04 de julho de 2013

PESQUISA MS-RCV, NO GLOBO (04), MOSTRA DETERIORAÇÃO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA, SAÚDE PÚBLICA E DO TRANSPORTE PÚBLICO! EFEITO DA PUBLICIDADE SE DESFAZ! MANIFESTAÇÕES TÊM CAUSAS REAIS! 

1. Pesquisa do M.Sense/Rio Como Vamos com 1.521 entrevistas, publicada no Globo (04), realizada em maio de 2013 e comparando com maio de 2011, mostra uma forte queda na avaliação do carioca em relação à educação pública e ao transporte publico.  O efeito da publicidade está se desfazendo.

2. No caso de Ensino Fundamental de responsabilidade da Prefeitura do Rio, em 2011, eram 63% os que davam notas acima de 7, considerada bom ou ótimo. Mas em 2013 esse número caiu para 47% ou menos da metade dos cariocas aprova. A queda de 18 pontos vale como uma avaliação do primeiro governo da atual prefeitura.

3. No caso do ensino médio, de responsabilidade do Governo do Estado, a queda foi de 60% em 2011 para 34% em 2013, uma queda de 26 pontos.

4. No caso do atendimento médico, as notas positivas de 7 a 10, em 2011, somavam 50% e em 2013 caíram para 20%, uma queda de 30 pontos.

5. Finalmente, no caso do Transporte Público, em 2011, os que o consideravam ótimo ou bom eram 49% em 2011 e agora, em 2013, apenas 26%. Um perda de 23 pontos.

6. Portanto, uma deterioração generalizada.  Importante notar que a pesquisa foi realizada antes das manifestações de junho-julho, reforçando a análise que as manifestações têm base efetiva na deterioração da qualidade dos serviços públicos na cidade do Rio de Janeiro.

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DEPUTADO FEDERAL APRESENTA PROJETO DE LEI OBRIGANDO AS EMPRESAS DE ÔNIBUS ABRIREM SUAS CONTAS!

(Globo, 04) O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) apresentou um projeto de lei nesta quarta-feira para dar mais transparência às contas de empresas de transporte público. O texto prevê que as empresas prestadoras de serviços de transporte público coletivo sejam obrigadas a se enquadrarem como sociedade anônima, o que as obrigaria a divulgarem demonstrativos contábeis.

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ELITISMO E GENTRIFICAÇÃO NA ÁREA PORTUÁRIA DO RIO!

1. Inacreditavelmente o prefeito do Rio, numa palestra sobre a área portuária do Rio, declarou com todas as letras: Se o projeto de revitalização da área portuária não incluir residências e moradores será um projeto sem alma.

2. Mas será que ele não sabe que é uma região com vários bairros residenciais, como Gamboa, Saúde, Santo Cristo e Caju? Bem, são bairros com população em geral de baixa renda, com seus morros da Providência, da Conceição…

3. Se ele acha que há esse risco -a futura área portuária não ter alma- é porque quem mora na região não é levado em conta e deve ser removido ou substituído (gentrificação) por novos moradores de classe média. É isso que ele chama -implicitamente- de “alma”: novos moradores de classe média, de renda maior e exclusão dos trabalhadores que hoje moram lá.

4. Essa era a crítica que vinha sendo feita ao projeto e engada. Agora fica claro que além de um bairro de escritórios, se pretende gentrificar a área portuária para ela ter “alma”.

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SUBSÍDIO DE CABRAL ÀS EMPRESAS DE ÔNIBUS: R$ 2 BILHÕES EM SEU SEGUNDO GOVERNO!

(Coluna Panorama Carioca – Gilberto Scofield Jr – Globo, 03) 1. No caso do Bilhete Único intermunicipal do Rio, há subsídio. E imenso. De fevereiro de 2010, quando o sistema foi implantado, a dezembro de 2012, o valor total gasto foi de R$ 1,004 bilhão, dos quais R$ 843 milhões com as empresas de ônibus, que hoje transportam 84% dos passageiros que usam BU. Em segundo lugar estão as vans, um tipo de transporte (chamado pelos especialistas de modal) que no Rio muitas vezes anda de braços dados com a bandidagem. Para este ano, o secretário-chefe da Casa Civil, Regis Fichtner, prevê um subsídio de R$ 500 milhões. Outros R$ 511 milhões serão gastos em 2014.

2. (Ex-Blog) No caso da atual Prefeitura do Rio, a “licitação” da concessão das mil linhas de ônibus para 40 anos valia mais de R$ 50 bilhões de reais ou, se licitasse as linhas, isso implicaria em uma redução de 30% no valor das passagens. “Ganharam” as mesmas empresas, não pagaram um centavo daqueles R$ 50 bilhões, as passagens de ônibus aumentaram e o ISS foi reduzido para 0,01%.