VEREADOR CESAR MAIA REALIZA SEU PRIMEIRO DISCURSO NA CÂMARA MUNICIPAL DO RIO!
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A ESQUERDA MINGUANDO POR CONTAMINAÇÃO NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO!
1. O PT -representava desde a democratização até a eleição de 1998- um vetor expressivo na cidade do Rio de Janeiro. Algo entre 15% e 20% dos votos, chegando em 1992 a alcançar 24% dos votos. Em 1996, na eleição para prefeito, obteve 20% dos votos. Mas em 1998, de olho nos acordos e espaços, entregou a cabeça da chapa ao PDT. Venceu com a vice e começou a minguar.
2. Tentou reerguer-se em 2006 com um candidato orgânico, de forma a marcar seu território. Mas no segundo turno voltou a buscar espaços com o PMDB. Conseguiu e desmontou outra vez. Marcou posição em 2008, mas outra vez no segundo turno optou pelos espaços.
3. Acomodou-se no PMDB com Cabral primeiro e Eduardo depois. Agora, em 2012, ocupou a vice-prefeitura. Mas de sua chapa de 4 vereadores eleitos (3 à esquerda) em 2008, em 2012 nenhum é efetivamente de esquerda. Talvez um também eleito em 2008, pelo trabalho de apoio a população de rua e camelôs que esse realiza.
4. Mais uma vez a incorporação –agora ao PMDB- naufragou o PT. No barco de 2012 naufragaram mais dois. O PCdoB tendo ocupado a secretaria de cultura, a secretaria de esportes e a coordenação do patrimônio histórico-cultural da prefeitura do Rio não elegeu nem um vereador. Nem um, depois de 30 anos. O PPS foi pelo mesmo caminho. Aproximou-se do PMDB e ocupou espaços e cargos estaduais e municipais. Tinha elegido 2 vereadores em 2008, com expressivas votações, mas em 2012 não elegeu nenhum sequer.
5. No vácuo do PT/PCdoB/PPS entrou o PV em 2008. Em 2012 o PSOL entrou no vácuo do vácuo e ficou com os votos do PV, na medida em que este se chafurdava na periferia do PMDB, lançando candidato laranja para ajudar o PMDB.
6. Uma lição que a esquerda deve ter aprendido: ser filial de partido que sempre combateu, pode até levar os cargos, mas perde seus próprios votos. Para 2014 o PT afirma que terá candidato a governador? Será? Ou vai se acomodar no colchão de cargos que o PMDB oferecerá para tê-lo como parceiro de segunda classe? E…, naufragar de vez no Rio.
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ESTADO DO RIO TEM 1/5 DAS DELEGACIAS DE SP E 1/8 DOS ‘COLETES’ DA PM DE BRASÍLIA!
(Jornal Nacional, 19) O Ministério da Justiça divulgou nesta terça-feira (19) uma pesquisa, com dados de 2011, que mostra as diferenças na estrutura de segurança dos estados. O número de delegacias por habitante é um exemplo. No Rio de Janeiro, há uma para quase cem mil habitantes. São Paulo tem uma para pouco mais de 20 mil. Enquanto os policiais civis do Distrito Federal possuem quatro coletes à prova de balas para cada agente, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Piauí e Paraíba têm um colete para cada quatro PMs. Em seis estados – Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba e Rio Grande do Norte -, a Polícia Militar não tem sequer uma arma para cada policial.
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“ALIANÇA DO PACÍFICO”: MERCOSUL BOLIVARIANO FICANDO PARA TRÁS!
Os Chefes dos Poderes Legislativos de Chile, México e Colômbia reuniram-se em Lima para encontro com o Presidente do Congresso peruano, com a finalidade de promover o engajamento dos Parlamentos dos quatro países no processo de institucionalização da Aliança do Pacífico. Segundo agência oficial de notícias peruana, os congressistas teriam acordado favorecer a aprovação, pelas respectivas Casas, do Acordo-Marco que cria a associação, bem como envidar esforços para reduzir a zero as tarifas para a circulação de produtos entre os quatro países e eliminar as barreiras que dificultam o comércio intrabloco.
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HABEMUS PAPAM? A VIDA IMITA A ARTE!
(Mariano Grondona – La Nacion, 17) 1. As primeiras imagens que invadem a mente diante da inesperada renúncia do Papa Bento XVI ao seu cargo, correspondem ao filme ítalo-francês Habemus Papam, filmado em 2011, dirigido por Nanni Moretti e estrelado por Michel Piccoli no papel de um papa que não quer ser consagrado. Seu medo da honra que lhe foi conferida é tão grande que o suposto Papa interpretado por Piccoli foge do Vaticano e se esconde daqueles que o elegeram misturando-se com a população, a fim de passar despercebido. O filme de Moretti recorreu a cenas de humor, como aquela em que a Cúria, angustiada diante do vácuo que havia sido criado, desfila diante das câmeras com um ator que finge ser o Papa, com o objetivo de aliviar a tensão.
2. Aqueles que viram Habemus Papam, há dois anos, julgavam o filme como uma fantasia engenhosa, talvez pouco crível, até que irrompeu a notícia, não fantasiosa, mas real, de que Bento tinha de fato renunciado. O filme de Moretti teve, no final das contas, um caráter antecipatório. O Papa, de fato, havia renunciado!
3. Do ponto de vista político, a Igreja Católica é uma monarquia ao mesmo tempo eletiva e vitalícia. Sua estrutura de poder é a mesma, nesse sentido, do que a do Império Romano, em cujo seio nasceu há dois mil anos. Na Roma imperial, os imperadores eram eleitos por toda a vida pelo Senado, mas não eram hereditários. Da mesma forma, os Papas são eleitos para a vida toda pelo conclave de cardeais, que é o Senado da Igreja e, é claro, não são hereditários. Durante o Renascimento, que contemplou o auge da corrupção da Igreja, houve casos em que o Papa tinha filhos naturais – o mais famoso deles foi César Bórgia – mas, para disfarçar, eram chamados de nepotes, que significa “sobrinhos”, daí a palavra “nepotismo”.
4. Passando agora para o papado, o poder do Papa, que é vitalício, mas não é hereditário, tem também uma característica única: não é estritamente “político”, mas “espiritual”, ou seja, em última análise não apela para a força física como os outros sistemas políticos, mas a convicção íntima de quem acredita nele, como observou o gênio analítico de Max Weber. Seria inútil, nesse sentido, aplicar uma pena espiritual como a excomunhão, a partir de Roma, a um protestante ou a um muçulmano.
5. As monarquias vitalícias como o papado são geralmente “longas” e este longitude temporal impõem um ritmo lento durante o qual o Papa vigente estende seu reinado. A Igreja se transforma, dessa forma, lentamente, o que significa que cada Papa confere a seu reinado uma marca original. João Paulo II foi, assim, um pastor das multidões, mas Bento XVI foi ao contrário um Papa teólogo, um Papa “tímido”, que ficava mais a vontade nas aulas, do que nas praças ou em aviões. Por isso, foi chamado mais de uma vez de “Papa Ratzinger”, pois produziu documentos de uma sutileza e originalidade extraordinárias, às vezes beirando a heterodoxia, como quando foi, com seu grande amigo e rival, o teólogo Hans Küng, o inspirador do Concílio Vaticano II, menos desde uma perspectiva aristotélica e tomista (como era de costume) que desde uma platônica e agostiniana.
6. Mas este Papa refinado e sutil acaba de renunciar antes do tempo. A pergunta “Habemus Papam?” se abre bem à frente de seu sucessor desconhecido, que assumirá o cargo no final de março. Dele só sabemos, por enquanto, que não será como João Paulo II, nem como Bento XVI. Ele imprimirá outro estilo e outra fase em uma história que já tem dois mil anos sobre a face da terra…
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“AS REDES SOCIAIS NÃO SUBSTITUEM O JORNALISMO”!
(El País, 19) Manuel Núñez Encabo, professor de Ciência da Informação. Especialidade: estudo jurídico e ético dos meios de comunicação. Ele preside a Comissão de Arbitragem, Queixas e Ética do Jornalismo. Ele compara o trabalho de informar com a política, e diz que se sente “envergonhado” ao ver como os partidos propõem de qualquer jeito códigos de ética. “Subordinar o público aos interesses privados é a maior violação ética. E daí vem a corrupção”, adverte. Com conferências de imprensa que colocam mordaça nos profissionais, os políticos não são exatamente um exemplo. Núñez Encabo proclama que “sem direito de perguntar, não existe jornalismo” e que sem jornalistas, não têm sentido os meios de comunicação. “Quem garante a população informações verdadeiras e rigorosas, são os profissionais treinados. As redes sociais não substituem o jornalismo”, diz.