18 de julho de 2013

HÁ TODA UMA HISTÓRIA DE VIOLAÇÕES DE CORRESPONDÊNCIAS E DE ESPIONAGEM NAS COMUNICAÇÕES: DOS ASSALTOS À INTERNET!

1. Cada período da história, e de acordo com a tecnologia de cada época, conta os diversos momentos da espionagem nas comunicações entre pessoas, entre instituições ou entre países.

2. Numa –digamos- primeira fase, esse processo era de assalto direto aos que levavam correspondências a pé ou a cavalo. Matavam os “correios”. A busca de informações de todo o tipo –quebrando o sigilo- tornou a tortura um expediente de rotina, na idade média, bem, e depois.

3. Em algum momento se tentou impedir essas interceptações com o uso de pombos-correios, gerando uma caça aos pombos suspeitos. Gutemberg, com sua impressora, multiplicou a oferta de papéis e documentos e, em tantos casos, as violações.

4. A interceptação das mensagens na rede de telégrafos marcou um período a partir do final do século XIX. Em seguida, o processo de espionagem e contraespionagem e de infiltrações foi generalizado. O uso de cartas, telégrafos e comunicações grifados ou com códigos criou uma profissão de especialistas, muitos matemáticos.

5. Com o sistema de cartas e correspondências por Correios gerou uso de vapor para violá-las e até raios X. E os grampos se generalizaram com a universalização crescente dos telefones.

6. O sofisticado sistema de inteligência dos EUA, uns 20 anos após a Segunda Guerra, criou um processo que impossibilitava –pensavam- o acesso de terceiros a transmissão de informações sigilosas. Um processo perfeito através de meios eletrônicos: a Internet. Mas o seu uso e desenvolvimento tecnológico, mostrou que estava ali um extraordinário nicho comercial.

7. Dessa forma, deixou de ser um processo exclusivo da “inteligência militar e polícia” dos EUA. Foram multiplicados seus instrumentos, gerando nichos de ganhos bilionários. Partindo dos e-mails, os Facebook, Twitter, LinkedIn, blogs, YouTube, smartphones…, e quantos novos instrumentos a pesquisa criava, com enorme frequência. Seus controladores passaram a ser incluídos na lista dos mais ricos do mundo.

8. Surgiram os hackers privados que passaram a ser os espiões contemporâneos, culminando com o caso wikileaks. E, naturalmente, dando sequência à história da violação de correspondências e de privacidade, os hackers oficiais, em nome da segurança nacional, da luta contra o terror e, por que não, da defesa da democracia. As Torres Gêmeas justificavam.

9. A cada uma dessas etapas corresponderam desenvolvimentos de contra-instrumentos, desde as próprias instituições democráticas, do direito à privacidade e de tecnologias de detecção e varredura.

10. É o momento que o mundo todo vive hoje. E seu uso caminha em dois sentidos: a) Em governos autoritários com a invasão da privacidade impedindo e afetando a liberdade individual como os casos da China, de Cuba, etc. b) Em governos democráticos, como casos atuais, com a justificativa de segurança nacional e prevenção contra o terror.

11. O ponto agora será como se garantir a liberdade de comunicação e a privacidade sem criar instrumentos de intervenção que, na prática, significarão a quebra pelos próprios governos, desta mesma liberdade de comunicação e privacidade. É esse o paradoxo da nova equação.

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CABRAL NÃO ACREDITA NAS REDES SOCIAIS E VÊ FANTASMAS!

(Globo, 18) O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), que na noite desta quarta-feira é alvo de novo protesto na esquina da rua onde mora, no Leblon, acusa seus adversários políticos de serem os responsáveis pelos protestos na sua vizinhança, na Zona Sul do Rio. Segundo ele, há uma tentativa de seus opositores de antecipar o calendário eleitoral. O vereador Cesar Maia, que deve ser candidato pelo DEM, afirmou que o governador ainda não entendeu nada da dinâmica das redes sociais: — Se ele imagina que algum político promove essas manifestações, está atirando em fantasmas ou sofrendo de alguma síndrome de ansiedade.

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ODEBRECHT QUER LULA EM 2014!

(coluna de Dora Kramer – Estado de SP, 18) Se o governo pensa que seus problemas de erosão de apoio se restringem ao Congresso e a movimentos liderados pelo PMDB, deveria ouvir o que dizia Emílio Odebrecht em recepção na Bahia no último fim de semana. Na roda, um ex-ministro e um ex-governador. O empresário defendia de maneira contundente a candidatura de Lula em 2014. Com o governador Eduardo Campos de vice. Sobre Dilma Rousseff, a quem o empresariado conferia atributos de grande gestora antes da queda nas pesquisas, a avaliação seguia o mesmo diapasão do “senso de oportunidade” dos ditos aliados: sem chance de reeleição.

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CIDADE DAS ARTES (DA MÚSICA), UM ESPAÇO FANTÁSTICO! 

(Felipe Prazeres é Regente Assistente e Spalla da Orquestra Petrobras Sinfônica – artigo em O DIA, 17)

Há duas semanas, nos apresentamos na Cidade das Artes, na Barra, com concerto regido pelo nosso Diretor Artístico e Regente Titular Isaac Karabtchevsky. O espaço é fantástico, tem excelente acústica e potencial para se tornar uma das melhores salas da América Latina. Merece ser cada vez mais frequentado, não somente pelo público amante de arte e de música, mas também por pessoas que jamais foram a um concerto. Um exemplo foram os ingressos quase esgotados, fato que traz esperanças na conquista do público em uma nova região da cidade.

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ESSE BLATTER SÓ PODE ESTAR PROVOCANDO AS REDES SOCIAIS! INACREDITÁVEL DECLARAÇÃO!

(G1, 17) Os protestos populares durante a Copa das Confederações deixaram uma dúvida na cabeça dos dirigentes da Fifa: em entrevista divulgada pela agência alemã DPA, e reproduzida pela americana AP, nesta quarta-feira, o presidente Joseph Blatter afirmou que a entidade pode ter errado na escolha do Brasil como anfitrião da Copa do Mundo de 2014 caso as manifestações se repitam no ano que vem. – Se isto acontecer outra vez temos de colocar em questão se fizemos a decisão errada na escolha da sede. O governo brasileiro está consciente que o Mundial não poderá ser conturbado – disse o suíço, segundo a nota divulgada pela AP à imprensa.

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ANGELA MERKEL EM DISCURSO NO JORNAL NACIONAL (17)!

“O déficit da previdência está em torno de 1% do PIB, entre os menores patamares da década e também um dos menores do mundo. As despesas do Governo Federal com pessoal estão em 4,2% do PIB e também são as menores dos últimos 10 anos. As despesas do governo com pagamento de juros 4,6% do PIB, e são hoje 40% menores que 10 anos atrás quando este conselho teve inicio. É incorreto falar de descontrole da inflação ou das despesas do governo. É desrespeito aos dados, à lógica, para dizer o mínimo”, disse a presidente.