08 de novembro de 2012

RIO! MINISTÉRIO PÚBLICO DIZ QUE ENTRE 2011 E 2012 HOUVE 485 HOMICÍDIOS A MAIS QUE O INFORMADO PELA SECRETARIA DE SEGURANÇA!

1. Instituto de Segurança Pública (http://www.isp.rj.gov.br/resumoaisp.asp): 2011, de janeiro a dezembro foram 4.286 homicídios. Entre janeiro e setembro de 2012 foram 3.028 homicídios. Total: 7.314 homicídios.

2. (Coluna do Ancelmo – Globo, 08) “No Rio segundo estudo do MP baseado em números da Policia Civil, de janeiro de 2011 a setembro de 2012 houve 7.799 homicídios dolosos”.

3. (Ex-Blog) 7.799 – 7.314 = 485. Entre julho e outubro de 2012 (4 meses) foram 444 homicídios dolosos na Cidade de S. Paulo.

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PREFEITURA DO RIO: ORGIA IMOBILIÁRIO-FINANCEIRA NA BARRA DA TIJUCA! DOAÇÃO DE R$ 3,5 BI!

A) (Ex-Blog) I. Quando a prefeitura legaliza um puxadinho, cobra uma mais valia. Agora quer autorizar um extravagante aumento de gabarito (altura) de prédios na Barra da Tijuca, usando projetos olímpicos como justificativa. Até a eleição, ninguém sabia de nada disso. Além do aumento de gabarito dos prédios, de 12 para 18 andares, agora são 27 andares para os hotéis. O projeto de lei enviado à Câmara de Vereadores sequer traz planilha de cálculo do valor agregado pelos aumentos de gabarito para se saber da correspondente compensação em investimentos. Isso tudo numa área em que já foi aprovado o PEU de Vargens (radicais alterações do uso do solo).

II. É tudo uma caixa preta que coloca em dúvida o aspecto moral da proposta apresentada e se há algo por trás. Apenas para lembrar: 75% da área do autódromo são para construir prédios e só 25% para equipamentos olímpicos.  Estima-se que o conjunto da proposta do prefeito do Rio tenha um valor potencial implícito de pelo menos 4 bilhões de reais. Portanto, uma doação de cerca de 3,5 bilhões de reais ao setor imobiliário/construtivo.

B) (Globo, 08) 1. O projeto que o prefeito do Rio encaminhou à Câmara dos Vereadores ampliando o Parque Municipal de Marapendi, com a incorporação de áreas particulares da Praia da Reserva, também tem como objetivo criar mais estímulos para a construção de novos hotéis na região da Barra e do Recreio. Um dispositivo incluído na proposta permite que a prefeitura libere projetos de novos hotéis com até o dobro do gabarito atual. O projeto tem um dispositivo que permite que os 690 mil metros quadrados de potencial construtivo (a área edificável) da Reserva sejam usados para construir hotéis com cinco pavimentos adicionais ao limite previsto na legislação.

2.  Caso o projeto seja aprovado, o gabarito dos hotéis passaria, por exemplo, de cinco para dez pavimentos nas avenidas das Américas e Ayrton Senna e em vias no entorno do BarraShopping. A proposta também aumenta o gabarito de hotéis onde ele já é mais elevado. Na área do futuro Parque Olímpico (Autódromo Nelson Piquet), às margens da Lagoa de Jacarepaguá, o total de pavimentos liberados passa de 22 para 27. Nas avenidas Salvador Allende e Embaixador Abelardo Bueno, sobe de 15 para 20 andares.

3. A proposta é  apresentada dois anos depois da aprovação do Pacote Olímpico, que concedeu incentivos fiscais (isenções ou reduções de IPTU, ISS e ITBI) para a construção de novos hotéis no Rio. O objetivo era atender à exigência do Comitê Olímpico Internacional (COI) para chegar a 40 mil quartos (eram 26 mil, em 2009).

4. O projeto tramitará independentemente de outras duas propostas também voltadas para 2016. O primeiro retira da APA de Marapendi uma área de 58 mil metros quadrados, não edificável, e a incorpora ao terreno onde será construído o campo de golfe olímpico. Outro projeto muda de 12 para 18 o gabarito de prédios residenciais remanescentes do antigo autódromo, que foram transferidos para a iniciativa privada em troca da urbanização das áreas olímpicas.

C) Pego em flagrante! (Globo, 08) 2. O projeto que viabiliza o novo parque na Praia da Reserva será republicado, após o Globo identificar que a proposta previa, por exemplo, transferir o potencial construtivo para o Bosque da Barra, uma área não edificável. O projeto também liberava mais três andares para condomínios que fossem construídos nas ilhas das lagoas da região. Outro dispositivo flexibilizava construções às margens da Lagoa da Tijuca. Segundo a Secretaria municipal de Urbanismo (SMU), estava correto o item que previa que o terreno onde ficam a subprefeitura da Barra e outras repartições públicas ganharia potencial construtivo, mas será retirado do texto. Dois urbanistas consultados disseram que isso poderia criar brecha para mudanças na legislação no futuro, tornando essas áreas edificáveis, uma vez que já teriam potencial construtivo.

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VOTOS DE CANDIDATOS ELEITOS A PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS! 1960 A 2012!

1. Colégio Eleitoral (número de delegados). Kennedy 303 / Johnson 486 / Nixon 301 / Nixon 520/ Carter 297 / Reagan 489/ Reagan 525 / Bush, (pai) 426 / Clinton 370 / Clinton 379 / Bush (filho) 271 / Bush (filho) 286 / Obama 365 / Obama 303 (faltam apurar 29 delegados).

2. Porcentagem de Votos conquistados: Kennedy 49,7% / Johnson 61,05% / Nixon 43,4% / Nixon 60,67% / Carter 50,1% / Reagan 50,7% / Reagan 58,8% / Bush, (pai) 53,37% / Clinton 43% / Clinton 49,2% / Bush, (filho) 47,87% / Bush, (filho) 50,7% / Obama 52,9% / Obama 50,5%.

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‘FINANCIAL TIMES’ DIZ QUE BANCOS BRASILEIROS “PERDERAM O BRILHO”!

1. Os bancos brasileiros, cujos lucros vinham batendo recordes nos últimos anos, agora “perderam o brilho” por causa do aumento da inadimplência e da redução das taxas de juros, avalia o Financial Times, em uma reportagem. Com a desaceleração da economia (o PIB que subiu 7,5% em 2010, avançou apenas 2,7% no ano seguinte e deve ficar em torno de 1,5% em 2012), empresas e consumidores apertaram os cintos, frustrando as projeções bancárias de aumento dos empréstimos, e muitos devedores atrasaram o pagamento das parcelas.

2. Os grandes bancos têm enfrentado inadimplência que atinge entre 6% e 7% dos empréstimos, bem mais do que a taxa verificada nas economias desenvolvidas (até 3%).   “Os bancos no Brasil tiveram a pior performance entre todos os grandes mercados recentemente”, afirmou o jornal. O Financial Times Stock Exchange Brazil Index, um indicador que calcula a variação do preço das ações do setor bancário brasileiro, mostra que as ações de instituições financeiras do País caíram 10% neste ano, enquanto entre os grandes players globais do setor houve alta de 24%.

3. Trata-se de uma inversão de rumos. Em 2009, o desempenho das ações dos bancos brasileiros superou em 67% aquele verificado pelos demais; em 2010, em 10%; no ano passado, em 1%.  É preciso notar, no entanto, que se trata de um indicador do preço das ações em moeda estrangeira. Isso quer dizer que, quando o real se desvaloriza – como ocorreu no primeiro semestre, até atingir a taxa de câmbio em torno de R$ 2 para cada dólar -, o preço das ações na moeda estrangeira cai, mesmo que o valor em reais tenha ficado no mesmo lugar ou até aumentado um pouco.