05 de dezembro de 2012

AMÉRICA LATINA! MAIOR LIBERDADE COMERCIAL, MAIOR PIB! MAIOR INTERVENCIONISMO, MENOR PIB!

1. As diversas regiões da América Latina podem ser divididas pela liberdade comercial maior ou menor dos países. México é parte da integração comercial com EUA e Canadá. Todos os países da América Central têm acordos de livre comércio com os EUA, inclusive a bolivariana Nicarágua. Há um movimento de deslocamento de empresas internacionais da China para a América Central, que já oferece maior vantagem comparativa. Que o digam as marcas Calvin Klein e Victoria Secret que tem base de produção no norte de Honduras.

2. Da mesma maneira o acordo comercial do Caribe, exceção, é claro de Cuba. Chile, Peru, Colômbia e Panamá têm acordo de livre comércio com os EUA. Chile e Peru, além disso, têm acordos de livre comércio com países asiáticos (especialmente) e europeus.

3. Chile, Peru, Colômbia e México formaram recentemente a ‘Aliança do Pacífico’, para reforçar suas políticas comerciais comuns. Costa Rica e Panamá entram como observadores. Uruguai –a cada dia mais longe do Mercosul-, embora sem costa para o Pacífico, iniciou sondagens para se integrar a ‘Aliança’, abandonando o Mercosul.

4. Restam Venezuela, Equador, Bolívia, Argentina, Brasil e Paraguai. Paraguai, apertado entre Argentina e Brasil e dependente de Itaipu, depois dos constrangimentos políticos na deposição constitucional do presidente, estuda alternativas. Sua economia está parada como a do Brasil e Argentina. A expansão da soja que já representa 26% de suas exportações é um caminho primário-exportador.

5. O que há de comum nos demais, ou seja, no Eixo central da UNASUL: Venezuela, Equador, Bolívia, Argentina e Brasil? São economias que se fecham (falam em protecionismo) e governos intervencionistas. Tomando como regra se pode dizer que o Eixo-Unasul é a região de menor dinamismo econômico e maior imprevisibilidade da América Latina. Hoje se confunde com o Mercosul, cada vez mais um clube político.

6. Há que se propor aos economistas sêniores essa equação: intervencionismo e protecionismo explicam o menor dinamismo do Eixo-Unasul? Neste momento de crise internacional, certamente explica. Mas essa será uma tendência agravada para o futuro? Provavelmente, SIM.

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LEI COMPLEMENTAR 113/2012 DO PREFEITO DO RIO: UMA ODE A ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA!

(Blog Urbe Carioca) 1. O plc 113/2012 é pequeno e arrasador: em apenas 5 artigos passeia pela cidade distribuindo bondades na forma de metros quadrados, em um verdadeiro festival de fim de safra: é preferível garantir, afinal, a nova bancada de legisladores pode mudar de ideia…

2. Em poucas linhas modifica as regras na Zona Portuária, mutila a Área de Proteção Ambiental Marapendi, muda o Zoneamento Ambiental da reserva, autoriza a construção de um campo de golfe particular em áreas parcialmente públicas, ratifica a eliminação da Av. Pref. Dulcídio Cardoso – Antiga Via 2, uma via Parque verdadeira; por fim, altera também as normas para construir na área do Autódromo, também desativado e demolido para dar lugar à implantação do Parque Olímpico, motivo para também eliminar comunidades.

3. Aqui, o que se chama Parque Olímpico, do ponto de vista da ocupação urbana carioca é um empreendimento imobiliário gigantesco que conterá algumas construções para prática de esportes: servirá aos JO 2016 durante 16 dias.

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‘O ESTADO DE SP’ (04) DEBATE A PRIVATIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA NO RIO!

1. De um lado, estão os pedagogos– acadêmicos de instituições públicas tradicionais de ensino– e os sindicatos dos docentes. De outro, profissionais de áreas como administração e economia, além de fundações e instituições voltadas à discussão do tema. O primeiro grupo, o dos pedagogos, é o que historicamente domina o cenário da educação brasileira, desde a construção do currículo dos cursos de Pedagogia até a formulação dos concursos públicos que selecionam docentes para as redes de ensino. O segundo, o dos “estrangeiros à Pedagogia”, trouxe referências de outras áreas para a discussão do tema.

2. “Existe um projeto neoliberal que diminuiu a importância do Estado e subordinou a educação às necessidades imediatas do mercado”, diz Carmen Sylvia Moraes, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), que ajudou a conceber o manifesto. “Esquecem-se de que a educação é a expressão e não a causa do desenvolvimento. Precisamos de um trabalhador com autonomia intelectual, crítico. E isso não se consegue com as metas que os economistas propõem.”

3. Ao se referir a metas, Carmen coloca em evidência outro motivo de discórdia: as expectativas de aprendizagem e as bonificações aos docentes atreladas ao aprendizado dos alunos. “A avaliação pode estar maquiada. A educação é mais que as notas de matemática e português. Essa é uma visão curta e  economicista que culpabiliza o professor pelo fracasso do aluno”, diz Gaudêncio Frigotto, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

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A BOLHA IMOBILIÁRIA CRESCE!

(FipeZap – G1, 05) 1. O preço médio dos imóveis anunciados na internet no Rio de Janeiro subiram 191% entre janeiro de 2008 e novembro de 2012, ou seja, quase triplicaram em menos de cinco anos. A maior alta foi nos apartamentos de um quarto, que subiram 210%. O aumento médio mensal dos imóveis nas sete regiões pesquisadas foi de 0,9%, um pouco mais forte que a média de 0,8% ocorrida em outubro. As maiores altas no mês de novembro ocorreram em São Paulo e Salvador, de 1,2%, e a maior queda foi em Fortaleza, de 1%. No acumulado em doze meses, o aumento médio nas sete regiões foi de 13,8%, contra 14,4% em outubro. No Rio de Janeiro a alta acumulada em 12 meses foi de 15,1% e, em São Paulo, de 16,4%.  Em São Paulo, a alta no preço dos imóveis foi de 157%, em média, de janeiro de 2008 a novembro de 2012.

2. (FipeZap, 04) Preços dos Imóveis no Rio sobem 13% em 2012, 16% em 12 meses e 123% em 3 anos. Aluguéis: 9%, 13% e 72% respectivamente.