10 de outubro de 2013

A ELEIÇÃO DE PREFEITO-1988 EM S. PAULO! A ESTRANHA ELEIÇÃO DE 1985!

1. Faleceu, dia 4, o ex-prefeito de SP Miguel Colasuonno. Colasuonno foi da coordenação da campanha de Paulo Maluf a prefeito de SP em 1988. O então deputado federal Cesar Maia foi chamado na parte final da campanha pelo então ex-governador do Rio Leonel Brizola para que fosse a S. Paulo assessorar a candidata Luiza Erundina do PT no processo de apuração, pois o PT achava que poderia haver “problemas”.

2. Assim foi. Ao se apresentar ao PT ele foi conhecer o processo de apuração paralela montado pelo PT. Com a experiência de ter montado a apuração paralela para o PDT em 1982, Cesar Maia conversou com a equipe da candidata e opinou que estava tudo errado. O PT organizou um processo de apuração como se fosse um meio de comunicação: anotação nas mesas, telefone e um conjunto de microcomputadores.

3. Esse processo pode chegar ao resultado, mas não tem como provar nada. Cesar Maia pediu que fosse levado ao juiz coordenador da apuração. Conversou com ele e disse que o PT, com a organização que tinha, iria recolher todos os mapas oficiais, trazê-los para uma central e somar um a um, listando mesa a mesa, com o documento respectivo anexo.

4. Pediu que o PT usasse o esquema que montou como fantasia para a imprensa, mas que recolhesse os mapas um a um. Se houvesse desvio ele teria como provar mesmo que dias depois. Assim foi feito.

5. No dia da eleição, no final da tarde, Cesar Maia foi convidado para as entrevistas da rede Bandeirantes. Encontrou um coordenador da campanha de Maluf, Miguel Colasuonno, que lhe disse: Ouvi no comitê que você salvou a eleição da Erundina. Ficou a informação. Com o falecimento de Colasuonno, o ex-deputado lembrou o fato a este Ex-Blog.

6. Erundina pediu que Cesar Maia a acompanhasse ao programa do Jô Soares, onde gentilmente o colocou entre Jô e ela para que ele falasse da apuração. No final os três terminaram o programa dançando ao som da “banda do Jô”.

7. Apenas para reflexão. Em 1985, Jânio venceu FHC para prefeito de SP. As pesquisas davam FHC. Venceu Jânio. O que não se questionou na época foi o estranho porcentual de votos brancos, 0,9% ou 37.582. Muito baixo. Mesmo os votos nulos, de 154.318 ou 3,68%, foram baixos. Total de eleitores, 4,2 milhões. Diferença Jânio-FHC foi de 141 mil votos. O voto na época ainda era no papel, o que aumentava os votos brancos+nulos. No Rio, em 1985, para 2,7 milhões de eleitores, foram 59.711 (2,2%) votos brancos e 161.134 (5,9%) votos nulos.

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COMITÊ EXECUTIVO DA INTERNACIONAL DEMOCRATA DE CENTRO (IDC) SE REÚNE DIAS 10 E 11 DE OUTUBRO EM BUDAPESTE!

1. A Internacional Democrata de Centro (IDC) é hoje a Internacional mais importante. Tem como base o PPE (Partido Popular Europeu) que tem maioria no Parlamento Europeu. Tem o governo de vários países europeus, entre eles Alemanha, Espanha e Hungria, onde será realizada a reunião do Comitê Executivo.

2. A reunião em Budapeste terá três momentos: a) o jantar de abertura oferecido pelo primeiro-ministro Viktor Orbán do Fidesz (centro-direita), no histórico Parlamento, com seu pronunciamento sobre o quadro político mundial e o do presidente da IDC, senador italiano Pier Casini. b) reunião da executiva com votação sobre mudança de estatutos, flexibilizando o ingresso de novos partidos; c) apresentação e debate de três temas: Estados Unidos da Europa? Uma política externa e de segurança comuns. Economia social de mercado.

3. Um de seus Vice-Presidentes -Cesar Maia, do Democratas do Brasil- participará oficialmente das reuniões.

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148 DEPUTADOS ESTADUAIS ENTRARAM NO TROCA-TROCA!

(G1, 09) Ao menos 148 deputados estaduais e distritais, ou 14% dos 1.059 em exercício, mudaram de partido para disputar as eleições de 2014, segundo informações repassadas pelos partidos e assembleias legislativas nos estados e Distrito Federal.

Tabela dos partidos que ganharam e que perderam deputados estaduais.

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PARTIDO DEMOCRATA VOLTA AO PODER EM NOVA YORK COM UM “ORIUNDI” CASADO COM NEGRA!

(UOL, 09) 1. Cinquenta  pontos percentuais nas pesquisas de intenção de voto. Essa é a distância que separa o democrata Bill de Blasio de seu concorrente, o republicano Joseph Lhota, na corrida para a Prefeitura de Nova York que elegerá, em 5 de novembro, o sucessor de Michael Bloomberg.  Blasio tem 71%, e Lhota 21%, segundo levantamento da Quinnipiac University divulgado na semana passada.

2. Após 12 anos no City Hall, sede do governo municipal, o baixinho e divorciado Bloomberg, bilionário do mercado financeiro, pode deixar a vaga para o pretendente mais anti-Bloomberg, no discurso e no perfil.   Defensor público cujos avós vieram da Itália, Blasio é um homem de quase 2 m de altura e deve boa parte da vantagem na disputa ao carisma de sua família birracial (sua mulher é negra).

3. O texto de apresentação no site do candidato não dedica uma só palavra aos anos de ativismo, mas os resíduos dessa influência estão na ideologia da campanha.  Hoje, ele se define como um progressista que quer combater a desigualdade social, elevando os impostos sobre os mais ricos para investir na educação. Em entrevista recente, contou que a experiência da juventude reforçou sua percepção de que é obrigação do governo proteger os pobres.