05 de outubro de 2012

MINUTO DA VERDADE COM CESAR MAIA!

Candidato a Vereador 25111

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PREFEITURA DO RIO DESCUMPRE A LEI, ESCONDE O ORÇAMENTO E DEIXA PARA DEPOIS DA ELEIÇÃO!

1. O prazo limite para os municípios apresentarem seus orçamentos para o ano seguinte é determinado por lei: 30 de setembro. No entanto, até hoje, dia 5 de outubro, a prefeitura do Rio não publicou o orçamento de 2013. É ilegal e imoral. Esconder o orçamento de 2013 para que, na última semana de campanha não se possa debate-lo, é de extrema gravidade.

2. O PL 1544/2012, que trata do orçamento para 2013, foi publicado, em parte, no DCM de ontem (04/10/2012) e sem tratar do que é fundamental: as receitas e despesas. A parte central, que trata da fixação de todas as receitas e despesas, ainda não foi publicada. Segundo informação da Comissão de Finanças da CMRJ, a mesma deverá ser publicada apenas na próxima semana em caderno suplementar no DCM. Ou seja: após as eleições.

3. Dessa forma, o orçamento de 2013 está escondido, oculto, ilegalmente pelo descumprimento do prazo estabelecido em lei nacional e imoralmente por impedir que se pudesse debater na última semana da campanha e nos debates na TV o orçamento que o próximo prefeito receberá.

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DEBATE NA TV GLOBO!

1. Com um paletó sobrando, que deve ter sido comprado com número errado, Eduardo mostrou-se nervoso, mexendo continuamente o corpo, com um riso forçado, meio histérico… Pelo terceiro debate foi o perdedor.

2. Freixo recebe as perguntas levantando o queixo, não consegue suavizar seu rosto, o que somado a sua postura, dá a todos os temas uma aparência séria. Não conseguiu, depois de duas horas, fazer uma só proposta.

3. Rodrigo, como nos demais debates, segue um roteiro –crítico/propositivo- e o executa fielmente. Pôde apresentar várias de suas propostas (cartão aliança, remédio em casa, rio profissa, mergulhão da supervia no centro de bairros…). Com isso, tem sempre um saldo positivo.

4. Otavio não consegue escolher temas que lhe sirvam e não consegue apresentar-se nem como crítico nem como alternativa.

5. Aspásia escolheu mal sua roupa e outra vez sua posição no pódio encolheu. Dessa vez, nem em matéria ambiental conseguiu sapatear.

6. Um debate começando às 23h e 15min, com formato de tempo reduzido para respostas e réplicas, com cinco candidatos, termina passando, passando… E dependendo mais da cobertura da imprensa no dia seguinte do que dele mesmo. Bem, agora, sem TV, serão dois dias de “silêncio” publicitário e de reflexão do eleitor. Como mostrou este Ex-Blog, ontem, entre 25% e 30% dos eleitores não têm seu voto cristalizado. Saberemos nas urnas.

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PMDB & PTN: SUBTERRÂNEOS DA POLÍTICA DO RIO!

(Veja Online, 04) 1. Subterrâneos da política: vídeo mostra como o PTN do Rio negocia candidaturas. Jorge Sanfins Esch, presidente estadual do partido, afirma em vídeo que está coligado ao PMDB por dinheiro. Candidato a vereador é investigado pelo MP por ligação com o tráfico na Rocinha.  Vale a pena assistir da conversa na sede partido. A gravação, revelada pelo Radar On-Line, é a mesma que mostrou a negociação do partido por 1 milhão de reais para apoiar o PMDB do prefeito Eduardo Paes, candidato à reeleição. A voz dominante no vídeo é de Jorge Sanfins Esch – o homem de barba e cabelos grisalhos –, presidente estadual da sigla. Ele admite sem pestanejar que sim, acertou com representantes peemedebistas os termos da coligação, em detrimento da candidatura própria à prefeitura.

2.  Conheça.

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RIO: ELEIÇÃO TERMINA SEM AGENDAS!

1. A AGENDA Faz parte da teoria e das pesquisas eleitorais (Teoria da Agenda. A mídia e a opinião pública por Maxwell McCombs, Ed. Vozes). O candidato que impõe a sua agenda na campanha através de sua comunicação, passa a contar com uma enorme vantagem sobre os demais.

2. Falemos do Rio. As agendas em 2008 ficaram bem claras. Eduardo afirmou Saúde (40 UPAs…) e Educação (crítica aos ciclos). Sua agenda se afirmou. Gabeira propôs uma agenda de costumes (ética, comportamento). Sua agenda também se afirmou. A cidade ficou dividida ao meio e a eleição “empatou” no segundo turno.

3. Em 2012, a oposição neutralizou a agenda de 2008 e colocou Eduardo na defensiva. O candidato à reeleição –apesar de seus 17 minutos de TV- ficou sem agenda propositiva. Seus publicitários recorreram a uma agenda clássica em campanhas de reeleição, quando o candidato perde o controle da agenda: a agenda da insegurança. a) Vote em mim para as coisas não pararem. b) Sou amigo do presidente e os outros não são. Uma agenda defensiva, sem propostas.

4. Freixo, que o segue nas pesquisas, ocupou o tradicional vetor do voto higiênico no Rio, que às vezes está com a esquerda e às vezes com a direita, partiu de sua marca anti-miliciana, mas não conseguiu afirmar nenhuma agenda. Além do voto higiênico, seu crescimento na frente, pelo perfil de seu eleitor menos contaminável pela muralha publicitária, passou a atrair o voto de quem queria mudar e derrotar o prefeito. Mas tudo sem conteúdo e sem agenda, sem qualquer proposição que pudesse afirmar um caminho para frente.

5. Rodrigo neutralizou as agendas de 2008, fazendo o contraponto com a privatização daquelas funções e a enorme crise na saúde. As alternativas, no caso, vieram do compromisso com o serviço e o servidor públicos. E mostrou que na saúde e no transporte a parceria não funcionou. Apontou para o contraponto como uma alternativa humana e social, destacando propostas específicas (remédio em casa, crack…). Intervenções urbanas (mergulhão em estações de trem nas zonas norte e oeste) e Transportes (parceria para extensão do metrô…, e crítica ao privilégio dos ônibus). Sua agenda ficou espalhada com aprovação setorial, mas não produziu uma marca geral diferenciadora.

6. Otavio suavizou a crítica e perdeu a oportunidade de afirmar sua agenda de parlamentar (portadores de deficiência). A presença constante dos líderes nacionais do PSDB sequer foi sentida. Procurou ter uma presença simpática, o que em parte conseguiu, mas sem Agenda. Finalmente, Aspásia pela comunicação visual sublinhou a condição Verde de seu partido. Mas nem em matéria ambiental conseguiu afirmar uma Agenda.

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CABRAL TERCEIRIZA O DETRAN-RJ, DESRESPEITA A LEI E NÃO INCORPORA OS CONCURSADOS!

(MJC) 1. Descaso que o Governo do PMDB tem realizado com os concursados aprovados do concurso do Detran-RJ em 2009. Em todos os postos de vistoria em todo o Estado, como também na sede, são lotados por terceirizados da empresa Facility ocupando função efetiva o que é proibido por lei 4781/06 e Constituição Federal de 88 Art 37. Usam uma roupa azul ou escura ou clara (as que usam roupa clara são conhecidas como “smurfs”).

2. O TRT tem um processo aberto para apurar: nº 1040004820045010005. Também tem o inquérito civil NO MPE 11496. E agora é o próprio STF que decidiu: se há concursados e vagas ocupadas por terceirizados, essas devem ser imediatamente ocupadas pelo banco de reserva de concursados.

3. Enquanto isto, o governador Cabral contrata terceirizados da empresa Facility. Agora além desta empresa, o serviço de poupa tempo que terá serviços do Detran-RJ com o pessoal do consórcio Agiliza Rio. Os 11.000 aprovados em concurso, como manda a Lei, que aguardaram convocação do concurso promovido pelo Detran-RJ ficaram na expectativa de convocação e nada e tudo isto por clientela e questões políticas.

4. Por que esta empresa ganha 49% das licitações feitas no Detran-RJ? Como pode o Detran disponibilizar 4.200 funcionários para vistoria conforme matéria de o Globo de 15/09/11 sendo que não convocou nenhum concursado para isto? Agora mais funcionários terceirizados e a lotação feita pela lei 4781/06 não chega nem a 1/3 do efetivo.  Entramos também com um processo contra o Detran-RJ (Processo No 0120963-15.2012.8.19.0001).