05 de dezembro de 2014

AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO ESTADO RIO!

1. Em julho de 2010, a avaliação do governo daquele momento, na segurança pública no Estado do Rio de Janeiro, atingiu sua melhor percepção positiva. Pesquisa GPP perguntou, em julho de 2010, se a situação da segurança pública Melhorou, Ficou Igual ou Piorou.  Em julho de 2010, os eleitores que achavam que Melhorou eram 49,1%. Os que achavam que Piorou eram 11,2% e que estava Igual eram 38,8%.

2. Em março de 2012, iniciou-se uma queda. Melhorou foi a avaliação de 38,9%, com queda de 10 pontos, trocando com Igual, que subiu para 47,8%.

3. Em novembro de 2013, Pesquisa GPP perguntou se o atual governo havia conseguido diminuir a criminalidade no Estado do Rio. A reversão de expectativa ficou clara. Responderam Não 67,5%. Responderam Sim 29,3%.

4. Em abril de 2014, Pesquisa GPP repetiu a pergunta da série de até março de 2012. A pergunta feita antes da campanha eleitoral evitava que a campanha afetasse a percepção das pessoas. Melhorou foi a resposta de 27% das pessoas (eleitores), numa queda de 22 pontos, quase a metade de 2010. Responderam que estava Igual 33,5%. Mas os que responderam que Piorou haviam crescido mais de três vezes, alcançando 36,7%.

5. Assim, entre julho de 2010 e abril de 2014, a diferença entre Melhorou e Piorou saiu de mais + 37,9 pontos, para menos – 9,7 pontos, uma piora relativa de 47,9 pontos. Ou seja, a percepção de quase a metade dos eleitores havia piorado.

6. É provável que, com o crescimento dos assaltos desde 2012 e as fissuras e tiroteios nas UPPs, que era e é o carro chefe da criação de expectativas sobre a segurança pública, essa avaliação hoje seja ainda pior.

7. Com a posse efetiva de um novo governo no Estado do Rio, em 2015, o vetor segurança pública volta a estar na ordem do dia da avaliação do governo. As entrevistas do secretário Beltrame já não produzem o impacto que produziam antes. Suas explicações, transferindo ou compartilhando responsabilidades com outros níveis de governo e com o passado não são mais suficientes 8 anos depois.

8. Seja em relação à comunicação política, seja em relação ao policiamento ostensivo, mudanças deverão vir para recuperar espaços e reapontar para o clima e o ambiente de julho de 2010.