A GRAVÍSSIMA SITUAÇÃO DO FUNDO DE APOSENTADORIA E PENSÃO DA PREFEITURA DO RIO!
1. Há uma inescapável questão que o debate eleitoral terá que trazer à tona: a grave situação financeira em que se encontra o Funprevi/Previ-Rio. Uma busca cuidadosa nos sites do Funprevi/ Previ Rio mostra a calamitosa curva declinante de liquidez que ocorreu a partir de 2010, portanto, nos últimos 5 anos. O estágio atual é falimentar.
2. As contas devem ser separadas em duas partes. As do Previ-Rio, que registram as Disponibilidades, Financiamentos e Imóveis. Em 2010 somavam R$ 1,393 bilhão. As Disponibilidades, R$ 375,8 milhões. Os Financiamentos, R$ 743,8 milhões e os Imóveis, R$ 273,7 milhões.
3. As do Funprevi, que registram as Disponibilidades e os Imóveis (a partir de 2011) e que somavam, no fim de 2010, R$ 1,573 bilhão. Os Imóveis não eram contabilizados no Funprevi. Uma mudança da lei, em 2011 (lei 5.300), permitiu transferir os Imóveis do Previ-Rio para o Funprevi e reavaliá-los, engordando discricionariamente seus valores. Essa reavaliação ampliou artificialmente os valores dos Imóveis em 1 bilhão de reais. Grande parte deles -como os dois grandes prédios da Prefeitura- não tem liquidez. Não dão cobertura às aposentadorias e pensões.
4. Com isso, o Previ-Rio passou a ter apenas um valor residual de Imóveis e o Funprevi foi inchado contabilmente. Em 2011, as Disponibilidades do Previ-Rio alcançaram R$ 411,8 milhões e os Financiamentos R$ 687 milhões. Com a interrupção de novos financiamentos para a casa própria do servidor, este valor, no final de 2015, havia caído para R$ 401,3 milhões e as Disponibilidades despencaram para R$ 121,9 milhões com seu uso em custeio.
5. Mas a situação do Funprevi se tornou desastrosa. Contabilizando os Imóveis como uma receita potencial e inchando seu valor, os R$ 273,7 milhões se transformaram por mágica contábil em R$ 1,215 bilhão. As Disponibilidades financeiras efetivas, que dão liquidez ao Funprevi e garantia de pagamento em médio prazo aos aposentados e pensionistas, despencaram ladeira abaixo.
6. Em 2011 eram R$ 1,370 bilhão, 200 milhões a menos que em 2010. Em 2012 eram R$ 1,161 milhão. Em 2013 eram R$ 851,3 milhões. Em 2014 eram R$ 514 milhões. Em 2015 veio a debacle final: em agosto R$ 150,1 milhões; em outubro R$ 57 milhões; e em dezembro R$ 31,745 milhões, o que mal paga 13% da folha mensal de aposentados e pensionistas.
7. A partir de agora, o Funprevi perde a característica de Fundo e passa a comer da mão para a boca, contando apenas com o desconto na folha mensal dos ativos (11% ou R$ 36 milhões) e do empregador (prefeitura 22% ou R$ 72 milhões), num total de R$ 108 milhões. E o Tesouro municipal passa a ser o complementador, com uns R$ 130 milhões, mais que o dobro dos descontos. Acabaram com o Funprevi-Previ Rio.
8. Tabela com a série histórica.
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CRESCE DE 4,5% PARA 6,5% PAULISTANOS QUE DIZEM NÃO TER COMO PAGAR A DÍVIDA!
(Maria Cristina Frias – Mercado Aberto – Folha de S. Paulo, 08) 1. O percentual de famílias paulistanas endividadas chegou a 51,1% em fevereiro passado, contra 38,4% no mesmo mês de 2015, segundo dados da FecomercioSP. “Com a alta do desemprego e da inflação, o crédito é a única saída das famílias para pagar as contas básicas da casa”, afirma Vitor França, economista da entidade.
2. Evidência disso é que a parcela representada pela dívida no cartão de crédito foi a que mais cresceu no período, de 47,1% para 70,1%. “É dinheiro fácil, já que é crédito pré-aprovado. O problema é que os juros são os maiores, o que torna muito difícil de quitar”, diz França. O percentual dos que alegam não ter como pagar a dívida também aumentou: de 4,5% para 6,5%.