11 de dezembro de 2015

EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA PREFEITURA DO RIO ATÉ 31/10/2015! DÉFICIT CRESCE R$ 1,371 BILHÃO DE REAIS EM RELAÇÃO A 2014!

Comparação com execução de 2014 até outubro usando IPCA como deflator – Diário Oficial 30/11/2015, páginas 67, 66 e 65.

     A) RECEITAS!
        RECEITAS TRIBUTÁRIAS: R$ 8,011 bilhões.  Queda real de -3,1%.
     IPTU: R$ 1,864 bilhão de reais.  Queda real de -6,5%.
ISS: R$ 4,685 bilhões de reais. Queda real de -0,1%.
ITBI: R$ 526 milhões de reais.  Queda real de -18%.
     FPM: R$ 156 milhões de reais. Queda real de -14,9%.
ICMS: R$ 1.576 bilhão de reais. Queda real de -3,3%.
IPVA: R$ 518,9 milhões de reais.  Crescimento real de +0,8%.
     DÍVIDA ATIVA: R$ 337,1 milhões de reais. Crescimento real de +14,4%.
     ALIENAÇÃO DE BENS: R$ 21,3 milhões de reais.  Queda real de -77,5%.
     OPERAÇÕES DE CRÉDITO: R$ 1,448,3 bilhão de reais. Crescimento real de +24,7%.

     B) DESPESAS!
     PESSOAL E ENCARGOS: R$ 10,059 bilhões de reais. Crescimento real de +0,3%.
     SERVIÇO DA DÍVIDA: R$ 645 milhões de reais.  Queda real de. -24%.
     INVESTIMENTOS: R$ 3,243 bilhões de reais. Crescimento real de +60,3%.
     APOSENTADOS: R$ 2,336 bilhões de reais. Crescimento real de +2,6%.
PENSIONISTAS: R$ 429,2 milhões de reais. Crescimento real de +0,8%.

C) RESULTADO PRIMÁRIO: Déficit de (- R$ 850,9) milhões de reais. Em 2014 havia um superávit até outubro, em valores deflacionados, de +R$ 521 milhões de reais. Uma perda de resultado primário de R$ 1,371 bilhão de reais.

D) DÍVIDA CONSOLIDADA. Em 31/12/2014 eram R$ 13,687,1. Corrigindo pelo IPCA: R$ 15.046 bilhão de reais. Em 31/10/2015 eram R$ 16,692 milhões de reais. Portanto, um crescimento real de +10,9%.

* * *

PREFEITURA DE S. PAULO PREPARADA PARA UM FORTE FINAL DE GOVERNO!

1. A execução orçamentária da Prefeitura de S. Paulo, até outubro 2015, mostra uma significativa perda real de ICMS de 26,7%, ou R$ 1 bilhão de reais. Essa perda foi compensada pela redução real dos juros pagos da dívida, conforme a re-renegociação com o Governo Federal, de também 1 bilhão de reais. A amortização da dívida se manteve no mesmo nível real (deflator IPCA). As despesas de pessoal corrigidas pelo IPCA cresceram 5,5%, ou 737 milhões de reais.

2. A Prefeitura de S. Paulo não recorreu às operações de crédito que fecharam outubro em ínfimos 15 milhões de reais.

3. Os investimentos liquidados até outubro alcançaram R$ 2,4 bilhões de reais, uma redução real em relação ao mesmo período de 2014 de 611 milhões de reais. O total de investimento empenhado alcançou R$ 3,4 bilhões de reais, abrindo um espaço orçamentário de R$ 1 bilhão de reais. Em 2014 ocorreu a mesma coisa, mas ainda não havia espaço aberto com a redução dos juros.

4. A Prefeitura de S. Paulo apresenta robustez financeira, fechando a execução orçamentária até outubro com um Resultado Primário positivo de R$ 4,7 bilhões de reais, com as despesas liquidadas.  Quando se analisa o Resultado Primário pelas Despesas Empenhadas, o déficit seria de (-R$ 539 milhões de reais), R$ 300 milhões a menos que em 2014.

5. Combinando as operações de crédito ínfimas, com espaço orçamentário de R$ 1 bilhão de reais para investimentos, e com o superávit primário amplo, se pode concluir que a Prefeitura de S.Paulo tem gordura para gastar num ano eleitoral como o de 2016, com todos os problemas da economia nacional.  Se a expansão possível do gasto em 2016, se der através dos investimentos, estes terão que ser de prazo curto –e pulverizados- para que possam ser efetivamente realizados.

* * *

59 MILHÕES DE CONSUMIDORES IMPEDIDOS DE OBTER NOVOS CRÉDITOS POR ATRASOS!

(Editorial da Folha de SP, 08) 1. São preocupantes os dados mais recentes da Associação Nacional dos Birôs de Crédito, que congrega empresas do setor de crédito e financiamento. Segundo a entidade, havia, em outubro, 59 milhões de consumidores impedidos de obter novos créditos por não estarem em dia com suas obrigações. Trata-se de alta de 1,8 milhão em dois meses. O valor em atraso (de 30 a 60 dias) monta a R$ 255 bilhões e inclui dívidas variadas, de financiamentos a débitos com varejistas, passando por contas de luz, água etc.

2. Até há pouco, as empresas evitavam demitir, pois tendem a perder investimentos em treinamento e incorrer em custos trabalhistas. Dado o colapso da atividade econômica, porém, jogaram a toalha. A partir do segundo trimestre deste ano, o fechamento de postos formais de trabalho escalou para cerca de 170 mil ao mês, em média. Desde setembro do ano passado, o desemprego nacional subiu de 6,8% para 8,9%.  Tudo se passa como se deixasse de integrar o universo de pessoas elegíveis para crédito. Está fora do jogo da economia de mercado, por assim dizer.