08 de dezembro de 2014

EX-BLOG ENTREVISTA CESAR MAIA SOBRE A MATÉRIA DO GLOBO (07): “Com IDH médio ou alto, favelas do Rio deixam de ser redutos de miséria.”

1. Ex-Blog: Qual sua avaliação geral sobre a matéria do Globo desse domingo de que as favelas do Rio têm IDH médio ou alto? Cesar Maia: Pessoalmente me senti com dever cumprido e muito satisfeito, pois trata de meu período do segundo e terceiro governos, alavancado sobre as intervenções de meu primeiro governo e do governo seguinte. Um período contínuo de 16 anos liderado pela mesma força política. 2000 é o ano base e 2010 o ano final. 2009 foi um ano de paralização nas ações da prefeitura do Rio. 2010 o Censo pega o ano pela metade. Portanto, praticamente todo o período faz parte dos 8 anos de meus segundo e terceiro governos, impulsionados pelos 2 governos anteriores, como disse.

2. Ex-Blog: Essa tendência de melhoria substancial do IDH das Favelas do Rio foi geral? Cesar Maia: Leia o que diz a matéria: “Os dados do IDH-M divulgados em novembro pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), em parceria com o Ipea e a Fundação João Pinheiro, revelam que todas as favelas da cidade do Rio têm IDH-M — calculado com base em dados de escolaridade, saúde e renda dos censos do IBGE — médio ou alto. Em muitos casos, são até melhores do que os de muitos estados brasileiros.”. Portanto, a política social em geral e para as favelas do Rio –educacional, sanitária, de inclusão social e o projeto Favela-Bairro foram espetacularmente bem sucedidas.

3. Ex-Blog: A matéria do Globo traz dados específicos do IDH das favelas. Cesar Maia: Realmente. Inclusive, a matéria traz um gráfico georreferenciando o IDH das favelas e os dados de IDH. Em todos os casos –com exceção de 3 pequenas favelas onde o IDH cresceu em torno de 3%, o crescimento do IDH é superior a 15%. A matéria lembra que “o IDH-M da cidade do Rio subiu 11,59%, na comparação entre 2000 e 2010 (de 0,716 para 0,799)”. Isso aconteceu nas pequenas e grandes favelas segundo a mesma matéria: Rocinha avançou 18% no IDH-M, segundo o levantamento.

4. Conheça o gráfico e a tabela publicados na matéria.

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CONSEQUÊNCIAS DA QUEDA DO PREÇO DO BARRIL DE PETRÓLEO!

Trechos da entrevista de Dennis de Besset, Diretor da TOTAL no Brasil, à Folha de SP (07).

O preço preocupa todo o mundo. Um barril a US$ 80 é o limite de muitos projetos.  Se, em dois anos, o barril continuar em US$ 70 ou US$ 80, a matriz vai ter que arbitrar sobre a perfuração de poços. É certo que todos vão ter que revisar planos de exploração e desenvolvimento. Se virmos que o barril ficará em US$ 50 por 25 anos, tudo parará, mas não é nossa visão. O gás de xisto nos EUA [cuja exploração avançou nos últimos dez anos], o óleo pesado na Venezuela vão sofrer.  O cenário depende da recuperação da economia mundial e de decisões políticas. Barril a US$ 100 deixa todos contentes, mas não vai subir logo.

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IBOPE E A DEMOCRACIA NO BRASIL!

(Estado de SP, 07) 1. Segundo pesquisa do Ibope 39% dos brasileiros estão satisfeitos ou muito satisfeitos com a democracia no Brasil. 52% estão pouco ou nada satisfeitos.  46% afirmam que “a democracia é preferível a qualquer outra forma de governo”, ante 20% que dizem que “um governo autoritário pode ser preferível”, dependendo das circunstâncias. O terço restante é indiferente, não soube ou não quis responder à pergunta.

2. Para 36% dos eleitores, a democracia pode funcionar sem partidos políticos (43% dizem que não pode e 21% não responderam). 30% dizem que a democracia pode funcionar sem o Congresso – contra 47% que afirmam que não há regime democrático sem Parlamento.

3. O Ibope ouviu 2.002 eleitores entre 13 e 17 de novembro, em todas as regiões do Brasil.