CORRELAÇÕES POR TIPO DE CANDIDATURA NA ELEIÇÃO DE 2014!

1. Os estudos das correlações entre as eleições de deputados estaduais, deputados federais, senador, governador e presidente mostram que a candidatura a presidente corre em campo próprio com baixa correlação com as demais.

2. A eleição de presidente, pela enorme exposição que tem durante a campanha, pela cobertura da imprensa, pela importância dada pelos candidatos locais a seus deslocamentos, gerando fortes concentrações, seja pela concentração do tempo dos programas e comerciais na TV e Rádio, corre em faixa própria, sendo percebida suprapartidariamente pelo eleitor.

3. As mais fortes correlações ocorrem tendo a eleição de governador como epicentro. Dessa forma, as eleições de deputados federais e estaduais e inclusive senador têm as maiores correlações com a eleição de governador e menor correlação entre si.

4. Assim, os candidatos a deputados estaduais e federais flutuam, no início da campanha, aguardando que o quadro estadual vá definindo favoritos. Uma vez que o quadro é definido, surgem as colagens, destacando mais ou menos os nomes dos candidatos a governador.

5. Pelas limitações da legislação eleitoral, surge um truque. Panfletos fazendo as composições mais distintas, com uma pequena frase dizendo: fulano(a) de tal apoia, incluindo número de identificação, permitindo que a fiscalização cheque nas gráficas. Este recurso é tanto maior quanto menor chance tem o candidato a governador do partido dos candidatos a deputado.

6. A eleição para o senado, não sendo condutora de correlações fortes, destaca na sua comunicação o governador e presidente que apoia. A diagramação muda conforme a competitividade desses: dando maior ou menor destaque. Em geral o eleitor chega a eleição de senador na parte final da campanha.

7. A maior dificuldade dos candidatos ao senado é fazer ver ao eleitor a diferença que existe entre eleger um deputado e um senador, e que o senador não é um deputado de 8 anos de mandato. Dessa forma, a vinculação na comunicação de sua candidatura, a de governador -por razões de correlação- e a de presidente -dando dimensão a condição de senador- é maior que a dos deputados.

8. Os candidatos a deputado ajustam sua comunicação pragmaticamente em função da eleição de governador. O presidente desenvolve sua campanha com autonomia dos quadros regionais estabelecidos nos registros. E o candidato a governador, para efeito da eleição regional de deputados e senador, passa a ter a maior força de atração entre todos, na medida em que se torne competitivo.