16 de maio de 2013

AS BIBLIOTECAS! PREFEITURA DO RIO DESMONTA O SISTEMA!

1. Em 1996, o prefeito daquele momento, fez um estudo comparado entre os gastos das secretarias de cultura do Rio e de Nova York. Subdividiu por atividades e natureza das despesas. Verificou que a secretaria de cultura de Nova York concentrava seus gastos nas Bibliotecas. Os gastos nas demais atividades praticamente tinham o mesmo patamar.

2. Nos EUA existe o Imposto Sobre as Grandes Fortunas. Sempre que se aplique em Cultura se desconta 100% do pagamento desse imposto. A arrecadação com este é zero. Todo ele é aplicado pelos contribuintes relativos, em Cultura. Não há restrição sobre atividade. Isso explica em grande medida, que numa cidade como Nova York, o gasto em Cultura esteja concentrado nas Bibliotecas.

3. O valor desse gasto em Bibliotecas era mais de seis vezes o que a prefeitura do Rio aplicava em todas as atividades, em todo o seu orçamento. As bibliotecas de Nova York se tornaram espaço atrativos, com acesso a bibliotecas virtuais, com convite a autores, a críticos, a leituras de livros para crianças,……….

4. O professor e imortal Antonio Olinto assumiu a coordenação das Bibliotecas da prefeitura do Rio em 1993 e deu um grande impulso, quantitativo –em espaços e em livros- como qualitativo –ou seja no uso. A  ABL definiu uma mini-biblioteca que passou a doar a bibliotecas populares. Foi criado o programa –adaptado do francês- “A Paixão de Ler”.

5. Paralelamente se investiu nas salas de leitura das escolas, buscando uma amplitude maior para alunos e até familiares. Mas –nesse caso- com foco na Escola. Professores –coordenadores das salas de leitura- recebiam dois vouchers por ano para comprar livros a seu critério nas maiores feiras de livros infantis e juvenis.

6. Mas há uma distinção funcional entre as Bibliotecas abertas ao público e aquelas que são internas e servem às escolas. Absurdamente a atual prefeitura decidiu transferir da secretaria de cultura para a secretaria de educação a gestão de bibliotecas. 63,3% delas já foram transferidas.

7. Eram 30 bibliotecas na secretaria de cultura. Agora são 11. E esse processo de desmonte está prosseguindo.

8. Conheça a lista das 11 bibliotecas que ficaram na secretaria de cultura. Clique

http://www.rio.rj.gov.br/web/smc/exibeconteudo?article-id=106774

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NOVIDADES SOBRE O ENGENHÃO!

1. No dia 26 de março o Engenhão foi interditado pelo prefeito ao ser informado pela Odebretch que a consultora alemã da cobertura do Maracanã, tinha feito um laudo da cobertura levantando riscos, cinco anos depois.

2. Agora finalmente –quase dois meses depois- a prefeitura constituiu comissão para avaliar o laudo. E deu prazo de 15 dias para a solução.

3. (Globo Esporte-15) Através de decreto publicado na página seis da edição desta quarta-feira,(15), do Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro, o prefeito instituiu uma comissão especial para analisar os laudos existentes sobre a situação do Engenhão, interditado desde o dia 26 de março. Composta por três engenheiros, a comissão tem até o dia 30 deste mês para apresentar o relatório final que deverá conter possíveis soluções e adequações. A Prefeitura, através da RioUrbe já havia contratado uma empresa brasileira, a NSG Engenharia, para analisar o laudo alemão da RSB que apontou problemas na cobertura. A medida, que custou R$ 16 mil aos cofres municipais, foi publicada na edição de quarta-feira do Diário Oficial. Dos 3 engenheiros da comissão apenas um é dos quadros da prefeitura do Rio:  I – Eng. Carlos Dantas de Campos (SMO/SUBOP/CGP). Os demais são: II – Eng. Sebastiao Arthur Lopes de Andrade (PUC); e III – Eng. Nelson Szilard Galgoul.

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“ CONTRATO DE EMPRESAS DE ÔNIBUS NO RIO É OBRA DE FICÇÃO “!

(Globo-16) 1. Era uma vez um contrato de concessão do serviço de transporte rodoviário na cidade do Rio de Janeiro. Reproduzido em 2010 para quatro consórcios de empresas de ônibus, que ganharam o direito de operar as linhas da capital por pelo menos 20 anos, o texto bem que poderia se enquadrar numa obra de ficção. Um dos capítulos — ou cláusula, como é chamado — afirma categoricamente: a concessionária terá que garantir aos usuários “regularidade, continuidade, eficiência, segurança, conforto e cortesia”, entre outras obrigações. Aqueles que não cumprissem com as regras estariam sujeitos a punições. Brandas, como uma advertência. Ou severas, como uma declaração de inidoneidade.

2. A lista de regras que as empresas precisariam cumprir é cheia de itens genéricos, que beiram a perfeição. Em outra cláusula do contrato — conseguido através de requerimento de informação do vereador Cesar Maia (DEM) —, está previsto que a empresa deve “garantir a segurança do transporte, bem como a integridade física e o conforto dos usuários”. Um dos artigos diz que ela deve “tratar o público com urbanidade e educação”.

3. Além dos trechos genéricos, há outros pontos específicos que poderiam ser bastante úteis, mas, na prática, parecem longe do ideal. O contrato determina, por exemplo, que os consórcios deveriam relatar mensalmente à prefeitura não só as reclamações que recebem de passageiros, como todas as providências tomadas em relação às queixas. A Secretaria municipal de Transportes só recebe um relatório resumido, que não indica as medidas tomadas em relação às denúncias.

4. Outro ponto curioso do contrato é o que previa que, em um ano, todos os pontos finais de ônibus teriam que ter instalações sanitárias para o uso de funcionários. Em locais de muita movimentação, como a Central do Brasil, porém, não se avistam banheiros. Ontem à tarde, um funcionário inclusive urinava encostado num coletivo.

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HOUSE OF CARDS” E O FUTURO DA TELEVISÃO” !

(André Miranda- O Globo-10/02)
1. Por trás da busca por poder do deputado Frank Underwood não estão apenas cargos políticos, troca de favores e um complexo jogo de influência em Washington. Por trás do sucesso de Underwood, o protagonista da série House of cards vivido pelo ator Kevin Spacey, está um debate sobre quais modelos para produção e distribuição de conteúdo vão predominar na TV nos próximos anos.

2.  O que Underwood, House of cards e a empresa produtora da série, a Netflix, representam hoje é a possibilidade de uma evolução no mercado de TV por assinatura.Um thriller político passado nos bastidores do poder, House of cards foi disponibilizado pela Netflix em 1o de fevereiro e imediatamente se tornou um sucesso com resenhas positivas e comentários de analistas sobre sua estratégia de exibição.

4.  “Temos a possibilidade de monitorar as ações de nossos assinantes na Netflix como uma forma de melhorar a experiência deles com o serviço” diz Ted Sarandos, executivo-chefe de conteúdo da Netflix. ­ Por exemplo, se notarmos que diversos espectadores param de assistir a um episódio ou pausam um filme ou capítulo no mesmo trecho constantemente, nossos engenheiros imediatamente verificarão se há um problema de sincronização no título ou uma falha técnica. Isto acontece porque queremos tornar a experiência de nossos usuários a melhor possível.

5. Porém, mesmo com a garantia da privacidade, a discussão que o modelo de House of cards desperta é parecida com o que vem ocorrendo há alguns anos com o monitoramento de hábitos feito pelo Google e pelo Facebook. Enquanto, por um lado, melhora-se os serviços; por outro insinua-se que essa quantidade de informações nas mãos das empresas pode significar um tipo de limitador das opções do espectador. A pergunta é: a TV controla você ou se é você quem controla a TV?

6. A influência sobre a forma como as pessoas assistem a TV já pode ser percebida. Se considerarmos a proliferação de canais e opções para assistir a programas e filmes instantaneamente ou em qualquer outro momento, a maneira como os espectadores lidam com a televisão definitivamente está mudando afirma Ted Sarandos. ComHouse of Cards, a Netflix acabou com a janela. Todos os seus 13 episódios foram lançados de uma só vez, para o espectador assistir como quiser.

7. Para a Netflix, o importante é oferecer aos nossos assinantes o controle sobre quando e onde eles assistirão ao conteúdo. Eles podem decidir se verão apenas um episódio de uma série como House ofCards ou Breaking Bad, ou se assistirão a diversos capítulos de uma vez só completa Sarandos.

8. A Netflix não revela dados de audiência de seus programas, então não se sabe quantas pessoas de fato viram House of cards. Assim, a resposta para o debate pode ser tão incerta quanto os rumos que a tecnologia vai tomar. Nem Frank Underwood, com toda sua soberba, sabe qual o futuro da TV.