Informe do Dia: Cauteloso, Cesar Maia anda de poucas palavras

Silêncio da raposa

Por Sidney Rezende

O vereador Cesar Maia é um dos políticos mais antenados do país, mas mesmo ele anda cauteloso sobre os rumos da política no Rio. O ex-prefeito considera precipitado tentar descobrir a vontade do eleitor nas próximas eleições municipais. “Impossível antecipar. As condições vêm mudando”, diz.

Maia prevê que “teremos um primeiro turno imprevisível pela variedade e quantidade de candidatos. E segundo turno, só aguardando os nomes”. Para o ex-prefeito, uma coisa é certa: diferentemente de 2018, em que fatores ideológicos tiveram um peso relevante na escolha do eleitorado, na “disputa municipal deste ano isso influenciará muito menos”.

Indagado se a situação econômica e financeira do Rio o preocupa, Maia disse que depende da prorrogação dos termos do ajuste fiscal. Se vier, se terá como governar com maior tranquilidade. E vai depender da capacidade de cada um”.
O vereador contou já ter transmitido para o filho Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, sua avaliação da conjuntura: “Tenho insistido com ele sobre a imprevisibilidade dessas eleições”.

Já sobre a cidade do Rio e o seu complexo universo urbanístico, Cesar Maia saiu pela tangente e disse que “o melhor seria avaliar os governos um a um. Houve avanços em vários governos”.

Para fechar, perguntamos: “qual será o peso de cada governante eleito nesta eleição? O presidente Jair Bolsonaro, o governador Wilson Witzel e o prefeito Marcelo Crivella terão uma influência predominante?”.

“Apenas o prefeito se empenhará, pois é candidato”, respondeu Cesar Maia.