29 de janeiro de 2013

PESQUISA PARA PRESIDENTE MOSTRA QUE O “VOTO HIGIÊNICO” CRESCEU MUITO!

1. A coluna Panorama Político de Ilimar Franco, no Globo (27), divulga uma pesquisa para presidente que o PV realizou entre 14-15/01/13. Fazendo uma “média/moda” dos 3 cenários com Marina, Dilma aparece com 40%, Marina com 32%, Gabeira com 4%, Aécio com 12% e Eduardo Campos com 4%.

2. Marina+Gabeira -que representam o “voto higiênico”, que agrega questões como rejeição aos políticos, ética, indignação…- somam 36%. Dilma, com toda a máquina publicitária pré-eleitoral, fica com 40%. No primeiro turno em 2010, Dilma, com Lula no máximo da popularidade e oferecendo-se e a Dilma numa fórmula binária, obteve 47%.

3. Aliás, toda essa “participação” de Lula no governo Dilma é orgânica, na medida em que isso foi o vendido na eleição em 2010 e o eleitor comprou. O ‘script’ está sendo cumprido. Nada a reclamar.

4. Aécio aparece com 12% e Eduardo Campos com 4%. Portanto, a alternativa -dentro da política- soma 16%. No total, Dilma 40% e os demais 52%. Um segundo turno evidente, mesmo sem pesquisa, ao olharmos para o primeiro turno de 2010 com 3 candidatos –de fato- e Marina ainda se apresentando.

5. Supondo que esse seja o ‘grid’ de largada, Aécio e Eduardo Campos terão que entrar no “voto higiênico” ou o esvaziar,  mostrando que a experiência política e administrativa é a garantia de um governo realizador e que a pregação eleitoral ‘sem pecado original’ é o caminho para um desgoverno. Não é simples convencer os eleitores, que estão mergulhados num tornado de escândalos, –digamos- sustentável.

6. Uma coisa fica clara. Dilma está eleitoralmente certa em abrir a pré-campanha e tentar se ‘limpar’ dos políticos. E os demais candidatos terão entrar em campo, já.

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“GOVERNO DILMA: UM PROJETO NACIONAL GRÃO-BURGUÊS”! “E AS RUAS ESTÃO SILENCIOSAS”!

(Werneck Vianna – Estado de SP, 27) 1. Na nova tradução que lhe concede o governo Dilma, e com essa roupagem, o nacional é subsumido à lógica da modernização econômica, que, passa a ser um processo conduzido condominialmente pelo poder político, pela tecnocracia e pelo grande empresariado, novo ator ativo na tomada de decisões, ao contrário dos surtos modernizantes anteriores, em que o poder político agia monocraticamente.

2. Sob esse estatuto de acento bismarkiano, o nacional se apresenta sem vínculos com a agenda da sociedade civil, que se tem orientado, desde a democratização do País, em torno da agenda de direitos. Nesse registro, quando muito, a sociedade civil é vista como uma beneficiária indireta dos êxitos da acumulação capitalista resultante dos empreendimentos econômicos bem-sucedidos no interior de nossas fronteiras e fora delas.

3. Trata-se, pois – e isso precisa ser declarado em alto e bom som – de um projeto nacional grão-burguês, que manipulações ideológicas ora em curso pretendem aproximar retoricamente da configuração do ideário nacional-popular. Mas não há o nacional popular sem a presença e a voz da sociedade e dos seus setores subalternos. Dez anos atrás, em seu discurso de posse, o ex-presidente Lula dizia que “(a nossa) política externa refletirá também os anseios que se expressaram nas ruas”.

4. As ruas estão, há tempo, silenciosas e mal têm notícias dos feitos do nosso Estado e das nossas grandes empresas, aqui e lá fora, com seus consultores e suas elites dirigentes imersos em cálculos de macroeconomia e artes afins, empenhados em realizar um projeto de País às nossas costas, no qual só há lugar para as razões instrumentais que nos elevem ao estatuto de grande potência mundial, triste sina que, mais uma vez, acomete a democracia brasileira.

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POLÍTICA CAMBIAL SERVE PARA TUDO NO BRASIL!

(Folha de SP, 29) 1. Uma intervenção do Banco Central no mercado de câmbio ontem derrubou a cotação do dólar e reforçou a percepção de que a autoridade monetária pretenda manter mais baixo o valor da moeda, para aliviar a pressão inflacionária no Brasil. Com o dólar custando menos, bens cujos preços são determinados nos mercados globais tendem a ficar mais baratos em moeda local. É o caso de alimentos -que têm forte peso no índice de inflação. Produtos importados também ficam mais baratos.

2. A operação do BC equivale à venda de dólares no mercado futuro: rolou US$ 1,85 bilhão em 37 mil contratos de “swap” cambial tradicional.  Ao aumentar a oferta de dólares no mercado, a autoridade monetária forçou uma queda no seu valor. O dólar comercial terminou o dia em baixa de 1,33%, cotado a R$ 2,001 na venda.

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OS 20 PAÍSES COM MAIS EMPREGO DOMÉSTICO!

(Samuel Pessôa, doutor em economia, IBRE-FGV – Folha de SP, 27) 1. Os 12 países com mais empregos domésticos do que o Brasil são, em ordem decrescente: Kuait (21,9%), Djibuti (16%), Brunei (13%), Bahrein (12,8%), Emirados Árabes (12,8%), Namíbia (10,9%), Arábia Saudita (9,6%), Omã (9,2%), ilhas Cayman (9,1%), África do Sul (8,7%), Uruguai (8,6%) e Argentina (7,9%).

2. Em seguida ao Brasil (7,8%) completam o grupo dos 20 países com o maior número de empregos domésticos como proporção da população empregada Hong Kong (7,7%), Costa Rica (7,1%), Chile (6,8%), Paraguai (6,7%), Qatar (6,4%), Belize (5,9%) e Panamá (5,8%).