27 de julho de 2015

QUADRO ELEITORAL DO RIO PARA 2016 CONTINUA EM MUTAÇÃO!

1. Dois fatos ocorridos na semana passada, em nível nacional, mexeram com o quadro eleitoral do Rio para as eleições de prefeito em 2016. De um lado a denúncia sobre a hipótese do Deputado Eduardo Cunha ter recebido propina. Do outro, sobre a conta na Suíça do senador Romário.

2. A. denúncia relativa a Eduardo Cunha, com as impressões digitais do Planalto, e cuja tramitação com vistas a comprovação ou não durará no mínimo dois anos, ou seja, ultrapassará as eleições de outubro de 2016. Com isso, se elimina a possibilidade do PMDB e do PT estarem juntos em 2016, reproduzindo 2012. O mais provável é que o PMDB venha com uma chapa puro-sangue, liderada pelo deputado Pedro Paulo, empurrando o PT para uma candidatura própria.

3. O segundo fato é a conta de Romário na Suíça divulgada pela revista Veja, sublinhada em matérias de capa nos jornais do Rio e “suitada” nos principais jornais do pais (ao contrário da matéria da Veja sobre diretor da OAS que não foi “suitada”) constrói, da mesma maneira, um impedimento a candidatura de Romário a prefeito.

4. Com o depósito demonstrado, Romário teria que submeter sua elegibilidade ao TRE e ao TSE com todo o desgaste relativo. Com a mudança na legislação em 2012, depósitos não declarados no exterior passam a ser enquadrados criminalmente, além das questões tradicionais de sonegação. E ainda com o risco de, uma vez vitorioso, mudar de instância judicial, perdendo a imunidade que tem como senador para se defender ou arrastar sua investigação nos seis anos que restariam para seu mandato.

5. Com isso, o quadro de candidatos a prefeito muda. Muda sem o nome de Romário, o mais popular nas pesquisas. Muda com o PMDB sem o tempo de TV do PT, um handicap que o PMDB preza tanto.

6. Assim abre-se um vetor no voto popular, estimulando a candidatura do senador Crivella. A Rede, que conta aprovar o partido agora em agosto, terá que ter um candidato a prefeito, pois o Rio é a praça onde Marina detém a maior popularidade.

7. O PT terá que apresentar candidato na medida em que nem a Rede nem o PSOL aceitarão estar com ele. E -claro- o nome colocado do deputado Freixo do PSOL. O PSDB, para ter visibilidade, não poderá se coligar e terá que encontrar um nome como candidato próprio. Muito dificilmente a Rede aceitaria coligar com o PSDB, afinal 2018 está aí mesmo.

8. Sendo assim, novas pesquisas precisam ser feitas para ajustar as anteriores recentemente divulgadas e se redesenhar o Grid de largada.

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MUITO TEMPO CONECTADO: POUCO TEMPO PARA DIGERIR NOSSAS EXPERIÊNCIAS!

(Sérgio Dávila – Folha de SP, 26) 1. Segundo estudo recente da consultoria americana A.T. Kearney, o Brasil é o país com maior porcentagem de pessoas na faixa mais alta de permanência on-line: 51%, ante 37% do segundo colocado, a Nigéria, e 25% dos americanos. Somos um povo conectado/ disponível/ on-line.

2. Isso tem implicações. Uma delas o canadense Michael Harris chama de “o fim da ausência”, no poético título de livro recém-lançado nos EUA (“The End of Absence”, Penguin). Estamos o tempo todo não só acessíveis virtualmente como compartilhando tudo o que vivemos. Isso faz com que tenhamos pouco tempo para digerir nossas experiências –para viver.

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MEDALHAS DE OURO NOS 3 ÚLTIMOS JOGOS PAN-AMERICANOS!

Estados Unidos: 2007: 97 / 2011: 92 / 2015: 103.
Canadá : 2007: 39 / 2011: 30 / 2015: 78.
Brasil: 2007: 56 / 2011: 48 / 2015: 41.
Cuba: 2007: 60 / 2011: 58 / 2015: 36.