15 de janeiro de 2013

“CRACK”: PREFEITURA DO RIO DIZ QUE FARÁ INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA!  É MENTIRA!!!!

1. A prefeitura do Rio tem conseguido boas manchetes na imprensa afirmando que vai tirar os viciados em “crack” das ruas e interná-los compulsoriamente. Mas onde será que a prefeitura vai interná-los? Qual o tratamento? O que se vê é colocá-los em abrigos desaparelhados, onde entram por uma porta e saem por outra.

2. O sistema de prevenção às drogas da prefeitura do Rio, considerado exemplar nacional e internacionalmente e que era usado por outras cidades e até pela Marinha, fechou. Primeiro acabaram com a secretaria de prevenção à dependência química, transformando em coordenação. Agora acabaram com essa coordenação. É natural que, sem prevenção, o quadro atinja os níveis de tragédia atuais.

3. Mas por que é mentira essa decantada internação provisória? Leiamos a coluna do Ancelmo do Globo (13), que traz resposta a esta questão. “Crack tem cura”? “O tratamento é possível desde que se combine um período de desintoxicação com posterior internação em comunidade terapêutica ou mesmo tratamento ambulatorial” afirma Luís Sapori. Ronaldo Laranjeira diz ainda que a dependência química provocada pelo crack “é uma doença complexa que requer um tratamento compatível”. “Um paciente numa clínica particular pode custar à família cerca de R$ 15 mil por mês durante um ano”.

4. O que tem feito a prefeitura do Rio para capacitar-se para o tratamento? Nada. Isso ela não fala nas notícias que emplaca. Nada! Portanto é tudo mais uma mentira!!!!

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CRISE NA ESPANHA DERRUBA A POPULARIDADE DO GOVERNO E DA OPOSIÇÃO!

(Instituto Metroscopia – El País, 13) 1. Nas eleições gerais de novembro de 2011, o PP -centro-direita- vencedor, obteve 44,6% e o PSOE –centro-esquerda-, que governava, 28,7%. Hoje o PP teria 29,8% e o PSOE 23,3%. Cresceram a IU –esquerda- que hoje teria 15,6% (um ano atrás tinha 7,7%) e a UPyD –centro-, que teria 10,1% (um ano atrás 4,6%).

2. Aprova ou Desaprova a gestão de Rajoy (PP) como presidente de governo? Desaprova 74% Aprova 21% / Aprova ou Desaprova a gestão de Rubalcaba (PSOE) como líder da oposição? Desaprova 81%, Aprova 12%.

3. Quanta Confiança tem em Rajoy: Pouca/Nenhuma 84%. Muita/Bastante 16% / Quanta Confiança tem em Rubalcaba: Pouca/Nenhuma  91%. Muita/Bastante 8%.

4. Para 68% o governo Rajoy vai improvisando. Para 76% a impressão sobre o conjunto do governo é negativa.

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PAÍSES COM AS MELHORES IMAGENS DE MARCA E MELHOR PERCEPÇÃO DOS FORMADORES DE OPINIÃO! 

1. Os países com as melhores imagens de marca (“country brand”). A empresa de consultoria FutureBrand analisou 118 países, em pesquisa que envolveu 3600 formadores de opinião de 18 países. Com base nos resultados da pesquisa, o Brasil está em 28º lugar (os dez países no topo da lista foram Suíça, Canadá, Japão, Suécia, Nova Zelândia, Austrália, Alemanha, EUA, Finlândia e Noruega).  O estudo avaliou uma série de parâmetros (sistema de valores, qualidade de vida, ambiente de negócios, tradições e cultura e turismo).

2. O estudo avalia ainda quinze países que apresentam as melhores perspectivas, baseada na percepção de formadores de opinião (governança, ambiente de investimentos, capital humano, crescimento econômico, sustentabilidade e influência), na qual o Brasil está em 9º lugar. Em primeiro lugar se encontram os Emirados Árabes Unidos, seguidos por Chile, Malásia, Catar, Estônia, China, Islândia, México, Brasil, Turquia, Tailândia, Colômbia, Índia, Cazaquistão e Vietnã.

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NEUROCIRURGIÃO QUESTIONA SE ERA MESMO BALA PERDIDA A QUE MATOU A MENINA ADRIELLY!

(TTT) 1. “Ninguém fala nada sobre o assassinato da menina Adrielly da forma que foi executado. Será que a imprensa não sabe que a bala atingiu a região frontal, transfixou o crânio e parou no parietal, tudo em trajetória horizontal? Já se viu bala perdida com essa trajetória? Excluindo qualquer justificativa da ausência do médico, quem matou foi o traficante e diretamente.

2. Veja bem. Não sou perito. Sou NEUROCIRURGIÃO, mas há algo estranho nessa história. Além do que, bala perdida que transfixa crânio, tem que ter alta energia cinética, supondo que vem de longe (de uma arma militar?), não sei, mas esses questionamentos têm de ser feitos.”

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AMÉRICA LATINA: AUMENTO DA VIOLÊNCIA E DESIGUALDADE NO ACESSO À SEGURANÇA! 

(Heraldo Muñoz, subsecretário geral da ONU e diretor regional para América Latina e Caribe do PNUD – El País, 11) 1. O lado frágil da América Latina é o crime, a violência e a insegurança.  Com diferentes intensidades entre os países, a região sofre de uma epidemia de violência, acompanhada pelo crescimento e disseminação de crimes, bem como pelo aumento do medo entre os cidadãos.

2. Entre 2000 e 2010 a taxa de homicídios da região aumentou 11%, enquanto que na maioria das regiões do mundo diminuiu. Se considerarmos os países com dados entre 1980 e princípio de 1990, em comparação com o momento atual, veremos que os roubos quase triplicaram nos últimos 25 anos.

3. Por que isso ocorre? Uma razão é que os países da região ainda sofrem com a incompetência na área de justiça e segurança. Isso se reflete em níveis alarmantes de impunidade, na crise que aflige seus sistemas prisionais e da desconfiança dos cidadãos em relação às instituições policiais e judiciais.

4. É justamente à luz dessas deficiências que a privatização da segurança tem ganhado força, o que tende a aprofundar a desigualdade no acesso à segurança e deixa sem solução os desafios enfrentados pelo Estado como o principal responsável pela segurança.

5. Outra razão de fundo são os laços comunitários como a família, escola e comunidade que perderam sua força em alguns contextos como tensores sociais que permitem desenvolver formas positivas de convivência. A insegurança reconfigurou o tecido social das sociedades latino-americanas, reduzindo os espaços de cooperação, confiança e participação cidadã e propiciando, em alguns casos, formas de organização distorcidas pelo medo e pela desconfiança, como a “justiça pelas próprias mãos”.

6. Apesar de o crime organizado ter ganhado notoriedade como um catalisador da violência e criminalidade em nível local e transnacional, a afetação cotidiana dos cidadãos revela que estão expostos a muitas outras ameaças, como a criminalidade de rua, a violência sexual e a violência exercida pelos e contra os jovens. Estas ameaças, na prática, estão interligadas e em um ciclo contínuo.