30 de janeiro de 2013

DROGAS, “CRACK”…: E A PREVENÇÃO?

1. O debate nacional sobre internação compulsória dos dependentes de “crack” exclui um debate que deveria ser anterior e fundamental: a prevenção à dependência química. De pouco adianta retirar a água de um tanque se a torneira continuar aberta. Nos EUA a taxa de dependentes químicos orgânicos mostra que 93% dos casos são irreversíveis.

2. O recolhimento compulsório dos dependentes químicos orgânicos de “crack” é inescapável. O “crack” é uma droga brutalizante em que o consumidor contumaz num quadro de ingestão pode –por exemplo- matar um bebê na sua frente. Boa parte das chacinas sem explicação tem esta origem.

3. A experiência internacional consagrou programas com elevada eficiência. No Brasil, algumas PMs/GMs têm adotado um programa de sucesso nos EUA, voltado para as escolas. Esses programas não apenas são voltados para um público jovem com maior risco de consumo de drogas, mas para as famílias, para os pais. São indicadores de risco dos filhos, que permitem uma ação preventiva da família.

4. Da mesma forma, os programas de orientação nas comunidades mais pobres onde tem origem grande parte dos viciados em “crack”. E claro, os programas difusos de orientação, nos logradouros públicos para a população em geral. E apoio dos meios de comunicação. Não se vê um espaço espontâneo nessa direção, ou seja, voltado à prevenção.

5. A prefeitura do Rio, em 1993, convidou para orientar esse programa a professora Mina Seinfeld de Carakushansky, com experiência internacional e que havia orientado a PM-RJ num tempo anterior. Ela é certamente o quadro número um no Brasil, com reconhecimento externo. Dela saiu um Conselho –apolítico-, uma Coordenação –apolítica- e, posteriormente, uma Secretaria de Prevenção à Dependência Química.

6. Esta foi dirigida por Francisco Duran, um coronel da PM de atuação conhecidamente enérgica. De uma visão repressiva, entrou no mundo da prevenção e se tornou um apaixonado defensor desses programas. Formou uma Secretaria e um Conselho de especialistas. Todo o material de divulgação era doado por empresas, sem publicidade.

7. Os programas aplicados pela Secretaria passaram a ser demandados por várias cidades brasileiras e até por setor da Marinha. Quando ele entrava numa fase crucial, em 2008, a formação da rede de jovens contra as drogas, o governo municipal terminou, em 2009. O novo governo municipal, no primeiro dia, extinguiu essa Secretaria e, agora, no final de 2012 extinguiu a própria coordenação  existente, que era mais um resíduo da anterior.

8. O governador do Estado anunciou, recentemente, a criação de uma secretaria de prevenção às drogas. O primeiro ato foi buscar um deputado sem qualquer experiência anterior. Bem, mas pode ser que esse tenha consciência da importância e, em vez de encher a secretaria de cabos eleitorais, convide especialistas para a gestão e para um conselho assessor. E peça para o prefeito, seu pupilo, recriar a secretaria de prevenção às drogas e não tamboretes para “espaços” políticos.

* * *

FGV: NÍVEL DE INVESTIMENTO NO BRASIL CAI “PERMANENTEMENTE”!

(Estado de SP, 30) 1. O nível de investimento no Brasil caiu “permanentemente” nos últimos anos, fruto de uma mudança de rota na política econômica do governo, acredita o chefe do Ibre/FGV, Samuel Pessôa, que não vislumbra retomada no curto prazo. “Na virada de 2010 para 2011, a estatística de cálculo do investimento mudou”, observa.

2. A projeção é de uma queda de 4,5% no nível de investimento de 2011 para 2012. Para o quarto trimestre do ano passado, período marcado por uma promessa frustrada de recuperação do setor industrial, a estimativa é de retração de 1,3%.

* * *

902 MORTES NO TRÂNSITO NO ESTADO DO RIO EM 2012! E 41.910 FERIDOS!

(Globo, 29) O Corpo de Bombeiros do Estado do Rio, em 2012, registrou 252 mortes por atropelamento no estado e 1.192 feridos. Já as vítimas de colisões no estado, foram 580 mortes e 31.590 feridos. Quanto às capotagens foram 70 mortes e 3.128 feridos. Portanto, no total, 41.910 feridos e 902 mortos.

* * *

AMÉRICA LATINA: FALTA SEGURANÇA JURÍDICA!

(El País, 28) 1. A necessidade de garantir a segurança jurídica dos investimentos estrangeiros na América Latina marcou a primeira reunião de cúpula entre a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) e a União Europeia (UE), que foi realizada neste fim de semana em Santiago, Chile, e sua discussão refletiu as diferenças que existem sobre o assunto entre os governantes da região. A negociação do documento não foi fácil: Bolívia, Cuba, Equador, Venezuela e Argentina se opuseram a que a declaração incluísse o compromisso dos países latino-americanos para garantir a segurança jurídica. As nacionalizações e expropriações de empresas europeias na América Latina têm marcado as relações comerciais das duas regiões nos últimos anos.

2. A IV Cúpula Empresarial CELAC-UE, realizada juntamente com o evento principal, e que contou com a participação de cerca de mil investidores de ambos os lados do Atlântico, também concluiu com um documento reiterando a necessidade dos governos levarem em conta em suas decisões os valores de liberdade, democracia e segurança jurídica. Uma vez finalizado o encontro, o presidente boliviano, Evo Morales, confirmou que seu país havia rejeitado alguns pontos da Declaração de Santiago sobre os resguardos ao investimento estrangeiro: “Precisamos de parceiros, não de patrões dos recursos naturais”, disse o chefe Estado.

* * *

NOIVA ARGENTINA, PARA CASAR COM FUTURO REI DA HOLANDA, TEVE QUE DAR GARANTIAS DE QUE ERA DEMOCRATA E HONESTA!

1. O príncipe Guilherme da Holanda noivo da argentina Máxima Zorreguiet, pré-informou ao parlamento que desejaria se casar com ela. O parlamento formou uma comissão de alto nível e procurou personalidades de grande credibilidade. Entre elas –em 2001- o ex-presidente até 1989, Raul Afonsin. Ele teria que dar garantias de que Maxima era DEMOCRATA E DE comprovada PROBIDADE MORAL. Alfonsin contou que deu as garantias e que os parlamentares disseram que era o que faltava. Disse que se sentiu como cupido.

2. Casaram em 2002. Mas o pai de Maxima foi proibido de comparecer ao casamento real, pois havia servido a ditadura argentina durante o governo do general Videla.