ITBI até agosto de 2016: R$ 358,5 milhões. Queda real de (-21,2%).
5. Dívida Ativa até agosto de 2016: R$ 209,4 milhões. Queda real de (-18,2%).
6. Operações de Crédito até agosto de 2016: R$ 1,386 bilhão. Aumento real de 9,5%.

Transferências:
1. FPM até agosto de 2016: R$ 138,1 milhões. Queda real de (-4,9%).
2. ICMS até agosto de 2016: R$ 1,211 bilhão.  Queda real de (-9,9%).
3. IPVA até agosto de 2016: R$ 584,3 milhões. Aumento real de +9,2%.

Despesas:
1. Pessoal e Encargos Sociais até agosto de 2016: R$ 9,074 bilhões. Aumento real de +3,8%.
2. Serviço da Dívida até agosto de 2016: R$ 492,8 milhões. Queda real de (-10,8%).
3. Investimentos até agosto de 2016: R$ 2,601 bilhões. Queda real de (-3,7%).
4. Aposentados até agosto de 2016: R$ 2,164 bilhões. Aumento real de +6,8%.
5. Pensionistas até agosto de 2016: R$ 388,6 milhões. Aumento real de +4,1%.

Resultado Primário até agosto de 2016. Déficit de (-R$ 1,162 bilhões). Aumento real do déficit primário: 134%.

Dívida Pública Consolidada em 30/06/2016: R$ 11,702 bilhões (já reduzida por força da lei federal de renegociação). Em 31/08/2016: R$ 12,768 bilhões. Aumento nominal de R$ 1,066 bilhão ou + 9,1%.

03 de outubro de 2016

ELEIÇÕES NO RIO RETRATAM A MUDANÇA DA LEGISLAÇÃO ELEITORAL!

1. Não poderia haver demonstração mais clara do impacto da mudança na lei eleitoral que o resultado das eleições na cidade do Rio de Janeiro. Antes disso, é importante sublinhar que ocorreu algo que todos previam. A crise política, econômica, social e moral que atravessa o país induziu ao Não Voto (abstenção + brancos + nulos). De cada 100 eleitores 24,28 não foram votar, restando 75,72. Destes 75,72, 18,26% anularam ou votaram em branco, restando 61,89. Portanto 38,11% dos eleitores inscritos não votaram.

2. Para comparar com as pesquisas pré-eleitorais, deve-se incluir na base dos votos os brancos e nulos. Dessa forma, Crivella obteve 23,4% dos votos totais, o que significa quase 7 pontos a menos que nas pesquisas pré-eleitorais. Freixo obteve 15,4% ou uns 3 pontos acima das pesquisas. Pedro Paulo 13,6% ou uns 2 pontos acima das pesquisas e Bolsonaro 11,8% ou uns 3 pontos acima das pesquisas. Os resultados de Indio e Osorio, abaixo das pesquisas pré-eleitorais, explicam o avanço de Pedro Paulo e Bolsonaro. A queda de Jandira explica a troca com Freixo. E a queda de Crivella é explicada pelo aumento dos votos brancos, nulos e abstenção prevista. Funcionou o voto útil para Freixo e para Pedro Paulo e Bolsonaro, só que nesses últimos dois casos o voto útil foi repartido, o que não foi suficiente para levá-los ao segundo turno.

3. Este Ex-Blog, em duas notas anteriores, lembrava que a mudança na legislação eleitoral –sem doações empresariais e sem propaganda na rua- inverteu o sentido de formação do voto para o legislativo, no caso para Vereador. De cima para baixo –de antes- com a massa de propaganda, passou a ser de baixo para cima, com o eleitor encontrando um novo cenário das ruas e construindo seu voto de forma mais reflexiva.

4. Com isso, a proporção do voto de opinião pública cresceu significativamente. O sistema atual restringiu muito a possibilidade de que os Vereadores fizessem campanha na cidade toda. Os três Vereadores mais votados tiveram esta representação de opinião pública. O quociente eleitoral de 59,4 mil votos foi atingido por 3 vereadores e por muito pouco por 4. Em 2012, uma só Vereadora atingiu o quociente, praticamente na mesma linha, ou seja X 1. Agora, em 2016, os três primeiros somados atingiram 4,5 vezes o quociente eleitoral.

5. O voto distrital distribuiu-se de forma diferente. Antes, ao voto em seus redutos eram agregados votos espalhados por força da propaganda massiva e dos recursos abundantes. Agora, os candidatos de concentração distrital afirmaram sua representação, mas com um patamar de votos menor, o que permitiu que a representação tipicamente distrital fosse ampliada.

6. Dessa forma, a nova legislação, se mantida, apontará no futuro para a adoção do voto em lista, do voto distrital ou do misto de ambos – ou voto distrital misto no modelo alemão.

7. Finalmente, o que também foi previsto em notas anteriores, ocorreu: um maior fatiamento da Câmara Municipal. Agora serão 19 partidos no legislativo da cidade do Rio de Janeiro. Se já ocorresse a proibição das coligações e a cláusula de barreira municipal, essa quantidade de partidos seria menor.

8. De qualquer forma, a resultante hoje é o empoderamento dos Vereadores e uma exigência muito maior de articulação política no legislativo e a eliminação do rolo compressor tão caro aos chefes de poder executivo (no caso, prefeitos).

                                                    * * *

ALGUMAS CURIOSIDADES SOBRE A ELEIÇÃO MUNICIPAL NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO!

1. O PMDB atraiu para sua legenda 18 vereadores um ano antes, sinalizando certeza de vitória. Tinha eleito 13 vereadores. Agora elegeu 10 vereadores.  Vários suplentes seriam eleitos em outra sigla coligada.

2. Os votos de legenda do PMDB e PSOL, primeiro e segundo em 2012, despencaram 2/3. Reflexo da nova lei eleitoral.

3. Freixo, em 2012, teve 28% dos votos válidos. Agora, 18%. Teve 23% dos votos totais. Agora, 15%.

4. O PCdoB, PPS, PSB, Rede, PV, todos de centro-esquerda/esquerda, não elegeram nem um vereador sequer.

5. Pela primeira vez o partido vencedor no primeiro turno –agora PRB- não puxou uma bancada significativa. Elegeu apenas 3 vereadores.

6. Reafirmada a máxima eleitoral de tantos anos: Quem ganha a eleição é o marqueteiro; quem perde é o candidato.

7. O processo orçamentário de 2017 já começou. Os vereadores do PSOL vão reapresentar as suas emendas dos anos anteriores que repetem sempre?

8. Nos seis meses desde o processo pré-eleitoral iniciado em abril, a prefeitura do Rio colocou à venda no Diário Oficial 13 imóveis. 1 – RUA CARLOS LEITE COSTA, S/Nº – BARRA DA TIJUCA. /2 – RUA DO RIACHUELO, Nº13 – LAPA/ 3 – AVENIDA MEM DE SÁ, Nº 25 – LAPA/ 4 – RUA REGENTE FEIJÓ, Nº62 – CENTRO/ 5 – RUA AMÉRICA, Nº 6 – SANTO CRISTO/ 6 – RUA REAL GRANDEZA, Nº382 – BOTAFOGO / 7 – RUA MARQUESA DE SANTOS, S/Nº – LARANJEIRAS/ 8 – RUA BENVINDO DE NOVAES, S/Nº – RECREIO DOS BANDEIRANTES / 9 –RUA DO LAVRADIO, Nº 169 e 171 – CENTRO / 10 – RUA MINISTRO RAUL FERNANDES, S/Nº – LOTE 04 – BOTAFOGO. / 11 – LARGO DOS LEÕES, nº 15 — BOTAFOGO. / 12 – AVENIDA SALVADOR ALLENDE. S/Nº-BARRA DA TIJUCA / 13 – AVENIDA OLOF PALME -S/Nº CAMORIM.