19 de fevereiro de 2014

PMDB-RJ COMPARA 2014 A 1998 PARA MOSTRAR COMPETITIVIDADE DE SEU CANDIDATO! SERÁ????

1. Pezão –vice-governador hoje- é candidato a governador em 2014. Luiz Paulo, vice-governador na época, foi candidato a governador em 1998. Ambos eram secretários de obras. Pezão parte de 5%. Luiz Paulo partiu de 3%. Incluindo os votos brancos e nulos, Luiz Paulo cresceu com a entrada da TV (Duda Mendonça) para 9% no final de agosto de 1998. E em setembro se estabilizou em pesquisas em 11% e fechou com 13% sobre os votos totais.

2. A eleição de 1998 foi polarizada entre Garotinho e Cesar Maia, que fecharam o primeiro turno com 40% e 30% sobre os votos totais. Os demais 10 candidatos somaram um pouco menos de 3%. Todo o crescimento de Luiz Paulo de 3% a 11% o foi trocando com Cesar Maia, que, no início, estava empatado com Garotinho. Os votos brancos e nulos somaram mais de 17%.

3. Marcello Alencar, candidato à reeleição, desistiu em março e seu vice assumiu a tarefa. O PSDB tinha 46 prefeitos, sendo que praticamente controlava todos os municípios metropolitanos. As ruas em 1998 estavam pacificadas sem protestos. Ambos os governadores eram do partido do presidente da república.

4. As avaliações dos 2 governadores, embora ambos com desgaste, são muito diferentes. Em janeiro de 1998 o Datafolha dava a Marcello Alencar 23% de ótimo+bom, 25% de ruim+péssimo e 47% de regular. Agora em janeiro de 2014 o Vox Populi dá a Sergio Cabral 12% de ótimo+bom, 44% de ruim+péssimo e 43% de regular.

5. Em 1998 a eleição partiu polarizada entre 2, com um tercius –o vice-governador- com 3%. Em 2014 a eleição parte diluída com 4 candidatos entre 20% e 10%, com dois tercius com 5%, sendo um o vice-governador.

6. Em 1998 e 2014 a economia estava em crise. O candidato a presidente do PSDB venceu no primeiro turno. Em 2014 a campanha vai se desenrolar entre 3 com a perspectiva de segundo turno, reproduzindo 2002, 2006 e 2010 e agora com muito maior razão.

7. Um quadro muito mais favorável ao vice candidato a governador em 1998 o levou de 3% a 13%. Em 2014 um quadro muito mais desfavorável ao vice candidato a governador dificilmente o levará além dos 10%.

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CURIOSIDADES SOBRE A PESQUISA NACIONAL CNT-MDA  FEV/2014!

1. Em quem para Presidente não votaria de jeito nenhum: Dilma 37,3% / Aécio 36% / Eduardo Campos 33,9%.

2. Avaliação de Dilma: Ótimo+Bom 36,4% (2013 em novembro 39%) / Ruim+Péssimo 24,8% (2013 em novembro 23%).

3. Fernando Henrique em julho de 1998: Ótimo+Bom 31%, Ruim+Péssimo 23%.

4. Os investimentos na Copa foram desnecessários para 75,8%. Haverá manifestações nas ruas na Copa para 85,4%.

5. Custo de vida nos últimos meses aumentou para 77,2% / Em 2014 deve continuar aumentando para 71,8%.

6. 62,1% não se interessam pelas eleições presidenciais. 37,4% se interessam.

7. Quer que o próximo presidente mude totalmente a forma atual de governar: 37,2%. Mude a maioria das coisas 22,9%. Total dos que querem mudanças substantivas: 62,2%.

8. A Violência aumentou nos últimos meses para 46,5%.  Para 22,9% não.

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BRASIL, CRESCIMENTO SEM DESENVOLVIMENTO!

(Jorge Castro – Clarín, 16) 1.  A questão central sobre a América do Sul é que depois de experimentar a década de maior crescimento dos últimos 100 anos, entre 2000 e 2010 (como resultado direto da demanda chinesa), não houve convergência estrutural (renda real per capita + aumento da produtividade) em relação aos países desenvolvidos, especialmente os EUA.

2. O nível de renda per capita dos países da América do Sul, em relação a dos EUA, era de 20% em 1962, e continua sendo 20% cinco décadas depois. O PIB por habitante sul americano manteve-se estruturalmente parado em relação ao norte americano nos últimos 50 anos, e não tem havido convergência estrutural com os níveis de produtividade dos EUA.

3. Na América do Sul existe crescimento, mas não desenvolvimento nos últimos 10 anos. O Brasil é o caso mais notável desse crescimento sem desenvolvimento. O PIB nominal cresceu 348% entre 2003 e 2011, e neste período os termos do comércio (preços dos produtos importados por um país em relação ao preço dos produtos exportados por ele) aumentaram 40% e os preços em dólar de suas exportações (matérias-primas) subiram 222%. Isso significa que 89% da expansão brasileira na última década tem sido resultado direto de seus termos de comércio, e apenas 11% representava o aumento da produção real, impulsionada pelo aumento da produtividade.