30 de setembro de 2015

A NOVA LEI ELEITORAL SÓ AJUDA OS CANDIDATOS À REELEIÇÃO E OS MUITO CONHECIDOS!

1. A nova lei eleitoral recentemente sancionada pela presidente Dilma ajuda os prefeitos candidatos à reeleição. Em primeiro lugar porque a proibição de financiamento privado concentra recursos nas mãos de quem governa, que prescinde de recursos privados diretos, pois conta com os recursos privados indiretos na forma que este Ex-Blog explicou semana passada.

2. E, por isso mesmo, há uma atração fatal para os demais partidos se coligarem com os candidatos à reeleição ou mesmo os candidatos do atual prefeito, pois contam com máquina e recursos.

3. Da mesma forma, o prazo de seis meses de filiação, na medida em que cria uma insegurança entre os demais candidatos sobre qual a melhor fórmula para se tornarem competitivos, atrasa a organização das campanhas e gera um leilão por nomes, entre os partidos. Exceção, claro, aos partidos com base programática que, aliás, são muito poucos.

4. Há um fator que não ajuda os que sempre esperam a campanha eleitoral para se apresentar ao distinto público. Quanto maior o tempo de campanha, mais tempo para se apresentarem aos eleitores com seus panfletos, cartazes e depois com os tempos de TV e Rádio.

5. Mas agora esses prazos foram reduzidos. A campanha para 45 dias e a TV e Rádio para 35 dias.  Assim, a campanha de rua só abre 45 dias antes das eleições, tempo muito curto para caras novas se fazerem conhecer através da publicidade direta.

6. E os 35 dias de TV e Rádio são tempo insuficiente para se “criar” um candidato. A maior atenção dos eleitores no início e no final da campanha transformam os 35 dias na metade para efeito de memorização.

7. A maior concentração da TV em inserções e não em programas aponta na mesma direção.

8. Por tudo isso, os candidatos dos prefeitos que partem para a campanha sem uma exposição pública anterior suficiente para estarem num patamar de 5% ou mais também serão prejudicados pelas novas regras, pelas razões anteriores. A única vantagem será ter acesso a recursos privados indiretos através dos recursos públicos, conforme este Ex-Blog analisou semana passada. E -nesses casos- não será suficiente para destacá-los e criar uma vantagem significativa.

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PESQUISA: 56% DOS CARIOCAS QUEREM DEIXAR O RIO PELA VIOLÊNCIA!

(G1, 29) 1. Um estudo feito pela ONG Rio Como Vamos, divulgado nesta terça-feira, indica que 56% da população tem o desejo de deixar o Rio. O número era de 48%, em 2013, e de 27%, em 2011. A violência é o principal motivo que fez aumentar a quantidade de cariocas que têm essa vontade.

2. As críticas em relação à segurança pública foram as que mais chamaram atenção no levantamento: 71% da população acredita que a segurança piorou na cidade. Esse é o percentual mais alto de notas baixas já registrado no histórico da pesquisa.

3. Os roubos de rua são a principal ocorrência citada, especialmente nas classes mais altas. O medo de bala perdida é o principal medo das classes C e D – 32% disse que essa é a maior preocupação.

4. As Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) são vistas também como uma preocupação para os moradores dos bairros com o sistema — 41% acredita que as UPPs trouxeram mais efeitos negativos do que positivos, como o aumento de roubos e ameaças de criminosos. Esse foi o primeiro ano que o sistema de UPPs foi avaliado pela ONG.