17 de julho de 2014

CORRELAÇÕES POR TIPO DE CANDIDATURA NA ELEIÇÃO DE 2014!

1. Os estudos das correlações entre as eleições de deputados estaduais, deputados federais, senador, governador e presidente mostram que a candidatura a presidente corre em campo próprio com baixa correlação com as demais.

2. A eleição de presidente, pela enorme exposição que tem durante a campanha, pela cobertura da imprensa, pela importância dada pelos candidatos locais a seus deslocamentos, gerando fortes concentrações, seja pela concentração do tempo dos programas e comerciais na TV e Rádio, corre em faixa própria, sendo percebida suprapartidariamente pelo eleitor.

3. As mais fortes correlações ocorrem tendo a eleição de governador como epicentro. Dessa forma, as eleições de deputados federais e estaduais e inclusive senador têm as maiores correlações com a eleição de governador e menor correlação entre si.

4. Assim, os candidatos a deputados estaduais e federais flutuam, no início da campanha, aguardando que o quadro estadual vá definindo favoritos. Uma vez que o quadro é definido, surgem as colagens, destacando mais ou menos os nomes dos candidatos a governador.

5. Pelas limitações da legislação eleitoral, surge um truque. Panfletos fazendo as composições mais distintas, com uma pequena frase dizendo: fulano(a) de tal apoia, incluindo número de identificação, permitindo que a fiscalização cheque nas gráficas. Este recurso é tanto maior quanto menor chance tem o candidato a governador do partido dos candidatos a deputado.

6. A eleição para o senado, não sendo condutora de correlações fortes, destaca na sua comunicação o governador e presidente que apoia. A diagramação muda conforme a competitividade desses: dando maior ou menor destaque. Em geral o eleitor chega a eleição de senador na parte final da campanha.

7. A maior dificuldade dos candidatos ao senado é fazer ver ao eleitor a diferença que existe entre eleger um deputado e um senador, e que o senador não é um deputado de 8 anos de mandato. Dessa forma, a vinculação na comunicação de sua candidatura, a de governador -por razões de correlação- e a de presidente -dando dimensão a condição de senador- é maior que a dos deputados.

8. Os candidatos a deputado ajustam sua comunicação pragmaticamente em função da eleição de governador. O presidente desenvolve sua campanha com autonomia dos quadros regionais estabelecidos nos registros. E o candidato a governador, para efeito da eleição regional de deputados e senador, passa a ter a maior força de atração entre todos, na medida em que se torne competitivo.

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VENEZUELA: GOVERNO AMPLIA SUA INTERVENÇÃO NA IMPRENSA!

1. ‘El Universal’, um dos jornais venezuelanos de tendência pró-oposição, foi vendido num negócio pouco claro, aumentando as preocupações acerca da independência da mídia no país.   Na semana passada, seu comprador foi identificado como uma pequena empresa espanhola, de nome Epalisticia. O jornal ‘New York Times’ refere uma entrevista em que o atual diretor do ‘El Universal’, Elides Rojas, denunciava que os compradores estão “ligados a pessoas com relação de amizade com o Governo.”.

2. O jornal norte-americano recupera dados do Governo espanhol que mostram o primeiro registro da Epalisticia, como uma empresa de construção civil, em agosto de 2013. Ora, em outubro, a empresa procedeu a uma alteração do seu registro, declarando-se uma empresa “de investimento e administração dos meios de comunicação”, com enfoque na América Latina.

3. A venda deste jornal venezuelano de 105 anos foi anunciada este mês, tornando-o terceiro órgão de comunicação de grande dimensão a ser vendido, desde a morte de Hugo Chávez e a eleição de Nicolás Maduro. O Governo detém atualmente 10 canais de televisão e mais de 100 estações de rádio, o que reforça as críticas contra a falta de liberdade de expressão e da imprensa na Venezuela. Em 2014, a Venezuela ocupa o 116º lugar, em 180 lugares, na tabela elaborada anualmente pela organização Repórteres sem Fronteiras.

4. Outros dois órgãos de comunicação recentemente vendidos foram a estação de televisão Globovisión que, abertamente, tinha uma agenda pró-oposição, e a cadeia de jornais Cadena Capriles, detentora do ‘Ultimas Noticias’, um dos jornais diários mais lidos no país de Maduro. Após a venda (veja-se que, por exemplo, a Globovisión foi vendida em abril de 2013, apenas alguns dias após a eleição de Maduro), ambos se tornaram abertamente pró-governamentais, quer em termos de agenda, quer na forma como as notícias são elaboradas.

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CAEM AS VENDAS NAS LOJAS EM S.PAULO DURANTE A COPA!

(Folha de SP, 17) O fechamento das lojas durante horários de jogos do Brasil derrubou as vendas na capital paulista. A queda foi de 12,55% na comparação da primeira quinzena de julho ante igual período em junho deste ano. A redução ocorreu nas vendas no crediário e à vista, segundo os dados da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Na comparação da primeira quinzena de julho de 2014 com a de junho de 2013, a diminuição foi de 6%.