13 de maio de 2013

A ARTE DA POLÍTICA: FALTAM CANDIDATOS A GOVERNADOR!

1. Política é uma arte que se transmite por proximidade. As gerações políticas que se sucedem são do entorno dos líderes. Por isso é natural e esperado, em parte, que a arte política se transmita aos filhos.  Dentro da arte da política, a arte da comunicação, do argumento e do convencimento é um vetor básico.

2. Sendo assim, uma das maiores responsabilidades dos líderes é formar quadros sucessores. Antes, isso era feito espontaneamente, já que os círculos políticos eram estreitos. Nos últimos anos, especialmente em função do alcance da comunicação, da tecnologia eletrônica, das técnicas desenvolvidas, os círculos se abrem.

3. Dessa forma, com uma concorrência muito maior, com uma grande volatilidade do apoio popular, o trabalho espontâneo da formação de sucessores se torna muito mais complexo. Os líderes deixam de se dedicar, como antes, à formação de quadros sucessores e na hora da sucessão vem a surpresa: não há quadros preparados politicamente.

4. A alternativa é chamar publicitários, realizar mídia training, inventar um sucessor, deixando a responsabilidade de formação para agências. Se uma conjuntura de popularidade ajuda a transferência de voto combinada com a marquetologia política, mesmo nesse caso, uma eventual vitória eleitoral lança a sucessão política num vazio, numa loteria.  O sucessor terá que, no poder, adquiri a arte que antes se adquiria por proximidade.

5. Para 2014 são inúmeros os exemplos de inexistência de sucessor formado por proximidade e os nomes escolhíveis entram na ciranda eletrônica. São exemplos o PT em S. Paulo e dos governadores do Estado do Rio, de Minas, da Bahia e de Pernambuco, para ficarmos por aqui. E seguem doses cavalares de visibilização.

6. Olhando para trás e num exemplo maior, a presidência da República. Lula, no auge da popularidade, improvisou e venceu. Hoje se vê que se algo falta à presidente é exatamente não ter aprendido o suficiente da arte da política. E lá vêm as redes de TV, o populismo fiscal, massas de publicidade procurando substituir a arte da política que não sucedeu.

7. E que se rode a roleta para ver o que ocorrerá.

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2016: PARQUE DO TÊNIS, AMPLIAÇÃO DO PARQUE AQUÁTICO E NOVO VELÓDROMO PROVISÓRIO VÃO SOMAR PELO MENOS R$ 550 MILHÕES!

(Engenheiros LL/MM/NN) Custos dos equipamentos do Parque Olímpico que serão apresentados ao Prefeito do Rio provavelmente dia 15/05. O Parque de Tênis vai custar 201 milhões de reais. O acréscimo ao Parque Aquático vai custar 200 milhões de reais. O novo Velódromo vai custar 10 vezes mais que o atual, uns 150 milhões de reais. São valores sem BDI o que deve agregar 16%. Previsão é desmobilizar o novo Velódromo após as Paraolimpíadas de 2016, e liberar o espaço para os espigões. Portanto em boa medida são custos de aluguel para o novo Velódromo.

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JOGADORES DE FUTEBOL: 35% EVANGÉLICOS, 18% CATÓLICOS, 19% SEM RELIGIÃO!

(Pesquisa UOL, 06) Esta é a segunda edição da Pesquisa UOL Esporte com jogadores de futebol do país. Ouvidos 105 jogadores de Atlético-MG, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Internacional, Palmeiras, Santos, São Paulo e Vasco da Gama. Os jogadores evangélicos são maioria no futebol brasileiro atual. Os atletas foram ouvidos sobre o tema em condição de anonimato. Um terço dos atletas consultados (33%) está ligado a religiões Evangélicas, que somados a 2% de Batistas são 35%. Foram 18% que afirmaram serem seguidores do catolicismo. Nas respostas, 19% dos jogadores consultados dizem estar distanciados de qualquer religião, enquanto que 28% optaram por não se manifestar a respeito do tema.

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SITUAÇÃO ECONÔMICA DA CHINA HOJE!

(The Wall Street Journal, 11) 1. Uma queda acentuada nos preços de fábrica — o 14o declínio mensal consecutivo — indica que o excesso de capacidade das indústrias tradicionais virou mais um problema na economia chinesa, já às voltas com o endividamento crescente e a desaceleração do crescimento.  Os preços ao produtor — um indicador dos preços de bens antes de eles chegarem aos consumidores — caíram 2,4% em abril, o maior recuo desde outubro, causado principalmente por grandes recuos nos setores de metais e químicos.

2. A China continua sendo uma das economias que mais crescem no mundo, embora bem abaixo do nível de dois dígitos registrado nos últimos 30 anos. No primeiro trimestre, o PIB cresceu a um ritmo de 7,7% ante o mesmo período do ano anterior. O banco central da China informou, num relatório trimestral sobre as condições monetárias, que ainda não há bases sólidas para um crescimento econômico estável.

3. A deflação no setor manufatureiro reflete o excesso de capacidade em várias das principais indústrias, inclusive a do aço, carvão, vidro, alumínio, painéis solares e cimento.  O declínio na China tem um efeito positivo para os consumidores porque ajuda a manter baixos os preços para os produtos que compram. A inflação medida pelo índice de preço ao consumidor atingiu um pico de 6,5% em julho de 2011 e vem caindo desde então, chegando a 2,4% no acumulado de doze meses em abril.

4. Para as indústrias, no entanto, o efeito da queda dos preços pode ser grave. A Aluminum Corp. of China, que divulgou um prejuízo de US$ 158 milhões no primeiro trimestre e um aumento de 1,9% na receita, afirmou que mais de 90% do alumínio na China é produzido com prejuízo. “A urbanização da China vai impulsionar o consumo de alumínio no longo prazo”, disse um porta-voz, “mas pode levar algum tempo para digerir os estoques”.

5. A indústria de cimento também parece inchada. Li Yequing, presidente da Huaxin Cement Co.,disse na semana passada que os fabricantes de cimento precisam fechar fábricas antigas para evitar uma “catástrofe” em todo o setor. Analistas dizem, porém, que firmas que têm contatos no governo vão provavelmente receber apoio financeiro.

6. E as exportações recuaram devido aos problemas financeiros na Europa e Japão e à branda recuperação dos EUA. A demanda doméstica já não é tão forte como alguns analistas haviam previsto porque o governo está tentando limitar os gastos com infraestrutura que levaram a altos níveis de endividamento. Inflação baixa e uma dívida pública limitada significam que o governo ainda tem recursos para estimular o crescimento. Alguns economistas esperam que a nova grande onda de empréstimos dê impulso ao investimento, o que por sua vez aumentaria a demanda por produtos industriais.