07 de junho de 2019

APÓS SEIS ANOS FECHADO, PALACETE DO MUSEU HISTÓRICO DA CIDADE DEVE REABRIR ESTE ANO!

(Globo Online, 03) Após seis anos fechado para reformas, o palacete que serve de sede para o Museu Histórico da Cidade, no Parque da Cidade, na Gávea, logo voltará a poder ser visitado pelos cariocas. A reabertura do espaço dependia da instalação de uma novareserva técnica, concluída mês passado. Desde 2012, as atividades do museu estavam restritas ao Pavilhão de Exposições Temporárias, o que fez com que muitas peças antes expostas ficassem guardadas por anos.

A reabertura será este ano, mas não há data certa, já que os museólogos ainda têm um longo trabalho pela frente. Será necessário catalogar cada uma das 24 mil peças do acervo e montar uma nova exposição fixa. Mas haverá novidades.

— Os visitantes poderão ver curiosidades como as móveis projetados pelo prefeito Pereira Passos. Também queremos recuperar o elevador do museu, que foi instalado por Guilherme Guinle, o último proprietário, nos anos 30 — conta Luciana Mota, gestora da instituição.

Localizado no Parque da Cidade, na Gávea, o palacete foi residência do Marquês de São Vicente, político brasileiro do século XIX que hoje dá nome a uma das principais vias do bairro. O imóvel teve diferentes donos antes de ser vendido para o Distrito Federal por Guinle, nos anos 1930, e desde então cumpriu diferentes funções, sendo inclusive sede da prefeitura entre 1942 e 1946.

Entre as peças do museu estão os acervos de ex-prefeitos do Rio, de Pedro Ernesto a César Maia, e o estudo da cabeça do Cristo Redentor, feita em terracota pelo francês Paul Landowski, além de pinturas de Eliseu Visconti e Antônio Parreiras.

— Temos isso tudo e ainda artefatos bem mais recentes, oriundos da Copa do Mundo e da Olimpíada. No momento, essas peças podem não ter o significado de um objeto de época, mas é certo que o terão no futuro — esclarece Luciana.

Na reforma, foram gastos cerca de R$ 4,4 milhões. Parte da verba para a construção da nova reserva técnica veio de um edital do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).

— A antiga estava com problemas de infiltração — diz Márcia Nascimento, museóloga da instituição.