06 de maio de 2015

ÍNDICE DE TRATAMENTO DE ESGOTO NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO CAI 31,27% EM 4 ANOS!

1. O Instituto TRATA BRASIL divulgou os dados de saneamento das cidades brasileiras. Num capitulo –página 54- separa os mesmos dados para as capitais. O estudo foi realizado com base no SNIS 2013 e divulgado em relatório de 22 de abril de 2015.

2. Os dados da cidade do Rio de Janeiro surpreendem negativamente. No ranking geral das capitais o Rio –segundo mais importante centro econômico e cultural do país- ocupa apenas o décimo terceiro lugar entre 27 capitais, ficando, portanto, no meio da fila.

3. O índice de atendimento de água ficou estacionado em torno de 91 entre 2009 e 2013.  Faltam ainda 134.981 ligações de água. Estão faltando também 537.826 ligações de esgoto, embora o crescimento no período.

4. O dado que mais espanta por mostrar uma gravíssima reversão, com todas as consequências ambientais, é o Tratamento de Esgoto.  Os índices mostram que em 2009 eram 68,65, em 2010 eram 53,24, em 2011 eram 51,92, em 2012 eram 50,02 e em 2013 eram 47,18. Entre 2009 e 2013 –ponta a ponta- a queda foi de 31,27%.

5. Conheça o relatório completo de 62 páginas com todas as tabelas.

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DEPOIS DE NIXON, AGORA A CHINA E A RÚSSIA PEDEM COMBATE RADICAL ÀS DROGAS!

(The Economist/Estado de SP, 04) 1. Em 1971, Richard Nixon declarou que as drogas eram o “inimigo público número um”, dando o primeiro tiro daquela que ficou conhecida como a “guerra às drogas”. Nos EUA e em outros países ricos que combateram ao lado dos americanos, a campanha levou à adoção de leis rígidas e condenações severas para pequenos traficantes e dependentes. Nos países pobres e tumultuados, de onde vinham a cocaína e a heroína, a ordem foi erradicar as plantações de coca, de papoula e treinar e armar as forças de segurança.

2. Bilhões de dólares desperdiçados e inúmeras vidas destruídas depois, as drogas ilegais continuam disponíveis e os combatentes antidrogas começam a ficar cansados. Nos EUA e na Europa Ocidental, a dependência é vista cada vez mais como uma doença. A maconha foi legalizada em alguns lugares. Em vários países, cogita-se seguir o exemplo de Portugal, onde o uso de drogas não é mais considerado crime.

3. Mas, justo agora, quando essa guerra às drogas começa a arrefecer, uma outra ganha força na Ásia, na Rússia e no Oriente Médio. Ecoando as palavras de Nixon, o presidente da China defendeu a implementação de “ações vigorosas para acabar com as drogas”. Seu colega indonésio declarou que elas são uma “emergência nacional”. Em janeiro, ele submeteu seis traficantes a um pelotão de fuzilamento – ato que se repetiu na semana passada, quando a Indonésia executou outros oito traficantes, ignorando pedidos internacionais de clemência. Atualmente, o Irã executa um número de traficantes cinco vezes maior do que há alguns anos.

4. A Rússia defende a pulverização com veneno das plantações de papoula do Afeganistão e tenta fazer com que seus vizinhos a acompanhem na proibição à metadona, opiáceo usado no tratamento de dependentes de heroína. No início do ano, a China pressionou a Agência das Nações Unidas para o Combate às Drogas e ao Crime Organizado (UNODC) a adotar restrições mais rígidas ao anestésico quetamina, mas ainda não obteve sucesso.

5. As proibições são sempre bem recebidas pelas organizações criminosas, que exercem controle exclusivo sobre um mercado global de aproximadamente US$ 300 bilhões anuais. Também convêm a autoridades e políticos corruptos, que podem embolsar um bom dinheiro fazendo vistas grossas ao tráfico.  De maneira geral, entretanto, o que move os novos inimigos das drogas é a mesma convicção que animava os antigos: a crença sincera, embora equivocada, de que a repressão aos traficantes e aos usuários acabará com a dependência. A lição a ser aprendida com a primeira guerra é que isso não vai acontecer.

6. Se os que se preparam para empreender a próxima guerra às drogas quiserem ver o que o futuro lhes reserva, basta olhar para o Ocidente: mais violência e corrupção, mais aids, prisões mais abarrotadas – e, apesar de tudo isso, a mesma quantidade inesgotável de drogas chegando às mãos dos que desejam utilizá-las.

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IMIGRAÇÃO: TEMA CHAVE NA ELEIÇÃO BRITÂNICA DESTE 07/05!

(BBC, 06) 1. Segunda maior preocupação dos eleitores britânicos nesta eleição, a imigração é um tema polêmico e complexo no país. A direita os acusa de roubar emprego de britânicos e de abusar do sistema de benefícios sociais. Ao mesmo tempo, são, reconhecidamente, essenciais em serviços básicos no país – um terço dos funcionários do sistema público de saúde, por exemplo, são imigrantes.

2. Só no ano passado, 624 mil pessoas imigraram para o Reino Unido. Para se ter uma ideia, no Brasil – que tem o triplo da população e onde, principalmente após a chegada de haitianos, os imigrantes ficaram em evidência – foram 122 mil novos imigrantes, segundo o Ministério da Justiça.