10 de maio de 2013

O PIOR PROGRAMA PARTIDÁRIO DO PT NA TV!

1. Ontem (09), o PT apresentou o seu pior programa partidário de todos os tempos.

2. Conceitualmente o pior. Na mega pesquisa coordenada pela  professora Kathleen Jamieson, no início dos anos 90 cobrindo todas as eleições presidenciais de Kennedy a Clinton, ela conclui que há 3 tipos de comunicação política pela TV. A que contrapõe posições ela chama de comunicação de contraste. A que fala mal do adversário, ela chama de negativa. E a que fala bem de si mesmo ela chama de defensiva. Pela ordem, a primeira gera mais memorabilidade, seguida da segunda. A comunicação defensiva é a que menos fica retida: dilui-se em pouco tempo.

3. No afã de responder ao clima de pessimismo que cresce no país, a opção foi falar bem dos dez anos dos governos do PT. Números, estatística, afirmações que destacam o Brasil… Para afirmar o governo Dilma, aparecem ministros, que ninguém conhece, falando abobrinhas positivas sobre o que fazem. Pura perda de tempo.

4. No final, um quadro com Lula e Dilma se mesclando, querendo significar que Lula e Dilma são um só.  E imagens de Dilma num encontro partidário, mostrando entusiasmo para as câmeras.

5. E, para culminar, o programa termina e o Jornal Nacional entra com manchetes: Inflação crescendo é logo a primeira. A sensação que fica para os distraídos é que tudo o que foi dito para trás na telinha é mentira. Nem nisso o programa teve sorte.

6. Se foi para melhorar o clima de pessimismo, o programa do PT sequer produzirá memória. Se foi para exaltar a equipe de governo, o distinto público não foi avisado. Se foi para reabrir a campanha eleitoral, ninguém entendeu nada. De nada serviu.

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A BATALHA CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA PREFEITURA DO RIO CONTINUA!

(Globo, 10) 1. Rio Saúde: oposição consegue suspender votação. Cesar Maia apresenta substitutivo ao projeto da prefeitura que cria empresa. Texto volta à pauta na terça.  Aprovado na quarta-feira em primeira discussão na Câmara dos Vereadores, o polêmico projeto de lei da prefeitura que cria a Empresa Pública de Saúde (Rio Saúde) só terá seu destino definido na próxima terça-feira. O ex-prefeito e vereador Cesar Maia (DEM) reuniu ontem 17 assinaturas de parlamentares a um substitutivo, tirando do texto do Executivo os artigos que autorizam a empresa a administrar hospitais, clínicas e postos de saúde. Com a estratégia, o assunto saiu da pauta de votação.

2. Na prática, Cesar buscou ganhar tempo para negociar adesões contra a proposta. Na véspera, o vereador já havia tentado, sem sucesso, trancar a votação. — O projeto do Executivo cria uma empresa que absorve todas as funções da secretaria, na prática extinguindo-a. As unidades passam à gestão da empresa. A contratação apenas de celetistas afeta a estabilidade, que garante a experiência acumulada vital na Saúde. Isso é uma irresponsabilidade — afirma César.

3. O vereador Paulo Pinheiro (PSOL) disse que, se o projeto for aprovado, seu partido entrará com uma ação de inconstitucionalidade, argumentando que cargos-chave na Saúde, como médicos, têm que ser exercidos por funcionários públicos.

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LÁ E CÁ! VIOLÊNCIA FÍSICA ATINGE 5% DOS PROFESSORES EM SP: AGRESSÕES VERBAIS E MORAIS 39%!

(Estado de SP, 10) 1. Entre os professores da rede estadual de São Paulo, 44% já sofreram algum tipo de violência dentro da escola. As agressões mais comuns são as verbais (39%) e o assédio moral incluído (10%), enquanto a violência física foi relatada por 5% dos docentes. Os números, divulgados ontem, são de uma pesquisa feita pelo Data Popular a pedido do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).

2. A pesquisa foi feita entre 18 de janeiro e 5 de março com 1,4 mil docentes da rede estadual, de 167 municípios paulistas. De acordo com o Data Popular, é alto o porcentual de professores que já ouviram falar de algum caso de violência nas escolas em que dão aula: 84%.

3. Os docentes afirmam que os alunos são os principais autores e vítimas da violência escolar, que se manifesta com xingamentos, provocações e até espancamentos e ameaças de morte.

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UMA ANÁLISE COMPARADA DAS BOLSAS NA AMÉRICA O SUL!

(La Nacion, 05) 1. “Os preços das ações das empresas são uma medida sintética das expectativas a curto e longo prazo dos empresários”, diz Juan José Cruces, reitor da Escola de Negócios da Universidade Torcuato Di Tella e autor do artigo “Copa América das Ações 2012”.  Este trabalho mostra que, com as mesmas “cartas” (estrutura econômica), o índice de ações de um “país gêmeo” a Argentina cresceu 14%, enquanto que o da Argentina real, com a mão do governo envolvida, caiu 26%. Nesta copa ficcional, onde cada ponto de crescimento no mercado de ações é um gol, isso significa que o país perdeu de 40 a 0 em relação à média mundial.

2. Na América Latina há poucos setores econômicos representados nas bolsas de valores e esses setores diferem de país para país. “Por isso, não foi comparado diretamente os rendimentos entre países, mas cada índice nacional contra um índice global (gêmeo) que a cada mês tem exatamente a mesma composição por setor econômico do que o índice nacional”, diz Cruces.

3. Resultado para 2012. A Colômbia ficou em 1º lugar (3,7% acima de seu irmão gêmeo), o Peru em 2º (1,6%), México em 3º (0%), Brasil em 4º (-3,5%), Chile em 5º (-6, 1%), e a Argentina em 6º (-40,2%). Estes resultados também mostram o clima de negócios existente em um país e refletem o grau de atração que podem ter para investimento. Assim como a Colômbia e o Peru são os reis nesse sentido, a Argentina aparece rebaixada.

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ARGENTINA: C. KIRCHNER AVANÇA SOBRE PODER JUDICIÁRIO! LÁ COMO CÁ!

Por ajustada margem de votos (37 X 30), o Executivo argentino logrou aprovar na Câmara de Deputados o controverso projeto de lei que amplia o número de membros do Conselho da Magistratura e estabelece a eleição por voto popular dos representantes de advogados, juízes e acadêmicos.  Tal iniciativa deve marcar o começo de uma dura batalha legal nos tribunais, que terá como eixo principal a modificação do Conselho e a limitação da possibilidade de propor medidas cautelares contra o Estado. Para a oposição, significa o controle do Poder Judiciário para garantir-se a impunidade diante de eventuais denúncias por corrupção e eliminar os obstáculos encontrados pelo Estado nos tribunais, em particular a luta pela constitucionalidade da lei de imprensa.