11 de setembro de 2015

RIO. VEREADORES RESISTEM AO ESTUPRO DA APAC DA CRUZ VERMELHA!

(Globo, 11) 1. Dezessete vereadores do Rio assinaram uma emenda que suprime o Projeto de Lei Complementar (PLC) que propõe aumentar o gabarito e a volumetria na extensão na região da Cruz Vermelha, no Centro. O PLC – elaborado por 21 vereadores, por intermédio de dez comissões da Câmara Municipal, conforme noticiou O GLOBO na semana passada – abre caminho para prédios com até 60 metros de altura, que podem chegar a 20 andares, segundo urbanistas.

2. O texto ainda não foi votado, mas há uma pressão para o arquivamento do projeto. Em caso de aprovação, no entanto, o trecho entre o prédio do Instituto Nacional de Câncer (Inca) e a atual sede do Cordão da Bola Preta, próximo à Rua do Lavradio, será retirado da Área de Proteção do Ambiente Cultural (Apac) local. Os incisos que motivaram a emenda tratam do Índice de Aproveitamento de Terreno e as alturas máximas das edificações.

3. — A emenda se dá para evitar que a Apac seja liquidada pela especulação imobiliária. A Justificativa do PLC fala de interesses econômicos e comerciais e turísticos, só isso. A autorização é dada dentro, ou seja, no coração da Apac da Cruz Vermelha, criando um precedente gravíssimo, que além de prejudicar a APAC ainda o faz no Centro Histórico, na região do Corredor Cultural — afirma o vereador César Maia (DEM), autor da emenda, acrescentando que vai protocolar o documento assim que o projeto entrar em pauta.

4. Além de Cesar Maia, a emenda foi assinada pelos vereadores Carlo Caiado (DEM), Prof. Celio Lupparelli (DEM), Paulo Pinheiro (PSOL), Renato Cinco (PSOL), Babá (PSOL), Jefferson Moura (PSOL), Teresa Bergher (PSDB), Edson Zanata (PT), Rosa Fernandes (PMDB), Laura Carneiro (PTB), Zico (PTB), Ivanir de Mello, Leonel Brizola (PDT), Reimont (PT), Paulo Messina (Sem partido) e Leila do Flamengo (PMDB).

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NOTAS ECONÔMICAS LATINO-AMERICANAS!

1. (El Economista, 04) Apesar da desaceleração, China aumenta as exportações para os EUA. Importações dos EUA de seus principais países provedores, entre janeiro e julho de 2015 em bilhões de dólares. China 267,749: +5,3% / Canadá 175,112: (-13,3%) / México 169,611: +0,3% / Japão 77,833: +0,3% / Alemanha 71,131: +1%.

2. (El Economista, 03) Na Conferência Anual de Moody`s, México mantém nota “A3” apesar dos choques externos e da expectativa de aumento da taxa de juros pelo FED. Economia mexicana aponta a 99,5 pontos de sua tendência de longo prazo (100). PIB cresce 2,4% em 2015 com leve tendência a baixa.

3. (El Economista,04) Dívida Pública do México cresceu 3,4 pontos nos últimos seis meses e atingiu 42% do PIB. (Obs.: Brasil 67% apontando para 70%).

4. (Racy – Estado de SP, 06) O sonho de consumo de muitos empresários, no momento, é… o Paraguai. Só este ano, 42 empresas brasileiras abriram negócios por lá.

5. (Editorial – La Nacion, 06) A política kirchnerista de transladar para frente os gravíssimos desequilíbrios econômicos e sociais que hoje pretende ocultar, constituirá uma “terra arrasada” para a mesma população argentina e não para atingir inimigos forâneos.

6. (El Tiempo, 06) Investigações iniciadas pela polícia de Imigração da Colômbia, retomadas por CTI e agora pela DEA assinalam que Carmen Sofía Carreño Daza, funcionária de plena confiança do CTI do Ministério Público, e que foi detida num voo desde a República Dominicana transportando 1 milhão de dólares, faz parte de uma gigantesca rede que lava dinheiro do cartel de Sinaloa e de outros mafiosos mexicanos através da República Dominicana.

7. (El Mercurio, 06) Presidente Maduro anunciou viagem a Pequim para assinar uma linha de crédito de 20 bilhões de dólares e evitar o default. “Se a China ceder 20 bilhões de dólares à Venezuela, o país evitará a inadimplência em 2015 e 2016”, afirmou desde Nova York Alejandro Grisanti, analista do Barclays Plc. Se não o fizer, “terá fortes limitações para cumprir seus pagamentos”. Só a estatal Petróleos de Venezuela S.A. deve pagar este ano 5,8 bilhões de dólares de juros e bônus da dívida externa e outros 10,8 bilhões de dólares em 2016, segundo Bloomberg.

8. (Estado de SP, 10) Bolsa mexicana pode superar a BM&FBovespa. 44% é o quanto a moeda americana acumula de alta em relação ao real desde o início deste ano 14% é a alta ante o peso mexicano.  Segundo cálculos do Bank of America Merrill Lynch, considerando o índice MSCI, a capitalização de mercado da Bolsa brasileira está atualmente em US$ 550 bilhões, enquanto a bolsa mexicana soma US$400 bilhões. Essa diferença que hoje é de US$150 bilhões já foi de US$ 1,1 trilhão no início de 2011.