03 de fevereiro de 2016

EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA PREFEITURA DO RIO EM 2015!

Diário Oficial de 29 de janeiro de 2016. Variações Nominais – IPCA acumulado no ano: 10,67%.

A) RECEITAS:

1. Receitas Tributárias: 2015: R$ 9,598 bilhões e 2014: R$ 9,148. Variação: + 4,9%. / IPTU: R$ 2,031 bilhões e 2014: R$ 2,000 bilhões. Variação: + 1,55% / ISS: R$ 5,728 bilhões e 2014: R$ 5,352 bilhões. Variação + 7% / ITBI: R$ 667,093 milhões e 2014: R$ 737,217 milhões. Variação (- 9,5%).

2. Cota Parte do FPM: R$ 189,034 milhões e 2014: R$ 206,585 milhões. Variação: (-8,5%) / Cota Parte do ICMS: R$ 1,916 bilhões e 2014: R$ 1,810 bilhões. Variação: + 5,8 % / Cota Parte do IPVA: R$ 538,929 milhões e 2014: R$ 504,118 milhões. Variação + 6,9%.

3. Dívida Ativa: R$ 493,631 milhões e 2014: R$ 352,069. Variação: + 40%, (Programa de Anistia/Remissão Parcial) / Alienação de Bens: R$ 52, 156 milhões e 2014: R$ 224,740 milhões. Variação: (- 76,8%). Saldo Negativo da soma: (- R$ 31 milhões).

4. Operações de Crédito: R$ 1,872 bilhões e 2014: R$ 1,635 bilhões. Variação + 14,4%.

5. Transferência do SUS: R$ 1,403 bilhão.

B) DESPESAS:

1. Despesas Previdenciárias Liquidadas: 2015. Aposentadorias R$ 2,977 bilhões. Em 2014 foram R$ 2,635 bilhões. Variação + 12,97%. / Pensões: R$ 544,266 milhões. Em 2014 foram R$ 491,645 milhões. Variação + 10,7%.

2. Pessoal e Encargos Sociais –liquidados. 2015.  R$ 12,959 bilhões. Em 2014 foram R$ 11, 796 bilhões. Variação: +9,85%.

3. Serviço da Dívida Pública –juros + amortização. 2015. R$ 787,582 milhões. Em 2014 foram R$ 1,020 bilhões. Variação: (-22,78%). Ganho nominal em função da revisão do serviço da dívida por lei federal: R$ 232,42 milhões.

4. Investimentos: R$ 4,928 bilhões. Em 2014: R$ 3,205 bilhões. Variação: +53,7%.

C)  RESULTADO PRIMÁRIO:

Déficit em 2015: (-R$ 2,292) bilhões.  Em 2014: R$ (-1,405) bilhões.  Variação. Déficit Primário cresceu 63,1%.

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PORTO MARAVILHA CONTINUA “MICADO”!

1. Ver detalhes no anexo: Diário da Câmara Municipal de 26/01/2016 que traz Relatório Trimestral da CDURP sobre Investimentos imobiliários na “nova” Região Portuária.

2. Na página 6, o relatório diz que não houve NENHUM projeto licenciado no último trimestre de 2015, com ou sem CEPACs consumidas. As 38 CEPACS referem-se a mera modificação.

3.  Das 6.436.722 CEPACS apenas 565.706 foram adquiridas ou 8,7%, um fracasso depois de 5 anos.  Nada aconteceu em 91,3% delas.

4. As CEPACS compradas autorizam as edificações com gabaritos de mais de 20 andares.

5. Conheça.

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“BOOM” NOS PEDIDOS DE DEVOLUÇÃO DE IMÓVEIS!

(G1, 01) 1. 41% das vendas tiveram distratos nos 9 primeiros meses de 2015, diz Fitch. Queda dos preços dos imóveis e situação econômica elevaram pedidos. Preço dos imóveis tiveram queda real de 8,48% em 2015, diz FipeZap / Preço médio do aluguel teve queda real de 12,66% em 2015, diz FipeZap / Essa desvalorização, aliada aos juros mais altos para financiar a casa própria, complicou a vida de muita gente. O pedido de devolução, conhecido como distrato, é um direito de quem comprou o imóvel na planta e ainda não fez um financiamento com o banco após a entrega das chaves. Ao quebrar o contrato com a construtora, o comprador, mesmo inadimplente, recebe de volta parte do que pagou e o imóvel retorna para ser revendido ao mercado.

2. Nos primeiros nove meses de 2015, as construtoras receberam de volta 41% das unidades vendidas em lançamentos, um total de R$ 4,9 bilhões, apontou um relatório divulgado este mês pela agência Fitch. Em 2014, esse percentual foi de 29% e, em 2013, de 24%.  O estudo abrange as nova incorporadoras avaliadas pela agência. “Em um cenário em que 35% das unidades vendidas programadas para serem entregues sejam canceladas, os distratos poderiam totalizar R$ 6 bilhões em 2016”, prevê o relatório.

3. No escritório paulista Tapai Advogados, especializado em mercado imobiliário, 73% das ações na justiça em 2015 correspondiam a pedidos de distrato. Em 2014, essa proporção foi de 43% e em 2013, de apenas 16%.   Antes de entrar na justiça, o primeiro passo de quem quer devolver é comunicar a intenção à construtora e tentar negociar uma alternativa, orienta a Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências (AMSPA). José Paulo, por exemplo, pagou quase R$ 50 mil à construtora até a conclusão da obra e outros R$ 8 mil de taxa de corretagem e vai conversar com a construtora.

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SEGREDOS QUE FAZEM DA ALEMANHA A ECONOMIA MAIS SÓLIDA DO MUNDO!

(BBC, 29/01/2016) 1. Milagre do pós-guerra, a “economia social de mercado” alemã parece ser inabalável: superou as explosões nos preços do petróleo nos anos 1970 e 1980, o impacto da reunificação nos 1990, a recessão mundial de 2008-2009 e está passando firme pela atual crise que atinge a zona do euro. Hoje, o país é um dos três maiores exportadores globais, tem o crescimento per capita mais alto do mundo desenvolvido e um índice de desemprego de 6,9%, bem inferior à média da eurozona, de 11,7%.

2. Segundo o professor Reint Gropp, presidente do Instituto Hall para a Investigação Econômica (IWH), da Alemanha, o modelo germânico se diferencia de forma muito clara do anglo-saxão dos Estados Unidos e do Reino Unido. Mas o que faz dele algo tão particular? Quais são os segredos de seu êxito? “É um sistema baseado na cooperação e no consenso mais do que na competência, e que cobre toda a teia socioeconômica, desde o setor financeiro ao industrial e ao Estado”, explicou Gropp à BBC Mundo.

3. A chamada “economia social de mercado” teve sua origem na Alemanha Ocidental do pós-guerra, que estava sob o governo democrata-cristão do chanceler Konrad Adenauer, e se manteve, desde então, como uma espécie de política de Estado. Sebastian Dullien, economista do Conselho Europeu de Relações Exteriores, concorda que o consenso e cooperação estão presentes em todos as camadas da economia. “No centro estão os sindicatos e os patrões, que coordenam salário e produtividade com o objetivo obter um aumento real dos rendimentos dos funcionários, além de manter os postos de trabalho. A integração é tal que, por lei, os sindicatos estão representados no conselho de administração, participam das decisões estratégicas nas empresas”, afirmou.

4. No sistema financeiro, as cooperativas e os poderosos bancos públicos se encarregam de fazer com que o crédito alcance a todos, não importa o tamanho da empresa ou o quão distante ela fica de um centro econômico. Essa filosofia permite superar uma das limitações do sistema anglo-saxão, no qual as pequenas e médias empresas, diferentemente das multinacionais, não têm acesso ao mercado de capitais e muitas vezes enfrentam dificuldades para se financiar.

5. “Os bancos públicos têm regras claras. Por exemplo: para favorecer o desenvolvimento local, podem emprestar para empresas de sua área, mas não para as de outras regiões. O governo tem representantes nestes bancos, e eles são fundamentais na tomada de decisões. Um princípio que rege sua política de crédito é a manutenção do emprego”, afirma Gropp.

6. ‘Mittelstand’. Esse modelo está enraizado na história germânica. A unificação nacional de 1871, sob Bismark, reuniu 27 territórios governados em sua maioria pela realeza e que haviam crescido rapidamente e de forma autônoma durante a Revolução Industrial.  Dessa semente histórica surgem as Mittelstand (pequenas e médias empresas), que, segundo os especialistas, formam 95% da economia alemã. Diferentemente do modelo anglo-saxão, centrado na maximização da rentabilidade para os acionistas (objetivo de curto prazo), as Mittelstand são estruturas familiares com planos a longo prazo, forte investimento na capacitação do pessoal, alto sentimento de responsabilidade social e forte regionalismo.

7. “A Alemanha é especialmente forte em empresas que têm umas 100 ou 200 pessoas. Com uma característica adicional: apesar de seu tamanho, muitas dessas firmas competem no mercado internacional e são exportadoras”, explica Dullien.