02 de janeiro de 2015

MINISTRO CHEFE DA CASA CIVIL MENTIU SOBRE PENSÕES AO COMPARAR COM OUTROS PAÍSES! MAIS DO QUE NUNCA SE APLICA, LITERALMENTE, A EXPRESSÃO: QUEM VAI PAGAR É A VIÚVA!

1. O ministro Chefe da Casa Civil –Aloisio Mercadante-, ao apresentar as mudanças que o governo vai realizar no seguro desemprego e nas Pensões, projetou quadros para justificar as decisões.  Entre estes, mostrou que o gasto previdenciário com Pensões vinha crescendo muito nos últimos anos.

2. A tabela em gráfico de barras mostra o crescimento ano a ano. Por ser em valores nominais, isso acentua o crescimento das Pensões pelo efeito inflacionário. Mas –digamos- há um erro muito mais grave, numa simples conta de divisão.

3. Segundo a tabela apresentada pelo Ministro, em 2013 a Previdência Social teve uma Despesa Bruta com Pensões, de 86,5 bilhões de reais.  A Despesa Líquida é o que Pensionistas recebem: a diferença são receitas do governo. Mas deixemos isso de lado. O número de pensionistas alcança 7,2 milhões. Com isso, a Pensão Bruta Média é de menos que 1,2 salários mínimos.

4. O ministro denunciou uma “fraude”, que são casamentos fictícios entre pessoas muito idosas e muito jovens. Com isso, justificou as mudanças de critérios de idade. Mas não informou quanto essas “fraudes” representam hoje das despesas totais. Elas são recentes ou sempre se usou este recurso?

5. No quadro seguinte são apresentados os valores de Despesas com Pensões em vários Países e no Brasil. Pela tabela, o Brasil seria o líder, com 3,2% do PIB, na frente dos demais países, como Bélgica 2,8%, Itália 2,6%, Portugal 1,6%, França 1,5%, que vêm a seguir.

6. O PIB do Brasil em 2013 alcançou 4 trilhões e 840 bilhões de reais. Sendo assim, as despesas com Pensões em relação ao PIB seriam 86,5 / 4,84 trilhões ou 1,78% do PIB. Portanto, mentiu o ministro. Mas se usarmos o PIB pelo Poder de Compra –PPC-, que o governo gosta tanto de usar para comparar a situação dos brasileiros com a população de outros países, teríamos: Pensões R$ 86,5 bilhões. PIB PPC R$ 6 trilhões e 630 bilhões. Nesse caso, as despesas com Pensões sobre o PIB alcançariam 1,3% do PIB.

7. Conheça os dois quadros/gráficos apresentados pelo ministro.

8. Números como esses não justificam uma redução das Pensões futuras em 50%. Se há abusos, que sejam cortados. Mas abuso maior é esse corte de 50% nas Pensões futuras. O argumento do ministro é macabro: essa medida só atinge as futuras Pensões. Mas as futuras pensões em relação à expectativa de vida dessas pessoas mostram que, em poucos anos, alcançarão quase todas as pensões.  Seria bom o ministro informar a taxa de mortalidade das Pensionistas.

9. Essa medida acompanha as receitas adotadas pela União Europeia/BCE/FMI para os países sob tutela, como Portugal e Grécia, e sugerida aos demais.  Lá foram consideradas medidas drásticas. Mas mesmo assim, são extremamente suaves em relação ao que o Brasil está adotando. Até Portugal, que no pós-2008 virou um protetorado do FMI, adotou medidas mais suaves em relação às Pensões.

10. (CES-Maio de 2014) O conjunto das medidas introduzidas desde o Memorando de Entendimento inicial e previstas no Documento de Estratégia Orçamental (DEO) está a afeta até mesmo as pensões mais baixas. Caso se considere o rendimento líquido dos pensionistas:

a) Uma pensão bruta de 500 euros passa a valer em 2015, em termos líquidos, quase menos 3% do que valia em 2011. Entre 2011 e 2015 o pensionista perde quase 700 euros. / b) Uma pensão bruta de 1000 euros, passa a valer menos 6,4% em 2015. Entre 2011 e 2015 o pensionista perde um pouco mais de 4000 euros. / c) Uma pensão bruta de 1250 euros perde em 2015, mesmo com a nova Contribuição de Sustentabilidade, cerca de 7,8% do seu valor em termos líquidos e em quatro anos mais de 5500 euros. / d) Um pensionista com uma pensão bruta de 2000 euros perde 8,9% do seu rendimento líquido, cerca de 8000 euros ao longo do período.

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FUGA DE CAPITAIS BATE RECORDE EM 2014!

(Globo, 01) 1. Por questões domésticas — como o escândalo na Petrobras — e a possibilidade de uma alta dos juros nos Estados Unidos, investidores fizeram uma retirada recorde de aplicações no mercado financeiro brasileiro em dezembro. De acordo com os dados divulgados ontem pelo Banco Central, a fuga de capital chegou a US$ 11,3 bilhões até sexta-feira passada. É a maior saída já vista desde quando o BC passou a registrar os dados, em 1982. Supera até os saques feitos durante crises como a de 2008.

2. De acordo com a autoridade monetária, mesmo com os negócios parcialmente suspensos por causa do feriado do Natal, o mercado financeiro brasileiro registrou uma saída de US$ 3,8 bilhões na semana passada. Apenas na sexta-feira, a fuga foi de US$ 2,1 bilhões. Quanto maior a saída de moeda americana, mais cara ela fica no mercado interno. A principal incerteza é o momento em que o Tesouro americano aumentará os juros. Essa dúvida faz com que investidores internacionais tirem suas aplicações de mercados emergentes como o Brasil e as coloquem na segurança dos títulos dos Estados Unidos, considerados um padrão mundial.

3. Para aumentar ainda mais a pressão sobre o câmbio no mercado brasileiro, o real tem sido atacado pelos próprios bancos brasileiros, que têm investimentos em instrumentos cambiais e lucram com a alta do dólar. Ao longo de 2014, a moeda americana ficou cerca de 13% mais cara. As apostas para este ano são de um dólar a R$ 2,80, podendo chegar a R$ 3,20 em dezembro.

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CINCO LANÇAMENTOS TECNOLÓGICOS AGUARDADOS PARA 2015!

(BBC, 02) 1. Apple Watch. Após meses de especulação, a Apple finalmente apresentou, em setembro de 2014, seu modelo de relógio de pulso inteligente./ 2. Windows 10. Em setembro, a Microsoft anunciou detalhes de seu novo sistema operacional, o Windows 10. /  3. Oculus Rift, versão para consumidores. O gadget promete realizar o sonho de trazer a realidade virtual da ficção científica à sala de estar dos fãs de games. Tanto o protótipo como a versão para programadores despertou grande entusiasmo./ 4. Google Glass, versão para consumidores. Aindústria aguarda o próximo modelo, o Google Glass 2, segundo o jornalThe Wall Street Journal (WSJ).  Acredita-se que o novo modelo já seja uma versão voltada ao consumidor, com um preço muito mais baixo e com apelo a um setor mais amplo do mercado. 5. Celular OnePlus Two. Após o sucesso do OnePlus One, a empresa confirmou o lançamento do OnePlus Two em 2015. É um celular atraente e funcional, ao preço competitivo de US$ 299 nos EUA para um modelo de 16 giga de memória. Foi projetado para competir com modelos de grande peso, como o Samsung Galaxy S5, o HTC One M8 e o Google Nexus 5. O OnePlus usa o sistema operacional CyanogenMod, sistema de código aberto para celulares e tablets baseado no Android.