14 de junho de 2016

PESQUISA CNT/MDA -JUNHO 2016- MOSTRA CRESCIMENTO DO OTIMISMO DA POPULAÇÃO! CONCORDÂNCIA COM IMPEACHMENT! CONTRA REFORMA PREVIDENCIÁRIA!

2 a 6 de junho de 2016 – 2.002 entrevistas em 137 municípios.

1. Em fevereiro 16,3% da população afirmavam que a situação do emprego no país irá melhorar nos próximos 6 meses. Agora em junho são 27,2%. Os que em fevereiro achavam que iria piorar eram 50,8%. Agora são 33,4%.

2. Em fevereiro 15,4% achavam que a situação da saúde no país iria melhorar. Agora em junho são 20,4%. 48% diziam que ia piorar. Agora são 36,6%.

3. Em fevereiro 18,1% achavam que a educação iria melhorar. Em junho são 20,7%. Os 37,1% que diziam que in piorar agora são 32,5%.

4. Em fevereiro 15,5% afirmavam que a segurança pública melhoraria. Agora são 19,3%. 49,4% afirmavam que in piorar. Em junho são 38,8%.

5. Governos comparados. Para 20,1% Temer melhor e já se percebem mudanças. Para 14,9% Temer pior as mudanças pioraram o país. 54,8% iguais.

6. Temer: para 28,3% a corrupção será menor do que no governo Dilma. Para 18,6% será maior que com Dilma. Para 46,6% será igual.

7. Prioridades para governo Temer. Respostas múltiplas.  Gerar emprego 57%.  Melhorar saúde 41,4%.  Combater corrupção 30,5%. Melhorar economia 24,7%.  Reduzir gastos do governo 15,5%.  Melhorar segurança 14,8%.

8. Para 62,4% impeachment de Dilma foi decisão correta. Para 33% não foi correta / Para 61,5% o processo de impeachment de Dilma foi legitimo. Para 33,3% não foi. / Motivação do impeachment: para 44,1% foi pela corrupção do governo Dilma. Para 33,2% pelas pedaladas fiscais. Para 37,3% para obstruir o lava jato.  / Impeachment fortalece a Democracia para 45,6%. Para 34,3% enfraquece.

9. Para 68,2% Dilma será cassada e Temer permanecerá como presidente. Para 25,3% Dilma reassumirá. / Para 71,4% Lula é o culpado pela corrupção. Para 23,4% não é.

10. Em fevereiro de 2016, 45,5% dos empregados não temiam ficar desempregados. Agora em junho são 39,4%. / 85,8% conhecem alguém que ficou desempregado nos últimos 6 meses. 30,4%: ele ou algum morador de sua residência ficou desempregado nos últimos 6 meses. / Dos 30,4% acima, 75,2% buscaram emprego, mas não conseguiram. 17,9% arrumaram emprego.

11. 15% dos entrevistados são aposentados. Desses, 38% continuam trabalhando. / Do total de entrevistados, 64,7% são contra reforma da providencia. 61,3% concordam que se tem que fixar uma idade mínima para a aposentadoria.

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CROWDFUNDING –FINANCIAMENTO COLETIVO- PARA FINANCIAR A POLÍTICA!

(Ronaldo Lemos – Folha de S.Paulo, 13) 1. STF declarou inconstitucionais as doações empresariais para campanhas políticas, mas criou um problema que precisa ser resolvido. É preciso reinventar a forma como as doações de pessoas físicas podem acontecer.  Pela lei eleitoral, indivíduos podem doar até 10% dos seus rendimentos anuais. No entanto, o mecanismo para isso acontecer no Brasil é arcaico e engessado. Pode ser facilmente aperfeiçoado em face da realidade tecnológica atual. Um caminho óbvio para isso é permitir o crowdfunding (financiamento coletivo) para campanhas eleitorais.

2. Esse modelo já se mostrou bem-sucedido. Foi essencial para as campanhas presidenciais de 2008 e 2012 nos EUA. A grande vantagem do crowdfunding é que ele funciona por meio da construção de comunidades. É uma ferramenta que ajuda a unir pessoas em torno de causas. O dinheiro é consequência disso. Inverte, assim, a ordem tradicional. No crowdfunding aquela lógica se inverte. Grupos de pessoas se unem em torno de uma causa, um candidato ou um partido. O dinheiro arrecadado é o resultado dessa mobilização prévia. Quanto mais gente se mobiliza e se sente representado por uma causa, mais força financeira terá o candidato que a representa. O próprio processo de arrecadação converte-se em construção política legítima.

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TERROR, AGORA, TEM FOCO CONTRA AS LIBERDADES – DE EXPRESSÃO, INDIVIDUAL E SEXUAL!

(Hélio Schwartsman – Folha de S.Paulo, 14) 1.Houve um tempo em que a maioria dos ataques terroristas era planejada e executada por grupos identificáveis e que funcionavam com base numa hierarquia rígida. Em seguida, veio a tecnologia das redes. Para dificultar a detecção e aumentar a publicidade, grupos como a Al Qaeda não só descentralizaram suas operações como passaram a agir como franquias.

2. Agora, sob a batuta do Estado Islâmico (EI), a operação em células autônomas parece ter se firmado e estimula-se cada vez mais os “lone wolves” (lobos solitários). O grupo usa a internet para recrutar militantes autóctones e que se auto-radicalizam. Os alvos passaram a ser símbolos mais abstratos do Ocidente, como a liberdade de expressão (“Charlie Hebdo”), a liberdade individual (vida noturna em Paris) e, agora, a liberdade sexual.