01 de outubro de 2015

LATINOBAROMETRO CONFIRMA DESMONTE POLÍTICO DO BRASIL E SURPREENDE COM QUEDA ABRUPTA DO CHILE! CRISE GERAL DE REPRESENTAÇÃO!

1. Anualmente -desde 1995- o Latinobarometro realiza pesquisas simultâneas em 18 países da América Latina. Sediado em Santiago do Chile, dirigido pela socióloga Marta Lagos, conta com apoio financeiro do BID, do PNUD, da OEA, CAF, etc. Tem uma credibilidade consensual.

2. As pesquisas são realizadas simultaneamente nos países, num total sempre de mais de 20 mil pesquisas. A grande surpresa da pesquisa do Latinobarometro 2015 é que a crise de representação atingiu também o Chile, que fica abaixo e bem abaixo da média geral.

3. Este Ex-Blog destacou sete países e a média dos 18 países. Os sete países são: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Uruguai e Venezuela. Selecionemos as 3 perguntas mais significativas em relação à representação política.

4. Há algum Partido que você se sinta mais próximo que os demais? SIM. Uruguai 72%. Venezuela 54%. Argentina 37%. Colômbia 36%. México 32%. Chile 24%. Brasil 23%. MÉDIA 40%. Os índices do Brasil e do Chile são extremamente baixos, pois o eleitor que responde SIM pode ser simpatizante de qualquer dos partidos. E mais grave no Chile, por sua tradição de politização do eleitorado.

5. Você se sente representado pelo Congresso? SIM. Uruguai 45%. Venezuela 31%. Argentina 25%. Colômbia 22%. Chile 19%. México 17%. Brasil 13%. MÉDIA 23%. A baixa representatividade do poder legislativo nacional em praticamente todos os países é preocupante. O Brasil fica em penúltimo lugar, ultrapassando apenas o Peru com 8%.

6. A terceira questão destacada aqui pergunta: o governo nacional pensa nos que mais precisam, nos pobres? SIM. Uruguai 55%. Venezuela 31%. Argentina 24%. Colômbia 22%. México 21%. Chile 20%. Brasil 12% ocupando o último lugar. Mesmo os governos populistas ou que usam sua propaganda para sublinhar a prioridade pelos pobres têm um reconhecimento pífio. São os casos do Brasil e do Chile.

7. Conheça os gráficos com os 18 países latino-americanos.

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IBOPE: DESAPROVAÇÃO ÀS FUNÇÕES DO GOVERNO DILMA É TOTAL! IMPOSTOS: A MAIOR REJEIÇÃO, 90%!

Combate à fome e à pobreza: Desaprovam: 68%
Segurança pública: Desaprovam: 82%
Taxa de juros: Desaprovam: 89%
Combate à inflação: Desaprovam: 83%
Combate ao desemprego: Desaprovam: 83%
Impostos: Desaprovam: 90%
Meio Ambiente: Desaprovam: 65%
Saúde: Desaprovam: 84%
Educação: Desaprovam: 73%

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QUATRO DIFERENÇAS FUNDAMENTAIS SOBRE A SÍRIA ENTRE PUTIN E OBAMA!

(BBC, 29) Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da Rússia, Vladimir Putin, se reuniram no âmbito da Assembleia Geral da ONU em Nova York, depois de seus respectivos discursos em que expuseram seus diferentes pontos de vista sobre como lidar com a crise síria.

1. O papel de Bashar al-Assad. A primeira dessas diferenças têm a ver com Bashar al-Assad, um aliado histórico de Moscou, que a Rússia vê como parte da solução e os EUA como parte do problema. Washington está convencido de que o autoritarismo do presidente sírio é uma das principais fontes de instabilidade no país, pois proporciona um terreno fértil para os fundamentalistas islâmicos.

2. A quem apoiar militarmente. A diferença de posições a respeito de Al-Assad tem levado a Rússia de Putin a apoiar diretamente as forças do governo. Enquanto isso, além de participar dos bombardeios contra o Estado Islâmico, o governo de Washington tem se dedicado a apoiar os opositores mais moderados do governo de Damasco.

3. Diferentes aliados regionais. Além disso, não é somente na Síria que os Estados Unidos e a Rússia escolheram diferentes aliados. Em sua campanha de bombardeios contra o Estado islâmico, os EUA contou desde o início com o apoio da Arábia Saudita, que compartilha com a Casa Branca o objetivo de derrubar Bashar al-Assad. A Rússia, por sua vez, surpreendeu a todos ao anunciar no domingo um acordo para compartilhar inteligência sobre o Estado Islâmico com o Iraque e com o Irã, aliado do governo de Damasco.

4. Protagonismo incômodo versus protagonismo buscado. A maior diferença entre Putin e Obama em relação à Síria, no entanto, provavelmente tem a ver com a forma como eles entendem o seu papel no conflito. Os Estados Unidos parece ter sido arrastado para ele um pouco contra a sua vontade. E Obama sabe que um maior envolvimento na guerra na Síria pode acabar enfraquecendo-o internamente. Putin, por outro lado, não tem esse problema: ao contrário, a situação reforça a sua imagem de líder capaz de devolver à Rússia o protagonismo internacional perdido após a queda da União Soviética. E esse protagonismo pode também dar a receita para além do nível local, permitindo não só manter parte da sua influência no Oriente Médio, mas também ajudando a reparar uma imagem danificada pela intervenção russa na Ucrânia e na anexação da Crimeia.