10 de setembro de 2013

TÓQUIO 2020 AGRADECE AO RIO 2016!

1. Em Buenos Aires, nos bastidores da escolha da cidade sede dos JJOO-2020, os jornalistas de maior intimidade com o COI ouviram os ruídos da eleição: Vencerá Tóquio, pois o COI vive a síndrome da escolha do Rio para 2016.

2. E foram ouvindo as lamentações para 2016: a legislação flexível virou uma batalha política; recursos comprometidos são vistos como corrupção potencial; a burocracia e temor às críticas têm atrasado as obras esportivas: nada até aqui no chamado parque olímpico, nem licitações…

3. O prefeito arrogante não entendeu que a cidade-sede é uma tradição formal desde a antiga Grécia. Não quer dizer que é ele quem manda. Basta analisar os casos anteriores. Os três níveis de governo não se entendem. Até aqui não se constituiu –de fato- a comissão tríplice. E a APO –autoridade olímpica- está sem presidente. O anterior, com a enorme experiência ministerial e diplomática que tinha, saiu fora.

4. E colocando por cima deste imbróglio brasileiro o tempero político, a taxa de risco dos “ocupa” e “indignados” no Rio é de 100% para 2016 e em Madrid e Istambul é de 50% para 2020.

5. No Japão nada disso é imaginável.

* * *

“O MODELO DILMA FRACASSOU”!

(Miriam Leitão – Globo, 08) 1. O modelo Dilma fracassou. Em 2015, a economia terá que passar por ajustes, mesmo na hipótese possível de ela se reeleger. O que Dilma escolheu teve resultado negativo. Uma inflação corretiva será necessária para salvar o setor de energia e combustíveis. Os truques contábeis e as transferências para o BNDES escamotearam gastos que terão que ser contabilizados.

2. A presidente Dilma, ninguém duvida, é chefe da equipe econômica e comanda o setor elétrico. Ela não gosta de delegar, e menos ainda nas duas áreas, porque ela é economista e foi ministra das Minas e Energia. Está convencida de que tem as melhores propostas.

3. O modelo Dilma é baseado na repressão das tarifas públicas como política anti-inflacionária; desonerações de impostos e empréstimos subsidiados para alguns setores como incentivo ao crescimento; estímulo ao consumo através do crédito dos bancos públicos; incentivo à apreciação cambial; forte redução de taxa de juros; um pouco mais de inflação e relaxamento fiscal.

4. Ao fim de dois anos e meio, a Petrobras e o setor elétrico estão descapitalizados; a arrecadação tem desacelerado e o superávit primário caiu; transferências aos bancos públicos já representam 9% do PIB e viraram um orçamento paralelo e um novo esqueleto; as famílias estão endividadas; a inflação ficou alta por tempo demais, corroeu a renda e os juros voltaram a subir. Um choque externo está elevando o dólar muito além do que se pretendia, e o déficit em transações correntes aumentou.

* * *

GOVERNOS LULA E DILMA ENFRAQUECEM O ITAMARATY!

(Rubens Barbosa, ex-embaixador em Washington e Londres – Estado de SP/Globo, 10) 1. No momento em que o Ministério das Relações Exteriores (MRE) é levado a uma das crises mais graves de sua história, não se pode deixar de manifestar preocupação com o que ocorre hoje com uma instituição que, pela qualidade de seus membros e pela coerência de sua atuação externa, sempre soube colocar o Brasil em posição de relevo no contexto internacional.

2. O MRE enfraqueceu-se substantivamente e perdeu a função de ser o primeiro formulador e coordenador em matéria de projeção internacional do País. Estão sendo retiradas da Chancelaria áreas de sua competência e são crescentes as dificuldades para a alocação de recursos compatíveis com as novas demandas externas e proporcionais à presença ampliada do Brasil no mundo.

* * *

RAÚL APOLD, O “DOMESTICADOR DA MÍDIA” DE PERÓN!

(Estado de SP, 08) 1. Marqueteiro, jornalista e produtor de cinema. Esse era o currículo de Raúl Apold, homem encarregado da comunicação do governo do general Juan Domingo Perón entre 1946 e 1955. Estrategista na política de “domesticar” a mídia.  Apold foi crucial na construção da mística do peronismo

2. (Silvia Mercado) Na época de Perón, existiam grandes meios de comunicação com elevado prestígio que tinham influência na opinião pública. O plano de Apold para Perón era o de comprar o poderoso jornal La Prensa, o principal da América Latina na época. No entanto, os donos não aceitaram. Aí, ele pressionou com a redução da cota do papel-jornal. Contudo, o La Prensa continuava resistindo, para irritação de Perón. O jornal tinha de circular com um volume exíguo de páginas. Por esse motivo, teve de reduzir o tamanho da fonte dos textos. As pessoas tinham de ler o La Prensa com uma lente. O governo, finalmente, mandou um projeto de lei ao Parlamento para expropriar o jornal e o colocou nas mãos dos sindicatos.

* * *

PAÍSES QUE APOIAM AÇÃO DOS EUA NA SÍRIA!

(Folha de SP, 10) Europa: Albânia, Alemanha, Croácia, Dinamarca, Espanha, Estônia, França, Hungria, Itália, Kosovo, Letônia, Lituânia, Romênia, Turquia, Reino Unido / Ásia: Arábia Saudita, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Japão, Qatar /África: Marrocos / Américas: Canadá e Honduras/ Oceania: Austrália.