26 de março de 2013

PESQUISA POLÍTICA NO ESTADO DO RIO!

Instituto GPP. 2000 entrevistas entre 16 e 17 de março de 2013.

1. Como você avalia o governo Sérgio Cabral. Ótimo+Bom 35,9%/ Ruim+Péssimo 16,8% / Regular 44,7%. // Na Capital: Ótimo+Bom 33,6% / Ruim+Péssimo 21,3% / Regular 43,4% // R. Metropolitana: Ótimo+Bom 39,2% / Ruim+Péssimo 14,1% / Regular 43,7% // Interior: Ótimo+Bom 35,3% / Ruim+Péssimo 13,2% / Regular 47,9%.

2. Na sua opinião as obras para a Copa do Mundo e as Olimpíadas estão indo: Bem 15,1% / Mais ou Menos 39,1% / Mal 36,6% / Não sabe 9,2%.

3. Você tem acompanhado essa questão da lei dos Royalties do Petróleo? Sim 58,1% / Não 41,9% //// Só para quem respondeu SIM. Com relação a essa questão dos Royalties do Petróleo, você acha que o Rio irá perder muito, mais ou menos ou pouco? Muito 79,1% / Mais ou Menos 11% / Pouco 7,3% / Não sabe 2,6%.

4. Você prefere votar num governo que preste serviços públicos através de servidores públicos concursados ou num governo que preste serviços através de servidores terceirizados, contratados de empresas privadas? Servidores Concursados 70,5% / Servidores Terceirizados-Contratados 18,1% / Não sabe 11,4% /

5. Em quem você votaria para Governador do Estado do Rio se a eleição fosse hoje? Garotinho 17,6% / Lindberg 17,4% / Cesar Maia 15,3% / Pezão 11,6% / Sirkis 2,3% / Branco+Nulo 19,7% / Não sabe 16,2%.

5.1. Na Capital: Garotinho 8,2% / Lindberg 14,1% / Cesar Maia 17,6% / Pezão 12,7% / Sirkis 4%.

5.2. Na R. Metropolitana: Garotinho 21,8% / Lindberg 20,8%/ Cesar Maia 15,4% / Pezão 10,3% / Sirkis 1,8%.

5.3. No Interior: Garotinho 26,2% / Lindberg 18,1% / Cesar Maia 11,6% / Pezão 11,6% / Sirkis 0,4% /

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INFLAÇÃO DOS ALIMENTOS: MÉDIA 30%: TOMATE 105%, BATATA 86%, MANDIOCA 140%, CEBOLA 58%!

(Estado de SP, 25) 1. Em 12 meses até março, os preços dos alimentos ao consumidor descolaram da inflação em geral e subiram mais de 30%. Enquanto o IPCA  subiu 6,43% até março, os preços das frutas, verduras e legumes acumularam altas de 33,36% e os dos cereais, que incluem arroz e feijão, de34,09%, revela um estudo feito pelos economistas da USP,  Heron do Carmo e Jackson Rosalino.

2. No caso dos alimentos semielaborados e industrializados, a alta também foi na casa de dois dígitos no mesmo período, de 16,50% e de 11,44%, respectivamente. Só o tomate mais que dobrou de preço nos últimos 12 meses, com alta de 105,87%. A trajetória dos preços de outros alimentos foi semelhante. A batata, por exemplo, ficou 86,51% mais cara em 12 meses até março, a farinha de mandioca subiu 140,57% e a cebola, 58,83%. De toda forma, o grupo alimentação e bebidas respondeu no mês passado por 24,3% do IPCA.

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AS CHEFIAS MICRO-SOCIAIS!  “PORONGAS”, MILÍCIAS…!

(Luis Alberto Romero, Historiador – Clarín, 21) 1. Gustave Le Bon estudou a psicologia das multidões. Georges Sorel explicou a capacidade de mobilização dos mitos. Max Weber criou a fórmula da “liderança carismática das massas” e vinculou com os religiosos. José Ortega y Gasset relacionou essas novas lideranças com a rebelião das massas, a busca de novos líderes. Muitos falaram de cesarismo. Com o fascismo em vista, Gino Germani propôs a ideia das “massas em disponibilidade”, prontas para o chamado do líder. Ernesto Laclau propôs recentemente uma versão, que se não é inteiramente original, tem-se revelado um sucesso. Ele formulou a questão da liderança enfatizando a capacidade de inclusão e mobilização do discurso populista.

2. Existe outro caminho possível: estudar essas massas, geralmente evocadas de forma geral, e encontrar nos meandros de um grupo social específico o surgimento de chefias micro sociais.

3. Jorge Ossona, historiador e etnógrafo, explorou o mundo das favelas de Buenos Aires nas últimas décadas, destacando a figura desses pequenos chefes, conhecidos como “porongas”. A palavra, muito comum, refere-se às formas elementares de liderança. Também eram referências sociais. Os “poronga”, a seu modo, são responsáveis por “seu povo”.  Estabelece alguma ordem, certa legalidade, até mesmo alguma moral. O mundo em que surgem e se desenvolvem os “poronga” não é anômico. A droga agregou um mundo novo e o perfil dos “poronga”.

4. Entre os “poronga” existe uma hierarquia e uma possível carreira. Começam ajudando alguém já estabelecido, podem consolidar um território próprio e podem ir além, criando uma ligação com a estrutura política. O que os classifica como “poronga” é a capacidade comprovada de condução, com subordinação e lealdade. Exceto quando se trata de traição, inevitável em um mundo complexo e instável. Não é preciso dizer muito mais sobre as implicações políticas dessa estrutura que articula não os indivíduos, mas os grupos. Vale a pena notar que, para seu funcionamento, não é essencial o amor, a fantasia, o mito ou a história. Não são excludentes, mas não são essenciais.