27 de janeiro de 2016

2015: HOMICÍDIOS DOLOSOS NOS ESTADOS DO RIO DE JANEIRO E SÃO PAULO E SUAS CAPITAIS! TAXAS, NÚMEROS E CARACTERÍSTICAS!

1. Há pelo menos 15 anos que as Taxas de Homicídios Dolosos no Rio de Janeiro e em São Paulo vem decrescendo. Este Ex-Blog já comentou algumas vezes que a razão básica para isso é o deslocamento dos corredores de exportação de cocaína para a Europa (Ásia e África) para o Nordeste do Brasil. A entrada passou a ser feita pela África Ocidental, em função do policiamento ostensivo nas costas do sul da Europa. E a proximidade com o Nordeste é evidente.

2. Antes, o tráfico de drogas para a Europa usava basicamente os grandes Portos e Aeroportos Internacionais brasileiros. Vale Dizer: Santos, São Paulo, Rio de Janeiro –Porto e Aeroporto. Com o deslocamento dos corredores de exportação de cocaína para o Nordeste, com destino à África Ocidental, o processo ficou mais simples através de avionetas e barcos médios.

3. Desta forma, ocorreu uma “troca” na taxa de homicídios dolosos: caem as taxas no Rio e S. Paulo e sobem no Nordeste, especialmente nas suas capitais, todas com seus aeroportos e portos pelo menos médios. Um segundo movimento ocorreu em S. Paulo. Como se sabe, cerca de 2/3 dos homicídios ocorrem diretamente relacionados com os pontos de venda de drogas e seu processo.  No Rio continuaram 3 facções e seus desdobramentos, inclusive em presídios. Mais recentemente, algumas Milícias se associaram ao tráfico de drogas num perigoso processo de mexicanização.  

4. Em S. Paulo, o Primeiro Comando da Capital (PCC) foi progressivamente eliminando a concorrência de outras facções até se tornar monopólico. Com isso, os homicídios dolosos, cuja maioria ocorre diretamente relacionados com os pontos de vendas de drogas e seu processo, sofreram uma redução adicional à transferência dos corredores de exportação de cocaína para o Nordeste. Esse processo de transferência dos corredores para o Nordeste tem sido contínuo e ainda prossegue.

5. Por isso, a queda dos homicídios dolosos deixou de ser uma referência de violência. As estatísticas de outros delitos (especialmente roubos+furtos, estupros, celulares, veículos, etc.) mostram isso, já que em vários casos continuaram subindo e em outros tiveram um leve declínio. O uso da Taxa de Homicídios se descolou da tendência dos demais indicadores de violência dos demais delitos.

6. Os governos dos Estados do Rio e de São Paulo divulgaram nesta semana as estatísticas completas de Homicídios Dolosos de 2015. A taxa de Homicídios Dolosos se calcula por 100 mil habitantes, usando as projeções das populações pelo IBGE para 2015.

7. Estado de S. Paulo. 2015. Número de Homicídios Dolosos: 3.757. População 44.396.484. Taxa de HD/100 mil habitantes: 8,46. / Cidade de S. Paulo: 991 Homicídios Dolosos. População: 11.967.825.  Taxa de HD/100 mil habitantes: 8,28.

8. Estado do Rio de Janeiro. 2015. Número de Homicídios Dolosos: 4.197. População 16.550.024. Taxa de HD/100 mil habitantes: 25,36. / Cidade do Rio de Janeiro. 1.202 Homicídios Dolosos.  População: 6.453.682. Taxa de HD/100 mil habitantes: 18,62.

9. O Estado do Rio e sua Capital com população muito menor têm quantidades de Homicídios Dolosos maiores que S. Paulo, tanto Estado como Capital. A razão dessa diferença, como explicado acima, é que em S. Paulo o tráfico/varejo de drogas é monopolizado pelo PCC e no Rio há pelo menos três facções (Comando Vermelho, Terceiro Comando…), além da perigosa entrada de algumas Milícias se associando.

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CAMPUS DA GOOGLE PARA STARTUPS, EM S. PAULO!

(Maria Cristina Frias – Folha de SP, 24) 1. Uma semana depois de anunciar um prédio para abrigar start-ups (novas empresas de tecnologia) em São Paulo, o Google recebeu 5.000 pedidos de pessoas interessadas em trabalhar no centro, chamado de Campus. Os postulantes poderão frequentar o edifício, de seis andares, e participar de encontros lá, mas não terão espaço fixo para suas atividades. Os critérios de escolha das empresas que vão se instalar no local não foram revelados.

2. A maioria dos interessados é de sócios de start-up ou trabalham em uma, diz André Barrence, diretor do Campus. Mas a porcentagem de pessoas que ainda não pertencem a esse universo e se inscreveram surpreendeu, afirma o executivo. “Eles foram 35%, o que indica que há demanda reprimida de gente que gostaria de trabalhar com novas empresas de tecnologia.” Cerca de 25% dos que pediram acesso ao prédio são mulheres. É um índice mais alto do que o de outras cidades, como Madri e Tel Aviv, de onde saiu o Waze.

3. O centro de São Paulo será inaugurado no dia 17 de fevereiro. É o sexto que a empresa dos EUA abre no mundo.

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DEM SUSPENDE A VENDA DA GASPETRO!

(Drive Político, 26) Uma decisão da Justiça Federal de ontem (25.jan) suspendeu a venda de 49% da Gaspetro à japonesa Mitsui.

Oposição em ação
Uma outra ação, com o DNA do Democratas, acabou prosperando. A Justiça Federal da Bahia então suspendeu de uma vez a venda da Gaspetro. A Petrobras deve recorrer, mas a chance de esse caso ser solucionado com rapidez é mínima.

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PROFESSOR DA PUC-MG: MONOPÓLIO DO PCC TAMBÉM EXPLICA A QUEDA DE HOMICÍDIOS EM S. PAULO!

(Professor PUC-MG – Luis Flavio Sapori – Folha de SP, 27) 1. São dois os fatores que explicam esses resultados tão bons. Primeiro, uma boa atuação das polícias Militar e Civil na investigação dos homicídios. São Paulo adotou medidas muito consistentes de inteligência policial, na investigação de homicídios, de aumento do aprisionamento. Isso ajudou muito na redução.

2. No segundo aspecto, no decorrer disso houve uma clara mudança do PCC. Uma clara monopolização do tráfico, no varejo, por parte da facção criminosa, com uma imposição de uma prática de tráfico não violenta. A combinação desses fatores é, pra mim, a principal explicação.

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CRISE AUMENTA VENDAS DAS FARMÁCIAS! DEPRESSÃO? DOR DE CABEÇA?

(Maria Cristina Frias – Folha de SP, 27) As grandes drogarias cresceram 12% em vendas no ano passado, de acordo com a Abrafarma (entidade do setor). As empresas movimentaram R$ 35,9 bilhões em 2015. Na comparação entre dezembro de 2015 com o mesmo mês do ano anterior, o aumento foi de 13,1%.  A comercialização de medicamentos atingiu R$ 23,86 bilhões, alta de 7,41% entre 2014 e 2015. Já o número de lojas cresceu 7,1%, de 5.570 para 5.964 no mesmo período. No ano passado, os genéricos somaram R$ 4,1 bilhões. O montante é 11,5% superior ao de 2014. Ao todo, foram vendidas mais de 271,5 milhões de unidades.