13 de dezembro de 2018

ESCOLA DE LÍDERES POLÍTICOS: A CARA NOVA DA POLÍTICA!

Relatório de Antônio Mariano, presidente da Juventude-DEM-RIO: Campus “Escola de líderes políticos: a cara da nova política”, realizado e financiado pela Fundação Adenauer (KAS), CDU- no Uruguai, na cidade de Colônia do Sacramento – 7/8 dezembro de 2018!

O objetivo deste encontro foi apresentar o projeto de formação política tocado pelo Cambiemos, na Argentina e trocar experiências nesta área com as demais juventudes partidárias –

1.  Juan Gowland (Coordenador do movimento “Modernización Argentina” e criador da Escola de Líderes Políticos)

–  Antes muitos de nós ocupávamos postos no governo da Cidade de Buenos Aires e muito rapidamente, tivemos de aprender a lidar também com a província e com o governo nacional.

–  A partir disso surgiu a ideia da Escola de Líderes, para formar novos quadros partidários, em âmbito de Cambiemos.

2. Experiência da Escola de Líderes Políticos (Maria Emilia Rey & Cristian Negri)

– Proposta do grupo: contribuir com o desenvolvimento de conhecimentos e habilidades dos futuros quadros políticos da Argentina em distintos pontos do país, fomentar e envolver jovens talentos com vocação para o público que estão no âmbito político, mantendo e difundindo os valores de “La Generación”.

–       O projeto não deve ser “Buenos Aires cêntrico”, por isso estimula a criação de lideranças no interior.

–       Valores: empatia, equidade de gênero, federalismo, vocação pelo publico e fazer o que se diz.

–       Processo de seleção para participar da escola de líderes: formulário de inscrição + entrevistas.

3. Formar jovens no território (Juan Esteban Maldonado & Facundo Pérez Carletti)

–       A escola é um projeto que deveria ser copiado em outros países. Ferramenta única para a formação de futuros líderes.

–       Não há liderança sem formação.

–       Na província de Corrientes, Cambiemos já estava há muitos anos no governo. Como ser algo novo? A Escola de Líderes criou este fato.

–       A formação atende um perfil transversal de jovens, não há apenas economistas, sociólogos e afins. Há médicos, engenheiros, veterinários, químicos… São atendidos todos os jovens que atendem aos valores da Escola.

–       Os alunos das escolas anteriores, são formados para replicarem o conhecimento adquirido nas edições seguintes.

4.  Mesa Redonda (apresentação dos trabalhos de formação política das juventudes partidárias parceiras da KAS Uruguai)

–       Eleição para a executiva do Partido Nacional ocorre a cada 5 anos, com participação de qualquer jovem uruguaio. Não é preciso ter filiação partidária. Na última foram mais de 70 mil eleitores entre 14 e 29 anos.

–       Apenas no ano de 2018, foram mais de 900 jovens formados por todo o Uruguai.

–       É unânime as reuniões de jovens com lideranças políticas e eventos próprios de formação. Mas praticamente nenhuma juventude partidária tem orçamento próprio. Em geral dependem ou do partido, ou de parcerias com outras instituições, como a KAS.

–       Juventude do Partido Pátria Querida, do Paraguai, realiza churrascos, para juntar seus jovens e conversarem sobre política de maneira mais descontraída.

–       Apresentação dos trabalhos da JDEM Nacional na área de formação política. Desde 2014 já foram realizados mais de 50 eventos, com a formação de centenas de jovens militantes por todo o país. Além disso, parceria com a KAS não somente no Brasil, mas no continente e na Alemanha, com envio de delegação ao país.

5.  Mesa Redonda: Idéias para gerar espaços de formação política para jovens a nível nacional

–       Não adianta acreditarmos que as pessoas vão militar conosco apenas porque a política é importante. Devemos criar projetos em comum que os motivem a sair de casa.

–       Devemos, juntos, sermos os protagonistas da mudança do sistema político que está sendo destruído pouco a pouco.

6. O desafio dos jovens na defesa e no fortalecimento da democracia na América Latina (Juan Gowland)

–       Partidos na América latina se converteram em meio e fim para fazer política e para tentar manter a democracia viva.

–       O Estado tem o monopólio da força, mas quem controla esse monopólio? E quando ele sai do controle, como em governos autoritários?

–       Nada ocorre sem as pessoas, mas nada perdura sem as instituições.

–       Um caminho para a institucionalidade democrática é pensar mais em políticas de Estado e menos em políticas de governo.

–       Democracia é algo novo no nosso continente, não sabemos lidar direito com este sistema.