Cesar Maia passa a manhã de domingo na zona oeste

O ex-prefeito Cesar Maia, candidato a vereador, visitou neste domingo, 29/7, as praças Dolomita e Miami, em Vila Kennedy, na zona oeste da cidade. Esteve ainda na Associação de Moradores da Rampa e depois na Feira da Vila Kennedy.
Como geralmente faz, chegou em Bangu por volta das 10 horas da manhã para divulgar que nesta eleição concorre a uma vaga na Câmara Municipal. Quando era reconhecido, após se apresentar e pedir licença para entregar seu cartão, Cesar Maia conversava e ouvia, e na maioria da vezes, era sempre a mesma coisa: pedido ou reclamação de algum serviço público. A falta de segurança foi a principal queixa.
Pedidos para legalização do transporte alternativo foram feitos e, na hora do encontro, tete-a-tete, ele ouvia: “o Sr. já é o meu candidato”.
Cesar Maia premaneceu na Vila Kennedy até o início da tarde.

Cesar Maia faz campanha na Ilha do Governador

“Bom dia, amigo… sou Cesar Maia”… ou “Tudo bem, sou Cesar Maia, candidato a vereador e Rodrigo a prefeito”.

Assim, com essas frases, abordando e apertando a mão de cada pessoa, Cesar Maia se apresenta, conversa ao pé do ouvido, ouve queixas locais e recebe abraços dos que se recordam o quanto ele fez

em seus governos à frente da Prefeitura do Rio para a Ilha do Governador.

Em seguida, Cesar Maia pede o voto para vereador e entrega seu cartão, que é do tamanho de um cartão de crédito, e tem foto, o número 25.111 e o bordão que ficou famoso ‘Esse cara é bom’.

O cartão é recebido com carinho e colocado no bolso ou guardado na carteira.
Nesse ritmo, Cesar Maia passou a manhã de sábado, 28/7, na Estrada da Cacuia… ouviu reclamações sobre o abandono atual das obras realizadas como Rio-Cidade e Favela Bairro, ouviu ainda a insatisfação dos que precisam do serviços da saúde pública, que segundo muitos está muito ruim. Uma pessoa perguntou: ‘Cesar Maia, a saúde tem jeito?” Quanto à segurança, era difícil encontrar alguém que não reclamasse.

Pouco antes do meio dia, Rodrigo Maia, candidato a prefeito, e Clarissa Garotinho, sua vice, também chegaram na Estrada da Cacuia e continuaram o percurso com Cesar Maia. Aos que insistiam em dizer que estava tudo ruim, Cesar Maia dizia: “Dia 7 de outubro, nós, juntos, vamos mudar isso”, em referência ao dia da eleição para prefeito e vereador.

Cesar Maia bate perna por vaga de vereador

23/07/2012

Por LUCIANA NUNES LEAL /RIO, Jornal Estado de SP.

Sócio e gerente da Drogaria Mundial, em Marechal Hermes (zona oeste), Orlando da Silva Cruz estranha quando recebe de Cesar Maia (DEM), três vezes prefeito do Rio, um santinho de candidato a vereador. “Eu ainda não estava informado sobre as eleições”, se desculpa. Maia aproveita e pede também votos para o filho, Rodrigo, que disputa a prefeitura.

Até os poucos assessores que o acompanham têm de se policiar para não confundir os cargos. Maia ganhou duas eleições para deputado e três para prefeito. Perdeu uma para governador e outra para senador. Aos 67 anos, estreia no papel por onde muitos políticos começam.

Mas é um candidato vip. Calcula gastar R$ 500 mil na campanha, embora tenha registrado na Justiça Eleitoral teto de R$ 1,5 milhão. E vai dominar o horário eleitoral gratuito na TV, nos dias dedicados à eleição proporcional. Ocupará um minuto – os 20 segundos restantes serão divididos pelos demais candidatos a vereador.

“Vão dizer: ‘Só aparece o Cesar Maia na TV’. Vamos responder: ‘Isso está combinado há muito tempo’. Quando foi decidida minha candidatura para puxar voto, eu disse que precisava de tempo na TV”, defende-se Maia. A expectativa do DEM é que ele tenha pelo menos 150 mil votos e que ajude a dobrar a bancada de quatro para oito vereadores. O partido retomaria o número de eleitos em 2008.

Na campanha de rua, Maia prefere a companhia de poucos cabos eleitorais – líderes comunitários, servidores aposentados e funcionários lotados em gabinetes de vereadores do DEM. As caminhadas são curtas. Carro de som, nem pensar. Em outra caminhada na quarta-feira, com Rodrigo, o primeiro pedido foi para suspender os fogos de artifício.

Estilos. Pouco barulho não significa discrição. Maia faz lembrar os tempos de prefeito criador de “factoides”, que pedia sorvete no açougue e ia à praia de jaqueta. Ao lado do filho, usou o chapéu de gari, cumprimentou um manequim na porta de uma loja. “Meu pai quer que eu faça como ele, mas cada um tem seu estilo”, comenta Rodrigo.

Os Maias sabem da dificuldade de enfrentar o prefeito Eduardo Paes (PMDB), candidato à reeleição em aliança de 20 partidos. O primeiro desafio é tornar a candidatura de Rodrigo conhecida. “Ele é uma nova geração entrando”, pondera o ex-prefeito.

“Gosto mais do Rodrigo que do senhor”, diz uma moça em Bangu. O pai abre um sorriso quando cruza com servidores municipais que o chamam de “meu ex-patrão” e finge que não ouve as críticas.

Chamou atenção, no registro eleitoral, o não patrimônio de Cesar Maia. Ele distribuiu todos os bens entre os parentes. Se for eleito, diz que não deixará a Secretaria Internacional do DEM, que lhe rende R$ 16,5 mil mensais.

Alguns eleitores o estimulam a se candidatar a governador em 2014. “Vai depender da votação para vereador”, responde.

Cesar Maia faz campanha em feira livre na zona norte

Manhã de sol no inverno carioca. Domingo, 22/7, dia de feira livre. Irajá e Vista Alegre, na zona norte, recebem Cesar Maia para mais um dia de campanha rumo à Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Acompanhado dos candidatos a prefeito e à vice, Rodrigo Maia e Clarissa Garotinho, Cesar Maia caminhou por uma hora entre verduras, frutas, legumes, cumprimentando os que trabalhavam e frequentavam a feira livre de Irajá, na Rua Marquês de Queluz.

Já no início da tarde, ainda acompanhado por Rodrigo e Clarissa, o ex-prefeito do Rio Cesar Maia seguiu para Vista Alegre, na Estrada da Água Grande, onde fez campanha em outra feira livre por mais um hora.

Cesar Maia: “Não procurei Lula depois das vaias no Pan”

Revista Época

21/07/2012

MEU ERRO “Não procurei Lula depois das vaias no Pan”

Cesar Maia – Foi prefeito do Rio de janeiro por três vezes e deputado federal

O ex-prefeito Cesar Maia se arrepende de não ter falado com o ex-presidente após a polêmica abertura do Pan em 2007
“Surpreenderam a todos as cinco vaias sequenciais que Lula, então presidente, recebeu na abertura dos Jogos Pan-Americanos em 2007, no Maracanã (Rio de Janeiro). Para piorar, houve falhas do protocolo da cerimônia. Informaram ao presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Nuzman, que Lula não falaria a abertura. Nuzman fez um discurso no exato momento em que o pedestal do microfone era colocado na frente de Lula -que estava pronto para abrir a cerimônia. Foi um constrangimento geral. Mais uma vez, o nome de Lula foi citado -e vaiado. O ex-presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o espanhol Juan Samaranch, me perguntou o que estava acontecendo, pois sabia que Lula era muito popular. Eu não sabia o que dizer.

Lembro que um pouco antes da abertura dos Jogos, quando Lula fazia uma visita à Vila do Pan e tratavam da cerimônia, comentei com o pessoal do COB, citando Nélson Rodrigues: vamos minimizar a exposição das autoridades maiores, porque no Maracanã ‘torcedor vaia até minuto de silêncio’. Trágica profecia.

Depois do encerramento da abertura do Pan, Lula me cumprimentou normalmente. Descemos pelo mesmo elevador, fechado para autoridades do camarote presidencial. Ao chegar no térreo, a imprensa toda me cercou. O então ministro do Esporte, Orlando Silva, repetiu o que ouvira do entorno presidencial: que quem programara as vaias tinha sido eu. Um absurdo. Mais fácil seria eu ser alvo de vaias. Na hora, relevei pelo calor dos fatos. Queriam um bode expiatório. Se havia algum clima nesse sentido, seria obrigação do serviço de inteligência do presidente pré-informar.
Deixei passar o tempo. Tinha certeza de que os boatos desapareceriam, e Lula votaria a me receber, como sempre. Não foi assim. O presidente tornou-se agressivo. A cada vinda ao Rio, me criticava dizendo que eu falharia nisso ou naquilo, que não o recebia etc. De 2003 a julho de 2007, nada havia ocorrido. Por que a um ano e meio do fim de meu governo seria diferente?

Só em 2008, quando sentia que a agressividade de Lula crescia, fiz uma reflexão. Logo em seguida aos fatos da abertura do Pan, um ano antes, era minha obrigação ter pedido oficialmente uma audiência com o presidente. Nela, trataria do assunto e demonstraria que nada daquilo que sua assessoria comentara era verdade.

E os desentendimentos continuaram. Todo o processo que culminou na vitória do Rio de Janeiro para ser a cidade sede dos Jogos Olímpicos em 2016 ocorreu na época em que eu era prefeito. Quando se formava a delegação que assistiria, em 2009, à solenidade de escolha da cidade sede, Orlando Silva propôs meu nome. A rejeição presidencial foi total.

Recebi um telefonema de Orlando Silva quando o Rio venceu a disputa para sediar os Jogos Olímpicos. Naquele momento -dez meses depois de ter saído da prefeitura-, senti o impacto maior de meu erro. Eu me perguntava, e ainda me questiono, a razão de não ter pedido uma audiência com o presidente imediatamente depois da abertura do Pan em 2007. Queria dizer-lhe que nada do que ele pensava condizia com a verdade. Não orquestrei aquelas fatídicas vaias. Foi um erro político e protocolar que um político não pode cometer, mas cometi. E senti -e sinto até hoje- o peso desse erro.”

Em depoimento a Isabel Clemente

Cesar Maia faz campanha no calçadão da Penha em sábado de sol

No terceiro sábado após o início da campanha eleitoral, 21/7, o ex-prefeito Cesar Maia chegou ainda pela manhã na Rua dos Romeiros, no calçadão da Penha, para mais um dia de campanha rumo à Câmara Municipal.


O calçadão foi uma das tantas obras realizadas em sua primeira administração à frente da Prefeitura do Rio (1993 a 1996), através do Rio Cidade da Penha, e demonstra o seu sucesso quase duas décadas depois. Reconhecido ao tomar um café na esquina do calçadão, Cesar Maia por duas horas e meia ouviu atentamente cada pessoa que vinha em sua direção para abraçar, tirar fotografia, perguntar ou simplesmente dizer que: “Tô contigo, Cesar Maia!”

Informando que desta vez sua campanha é para vereador, Cesar Maia agradecia as palavras de apoio e garantia defender no legislativo da cidade, entre outras coisas, os servidores e a Educação municipal.

Rodrigo fala da sua admiração pelo trabalho dos servidores e suas propostas para valorizá-los

Professores, médicos, guardas municipais, garis, entre outros. Os servidores públicos são trabalhadores muito importantes para nossa cidade e merecem ser valorizados. Nesse vídeo, Rodrigo fala de sua admiração e respeito por eles e destaca suas propostas para melhorar as condições de trabalho dos servidores.

Cesar Maia e Rodrigo Maia em Marechal Hermes

Cesar Maia, o pai, e Rodrigo Maia, o filho, estiveram em frente à Estação de Marechal Hermes, na Rua Carolina Machado, no início da tarde desta quarta-feira, 18/7, em campanha eleitoral para vereador e prefeito, respectivamente.

Por cerca de duas horas cumprimentaram e ouviram sugestões e reclamações tanto dos moradores como dos comerciantes locais. Quando o encontro casual na rua se dava com algum servidor da Prefeitura, o carinho com o ex-prefeito Cesar Maia era imediato, com frases do tipo: “meu eterno patrão”, “volta, Cesar Maia!”, ou “sou professora do prefeitura, o Sr. foi nosso melhor prefeito”.

Cesar Maia, ao abordar cada pessoa, pede licença e pergunta se pode entregar seu cartão que traz as razões de sua candidatura à Câmara Municipal e seu número: 25.111.

Cesar Maia visita o Calçadão de Bangu

Manhã de sol no Calçadão de Bangu, zona oeste da cidade; 10h30, terça-feira, dia de comércio aberto, pessoas indo e vindo para lá e para cá. Cesar Maia sai do carro para mais um dia de campanha a vereador em uma das inúmeras áreas construídas durante uma de suas três gestões à frente da Prefeitura do Rio.

Em poucos minutos de caminhada, recebe apertos de mão, olhares curiosos e carinhosos que pediam para tirar fotografias, abraçar, agradecer a algo específico, se queixar de essa ou aquela situação da cidade (afinal, quem foi prefeito três vezes, não consegue desvincular a imagem de gestor).

Conversando com cada pessoa, Cesar Maia entregava seu cartão com seu número, 25.111, onde há, listadas, nove razões que o levaram a se candidatar a vereador, como por exemplo: para defender os servidores, para acabar com as privatizações da Educação e da Saúde, para retomar o programa Remédio em Casa para hipertensos e diabéticos, e para defender os mais humildes contra a repressão e a humilhação.

Foram duas horas de conversa, abraços, apertos de mão, frases escutadas do tipo: “Esse cara é bom!”, “Estamos juntos, Cesar Maia”, “vou votar no seu filho para prefeito”, “volta, Cesar Maia!”

Candidatos a prefeito trabalharam nas gestões de Cesar Maia

Agência O Globo

Por Dório Ewbank Victor (dorio.victor.personale@oglobo | Agência O Globo)

RIO – Cesar Maia é o ex-prefeito do Rio que mais permaneceu no cargo: 12 anos em três mandatos. Tanto tempo no poder e sua polêmica personalidade influenciaram direta ou indiretamente quatro dos cinco principais candidatos à prefeitura. Dois participaram diretamente de suas administrações, um é seu filho, e outra é filiada a um partido por muitos anos aliado de Cesar. A exceção é Marcelo Freixo (PSOL).

Além do prefeito Eduardo Paes (PMDB) e de Otavio Leite (PSDB), que participaram diretamente de suas administrações, Cesar contou com apoio do Partido Verde, de Aspásia Camargo, e de seu filho, Rodrigo Maia, candidato pelo DEM.

Eduardo Paes: subprefeito e secretário municipal

As lembranças do ex-chefe trazem reações distintas nos candidatos. O antes aliado próximo Eduardo Paes, por exemplo, rompeu com Cesar e hoje o rejeita, mas não pode negar que seu início na vida política se deveu a Cesar Maia. Ele foi escolhido para ser subprefeito (ou prefeitinho) da Barra da Tijuca e Jacarepaguá, na Zona Oeste, na primeira gestão, entre 1993 e 1996, e integrou o grupo de “cesarboys”, jovens que Cesar lançava na política.

Em 2001, na segunda gestão de Cesar, Paes foi escolhido para assumir a pasta do Meio Ambiente. Já com brilho próprio na política, o “cesarboy” deixou o governo em 2002, após se eleger, pela segunda vez, deputado federal.

Nos bastidores, conta-se que Paes se candidatou a deputado ao perceber que não seria apontado por Cesar como seu sucessor na prefeitura. À época, trocou o PFL pelo PSDB em busca de apoio político. Procurado pelo GLOBO, Paes não comentou a relação dos dois.

Vice-prefeito, Otavio Leite tinha ‘caneta sem tinta’

O tucano Otavio Leite, bem-humorado, relembra o tempo em que foi vice de Cesar, entre 2005 e 2006. O candidato contou que participou da chapa de Maia porque havia uma grande possibilidade de ele vencer as eleições seguintes para o governo do Rio, o que não ocorreu.

— Eu fui um vice de fazer inveja a Marco Maciel, que era um vice perfeito, discreto, sem indagar ações. (…) A um vice, se dá uma caneta, mas a minha veio sem tinta. Tive muito pouco espaço na gestão dele, tanto que voltei a ser deputado federal.

Otavio ressalta que, se houve algum grande feito em sua participação na administração Cesar, foi sugerir a criação da primeira secretaria voltada aos portadores de deficiência, mas, mesmo assim, ele não levou o crédito:

– Dizem que nas adversidades é onde você aprende muito. Eu guardo grandes aprendizados desse período. Acho que amadureci, aprofundei meus conhecimentos sobre a cidade, mas, efetivamente, não fui um vice prestigiado – conta o tucano que, atualmente, mantém uma relação cordial com Cesar e, confiante, diz que ele será um “grande aliado para o segundo turno”.

Verde diz que ex-prefeito “tinha visão técnica”

O PV de Aspásia Camargo esteve em vários momentos na base aliada do ex-prefeito. Além de participar das campanhas, o partido teve um representante da legenda nos três mandatos – Alfredo Sirkis, que assumiu a Secretaria de Urbanismo (2001-2006) e, posteriormente, a de Meio Ambiente (1993-1996).

– O PV participou das primeiras gestões de Cesar Maia, que foram positivas para a cidade. Ele (Cesar) tinha uma visão técnica e introduziu esta visão na cidade. Na primeira gestão, por exemplo, criou a Secretaria de Meio Ambiente, o que foi positivo, pois trouxe as ciclovias à cidade e também protegeu as árvores nas áreas urbanas.

A candidata verde faz um comparativo entre as gestões:

– O primeiro mandato dele foi muito solitário, pois ele se preocupava mais em fazer do que em construir alianças. (…) Na segunda, a cidade virou um grande espaço de negociação, esquina por esquina, nas ruas e calçadas, e ninguém conseguia mexer nisso ou naquilo. No último mandato, as coisas degringolaram. Ele ficou preso à rede de alianças políticas que criou e acabou refém disso.

Deputado, filho quer recuperar cadeira do pai

Rodrigo Maia é, como dizem, a “cara do pai”. Além de se parecer fisicamente, também escolheu seguir a vida política, na qual soma três mandatos de deputado federal e a ex-presidência nacional do DEM. Ele nasceu em Santiago do Chile durante o exílio de Cesar Maia, no período da ditadura. Em 1973, aos 3 anos, veio para o Rio. Rodrigo, que já participava ativamente das campanhas do pai, ingressou na administração pública na gestão de Luiz Paulo Conde. Cria de Cesar, Conde foi secretário em sua primeira gestão, tornando-se depois seu inimigo político.

Sobre as nossas Câmaras Municipais

Artigo publicado no Jornal Folha de SP. 15/07/2012

A Constituição de 88 deu força a vereadores. Mas, com o tempo, eles deixaram de representar bairros ou ideologias. Hoje em dia, quase todos são de clientela

O processo constituinte de 1986 (eleições), 1987 e 1988 ocorreu num auge do movimento municipalista liderado pelo próprio governador de São Paulo, Orestes Quércia. A começar pelo artigo primeiro da nova Constituição, que incluiu os municípios como entes federados, igualando seu status político ao dos Estados. É o único caso no mundo de Federação com esse status municipal.

A reforma tributária aprovada na Constituinte beneficiou especialmente os municípios, que passaram de 14% da carga tributária nacional distribuída para 20%, um crescimento de mais de 40%.

Nesse quadro, as mais beneficiadas foram as capitais e grandes cidades. Depois da Constituinte, os Estados perderam participação, mas os municípios praticamente não.

As capitais enfrentavam forte crise financeira. O exemplo mais eloquente era a cidade do Rio de Janeiro, que quebrou. Mudanças nos impostos únicos sobre lubrificantes e combustíveis, energia elétrica e telecomunicações foram decisivas.

Antes, os municípios recebiam, quando recebiam, uma pequena porcentagem dos impostos únicos. Com a efetivação da nova Constituição, um ano depois as capitais foram financeiramente recuperadas.

Além disso, os municípios passaram a ter poder concorrente com os Estados em todas as funções de governo, exceto aquelas que a Constituição explicitamente elencava, como segurança pública, Justiça, Ministério Público e Tribunais de Contas. Assim mesmo, as cidades do Rio e São Paulo mantiveram seus tribunais de contas municipais.

As Câmaras Municipais tiveram seus poderes exponenciados. O maior deles foi quanto aos parâmetros e regras urbanísticas.

Até 1988, cabia ao poder executivo (prefeitos), por ato administrativo próprio, definir tudo sobre o uso do solo urbano. A partir de 1988, qualquer mudança de parâmetro urbanístico deve ser feita por lei.

Agregue-se a isso outros poderes dos vereadores: legislar sobre alíquotas dos tributos existentes, definir todas as posturas municipais (uso das ruas e calçadas), estabelecer, por iniciativa própria, normas para transportes, meio ambiente, ocupação sub-regional da cidade… Um exemplo é o plano diretor e a possibilidade permanente de emendá-lo.

No entanto, um ano depois, foi derrubado o muro de Berlim. Em pouco tempo, desintegraram-se a União Soviética e a Guerra Fria.

Com isso, a estrutura das Câmaras Municipais das capitais mudou. Elas contavam com vereadores de bairro, vereadores temáticos, vereadores ideológicos, além dos da tradicional clientela. Com o tempo, os ideológicos foram desaparecendo. Os comunitários -eleitos em sua própria base de bairro-, reduzidos (no caso do Rio, a dois). Com os temáticos aconteceu a mesma coisa (também dois, no caso do Rio).

Hoje, quase todos os vereadores são de clientela, com seus centros sociais e seus favores. Para isso, precisam de apoio. Depois da eleição de prefeito, aderem ao eleito no PG, o Partido do Governo. Em geral, não exercem o poder que têm no processo legislativo, mas buscam usar o voto para conseguir apoio para as suas ações de clientela.

Foram, assim, duas curvas pós-88 dos vereadores. Uma imediatamente ascendente: o poder constitucional adquirido. A segunda, progressivamente descendente. Cruzam-se, até a cristalização de uma enorme maioria galopando políticas de clientela. Entre as duas, uma taxa de troca que se cristaliza nos anos 2000.

O eleitor pragmaticamente termina com seu voto atraído para o que lhe parece prático: um representante de suas demandas de clientela. E, com isso, as necessidades fundamentais do eleitor ficam à margem. Vale lembrar Eva Peron: “Onde há uma necessidade, há um direito”.

Direitos não são conquistados através de clientelas, mas de políticas públicas orgânicas.

Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâ[email protected]

CESAR MAIA, 67, é economista. Foi prefeito do Rio de Janeiro por três mandatos (1993-1996, 2001-2004 e 2005-2008)

Cesar Maia e Garotinho só falam um com outro o estritamente necessário

Jornal O Dia 14/07/2012

POR ROZANE MONTEIRO

Rio – Sabe aquele cara da turma que você não queria mais ter como amigo de novo depois de uma briga horrível, mas que tem que aturar para fazer um trabalho de grupo? Pois é. O ex-prefeito e agora candidato a vereador Cesar Maia (DEM) e o ex-governador e deputado federal Anthony Garotinho (PR), seu antigo adversário político, estão vivendo a fase do ‘tem-que-aturar’ para emplacar os filhos – o deputado federal Rodrigo Maia e a deputada estadual Clarissa Garotinho – na Prefeitura do Rio.

Ao ouvir a pergunta “vocês ficaram amigos?”, Cesar Maia interroga o interlocutor: “O que você chama de amigo?” Depois de ouvir o conceito de ‘ser amigo’ de quem quer saber — “ligar um para o outro para falar da campanha, jantar juntos…” —, o ex-prefeito interrompe com um “não” seco. E conta nos dedos cada uma das vezes em que os dois se encontraram desde 2010 para selar a aliança.

Garotinho também lembra os encontros, mas faz piada: “Diria que nós estamos ainda naquela fase do amor que se chama contemplação.” E o que vem depois, deputado? “Não sei, vamos ver como vai ser.”

Garotinho roda o estado, mas organiza a militância na capital | Foto: Fernando Souza / Agência O Dia

Quem ficou perto da dupla sênior nos eventos públicos que celebraram a chapa DEM-PR confirma: está claro que os dois se tratam cordialmente só para manter as aparências, nada mais. Maia e Garotinho nunca foram vistos dando um abraço fraterno e há sempre um mal-estar velado quando os dois estão juntos.

É fato que a dupla está se empenhando para eleger Rodrigo e Clarissa. Maia, na rua, pede votos para si mesmo e para o filho, lembrando que a filha de Garotinho é a vice. O deputado do PR roda o estado para cuidar de outras candidaturas do partido, mas na capital encontra tempo para organizar a militância e pedir votos para a chapa-júnior. Mas ninguém duvida: essa ‘amizade’ tem prazo de validade e vai sumir assim que não for mais necessária para os dois lados.

Maia reconhece que Garotinho tem “forte apelo na área bem popular”, mas não aprova o fato de o aliado achar que a política deve vir “articulada com a religião”. “Ele faz política de uma outra maneira”, diz Maia, que se apresenta como um “político de ideias”. Garotinho concorda com a parte do “forte apelo popular”, se apresenta como “nacionalista do trabalhismo” e lembra que o ‘amigo’, como ele, também já passou pelo PDT de Leonel Brizola.

O pai de Rodrigo diz que é de “centro-centro” e que o pai de Clarissa “é de centro, mas acha que é de esquerda”. Garotinho diz que é de “centro-esquerda” e que Maia, enquanto foi prefeito, “representou um pouco da direita carioca”. Garotinho é o único que fala de uma certa “dificuldade de consolidar essa aliança nossa”.

Ex-prefeito abusa da sorte

Em 1997, o hoje advogado André Duarte, 36, passou um e-mail para Cesar Maia, comentando um artigo do então prefeito. Maia o chamou para conversar e, de 2003 a 2008, André foi seu subprefeito da Barra — mesmo cargo já ocupado por um certo Duda, apelido do prefeito Eduardo Paes, ex-pupilo e adversário de Maia.

Breno Arruda, 33, hoje é economista e também se aproximou do ex-prefeito por e-mail: em 1998, ele escreveu para o então candidato ao Palácio Guanabara se oferecendo para ajudar no programa de governo e acabou subprefeito do Centro, de 2001 a 2004.

Hoje, André e Breno cuidam da campanha virtual do candidato, que, pelo visto, não acredita que um raio caia duas vezes no mesmo lugar.

2014: o ano que chegou antes de 2013

Não será surpresa se Cesar Maia e Anthony Garotinho estiverem em lados opostos em 2014, concorrendo a governador. Hoje, o ex-prefeito já diz que o candidato natural do PMDB à sucessão de Sérgio Cabral, o vice-governador Luiz Fernando Pezão, “não existe”. Na sexta-feira, em Campo Grande, Maia abraçou uma eleitora e, depois de dizer que era candidato a vereador, cochichou, brincando: “E talvez a governador em 2014.”

Garotinho já roda o estado articulando alianças e fortalecendo o PR para uma eventual candidatura sua. No início do ano, Garotinho declarou: “Eu posso ser candidato a governador, né?”

Aliança lembra Guerra Fria de Stalin e Roosevelt

A Segunda Guerra (1939-1945) nem tinha acabado quando o presidente americano Franklin Roosevelt, o primeiro-ministro britânico Winston Churchill e o líder soviético Josef Stalin já se reuniam para decidir que países ficariam sob seu controle. Nascia a Guerra Fria. Quando fala da aliança DEM-PR, Cesar Maia lembra a História: “Há um caso clássico que é Inglaterra, EUA e União Soviética contra a Alemanha.

No Rio, hoje, aliás, há rasgos de repressão que são tipicamente nazistas. Não sei se o Garotinho se considera o Stalin. Ficaria honrado em me considerar o Roosevelt.” Garotinho ajuda: “Me sinto o Churchill. Mas é covardia com a Alemanha comparar com o Paes. Ele é pior.”

Cesar Maia visita Campo Grande

Quinta-feira, 12/7, 11 horas da manhã, horário de grande movimento no Calçadão de Campo Grande, precisamente no Mercado São Braz. Um mundo de gente vem e vai. Pois justamente nesse momento de maior concentração, chega Cesar Maia, candidato pelo DEM a vereador nas eleições de outubro, e que muito fez para o bairro nos seus governos à frente da Prefeitura do Rio.

Por duas horas Cesar Maia percorreu o Mercado, parou, conversou com aqueles que ao reconhecê-lo pediam abraços, fotografias, beijos, uma troca de conversa. E foi nesse contato que ouviu o carinho dos que sempre confiaram nele.

Entre o que ouvia, muitas reclamações de como está atualmente a área da saúde da Prefeitura do Rio. Mas não foi só… muitos declararam voto não só a ele, para vereador, como para seu filho, Rodrigo Maia, candidato pela coligação DEM-PR a Prefeito do Rio de Janeiro.

Cesar Maia dá a largada oficial em sua campanha a vereador

Na sexta-feira, dia 6/7, primeiro dia oficial da campanha eleitoral de 2012, Cesar Maia participou de duas agendas. A primeira, pela manhã, foi em Copacabana, na zona sul da cidade, onde convidado para um café da manhã, explicou qual a função de um vereador, principalmente posterior ao ano de 1988 quando a Constituição do país elevou os municípios ao mesmo status dos estados.

“Em seu artigo primeiro, a Constituição do Brasil diz: A República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal. Com isso, o Brasil é o único país do mundo em que Estados e Municípios fazem parte da federação, com o mesmo status”.

Recebendo o carinho de pessoas que o encontravam e pediam para tirar fotografias ou apenas cumprimentá-lo, Cesar Maia informava que no dia 7 de outubro, nas urnas, o nome dele constará da lista dos candidatos a vereador na cidade do Rio de Janeiro. E para o voto, basta apertar os números 25.111.

De Copacabana, seguiu para a Tijuca, zona norte da cidade, já na parte da tarde, onde tomou café no tradicional Café Palheta, que fica na Praça Saens Peña. Recebendo o carinho dos passantes, informava a todos que sentem saudade do Prefeito que por três vezes governou a cidade que desta vez o candidato a prefeito é seu filho, Rodrigo Maia. E  que ele pretende ser eleito para uma das 51 cadeiras da Câmara Municipal.

“Terei muito o que fazer como vereador. Entre outras coisas, defender os direitos dos servidores; defender os mais humildes contra a repressãoe a humilhação que estão sofrendo nos últimos anos, e acabar com as privatizações da Educação e da Saúde”.

Cesar Maia faz aposta em segundo turno no Rio

10/07/2012 – Brasil Econômico

Cesar Maia faz aposta em segundo turno no Rio

Rio e candidato a vereador pelo DEM, Cesar Maia volta às campanhas depois de um afastamento de cerca de três anos da vida pública apostando em reais probabilidades de o atual prefeito, Eduardo Paes (PMDB), não conseguir se reeleger com tanta facilidade e ter que enfrentar um de seus adversários políticos no segundo turno, ainda que hoje apareça como favorito. Em entrevista ao BRASIL ECONÔMICO, Maia preferiu não colocar abertamente que o confronto em um possível segundo turno aconteça com seu filho, Rodrigo Maia (DEM), que tem Clarissa Garotinho (PR) como vice.

Mas, como bom economista, Cesar Maia não deixa de fazer as contas. “No Rio, dificilmenteum candidato à prefeitura passa de 30% dos votos. Acho que ele (Paes) vai nessa direção. Qualquer coisa nesse patamar indica segundo turno. Ele tem que pensar em ganhar no primeiro turno com 45%. E nós vamos empurrar para cima os nossos, que significa empurrá-lo para baixo. Vai depender da campanha, mas a probabilidade é que ele
não bata 40%”, disse.

Ao fazer uma análise do atual governo, Cesar Maia aponta contradições na gestão e na posição política de Paes que, acredita ele, o eleitor perceberá durante a campanha. Para ele, o tempo de campanha na TV pode até prejudicar Paes, assim como sua relação com Sérgio Cabral (PMDB), governador do Rio de Janeiro, por conta da proximidade com Fernando Cavendish, dono da Delta Construções, empresa envolvida
nos escândalos do contraventor Carlinhos Cachoeira.

“Ter 16 minutos de televisão nem sempre é bom. Aqui no Rio já derrotou candidatos. Tem que ter estrutura, para não ser enfadonho. Dos 16 minutos que o Paes tem, eu quero ver a cara do Cabral aparecer ali. Se aparecer, ele vai perder a eleição. Ele vai querer mostrar a Dilma, o Lula, mas vai ter que botar o Cabral, porque senão acaba o discurso do alinhamento”, salientou.

Cesar Maia fez ainda um raio-x dos principais oponentes ao cargo do atual prefeito. Paraele, Otávio Leite (PSDB), “é um candidato temático”, que tem como plataforma o turismo e a questão dos deficientes. Já Marcelo Freixo (PSOL) reforça o voto “politicamente correto” com a presença de artistas como Chico Buarque e Caetano Veloso emsua campanha, posição que antes pertencia à Fernando Gabeira (PV). “Ele (Freixo) reforça o voto politicamente correto, que para a gente é importante, porque ele vai em busca de um voto que se não fosse para ele, poderia não ser nosso. Mas ele não é o Gabeira. Ele comunica mal. Além disso, o tema da milícias não pertence ao seu eleitorado”, critica.

Sobre a candidatura de Rodrigo Maia e Clarissa Garotinho, Cesar Maia é realista e admite que a rejeição ao seu nome por parte do eleitorado carioca, somada ao mesmo efeito negativo produzido pelo ex-governador Anthony Garotinho, pode garantir votos mas ajuda a afastar eleitores.

Sua aposta é que a campanha pode corrigir estas “distorções” e apontar como é a influência tanto para um lado, como para o outro. “A proporção de eleitores que votaria em qualquer candidato que o César Maia indicasse é igual a do Cabral: 15%. A do Garotinho é de 10%.Acampanha eleitoral é que vai dizer como isso contamina, para um lado e para o outro”, disse, ressaltando que tanto Clarissa como Rodrigo têm estilo próprio. “Não há porque eles construírem a carreira deles só olhando para trás.

Eles têm que construir seu próprio perfil, o que é o ideal.” Segundo Maia, o objetivo de seu partido com sua eleição à câmara dos vereadores é montar uma bancada forte, com pelo
menos oito vereadores. “O voto do vereador é espalhado, entre outras razões, porque as pessoas votam no vereador como prestador de serviço. O partido deseja que eu faça uns 200 mil votos para a gente eleger uns oito vereadores.”

Ele diz também que sua campanha será baseada em apresentar contrapontos. “O Eduardo (Paes) corta o direito dos servidores, eu defendo os servidores. Ele confunde lei e ordem com repressão. O terceiro ponto é a privatização da educação e da saúde. E mais um quarto vetor é a especulação imobiliária. E eu venho criticando a especulação imobiliária.

Partidos que disputam prefeitura tentam garantir a maior bancada de vereadores possível

O DIA

Rio – Numa campanha paralela à disputa pela Prefeitura do Rio, os candidatos a vereador já colocaram seus times em campo. Além da meta de conquistar a sonhada cadeira no Palácio Pedro Ernesto, eles também integram a tropa de choque de seus partidos, que lutam a cada eleição pelo aumento do espaço político na Casa. A lógica é simples: quem ganhar a eleição de prefeito também vai querer ter maioria de aliados na Câmara de Vereadores.

Na luta pela ampliação de território, o DEM foi o partido que deu a cartada mais alta. Os democratas apostam suas fichas na eleição do seu cacique, o ex-prefeito e ex-deputado federal Cesar Maia. Com três mandatos de prefeito e dois de deputado, Cesar tentará pela primeira vez uma vaga de vereador e diz que espera ultrapassar a barreira dos 200 mil votos. Se conseguir o feito, de acordo com suas contas, ele, como ‘puxador de legenda’, leva ‘de carona’ outros oito vereadores do seu partido.

No Brasil, parlamentares são eleitos a partir de um cálculo que leva em conta todos os votos da legenda, não apenas sua própria votação. Daí a importância do ‘puxador’.

“Ninguém conquista maioria na Câmara no momento da eleição. Mas seja quem for o prefeito, uma vez eleito, fará maioria”, aposta Cesar Maia.
No PT, o nome de destaque é o do ex-deputado federal Carlos Santana. A expectativa do presidente municipal do PT, Albéris Lima, é que a bancada do partido dobre de tamanho, de três para seis vereadores.

Dono da maior bancada na Câmara, com 12 vereadores, o PMDB tem como seu maior trunfo o presidente da Câmara, Jorge Felippe. Outra aposta é a vereadora Rosa Fernandes, com forte base eleitoral na Zona Norte.

No PSOL, o nome mais cotado é o do sociólogo Jefferson Moura. O partido quer dobrar o número de vereadores na Câmara, passando de dois para quatro. “Por ter disputado eleição para governador, é o nome mais conhecido, além dos dois atuais vereadores, Eliomar Coelho e Paulo Pinheiro”, explica a deputada estadual Janira Rocha, presidente estadual do PSOL.

Revoada das tucanas

Desde a última eleição municipal, o ninho tucano teve três baixas femininas: Lúcia Helena Barros, a Lucinha, eleita deputada estadual; a vereadora Andrea Gouvêa Vieira, que desistiu de concorrer por divergências com o agora candidato a prefeito do PSDB, Otavio Leite; e Patrícia Amorim, que foi para o PMDB.

A maior aposta tucana é o ex-técnico Andrade. Segundo o deputado estadual Luiz Paulo Correa, há um grande percentual de eleitores rubro-negros tucanos. “O Andrade preenche este vazio”, diz, referindo-se à saída de Patrícia Amorim, presidenta do Flamengo.

No PV, a meta é a reeleição do vereador Paulo Messina. Na eleição passada, foram três eleitos. O partido quer eleger quatro vereadores desta vez.