30 de janeiro de 2014

OS OUTSIDERS EM CAMPANHAS ELEITORAIS E A ANTIPOLÍTICA!

1. Há uma ilusão que se repete sistematicamente na política, que é imaginar que o sucesso na atividade privada cria as condições para que se importe ‘este ou aquele’ diretamente para um processo eleitoral. Importar para a política é sempre positivo e deixar que ‘este e aquele’ vivam nesse mundo, entendam a sua lógica e, com isso, possam vir a se candidatar a presidente e governador.

2. Mas quando se tenta fazer um atalho, importando ‘este ou aquele’ outsider, quase sempre ocorre uma frustração eleitoral. Os exemplos não são difíceis de achar. Um caso serve como exemplo geral pela sua importância. No auge de sua popularidade como empresário e unanimidade nacional, Antonio Ermírio de Moraes se lançou candidato a governador em 1986, usando o PTB como fachada.

3. Até o senador Fernando Henrique Cardoso se encantou com a hipótese, deixando de lado o candidato de seu partido, Orestes Quércia. Antonio Ermírio abriu na frente. E parecia um passeio, segundo as pesquisas. Afinal, S. Paulo iria ter como governador o quadro de gestão mais qualificado do Brasil. A imprensa o abraçou. As elites vibraram. O processo eleitoral avançou: debates, pesquisas, capilaridade política, desconfiança, críticas injustas… Afinal enfrentava Quércia e Maluf.

4. No final, Quércia passou de passagem e venceu com 40% dos votos. Ermírio despencou e ficou com quase 20%, um pouco acima de Maluf.

5. O processo eleitoral, ou seja, a campanha é uma guerra. Parafraseando –ao inverso- Clausewitz: A eleição é a guerra com outros meios. Ou copiando Sun Tsu, na “Arte da Guerra”: “Em poucas palavras, o que consiste a habilidade e a perfeição do comando das tropas é o conhecimento das luzes e das trevas, do aparente e o secreto. É nesse conhecimento hábil que habita toda a arte.”

6. Sempre que um partido se enfrenta à ausência de pré-candidatos competitivos nas eleições para presidente e governador, tenta uma saída mágica: um nome expressivo da sociedade de forma a buscar votos com o reconhecimento que tem. Um outsider. Isso é também –e certamente- ANTIPOLÍTICA. E quase nunca dá certo.

* * *

PROGRAMA DA CONVENÇÃO NACIONAL DO PP, DA ESPANHA!

Democratas de Brasil estará representado pelo vereador Cesar Maia, também como vice-presidente da IDC.

1. A Convenção terá início na sexta-feira (31), às 16h00, com a fala do Presidente da Comunidade de Castilla León e da Secretária-Geral do Partido Popular.  Em seguida, às 18h00, será dado início as Comissões, lideradas por Javier Arenas e Esteban Gonzalez Pons; enquanto que também às 18h00 começarão os debates com diferentes temas da atualidade na Ágora até as 20h00, com a participação de Ministros, Presidentes de Comunidades Autônomas e Presidentes regionais do Partido Popular.

2. No sábado, 1º de fevereiro, às 10h00, tem início o trabalho na Comissão, com o manifesto eleitoral da Secretaria-Geral e da Comissão de Carlos Floriano. Também às 10h00 tem continuidade as discussões sobre temas da atualidade com Ministros, Presidentes autônomos e Presidentes regionais até 12h00, quando se iniciam as intervenções em plenário, sendo retomada das 16h00 até às 18h00, novamente na Ágora.

3. O encerramento será domingo a partir das 11h00 horas, com o presidente do Partido Popular Europeu, a Secretária Geral e o Presidente Mariano Rajoy.

* * *

CHAVISMO AVANÇA: REELEIÇÃO INFINITA NA NICARÁGUA!

(Veja Online, 29) 1. A maioria sandinista na Assembleia Nacional da Nicarágua aprovou nesta terça-feira uma reforma constitucional que permite a reeleição infinita, uma ambição do presidente Daniel Ortega, fiel seguidor do manual de instalação de ditaduras de esquerda em países com instituições fracas.

2. A mudança, que também dá mais poderes ao presidente, foi aprovada em segunda votação – a primeira ocorreu em dezembro – por 64 votos a favor e 25 votos contrários dos deputados de oposição. Os deputados da opositora Bancada Partido Liberal Independente (Bapli) se retiraram do plenário depois da aprovação do texto geral. Desta forma, a votação artigo por artigo só contou com os votos favoráveis dos sandinistas e aliados.