04 de outubro de 2012

SEGUNDO TURNO NO RIO AINDA INDEFINIDO: AS RAZÕES!

1. As pesquisas de intenção de voto devem ser cruzadas com o clima da eleição e a cristalização do voto em função disso. Para isso há indicadores práticos do cotidiano e da tradição das eleições. E elementos teóricos.

2. Um indicador de aquecimento das eleições é o uso do plástico nos carros. Quem usa plástico no carro é um eleitor decidido. Numa contagem feita nos últimos dias, em 15 corredores da cidade, com muito boa vontade se pode arredondar para 0,1% os carros com plásticos. Isso mesmo: 0,1%. Observem vocês mesmos.

3. Outro indicador tradicional é o nível de animosidade nas ruas, ou seja, o quanto a presença de um candidato ou de um grupo de apoiadores produz reação, vaias e palavras inamistosas de uns em relação aos outros. Cesar Maia foi a 62 corredores desde final de julho, quase uma vez por dia e mesmo as equipes dos adversários foram de enorme gentileza. As equipes de panfletagem do DEM comentaram a mesma coisa.

4. São dois indicadores da temperatura da eleição e da fixação do voto. Pode-se afirmar que a eleição no Rio é fria e volátil. Isso, em grande medida, explica a grande vantagem do atual prefeito nas pesquisas. É uma marcação de rolagem, do tipo -deixa estar…-, um voto residual.

5. Este Ex-Blog já analisou, em nota anterior, que a enorme concentração de tempo de TV produz um impacto publicitário, como se uma só marca de refrigerante estivesse à venda. É natural que uma pesquisa sobre marca de refrigerante tenha aquela como resposta majoritária.

6. Mas -do ponto de vista das pessoas- “magicamente”, a partir de sexta-feira, desaparece toda essa publicidade massiva na TV e Rádio. E assim será também no sábado todo. E, então, os eleitores apenas de rolagem ou residuais passam a achar que ainda não decidiram o voto e recomeçam o processo de decisão. É como se uma matéria mais leve que a água decantasse e voltasse à tona.

7. Quanto representa isso da intenção de voto de quem lidera? Garantidamente 15 pontos, ou até um pouco mais. Testamos isso através de um método que já apresentamos aqui -consagrado nos EUA- e que chamamos de Grupo Controle. Consulta-se os eleitores pesquisados se podem voltar a ser contatados alguns dias depois, por telefone. Mais ou menos 25% aceitam. Dias depois, se telefona e apenas se pergunta intenção de voto. Se o voto muda, se pergunta as razões. Para se ter uma ideia, nos últimos 7 dias, 8% dos que marcaram o líder nas pesquisas, mudaram de opinião.

8. Nas pesquisas através de perguntas diversas se testa coerência e consistência da intenção de voto através de cruzamentos. A incoerência e a inconsistência caracterizam a volatilidade da intenção de voto. Para se ter uma ideia, 25% das intenções de voto de quem lidera no Rio descola e decanta: é mais leve que a água. Agregue-se a isso os ainda indecisos.

9.  Na sexta e no sábado, digamos, dias de silêncio sem impacto de TV e Radio, entre 15% e 20% dos eleitores retomarão a sua decisão de voto. Pode ser em quem lidera, mas é mais provável que seja nos demais, pois votar em quem lidera já era uma reação anterior, antes do descolamento.

10. Se isso ocorrer em direção aos demais, quando as urnas abrirem, a eleição estará na fronteira se haverá ou não segundo turno. Quem estava calmo suará frio até terminar a contagem. Quem está pessimista ficará eufórico. É aguardar a noite do dia 7.

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PROGRAMA ESPECIAL DE RODRIGO MAIA ENCERRA O HORÁRIO ELEITORAL!

Obras na Cidade.

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CIDADE DA MÚSICA: MONUMENTAL COMPLEXO CARIOCA ELEITO “MELHOR OBRA DE EDIFICAÇÃO”!

(site http://www.piniweb.com.br/construcao/arquitetura/cidades-das-artes-e-brt-de-curitiba-vencem-premio-pini-271108-1.asp) 1. Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, monumental complexo carioca de audições musicais foi eleito a “Melhor Obra de Edificação”.  Editora PINI (AU – Arquitetura & Urbanismo, Construção Mercado, Guia da Construção, Téchne, Equipe de Obra e Infraestrutura Urbana): Cidade das Artes a obra mais relevante publicada na revista Téchne durante o ano de 2011.

2. Os critérios sugeridos para seleção das obras foram: I) implantação – contribuição para o menor impacto no entorno; II) difusão técnica – importância da obra para projetos semelhantes; III) soluções do construtor – originalidade e criatividade para soluções dos desafios; IV) relevância para a engenharia – contribuição para o meio técnico nacional e V) sustentabilidade – soluções para redução do consumo de água e energia e menor manutenção.

3. O prêmio “Melhor Obra de Edificações” foi entregue pelo diretor de redação da PINI, Paulo Kiss, para Clóvis Primo, da Andrade Gutierrez, e Rodolfo Mantuano, da Carioca Christiani-Nielsen.

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ROMNEY NO DEBATE DE ONTEM À NOITE COM OBAMA! SOBRE DÉFICIT E DÍVIDA PÚBLICA!

“Creio, honestamente, que não é moral que minha geração siga gastando muitíssimo mais do que recebemos, sabendo que a carga vai passar para a próxima geração e que eles vão pagar os juros e adicionais por todas as suas vidas”.