29 de maio de 2015

O QUADRO PRÉ-ELEITORAL DO RIO, 15 MESES ANTES DAS ELEIÇÕES DE 2016!

1. Normalmente, as pesquisas pré-eleitorais começam a ser feitas um ano antes das eleições. Ou seja, começariam em outubro, logo após a data-limite para os candidatos firmarem suas filiações partidárias. Mas, neste ano, dada a imprevisibilidade, o instituto GPP (que nos últimos anos tem antecipado com maior precisão as tendências eleitorais no Rio) realizou uma ampla pesquisa na Cidade do Rio de Janeiro entre 9 e 10 de maio com 1.200 entrevistas.

2. De uma forma geral, os resultados informam o que já se tinha visto em pesquisas nacionais dos principais institutos: o enorme desgaste de Dilma e do PT. No caso do Rio, esse desgaste –provavelmente em função dos graves problemas financeiros e o recrudescimento da violência- se estende ao governador.  E, embora em patamar um pouco melhor, o prefeito da capital não escapa disso. As avaliações setoriais de governo aprofundam isso.

3. A pesquisa elencou todos os nomes de candidatos possíveis, adjetivando por suas funções: Romário e Crivella, senadores; Freixo do PSOL; Cesar Maia vereador; Pedro Paulo candidato do prefeito Eduardo Paes; Clarissa Garotinho deputada do PR; e Molon deputado do PT.

4. Com pequenos ajustes, Romário e Crivella se situam no patamar dos 20%. Freixo e Cesar Maia no de 10%. Pedro Paulo 5%, Clarissa e Molon 3%. Depois se excluem alguns nomes e o disco passa a contar com uns 3 ou 4 nomes, o que permite se ver para onde o voto migra. Por exemplo: sem Crivella, sem Cesar Maia, sem Clarissa e sem Molon, Romário sobe para 33,7%, Freixo para 19,2% e Pedro Paulo para 7%.

5. Todos os cruzamentos mostram que Romário e Crivella têm um voto mais concentrado entre os de menor renda e nível de instrução e na zona oeste popular. Freixo, ao contrário, e na Zona Sul e Tijuca. Um corte político dos pré-candidatos indica que o voto na antipolítica –Romário e Crivella- é muito forte no Rio, somando mais de 40% numa lista com todos os nomes.

6. O x da questão é na verdade saber quem serão os candidatos. Romário indicou o secretário de esportes da prefeitura. Há compromisso definitivo em não ser candidato? O PSB nacional garante que será. E Crivella depois de uma eleição para governador em que foi ao segundo turno e venceu em boa parte das áreas populares?  Será candidato? Se Romário não for candidato, Crivella cresce muito e passa a ter a certeza de ir para o segundo turno. Será candidato outra vez para manter seu nome divulgado dois anos antes de disputar um novo mandato de senador?

7. Pedro Paulo, secretário principal do prefeito, o acompanha em todas as inaugurações e movimentos. Com um tempo elástico de TV tenderá a crescer? Quanto? Essa, na verdade, é a questão de fundo na busca de apoio do PT ao PMDB no Rio. Pensam: só um grande tempo na TV lhe dará visibilidade. Sendo assim, Molon não teria apoio do PT. Cesar Maia –calçado na experiência e na prudência- responde sempre que é decisão para abril ou maio de 2016. Clarissa talvez mantenha a candidatura para relançar seu sobrenome. Seu entorno afirma que Crivella se comprometeu em apoiá-la como retorno ao apoio que recebeu de Garotinho no segundo turno de 2014. Será?

8. Enfim, há que acompanhar este quadro de candidatos. Menos para conhecer tendências e muito mais para ter informações e saber quem destes manterão seus nomes. Certeza só com Freixo e Pedro Paulo.

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COMÉRCIO DO CENTRO DO RIO OFERECE ESCOLTA PARA CLIENTES!

(UOL, 28) 1. Preocupados com a onda de assaltos e esfaqueamentos no Rio de Janeiro, comerciantes do centro da cidade estão oferecendo escolta a grupos de clientes, principalmente mulheres, no percurso entre o estabelecimento e o local de trabalho ou estudo. A iniciativa partiu dos restaurantes localizados na Rua Santa Luzia e na Avenida Graça Aranha, onde almoçam trabalhadores de empresas como Petrobras, Vale do Rio Doce, Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio), entre outras.

2. A escolta funciona de maneira informal e gratuita. Uma vez solicitada ao estabelecimento, os seguranças que trabalham para o comércio da região são orientados a acompanhar os clientes no trajeto de volta. “Tem umas duas ou três semanas que a gente faz isso. As pessoas pedem mais no sábado, quando o centro fica deserto”, relatou um dos seguranças que atuam na Rua Pedro Lessa, nas imediações do prédio do MEC (Ministério da Cultura) e da Ancine (Agência Nacional de Cinema).

3. Foto de um cartaz no Centro do Rio.

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IBOPE: PESSIMISMO ATINGE NÍVEIS RECORDES!

(José Roberto Toledo – Estado de SP, 28) 1. Pesquisa inédita do Ibope mostra que faz 22 anos que o otimismo não ficava tão por baixo quanto hoje: 48% se dizem pessimistas ou muito pessimistas em relação ao futuro do País, enquanto só 21% se declaram otimistas ou muito otimistas. O resto não está lá nem cá, ou não sabe responder.  Os muito pessimistas chegam a 16% no Sudeste e 17% nas periferias das metrópoles (são 12% na média).

2. Na ressaca do governo Fernando Collor, quando a economia ia de mal a pior e não havia sinal de que ela voltaria a melhorar: 22% de otimistas contra 48% de pessimistas, em setembro de 1993. No governo FHC, o pessimismo bateu em 42% em junho de 2000. No governo Lula, não chegou nem perto disso.