REDES SOCIAIS: CONSUMO E VOTO!

 

1. (Folha de SP, 06) Para 62% dos americanos, as redes sociais não exercem qualquer influência sobre suas decisões de consumo, mostra pesquisa do instituto Gallup divulgada na última semana. Para outros 30%, a influência é pequena, e apenas 5% dizem que ser fortemente influenciados pelas redes sociais.

2. Este Ex-Blog tem comentado que a relação entre política e redes sociais é alta, mas que a relação entre redes sociais e votos nominais é muito baixa. O que circulam e multiplicam nas redes sociais são as ideias e as opiniões políticas. Sempre que essas ideias e opiniões coincidem com a de um candidato, produzem sinergia e voto.

3. É um desdobramento da circulação das ideias e não do pedido de voto. O pedido direto de voto pela internet, no máximo se iguala a um panfleto entregue na rua e quem o recebe reage numa proporção ainda mais negativa que ao receber um panfleto na rua.

4. Quem contrata uma empresa para fazer sua campanha digital –seja candidato ao que for- está jogando dinheiro fora, pois é apenas um turista digital. As redes são horizontais, desierarquizadas, interativas e pessoais. Um turista digital com uma empresa que trabalha por ele nas redes, não consegue nada e menos ainda voto.

5. A matéria que abre essa nota nos ajuda a entender. Fazendo uma analogia entre a decisão de consumo de um bem e de voto –ou consumo eleitoral- os números são evidentes por si só. Para 62%, a influência das redes no consumo não existe. Para 30% é insignificante. E isso que os produtos não carregam as doses de rejeição dos políticos.

6. Bem…, mas restam aqueles 5% que se dizem influenciados pelas redes em sua decisão de consumo. Esses são –no caso do voto- os de cabeça feita e de nada adianta chegar a eles, pois já têm convicção sobre seu voto. O que não exclui os turistas digitais, mas por outras –e anteriores- razões.