20 de janeiro de 2015

2015: 200 ANOS DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL! A PROPOSTA FOI DE TALLEYRAND!

1. A Independência do Brasil ocorreu em 1815, a 16 de dezembro, quando foi elevado a condição de reino – Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Essa decisão foi construída na Europa pós-napoleônica.

2. Em 11 de abril de 1814, as nações europeias assinam o Tratado de Fontainebleau, que reconhece a abdicação de Napoleão do trono. Em seguida é convocado o Congresso de Viena a partir de 2 de maio de 1814, para redesenhar o mapa político da Europa pós-napoleônica, aplicando o Princípio da Legitimidade. O Congresso se estende por mais de um ano, entrando por 1815.

3. Em março de 1815 Napoleão foge de Elba e reassume o trono francês. O Congresso de Viena não interrompe seus trabalhos. Em 18 de junho de 1815, Napoleão é derrotado em Waterloo, Bélgica, e vai finalmente preso/exilado para a ilha de Santa Helena, na costa africana, de 15 de outubro de 1815 até sua morte.

4. O Brasil era colônia de Portugal e a Dinastia de Bragança instalada numa colônia só poderia ter sua legitimidade reconhecida se retornasse a Lisboa e assim participar e assinar os termos do Congresso de Viena. Quem encontrou a solução foi Talleyrand (ministro do governo revolucionário, de Napoleão, da monarquia Bourbons e depois do rei Luis Felipe), delegado francês ao Congresso, propondo elevar o Brasil à categoria de Reino Unido.

5. Talleyrand justificou para que “estreitasse por todos os meios possíveis o nexo entre Portugal e Brasil, devendo este país, para lisonjear os seus povos e para destruir a ideia de colônia, que lhes desagrada, receber o título de Reino”.

6. O Príncipe¬-Regente, D. João, assinou, em 16 de dezembro de 1815, uma carta-régia que criava o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Desapareciam, assim, oficialmente, os últimos vestígios do Pacto Colonial no Brasil. D. João aceitou esta nova situação não só por influência da diplomacia francesa: a elevação do Brasil a Reino foi na verdade uma afronta aos interesses da Grã-¬Bretanha. Efetivamente, enquanto o governo português estivesse instalado em área colonial (o que, legalmente, significava uma permanência temporária, caracterizar-se-¬ia sua condição de refugiado, o que daria à Inglaterra con¬dições para lhe impor sua tutela, à guisa na condição de protetorado.

7. A criação do Reino Unido, portanto, regularizaria a situação do Estado Português no Brasil, conferindo-lhe todos os atributos de um governo soberano instalado em seu pró¬prio território. Por outro lado, a presença dos Bragança na América, na medida em que constituía um prolongamento das monarquias absolutas europeias, representava um obstáculo à expansão da influência inglesa no Novo Mundo, sob a égide do liberalismo.

8. Por imposição das Cortes após a Revolta Liberal do Porto, D. João VI retorna a Portugal, saindo do Rio em 25 de abril de 1821 e chegando em Lisboa a 3 de julho. Mas o status do Brasil como Reino Unido permanecia. A nova constituição de Portugal foi aprovada pelas Cortes a 23 de setembro de 1822. O Rei a jurou em 1 de outubro de 1822. A Independência do Brasil proclamada informalmente a 7 de setembro foi declarada legalmente pelo poder legislativo a 12 de outubro de 1822 e, então, D. Pedro I é proclamado Imperador do Brasil.

9. A nova Constituição de Portugal desfaz a condição de Reino Unido e reintroduz a condição de Colônia. Mas o Brasil, nesse momento, declarara sua Independência e, portanto, não era mais de Colônia. Dessa forma, a Independência do Brasil é contínua desde 1815.

10. Que se comemore, este ano, os 200 anos da efetiva, legal e legítima, Independência do Brasil.

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CARIOCAS CONSOMEM 75% MAIS DE ÁGUA QUE PAULISTANOS!

(Estado de SP, 19) 1. Um diagnóstico nacional sobre saneamento recém-divulgado pelo Ministério das Cidades revela que cariocas consumiram 75% mais água do que paulistanos em 2013, antes da pior crise hídrica da história dos mananciais que abastecem os dois municípios. Segundo o levantamento, cada habitante da cidade do Rio gastou, naquele ano, 329,78 litros de água por dia, ante uma média de 188,03 litros diários registrada pelo morador de São Paulo.

2. Os números mostram que o consumo de água das populações das maiores e mais ricas cidades do País ficou acima da média brasileira em 2013, que foi de 166,3 litros diários por pessoa, e extrapolou de longe os 110 litros per capita por dia recomendados pela Organização das Nações Unidas (ONU), com base em padrões europeus de consumo. Os dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) são fornecidos pelas próprias companhias de abastecimento, Cedae, no Rio, e Sabesp, em São Paulo.

3. (Ex-Blog) Ha que incluir um redutor pelo desperdício de água entre a usina e a torneira, através de evaporação, gatos, etc. Na cidade do Rio de Janeiro uma medição de alguns anos atrás indicava um desperdício porcentual quase o dobro da cidade de SP.