16 de novembro de 2012

8-N! PELA PRIMEIRA VEZ NA AMÉRICA LATINA, CONVOCAÇÃO PELAS REDES SOCIAIS LEVA 500 MIL PESSOAS ÀS RUAS EM BUENOS AIRES (E MAIS 1 MILHÃO NO PAÍS)!

(El País, 10) 1. Não foram os partidos políticos de oposição ao governo da peronista Cristina Kirchner que organizaram as maciças manifestações da última quinta-feira em várias cidades da Argentina, mas sim alguns de seus membros. Entre os cerca de 50 organizadores da manifestação do 8N, existem cidadãos antikirchneristas com forte presença na Internet, através de sites, blogs ou perfis em redes sociais como Twitter e Facebook, alguns com militância em determinados paridos de direita ou de centro-direita, e outros sem qualquer identificação política.

2. Os organizadores do 8N, cuja maioria preferiu permanecer anônima, começaram a se reunir a partir de um panelaço que aconteceu em junho, no Bairro Norte em Buenos Aires. Desde então se reúnem em pequenos grupos na casa de um ou de outro. Foi dessa forma que lançaram na internet a chamada para as manifestações do dia 13 de setembro, que foram maiores do que a de junho, e a convocação para a última quinta-feira, ainda maior, inclusive na questão ideológica, pois participaram políticos vinculados a centro-esquerda e a esquerda.

3. Quem determinou a data para o protesto de 8N foi o administrador do site “Eu não Votei na Kretina e Você”? Entre os mais de 40 perfis do Facebook que convocaram para a  manifestação está o do “Anti K”, com 47.428 membros e dirigido por uma dupla formada por um advogado e por uma contadora sem militância política. “A cibermilitância é muito valorizada atualmente. Nós fazemos política, mas não somos como os militantes de partidos. Eles são fanáticos. Eu não me amarro a nada”, disse a contadora Mariana Torres.

4. Outros perfis do Facebook ativos no 8N têm sido a ONG Salvemos a Argentina e O Cipayo, com 44.009 membros e que tem entre seus colaboradores Luciano Bugallo, um jovem ligado à Sociedade Rural e a PRO, que governa Buenos Aires. Outros organizadores têm sido o perfil do Twitter @marcepcsolution, a rede de advogados “Será Justicia” e o blog “Argentinos Indignados”. Este site é administrado por Jorge Sonnante, um teólogo que tem uma estreita relação com líderes da enfraquecida Coalizão Cívica (CC), da deputada Elisa Carrio, de acordo com relatório de assessores do senador kirchnerista Aníbal Fernández.

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8-N!  REDES SOCIAIS: OPOSIÇÃO LÍQUIDA E OPOSIÇÃO SÓLIDA!

(Mariano Grondona – La Nacion, 11) 1. Depois da quinta-feira (08), quando um milhão e meio de pessoas se manifestou sem tutores por todo o país, superando folgadamente todas as manifestações anteriores fica seguinte pergunta: Será que os argentinos, quase sem nos darmos conta, demos o pontapé inicial de um novo sistema político? Se algo nasceu não é similar aos sistemas existentes nos últimos 80 anos, quando uma minoria se empenhava em monopolizar a nossa vida política. A megamanifestação do 8-N foi distinta porque ninguém pode ser o dono dela.

2. Mas, bastaria essa ampla convocação para fundar um sistema político duradouro? No caso do 8-N da última quinta-feira, a adesão popular foi amplíssima, exceção do Governo que ainda insiste na versão antiga de meter todos os opositores na mesma bolsa. Desde o 8-N, temos dois tipos de  movimentos polarizados de opinião: de um lado o oficialismo que corre o risco de ir ficando em minoria e do outro uma oposição que tende a ser majoritária, mas que, todavia é “líquida”, não é “sólida”, por falta de representantes, de líderes, de vocalizadores.

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RECESSÃO: PIB BRASILEIRO EM SETEMBRO-2012 TEM QUEDA EM RELAÇÃO A SETEMBRO DE 2011!

(G1, 14) O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), mostrou que a economia encolheu 0,52% em setembro em comparação a agosto, informou o Banco Central nesta quarta-feira. Em setembro, houve a maior queda em 11 meses, já que o indicador apresentou recuo de 0,58% em outubro do ano passado. O IBC-Br incorpora estimativas para a produção nos três setores básicos da economia -serviços, indústria e agropecuária. Se comparado o desempenho no mês de setembro contra o mesmo período do ano passado, houve queda de -0,44% no IBC-Br.