14 de dezembro de 2015

PESQUISA DO GPP MOSTRA QUADRO POLÍTICO NO RIO!

1. O Instituto GPP realizou pesquisa entre os dias 5 e 6/12 na cidade do Rio de Janeiro.

2. O enquadramento eleitoral para prefeito 2016 procurou avaliar os nomes alternativos ao PMDB e a Romário, neste caso supondo que a preferência dele será por permanecer no Senado com a cobertura de imunidade para qualquer eventualidade. Incluiu-se o nome do ex-prefeito Cesar Maia (embora seja candidato a reeleição de vereador) para se testar a ocupação desse espaço eleitoral.

3. Num primeiro quadro, com 5 nomes, Crivella obteve 26,4% (na pesquisa anterior, em maio, obteve 18,9%). Freixo praticamente repetiu o seu número de maio (11,5%) e alcançou 11,3%. Cesar Maia, que em maio havia obtido 9,9%, agora ficou num patamar semelhante, com 11,1%. Jandira Feghali atingiu 4,8% e Molon 3,5% (em maio 2,4%). A força maior de Crivella está na Zona Oeste, onde sobe para um nível de 30%. Freixo cresce na área litorânea, mas, especialmente na região que vai do Centro, Tijuca, Santa Teresa, Vila Isabel, Grajaú, Andaraí…, com 22%. Jandira (7,7%) e Molon (5,8%) só na região Litorânea. Cesar Maia sobe na Zona Oeste para a faixa dos 15%. Crivella e Maia somam quase 50% das intenções de voto na Zona Oeste.

4. Em seguida, se oferece uma extensa lista de deputados, se exclui Cesar Maia e Jandira. Crivella amplia suas intenções de voto para 28,3%, Freixo cresce pouco para 11,6%, assim como Molon com 3,9%. Os demais nomes (Otávio Leite. Clarissa, Índio, Leonardo Picciani, Rodrigo Maia) oscilam entre 2% e 3%. Crivella, na Zona Oeste, passa para 35% e Freixo, sem Jandira, cresce na região litorânea para 15,2%, mantendo seus 22% do Centro em direção à Tijuca, etc.

5. 26,8% votariam em Eduardo Paes e 52,4% não votariam. Eduardo Paes só venceria “outro candidato qualquer” na região Meier-Madureira. A avaliação do prefeito Eduardo Paes lhe dá 26,8% de ótimo+bom, 32,2% de ruim+péssimo e 39,8% de regular. Esta avaliação é a mesma de maio de 2015 e semelhante a abril de 2014. A mudança de patamar ocorre desde as manifestações a meados de 2013, e entre 2014 e 2015 se estabilizaram neste patamar de agora. A avaliação positiva ultrapassa a negativa na regiões litorânea e Centro, Tijuca, etc. Na região Meier-Madureira há uma equilíbrio. A pior na faixa das favelas da Zona Norte.

6. Em seguida a pesquisa pergunta se votaria para prefeito do Rio num candidato: do PSDB -não 61,2%, sim 28,6% / do PMDB -não 63,6%, sim 25,8% / do PT não 78,9%, sim 16% / de Eduardo Paes não 59,1%, sim 33,7% / de Lula não 77,2%, sim 16,7% / de FHC não 76,4%, sim 14,9% / de Marina Silva não 54,2%, sim 36%.

7. Você votaria em Sérgio Cabral para prefeito do Rio? Não 82%, SIM 14,2% / Em respostas espontâneas 54,3% responderam corretamente sobre quais os problemas que envolvem no noticiário o secretário Pedro Paulo e candidato do prefeito. 38,3% não se lembram e 7,4% erraram. / Sobre quais os problemas que envolvem no noticiário o Senador Romário 43,7% responderam corretamente 54,2% não se lembram.

8. 33,5% tomaram conhecimento da série de matérias da TV Record sobre os governos do Rio, chamado Rio de Lama. 65,5% não tomaram conhecimento.

9. Qual desses é o problema mais grave do Rio? Saúde 54% / Segurança 23,7% / Corrupção 19,1%.

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CLASSE MÉDIA NOS EUA DIMINUI E POLARIZA!

(Clovis Rossi – Folha de SP, 12) 1. Pesquisa que o Centro Pew divulgou na quinta-feira, 10, mostra que pela primeira vez há mais norte-americanos nos extremos (pobres ou ricos) do que na classe média: são 120,8 milhões de adultos em residências de classe média (50% do total, contra 61% 1971). Em lares de renda baixa e alta vivem, na soma, 121,3 milhões de adultos.  A pesquisa Pew mostra que a fatia que cabe à classe média no bolo da renda caiu de 62% em 1970 para 43% em 2014.

2. Uma outra pesquisa (NBC/”The Wall Street Journal”) mostra, por exemplo, que, em 1990, eram apenas 12% os republicanos que se diziam “muito conservadores”. Em 2015, a porcentagem mais que dobrara (para 28%).  Entre os democratas, deu-se o fenômeno inverso: os muito liberais (o máximo de esquerda que se permitem os americanos) passaram de 13% para 26%. É significativo que em conceitos políticos tenha se dado crescimento dos extremos tal como ocorreu com a renda.

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INDICADOR DE CIMENTO MOSTRA CONSTRUÇÃO CIVIL DESPENCANDO 20% EM 2 ANOS!

(George Vidor – Globo, 14) 1. O consumo de cimento este ano vai encolher cerca de 10%. E no ano que vem provavelmente outros 10%. E a explicação é simples: há muitas obras terminando e poucas começando. A queda vertiginosa dos investimentos é o lado mais terrível da atual crise econômica, em razão da degradação das finanças públicas e das dificuldades em que o setor privado esbarra para levar adiante novos empreendimentos. Em novembro, a redução no consumo de cimento passou de 15%.

2. A construção civil foi um dos motores do crescimento da economia a partir de 2005, e acabou sendo uma das responsáveis pelo “apagão” de mão de obra que o Brasil enfrentou em 2012 e 2013. O consumo de cimento chegou a ultrapassar o patamar de 70 milhões de toneladas anuais. Manteve-se assim até 2014. Quando o calendário virou, entrou em trajetória de declínio acelerado e pode recuar para a casa de 60 milhões no fim de 2016. A indústria se preparou para a expansão do mercado e hoje tem capacidade para produzir cem milhões de toneladas.