21 de maio de 2013

PRIVATIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA! MENORES PRESOS CRESCEM 237% NO RIO-CAPITAL!

1. O Globo (21), em matéria de capa, mostra o crescimento em espiral da prisão de menores infratores. No primeiro trimestre de 2013, em comparação com o mesmo período de 2012, no Estado do Rio, o crescimento foi de 134,1%; na Capital de 237,61%; na Grande Niterói de 117,35%; no Interior de 88% e na Baixada de 83,65%. Em média são 22 prisões por dia.

2. A delegada titular da DPCA informa que “o que puxou esse aumento foi o tráfico (40%)”. E completa dizendo que “houve uma mudança de função, pois antes os menores trabalhavam como fogueteiros ou como radiocomunicadores, mas nas comunidades pacificadas, essas funções não existem mais e eles estão trabalhando na venda direta de drogas”.

3. Isso poderia ser uma verdade se o aumento ocorresse de forma concentrada nas regiões das UPPs e entorno. Mas o crescimento é generalizado em todo o Estado e a taxas exponenciais. Certamente há um fator externo, indutor. O IBGE não indica, para este período, nenhuma mudança significativa no perfil da ocupação/desocupação dos adolescentes/jovens.

4. Mas há um fator a cada dia mais claro: o aumento da violência nas escolas, inclusive contra os professores. E outro, que este Ex-Blog tem comentado: a privatização da educação, a serialização e o estímulo à competição e não à cooperação e solidariedade, tudo através da contratação de instituições privadas, o que tem tirado autoridade dos professores na percepção dos alunos e dos familiares.

5. A escola acolhedora perde a função e a violência entre os alunos e entre os alunos e os professores aumenta e muito. As funções de atratividade da escola, como os polos de educação pela arte, pelos ofícios e pelo esporte são fechados. O ambiente escolar vai se deteriorando e afetando a percepção dos alunos sobre a utilidade da escola. O estímulo à violência se torna implícito e o resultado é esse que o Globo mostra com números de menores infratores.

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JB (19) ENTREVISTA CESAR MAIA SOBRE 2014!

1. Cesar Maia – Eu diria que vamos ter mais de cinco candidatos, porque a Marina Silva será uma fortíssima candidata à Presidência da República aqui no Rio de Janeiro e certamente haverá um candidato vinculado a ela. Essa linha da Marina, do PV, do PSOL, é uma linha que tem puxado muito voto no Rio, vide o Gabeira, vide o Marcelo Freixo, e eles terão candidato a governador. Não sei qual o nome, mas inexoravelmente terão candidato a governador. O Democratas decidiu ter candidato e colocar suas teses e ideias na telinha, nas ruas, nas rádios, nos debates.

2. Não escolhemos ainda um nome, porque precisamos trabalhar conectados com a dinâmica presidencial. O DEM pode apoiar o Eduardo Campos? Pode. Pode apoiar o Aécio Neves, que é a nossa preferência no Rio, pode. Isso pode levar a uma adequação melhor para essa sinergia governador-presidente da república. O que eu tenho dito, e já disse num almoço na minha casa para o senador Aécio Neves, é que o DEM terá um nome. Se o meu nome é colocado, se deve ao fato de eu ser uma pessoa mais conhecida, já tive mais mandatos, mas não necessariamente serei eu.

3. Estamos fazendo agora uma análise da conjuntura, projeção de cenários e das teses que vamos trabalhar. O DEM está na TV e já tivemos 50 comerciais e ainda teremos mais 30. Nós aqui no Rio estamos tratando de um tema só nessa divulgação, subdividido em quatro explicações distinguindo governo público e governo privado. Estamos vendo que é uma falácia, dizer que através de tecnologia de gestão privada o setor público poderia produzir muito mais. Estamos vendo que isso não está acontecendo.

4. E o Rio é o maior exemplo disso. Agora mesmo prefeito e secretários falam do fracasso das Organizações Sociais (OS). Mas já gastaram R$ 3 bilhões com esses organismos. Isso é uma visão de governo privado. Nós contrapomos com uma visão de governo público que tem como coluna vertebral o servidor concursado, estável, nas funções constitucionais precípuas. Então isso é um tema que vamos trabalhar: governo público x governo privado.

5. (Dos seis ou sete candidatos, quem que o senhor acha que vai para o segundo turno?) Cesar Maia – Muito difícil dizer. Vamos falar de seis candidatos, isso é uma análise combinatória de seis, dois a dois. Quaisquer dois podem ir. E é isso que vai tornar essa eleição excitante. Pode ir o Miro, o candidato da Marina, o Lindbergh, o Pezão, o Garotinho, eu mesmo. Agora, vamos ter uma eleição em que no início os índices de intenção de voto poderão ficar por volta de 10% ou 12% indo até 20% e qualquer movimento, um passa na frente do outro. Então, eu não arriscaria dizer que há uma dupla favorita. Ninguém é favorito e por isso, todos são favoritos.

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FAT FICA DEFICITÁRIO NA ERA LULA!

1. (Editorial – Estado de SP, 20) Entre 2008 e 2012, as receitas próprias do Fundo de Amparo ao Trabalhador – originárias, cresceram à média anual de 11,4%, tendo alcançado R$ 54,8 bilhões no ano passado. (Esse valor não inclui os repasses do Tesouro Nacional). Já as despesas cresceram bem mais, à média de 17,5% ao ano, tendo atingido R$ 57,1 bilhões em 2012. Se contasse apenas com os próprios recursos, o FAT teria registrado um rombo de R$ 2,3 bilhões no ano passado (cobertos pelo Tesouro Nacional). Em 2013, o socorro será maior. De acordo com as estimativas de resultados até 2016 anexadas ao projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias, deverá ter um rombo de R$ 4,15 bilhões, o que elevará o repasse total para R$ 7,41 bilhões. A ajuda do Tesouro crescerá nos dois próximos anos. Ou seja, para zerar suas contas, o FAT terá de contar com R$ 32 bilhões do Tesouro.

2. (Ex-Blog) Curioso. As despesas deveriam ter diminuído com o alegado e exaltado “quase pleno emprego”.

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KENNEDY COM 20 ANOS E SEU FASCÍNIO PELO FASCISMO EUROPEU! MUITOS SE ILUDIRAM!

(Ansa – Clarín, 17) 1. “Adolf Hitler foi feito da mesma matéria do qual as lendas são feitas”. A declaração não pertence a nenhum líder nazista do Terceiro Reich, mas ao ex-presidente dos EUA, John Fitzgerald Kennedy. Com frases como estas, escritas em seu diário e em cartas enviadas a seus amigos na juventude, o político mostrou o fascínio que tinha na época pelas ditaduras europeias. Um livro que será publicado em breve na Alemanha, e promete ser polêmico, compila essas notas deixadas por um jovem JFK durante uma longa viagem pela Europa. Intitulado “John Kennedy entre os alemães. Diários e cartas 1937-1945”, Oliver Lubrich apresenta essas controversas frases do ex-presidente, deslumbrado com a Alemanha de Hitler e a Itália de Mussolini.

2. O autor aborda as emoções políticas de Kennedy, que ficou impressionado com as mudanças que estavam ocorrendo no velho continente. “Eu dormi muito e com uma turnê do American Express, cheguei a Milão. Bela catedral, uma das maiores do mundo. Leio Gunther e cheguei à conclusão de que o fascismo é a coisa mais justa para a Alemanha e para a Itália, o comunismo para a Rússia e a democracia para os Estados Unidos da América”, diz ele em uma nota de 3 de Agosto de 1937.

3. Então, durante uma estadia em Munique, escreveu: “Não há dúvida de que esses ditadores em seus países, graças à sua poderosa propaganda, são mais amados do que fora deles”. E diz que se sente “um grande fã de Hitler”. Dois meses antes do início da II Guerra Mundial, o jovem Kennedy diz: “Minha viagem foi extraordinária. A única oportunidade de experimentar sobre o que vai acontecer é viajar por todos esses países. Entretanto, ainda não acho que haverá uma guerra por causa da oposição da Itália e de uma série de outras coisas”. Essa visão muda radicalmente em 20 de agosto, quando ele diz que a situação tornou-se “crítica” e que “as pessoas esperam uma guerra”.

4. Já nos últimos dias da guerra, Kennedy mostra como ele estava triste pela forma como Berlim ficou. “Tudo está destruído. Não existe uma construção que não está queimada. Em algumas ruas o cheiro dos cadáveres é terrível”. Ele também se refere ao Führer: “A ambição sem limites por seu país, fez dele uma ameaça à paz mundial. No entanto, ele tinha algo misterioso em seu modo de vida e em sua maneira de morrer, que irá sobreviver e crescer. Ele tinha a matéria de que são feitas as lendas”.