05 de agosto de 2015

EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA PREFEITURA DE S. PAULO NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2015 COMPARADA COM 2014!

Primeiros semestres de 2015 e 2014 em valores nominais e porcentagem comparada usando –IPCA- inflator de 8%.

1. RECEITAS:

Receitas Tributárias.  2015-1: R$ 11,309 bilhões / 2014-1: R$ 10,424 bilhões. Resultado Real: +0,4%.
IPTU: 2015-1 R$ 4,006 bilhões / 2014-1: R$ 3,704 bilhões. Resultado Real +0,1%.
ISS: 2015-1 R$ 5,575 bilhões / 2014-1: R$ 5,288 bilhões. Resultado Real: (-2,4%).
ITBI: 2015-1 R$ 895,8 milhões / 2014-1: R$ 682,2 milhões. Resultado Real: +21,6%. OBS. Taxa do ITBI aumentou 50% a partir de março.
FPM (Fundo de Participação IR e IPI): 2015-1 R$ 104 milhões/ 2014-1 R$ 97 milhões. Resultado Real: (-0,7%).
ICMS: 2015-1 R$ 2,729 bilhões / 2014-1 R$ 2,521 bilhões. Resultado Real +0,2%.
IPVA: 2015-1 R$ 1,525 bilhões / 2014-1 R$ 1,417 bilhões. Resultado Real (-0,3%).
Dívida Ativa: 2015-1 R$ 88,1 milhões / 2014-1 R$ 191,1 milhões. Resultado Real: (-57,3%).
Operações de Crédito: 2015-1 R$ 13,6 milhões / 2014-1 R$ 5,5 milhões. Resultado Real: + 130%. OBS.: Valores desprezíveis.

2. DESPESAS:

Pessoal e Encargos: 2015-1 R$ 8,276 bilhões / 2014-1 R$ 7,306 bilhões. Resultado Real: + 4,9%.
Serviço da Dívida: 2015-1 R$ 1,778,7 bilhões / 2014-1 R$ 2,076 bilhões. Resultado Real: (-20,7%).
Investimentos: 2015-1 R$ 1,185 bilhão / 2014-1 R$ 1,130 bilhão. Resultado Real (-2,8%).

3. DÍVIDA PÚBLICA CONSOLIDADA:

30/12/2014: R$ 77,813 bilhões / 30/04/2015: R$ 80,953 bilhões / 30/06/2015: R$ 82,514 bilhões.

Valor corrigido da Dívida de 31/12/2014 em 30/062015: R$ 82,5 bilhões. Estabilização Real do saldo da Dívida no semestre.

4. Comentários. O impacto econômico foi relativamente neutro: o ISS caiu -2,4% e o ICMS cresceu +0,2%. A alíquota do ITBI aumentou 50% a partir de março (de 2% para 3%), disfarçando a queda do ITBI estimada em -10%. A execução da dívida ativa teve forte redução -57,3%, como no Rio. As operações de crédito foram desprezíveis. O serviço da dívida caiu -20.71% em função da nova lei e do acordo com o ministério da fazenda. As despesas de pessoal cresceram +4,9%. Os investimentos mantiveram-se relativamente estáveis (-2,8%), embora, por ser penúltimo ano de governo, se esperava um crescimento significativo.

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MÃOS LIMPAS E LAVA JATO!

(Elio Gaspari – Folha de SP, 05) O que está acontecendo no Brasil foi antecipado pelo juiz Sergio Moro num artigo de 2004, tratando da “Operação Mãos Limpas”, que revolucionou a política italiana no final do século passado. Vale citá-lo: “A Operação Mani Pulite redesenhou o quadro político na Itália. Partidos que haviam dominado a vida política italiana no pós-guerra, como o Socialista e a Democracia Cristã, foram levados ao colapso, obtendo na eleição de 1994 somente 2,2% e 11,1% dos votos, respectivamente.” Os dois partidos deixaram de existir com esses nomes e o primeiro ministro socialista Bettino Craxi morreu no exílio, na Tunísia.

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LANÇAMENTOS IMOBILIÁRIOS EM SP CAEM 18% NO 1º SEMESTRE!

1. Oferta de ‘imóveis na planta’ foi de 9.651 unidades ante 11.809 no mesmo período do ano passado, quando já havia sinais de desaceleração. De acordo com levantamento realizado pela Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), no primeiro semestre deste ano, o mercado assistiu a uma redução no ritmo de projetos das empresas em relação ao mesmo período de 2014, quando 11.809 unidades residenciais foram lançadas na cidade de São Paulo. Já entre janeiro e junho deste ano o total ficou em 9.651, o que representa uma queda de 18,27%.

2. A redução confirma o período difícil que o mercado imobiliário atravessa em razão da crise econômica vivida pelo País, com aumento de desemprego, juros mais altos e restrições no crédito. “O patamar de lançamentos não é bom, principalmente porque estamos comparando com um ano(2014) que já foi ruim”, diz o presidente do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), Claudio Bernardes. Segundo ele, o Secovi já havia detectado queda de 18,5% nos lançamentos ao fazer a comparação entre janeiro e maio de 2015 e os cinco primeiros meses do ano passado. Bernardes entende que a tendência deve se manter até o final do ano, ainda que o segundo semestre em geral seja melhor do que o primeiro.

3. A queda no número de lançamentos imobiliários na cidade de São Paulo se apresenta também na comparação entre junho de 2015 e de 2014. De acordo com a pesquisa feita pela Embraesp, os números caíram de 2.423 unidades lançadas naquele mês de 2014 para 2.036 no deste ano. A queda de 15,97% ficou pouco abaixo do porcentual registrado entre os primeiros seis meses dos dois anos. Embora o segundo semestre sempre concentre mais lançamentos, a tendência de queda deve ser mantida, na avaliação dos especialistas.