20 de outubro de 2015

O CRITÉRIO A SER USADO NAS DECISÕES SOBRE OS IMPEDIMENTOS DA PRESIDENTE E DOS PARLAMENTARES INTERESSA A TODOS!

Vinicius de Moraes – Do Soneto da Separação: “De repente do riso fez-se o pranto… E das mãos espalmadas fez-se o espanto. De repente da calma fez-se o vento… De repente, não mais que de repente… Fez-se do amigo próximo o distante / Fez-se da vida uma aventura errante / De repente, não mais que de repente”.

1. De repente, não mais que de repente, as manchetes de um dia desapareceram no dia seguinte. A rejeição das contas de Dilma pelo TCU –no processo das pedaladas fiscais- que tanto entusiasmo gerou na oposição e tanta dor de cabeça no governo, escalando dezenas de interlocutores, é assunto que sequer é tratado no Congresso, está esquecido no Planalto e na Imprensa. Dele apenas a memória da expressão –pedaladas- que passou a ser usada livremente.

2. Por quê? Qual a razão que interessa ao mesmo tempo Dilma e parlamentares já denunciados e a serem denunciados –os que já ocupam os espaços nos jornais tendo a lava-jato- como referência, e os que serão? Qual o argumento que livraria Dilma do impeachment e parlamentares da cassação na comissão de ética e no plenário?

3. Os escritórios e advogados especialistas –dentro e fora do governo e do Congresso- garantem que Dilma não pode ser impedida agora por atos realizados em seu governo anterior. Ora, as Contas rejeitadas pelas pedaladas são relativas a 2014 e se enquadram neste critério. Só valem as pedaladas e outros desvios a partir de 1 de janeiro de 2015.

4. Concordantes com esta tese, todos os pedidos de impeachment da presidente foram sendo arquivados. Restou apenas um e que foi reescrito neste final de semana. Aquele que, aos argumentos anteriores, agrega pedaladas e similares ocorridas em 2015. Este pedido de impeachment tem base jurídica sólida e pode ser recepcionado pelo presidente da Câmara, dizem os especialistas.

5. E mais do que isso, muito mais do que isso. Essa tese permite agregar votos no Congresso, ser usado nas comissões de ética da Câmara e do Senado, eliminando quaisquer pedidos, quaisquer processos de afastamento e cassação dos parlamentares que envolvam questões relativas a seus atos em anos de legislaturas anteriores.

6. Interessa à Dilma. Interessa aos parlamentares. Claro, isso nada tem a ver com as denúncias e ações para investigação e julgamento no judiciário. Mas o tempo que leva até a condenação diretamente pelo STF, se levarmos em conta o mensalão, não será nunca menor que 2 anos, a partir da aceitação da denúncia. No mensalão todos foram agregados e decididos num só julgamento. Levou pouco mais de 4 anos.

7. Se for assim, todos que vierem a ser denunciados –sejam ministros ou parlamentares, ou a presidente- com o desgaste que for, cumprirão os atuais mandatos integralmente.

8. Hoje, esse é o ponto, e é isso que faz convergir gregos, troianos, persas e outras nações. E tendo a tese, realmente, base jurídica forte, pode-se sapatear, fazer a coreografia que for, mas será o lastro forte das decisões do parlamento relativas a mandatos.

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FORTRESS FECHA FUNDO DE HEDGE DEPOIS DE PERDER US$ 100 MILHÕES NO BRASIL!

(The Wall Street Journal, 17 – UOL, 19) 1. Michael Novogratz, um dos mais famosos investidores de Wall Street, recentemente decidiu sair do Fortress Investment Group LP e fechar seu fundo de hedge macro depois de perder cerca de US$ 100 milhões nos últimos dois meses com investimentos no Brasil.

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“MÉTRICA ÚNICA DE AUDIÊNCIA” QUE INCLUI CIRCULAÇÃO IMPRESSA E VIA INTERNET!

(Folha de SP, 19) 1. Apresentada no último dia 7 para anunciantes e o mercado publicitário, pela Associação Nacional de Jornais (ANJ), a Métrica Única de Audiência passa a apontar o alcance total de cada jornal no Brasil, não importando a plataforma.

2. A Folha de SP atingiu a média mensal de 20,19 milhões de brasileiros. O carioca “Extra” surge em segundo, com 18,46 milhões.  Depois vêm “O Globo” com 14,33 milhões, “O Estado de S. Paulo” com 10,57 milhões, e o gaúcho “Zero Hora” com 5,74 milhões.

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ARGENTINA: SAEM OS SINDICATOS E ENTRAM OS MOVIMENTOS SOCIAIS EM APOIO AO PERONISMO!

1. (Folha de SP-19) Como o La Cámpora, a Juventude Peronista ou o Kolina, o Movimento Evita surgiu da militância jovem das ruas. Nos últimos anos, porém, os movimentos sociais passaram a ocupar lugares centrais na base de apoio do governo, deslocando os sindicatos de trabalhadores, tradicional suporte das gestões peronistas.

2. (Ex-Blog) Esse é mais um desdobramento da capacidade de articulação das ruas com as redes sociais, da política com as redes sociais.