Cesar Maia denuncia concessão cruzada entre Riocentro e Arena

A)  Ex-Blog. a) Trata-se de uma licitação cruzada em que se amplia o prazo de concessão de um equipamento e a compensação em obras é feita em outro equipamento. Não há precedente. Aliás, há um, na ampliação da concessão da Linha Amarela contra obras na Estrada dos Bandeirantes. Ambas dadas pela atual prefeitura. b) Há que se avaliar se um galpão, que é uma estrutura metálica montável, custa isso tudo. c) A modernização da infraestrutura do Riocentro fazia parte da licitação da concessão inicial. E ainda por cima o pagamento do aluguel caiu 20%, de R$ 3 milhões anuais para R$ 2,4 milhões.

B) (Italo Nogueira – Folha de SP, 03) 1. Operários estão há dois meses no canteiro de obras. O projeto está desenhado desde março deste ano. A edificação, que custará R$ 50 milhões, ocupa uma área de 7.200 metros quadrados e terá uma altura de 15 metros. Mesmo em estágio avançado, a construção do pavilhão 6 do Riocentro, sede da competição de boxe na Olimpíada de 2016, não consta na Matriz de Responsabilidades, documento que detalha projetos, custos e responsáveis por cada obra da Olimpíada.

2. No “Diário Oficial”, o contrato da obra foi publicado de forma que impedia a identificação clara do acordo, fechado sem licitação. Em agosto, a Folha revelou que governos omitiram mais de R$ 400 milhões em gastos com os Jogos na atualização da Matriz. A ausência do pavilhão 6 do Riocentro, cuja identificação não era possível à época, é o primeiro caso de ocultação de gasto com uma arena. Com ela, o gasto com obras para a Olimpíada não registrada nos documentos oficiais chega a R$ 489 milhões. O custo oficial dos Jogos é, até o momento, R$ 38,7 bilhões.

3. A prefeitura fechou acordo sem licitação com a francesa GL events, concessionária do Riocentro, que vai pagar a obra. Ela será concluída em março de 2016. Em troca, a empresa teve a concessão da Arena Olímpica do Rio, que também administra, quadruplicada. O contrato que terminaria no ano que vem foi estendido por 30 anos, vencendo em 2046. Além da construção do novo pavilhão no Riocentro, a empresa vai modernizar a infraestrutura do centro de convenções, palco de quatro modalidades olímpicas, e da Arena, sede da ginástica nos Jogos de 2016. O total a ser investido é R$ 72 milhões.

4. (Italo Nogueira – Folha de S. Paulo, 04) O acordo fechado sem licitação para a construção do pavilhão 6 do Riocentro, sede do boxe para a Olimpíada de 2016, fez com que a Prefeitura do Rio desvalorizasse em 20% a outorga cobrada pela Arena do Rio. Ao aceitar custear os investimentos de R$ 72 milhões no Riocentro e na própria Arena, a empresa francesa GL events conseguiu estender por mais 30 anos a concessão do espaço. Uma média de R$ 2,4 milhões por ano. O contrato assinado em 2007 e que vigora até 2016 prevê o pagamento total, com parcelas mensais, de R$ 27 milhões. Uma média de R$ 3 milhões por ano.

C) Incrível. A publicação relativa no Diário Oficial chocou os auditores, procuradores da Prefeitura e do TCM. Um termo de aditamento (Diários Oficiais: 08/09/15 – pag. 34 / 14/09/15 – pag. 40 / 18/09/15 – pag. 45) às concorrências públicas do Riocentro e Arena, nove anos depois?!?! NOVE ANOS DEPOIS!!!!!!