31 de julho de 2015

2016 ESTÁ AÍ MESMO: 31 DICAS PARA CAMPANHA ELEITORAL!

1. O fracasso é certo quando se tenta agradar a todo mundo. Escolha o seu lado, o seu discurso.
2. O seu adversário de votos é quem pensa como você ou se dirige ao mesmo perfil de eleitor.
3. O seu antagônico é atacado só para lhe dar nitidez.
4. Primeiro o eleitor decide em quem não se deve votar. Ajude.
5. Eleição é como lavoura. Os meios de comunicação irrigam. Mas só o contato direto semeia. As redes sociais são contatos diretos.
6. Candidato que se explica, perde.
7. Tenha sempre a iniciativa. Jogue com as “brancas”.
8. Discuta só o tema que você propôs. O tema proposto pelo adversário deve ser simples ponte para você chegar ao seu.
9. Defina o “inimigo”. Depois dê nitidez a ele. Só você pode desmontá-lo.
10. Candidato tem que se comprometer.
11. Em debates perguntar é sempre mais arriscado que responder. Na resposta você fala por último. A pergunta tem que imobilizar o adversário e impedi-lo de mudar de tema.
12. O tema honestidade é visto pelo eleitor de outra forma. O tema certo é CONFIANÇA.
13. Primeiro se reconquista o seu eleitor. Depois o indeciso.
14. A comunicação de campanha tem que mostrar que os valores do candidato são os mesmos do eleitor. Valores e crenças básicas são a base da campanha.
15. O desafio das campanhas é fazer com que se sonhe.
16. A linguagem do marketing político é a do marketing de valores, e não do marketing comercial.
17. Candidato tem que ter CRENÇA.
18. O eleitor quer votar racionalmente, embora com pouca informação. Ou seja: relaciona causa e efeito.
19. O centro é o alvo, não é o ponto de partida. Ou seja, se parte desde posições nítidas para se atingir espaços políticos de centro.
20. O voto mistura crenças e conjuntura. Esquecer quaisquer das duas é perder a eleição.
21. Cuidado com os fotógrafos em campanha.
22. Só divulgue a agendam que interessa.
23. As pesquisas mexem com o animus de campanha. E com o financiamento.
24. Não ataque diretamente. Use –ouvi falar-  -dizem-  -soube-  ou na TV usar locutor ou testemunhais.
25. Os ataques devem ser desconcertantes, surpreendentes. As agressões –gritos e palavras chulas- ofendem o eleitor.
26. Ataque mantendo a serenidade, a tranquilidade.
27. Quase sempre ganha o candidato mais determinado.
28. Currículo não ganha eleição. O que ganha eleição é capacidade de desenvolver a campanha. É a campanha.
29. O eleitor decide em termos de Fla x Flu. Polarize a eleição. Deixe claro contra quem você é candidato.
30. O eleitor vota pragmaticamente. Ele sabe como usar as pesquisas. O voto útil é fundamental e já ocorre no primeiro turno.
31. Não ataque todas as candidaturas no primeiro turno. Você precisará de uma delas –pelo menos- no segundo turno.

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IBOPE: DESABA A CONFIANÇA NAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS!

(José Roberto de Toledo – Estado de S.Paulo, 30) 1. O Índice de Confiança Social de 2015 do Ibope, mostrará queda abrupta do prestígio de tudo relacionado à política. Congresso Nacional e Presidência da República desmancharam aos olhos do público. Numa escala em que 0 é desconfiança total e 100 implica confiança absoluta, ambos empataram em míseros 22 pontos. A confiança na instituição Presidência, comandada por Dilma, caiu pela metade desde 2014. Tinha 44 e perdeu 22 pontos. Já a nos congressistas chefiados por Cunha e Renan Calheiros perdeu 13 dos 35 pontos que tinha.

2. É a primeira vez, em sete anos de pesquisa, que a Presidência não é mais confiável para a população do que o Congresso. Dilma quebrou outro recorde. Pela primeira vez, a instituição que representa, a Presidência da República, é menos confiável do que o governo que dirige. De 2009 a 2012, a Presidência ficou de 7 a 13 pontos acima do governo federal. Este ano, a confiança no governo está 8 pontos maior do que na presidente: 22 a 30.

3. Os governos municipais também sofreram desgaste, e não foi pequeno. O aumento da desconfiança fez os poderes executivos locais perderem 9 dos 42 pontos que tinham no índice. A marca projeta dificuldades para os atuais prefeitos se reelegerem em 2016.  “Houve uma diminuição da confiança nas instituições políticas como um todo”, avalia a CEO do Ibope Inteligência, Marcia Cavallari. Na sua opinião, a causa mais provável é a recente sucessão de escândalos envolvendo políticos. Isso explicaria por que a recuperação parcial da confiança em 2014 não se sustentou. Uma instituição manteve-se como a recordista da desconfiança entre os brasileiros. Mais indigente do que a confiança na Presidência e no Congresso, só a nos partidos políticos. Seu prestígio esfarelou: de 30 para 17 pontos, em um ano.

4. Em tempos de Operação Lava Jato, o Judiciário é a única instituição, entre os Poderes da República, que conseguiu, a duras penas, manter o mesmo patamar de confiança de anos anteriores: foi de 46 pontos em 2013, para 48 no ano passado, e voltou agora a 46. No seu auge, em 2010, chegou a 53, mas era apenas a 3.ª instituição política que mais inspirava confiança. Agora, apesar da piora do índice, ganhou medalha de ouro. É o que se pode chamar de vitória por W.O. – não tem oponente.

5. A pesquisa do Índice de Confiança Social foi feita pelo Ibope entre 16 e 22 de julho, em 142 municípios de todo o Brasil.

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DATAFOLHA: 81% TÊM MEDO DE MORRER ASSASSINADOS!

(Folha de SP, 31) 1. Pesquisa Datafolha feita na última terça-feira (28) mostra que 62% dos moradores de cidades com mais de 100 mil habitantes têm medo de sofrer agressão da Polícia Militar. O levantamento foi feito por encomenda do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que reúne pesquisadores da área. Foram entrevistadas 1.307 pessoas em 84 municípios em todas as regiões do país. A margem de erro é de três pontos.

2. Em 2012, quando uma pesquisa semelhante foi feita, 48% dos entrevistados relataram esse temor. Naquele ano, porém, foram entrevistados moradores de cidades com 15 mil habitantes ou mais. “A população sente que ou vai ser vítima do criminoso ou da própria corporação”, diz Renato Sérgio de Lima, professor da FGV e vice-presidente do Fórum.  Entre os que relatam ter medo da PM, a maioria são jovens, pobres, autodeclarados pretos e moradores do Nordeste. A pesquisa mostra ainda que 53% da população tem medo de sofrer violência da Polícia Civil.

3. O levantamento do Datafolha mostrou também que 81% dos entrevistados temem ser assassinados. Na pesquisa de 2012, eram 65%. Dos que têm medo de morrer, 49% disseram acreditar que podem ser vítimas de homicídio já no próximo ano. Em 2012, eram 29%.